quarta-feira, 29 de junho de 2011

O PROPÓSITO DISTINTO E SINGULAR DE DEUS PARA OS NOSSOS DIAS



A – A Filosofia Dominante no Mundo tanto na Sociedade quanto na Igreja

Para onde caminha nosso mundo? Qual é filosofia dominante dos dias de hoje? É importante respondermos a estas perguntas, pois como o livro de Provérbios nos ensina “como pensa no seu coração, assim é o homem – ver Provérbios 23:7.” Nossa sociedade tem sido definida de várias formas nestes últimos trinta e cinco anos. A característica comum das definições atuais é a existência do termo “pós” associado a outros termos. A impressão que temos é que algo passou, foi completado ou terminou, sobrando somente um pessimismo, beirando mesmo o desespero. Assim temos: pós-capitalista (Ralf Dahrendorf), pós-burguesa (George Lichtheim), pós-moderna (Amitai Etzioni), pós-coletivista (Sam Beer), pós-literária (Marshall McLuhan), pós-civilizada (Kenneth Boulding), pós-tradicional (S. N. Eisenstadt), pós-histórica (Roderick Seindenberg e Ken Carey), pós-industrial (Daniel Bell), pós-puritana, pós-protestante (Sidney Ahlstrom), pós-herege (Earl G. Hunt) e pós-cristã (Francis Schaeffer). De todos estes “pós” aquele que tem sobrevivido e causado ondas mais intensas é o pós-modernismo. Todavia, como é reconhecido pelos três maiores expoentes do pós-modernismo, Michael Foucault, Jacques Derrida e Richard Rorty, o Pós-Modernismo é um movimento filosófico que tem suas raízes e se desenvolve a partir do Existencialismo. Portanto, podemos concluir que, seja na sua forma original, seja nos desenvolvimentos posteriores, o Existencialismo continua sendo a filosofia dominante dos nossos dias. O Existencialismo, como filosofia popular, é uma forma de Romanticismo, que exalta o indivíduo como criador dos seus próprios valores e significado da vida. É uma forma de Humanismo que tenta descobrir e reafirmar o que significa ser humano. O Movimento se divide em duas partes: Existencialismo propriamente dito, que por sua vez se divide em Existencialismo Religioso (Søren Kierkegaard, Karl Barth, Richard e Reinhold Niebuhr e Emil Brunner por um lado e Martin Heidegger, Rudolf Bultmann, Paul Tillich e Thomas Altizer pelo outro) e Existencialismo Secular e Fenomenologia Existencial. Ambos os movimentos concordam que o que define os seres humanos não é a posse de uma alma ou alguma essência anterior ou mesmo um EGO, e sim atos livres e intencionais da consciência, por meio dos quais o mundo passa a ter significado. Jean Paul Sartre condensou o ideal existencialista ao afirmar: “existência precede a essência”. Em outras palavras ele quis dizer que aquilo que o homem é precisa ser decidido pelo próprio homem. Somente o homem pode resolver a questão da sua humanidade e mesmo assim, somente momentaneamente, à medida que ele age. Coisas como natureza humana ou moralidade estão sujeitas àquilo que o homem decide ser, como ele formula seu futuro. Quais são as características ou ênfases desta filosofia:

1. Nenhuma ênfase no passado ou no futuro.

2. Nenhuma crença em absolutos.

3. Ênfase na falta de propósito para a vida dos seres humanos.

Infelizmente, não são poucos os cristãos engolfados pela filosofia existencialista. Entre estes vamos encontrar, por um lado, aqueles que se recusam a aceitar a infalibilidade e inerrância da Bíblia, e por outro lado, os que se recusam a aceitar a necessidade absoluta da igreja. Independente da filosofia dominante, nós precisamos parar e perguntar: Qual é o plano de Deus para os nossos dias? Para que possamos responder esta pergunta, torna-se necessário estabelecermos uma fonte de informação que nos seja de inteira confiança. Vamos então, de comum acordo, aceitar ser a Bíblia, com o Antigo e Novo Testamento, verbalmente inspirada e sem erros nos autógrafos originais.

B – Qual é o Propósito de Deus Para os Nossos Dias?

Algumas respostas têm sido oferecidas. Entre elas nós vamos encontrar:

1 – A Cristianização do Mundo

Será que o plano de Deus é a cristianização do mundo? Quer Deus que todo mundo se torne cristão?

Em 2 Pedro 3:9 nós lemos: “...não querendo que nenhum se perca senão que todos cheguem ao arrependimento”. Existe uma defasagem permanente, quando comparamos o número de pessoas que se denominam cristãs com o número total de pessoas nascidas no mundo. A população da Terra chegou a 1 bilhão de habitantes em 1850. De acordo com o Atlas da enciclopédia Britânica, em 1º de Janeiro de 1995, a população da Terra era de aproximadamente 5 bilhões e 628 milhões de habitantes. O ritmo de crescimento é de 2.3% ao ano. Com este ritmo devemos dobrar a população a cada 35 anos. Por outro lado, há 200 anos, nos primórdios do movimento missionário moderno, os cristãos nominais representavam 25% da população total. Depois de 200 anos de esforços missionários tremendos e da introdução de técnicas modernas como literatura, filmes e principalmente o rádio e a Televisão, chegamos a ser 35% da população total em 1993. O Manual das Religiões do Mundo projeta que deveremos ser cerca de 36% em 2006, ou seja, 2.38Bi para uma população total de 6.67Bi.

Conhecendo o caráter e os atributos de Deus, sabemos que Ele não falha nos seus planos. Jó afirma acerca de Deus: “Bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos pode ser frustrado”. Com base nessa afirmação, nós sabemos que Deus é imutável, seu caráter nunca muda, e o que Ele tem planejado fazer, Ele fará. O que nós precisamos fazer, para não sermos confundidos, é discernir qual é exatamente o plano de Deus.

2 – A Evangelização do Mundo

Será que o plano de Deus é a evangelização do mundo? Isto se relaciona com a pregação do evangelho até aos confins da terra. Passagens geralmente dadas em apoio a uma resposta afirmativa a esta pergunta são:

a. Mateus 28:19—20 - Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

b. Marcos 16:15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.

c. Atos 1:8 - Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Se examinarmos a história da igreja, veremos que este aspecto, apesar de não se constituir em uma grande falha, também não representou um sucesso constante.

a. De 32 até 64 d.C. - Durante este período o Cristianismo se espalhou pela bacia do Mediterrâneo. Passagens como Atos 14:19-23, 2 Timóteo 4:17 e Colossenses 1:23 e 1 Tessalonicenses 1:6—8, nos mostram a estratégia utilizada por Paulo para expandir o Cristianismo.

b. De 64 até 313 d.C. - Durante este período os cristãos foram grandemente perseguidos pelos romanos. O motivo da perseguição não era o fato de os cristão crerem em Cristo e sim o fato de eles não aceitarem adorar o imperador. Isto era considerado alta traição e a pena era a morte. A execução da pena podia ser através da crucificação, do queimar a pessoa viva e de lançar os cristãos para serem devorados pelas bestas nas arenas.

c. Em 313 d.C., o imperador Constantino, através do edito de tolerância, conhecido como Edito de Milão, transformou o Cristianismo numa religião legal em todo império romano. Em 381 d.C., já sob o reinado de Teodósio I, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do império. Durante este período as pessoas foram forçadas a se tornarem cristãs, mediante o batismo. Muitos foram empurrados para dentro do mar, de rios e lago pelas pontas de espadas e lanças para receberem o “batismo cristão”. Quantos se tornaram verdadeiramente cristãos é impossível de ser determinado.

d. De 476 d.C. Esse período inicia a queda do império romano e vai até a Reforma Protestante do século XVI. Nesse longo período de pouco mais de mil anos, houve uma significativa diminuição nos esforços evangelísticos, já que existiu um grande declínio no conhecimento no mundo ocidental, pois o mesmo se concentrou dentro dos mosteiros e conventos. Somente aqueles que adentravam a vida monástica tinham acesso aos estudos.

e. De 1750 d.C. até o presente, ver item 1 (a cristianização do mundo).

Será que o plano de Deus é a evangelização do mundo? A evidência bíblica não é clara e não existe nenhuma declaração específica de Cristo dizendo ser este o plano d’Ele. Mas se os pontos 1 e 2 não representam o plano de Deus, qual é então o plano ou propósito de Deus para os nossos dias?

3 – O Plano de Deus é:

Para responder a esta pergunta, de maneira apropriada, é necessário começarmos com uma exegese – interpretação – do texto de Mateus 16:18 que diz:

κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς

Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

1 – A ênfase neste versículo está na expressão “eu te digo” que faz um perfeito paralelo com a frase anterior proferida por Jesus no verso imediatamente anterior quando Ele diz: “... não foi carne e sangue quem to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”. O paralelo é constituído entre a revelação concedida pelo Pai, e esta agora que será concedida pelo Filho. Não existe nenhum tipo de contraste que possa ser representado pelas frases “tu és o Cristo X tu és Pedro”. Note que no verso 17, Cristo chama Pedro pelo seu próprio nome que é Simão – este nome pode ser uma forma diminutiva de Simeão, que quer dizer “Deus ouviu” ou, como outros têm sugerido, o significado poderia ser “impulsivo” ou “nariz arrebitado”. Em João 1:42 nós lemos que Jesus mudou, profeticamente falando, o nome de Simão para Cefas - Κηφᾶς - Kefâs - que quer dizer “pedregulho”, e de onde se deriva a forma grega Πέτρος - Pétros – pedra. Essa expressão no grego sugere estabilidade. Em João 1:42 era uma profecia, agora, diante das revelações recebidas do Pai e do Filho e, especialmente, diante da confissão feita – Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo – ver Mateus 16:16 - a impulsividade de Simão começa a dar lugar à estabilidade de Pedro.

2 – Existe, todavia, no texto grego um evidente jogo de palavras entre Πέτρος - Pétros – pedregulho ou pequena porção da rocha e πέτρᾳ - pétra – rocha, no grego. A mesma palavra traduzida aqui por pedra é usada em Mateus 7:24 e traduzida por rocha. Os tradutores, provavelmente, optaram por pedra para manter um possível jogo de palavras também em português. Mas, e se o diálogo original se passou em aramaico? A expressão Κηφᾶς - Kefâs não implicaria no jogo de palavras.

3 - ἐκκλησία – ekklisía. Esta palavra era usada no grego em que o Novo Testamento foi escrito, conhecido como “grego koiné” ou comum, para descrever uma assembléia regular dos cidadãos de uma cidade – ver Atos 19:39 - bem como para descrever uma congregação dispersa – ver Atos 8:1—3. Mateus é o único dos quatro evangelistas a usar a palavra ἐκκλησία – ekklisía como tendo sido proferida por Cristo. Jesus usou esta palavra propositadamente. Podemos afirmar isso porque foi a palavra grega ἐκκλησία – ekklisía, que foi usada na tradução feita das escrituras hebraicas para o grego, conhecida como Septuaginta, e representada pelo símbolo “LXX” – ver Deuteronômio 31:30 e Salmo 107:32 no texto grego da LXX - para representar a congregação de Israel reunida no Antigo Testamento. E foi essa mesma palavra, ἐκκλησία – ekklisía, que também foi usada pelo Senhor Jesus para representar o novo Israel no Novo Testamento. O estudo do Salmo 89 é crucial para entendermos Mateus 16:18. O texto do Salmo 89 na Septuaginta – LXX - nos oferece as seguintes palavras, todas usadas por Jesus em Mateus 16:18. Poderíamos afirmar que Jesus havia lido e meditado no salmo 89 naquele dia, e seu coração estava cheio com essas palavras retiradas do texto do Antigo testamento:

οἰκοδομηθήσεται – oikodomithísetai - Salmo 89:4 – Para sempre estabelecerei

ἐκκλησία – ekklisía - Salmo 89:5 – Assembléia dos Santos

κατισχύσει – katischúsei - Salmo 89:21 – A minha mão será firme com ele

χριστόν – Chistón - Salmo 89:38 e 51 – teu ungido - messias

ᾅδου – ádou - Salmo 89:48 – Ou que livre sua alma das garras do sepulcro

Note que todas as palavras do versículo de Mateus 16:18 que são as mais relevantes,

κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς

podem ser encontradas no Salmo 89. Deve ficar evidente que a afirmativa de Jesus, não tem nada a ver com Pedro, como pretende a Igreja Católica Romana, já que a mesma faz referência a um Salmo que foi escrito cerca de 1000 anos antes de Pedro existir. O salmo 89 é um salmo messiânico e reflete a vitória do ungido de Deus sobre seus inimigos, incluído a morte. Somente Jesus tem estes atributos. Ele é o - ὁ Χριστὸς – o Christòs – o Messias – ou o Ungido do Senhor, aquele que vai edificar οἰκοδομήσω – oikodomíso - Sua igreja ἐκκλησία – ekklisía e as portas do inferno ᾅδου – ádou não prevalecerão κατισχύσει – katischúsei contra ela!

Não devemos ter nenhuma dúvida de que Cristo tinha em mente o Salmo 89 ao fazer a afirmação que fez para Pedro em Mateus 16:18, e que, em nenhuma hipótese ele poderia, sob nenhuma perspectiva, estar se referindo a Pedro quando disse aquelas palavras. O pensamento do Senhor, certamente, estava no Salmo 89.

4 – Edificar a Igreja

Em 1 Pedro 2:5 o apóstolo Pedro declara: “também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados - οἰκοδομεῖσθε – oikodomeîsthe - casa espiritual. Difícil escaparmos da conclusão que Pedro está fazendo uma referência direta a Mateus 16:18. Mais adiante em 1 Pedro 2:9—10 Pedro nos dá prova concludente de que está se referindo à igreja como um todo e não a algum corpo local de cristãos - ver também 1 Pedro 1:1. A Igreja é então uma GRANDE CASA ESPIRITUAL. É o Israel de Deus e não a nação judaica que está sendo descrito aqui.

Quem é a Rocha? Não é Pedro, nem primariamente, e muito menos exclusivamente. Pedro, com a resposta que deu - Tu és o Cristo - forneceu a dica para a ilustração sobre qual rocha a igreja seria edificada. Cristo é a rocha – ver 1 Pedro 2:6—8. É exatamente porque a igreja está sendo edificada sobre Cristo, que a perpetuidade da mesma está garantida.

5 – O Ades

ᾅδου – ádou - inferno é tecnicamente o mundo invisível, correspondendo ao שְׁאוֹל - sheol hebraico, à terra dos que partiram, à morte. O apóstolo Paulo usa a expressão θάνατος - thánatos – morte, na citação que faz de Oséias 13:14 em 1 Coríntios 15:55. Em Oséias 13:14, na tradução das escrituras hebraicas para o grego – versão LXX - encontramos tanto a palavra ᾅδου – ádou - inferno como a palavra θάνατος - thánatos - morte e as duas querem dizer a mesma coisa. A expressão ᾅδου – ádou - inferno é muito comum em túmulos da Ásia Menor, o que testemunha seu uso comum na religião da Grécia antiga. Os pagãos costumavam dividir o ᾅδου – ádou - inferno em duas partes: Elisium e Tártaros. Já os Judeus, nos dias de Cristo, ver Lucas 16:19—31, o dividiam em: Seio de Abraão e Inferno, propriamente dito. No Antigo Testamento o conceito representado pela expressão “portas do ades ou portas do sheol” nunca admite nenhum outro significado que não seja a morte - θάνατος - thánatos. Assim temos que: é a morte que dá acesso, funciona como porta de passagem, à região tenebrosa - ver Jó 38:17; Salmo 9:13; 107:18; Isaías 38:10.

Aqui, em Mateus 16:18 não temos o ᾅδου – ádou – inferno, atacando a Igreja e sim a proclamação do fato de que a morte - θάνατος - thánatos, que funciona como a porta do inferno, não ter qualquer possibilidade de vencer a Igreja. O Senhor Jesus venceu a morte mediante Sua ressurreição. Sua vitória é nossa maior garantia de que nós também iremos vencer. Nunca é demais nos lembrar das palavras do próprio Senhor quando disse: “Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis – João 14:19. Esse é exatamente o argumento usado pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios15.

A Igreja está edificada sobre o messianismo do seu Senhor, e a morte - θάνατος - thánatos, que é o portão do ᾅδου – ádou – inferno, não prevalecerá contra a ἐκκλησία – ekklisía – igreja, pois não conseguirá manter prisioneiro seu Senhor e Cristo, que é o Filho do Deus Vivo. Naquele momento, esta era ainda uma verdade envolta em certo mistério, mas em breve ela seria proclamada com todas suas implicações - ver Atos 2:22—32.

A Igreja permanecerá eternamente porque Cristo irá vencer os portões do ᾅδου – ádou – inferno que são representados pela θάνατος - thánatos - a morte e retornar vitorioso dentre os mortos – ver 2 Timóteo 1:8—12 que diz: “Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho, para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”. Como Jesus vive eternamente, Ele mesmo é o garantidor da perpetuidade da Igreja, que é Seu povo.

Conclusões acerca da exegese ou interpretação de Mateus 16:18:

• Ênfase está em “Eu digo”. É o Senhor Jesus quem fala.

• Igreja: assembléia local e congregação dispersa = povo de Deus.

• Igreja Local e Universal = grande casa espiritual.

• A rocha sobre a qual a Igreja está sendo edificada é Cristo – Efésios 2:20.

• A Igreja permanecerá para sempre. Cristo é quem garante.

• A morte não tem qualquer possibilidade de vencer a Igreja.

O plano de Deus apesar de não ter começado dinamicamente ao tempo de Mateus 16:18 estava, todavia, destinado a pleno sucesso. Nas palavras de Tiago encontradas em Atos 15:14 “...Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para seu nome”, temos o propósito de Deus para os nosso dias. Com isso concordam, plenamente, as palavras de Apocalipse 21:1—8:

1 Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.

4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

5 E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.

6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.

7 O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.

8 Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.

Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.

Bibliografia

Black, M., Martini, C. M., Metzger, B. M., & Wikgren. The Greek New Testament - electronic edition of the 4th edition. United Bible Societies, Stuttgart, 2005.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

COMUNHÃO COM INCRÉDULOS



A marcha convocada por Silas Malafaia e outros “donos” do movimento chamado evangélico trouxe à luz uma situação deveras constrangedora. Vários dos líderes que puderam fazer o uso da palavra, se desdobraram em mesuras de agradecimento ao apoio que estavam recebendo, especialmente dos padres e outras autoridadaes católicas ali presentes. Esse blog já chamou a atenção, várias vezes, contra os perigos da associação com outros grupos religiosos, principalmente com os chamados católicos romanos, por aquilo que representam em termos de seus falsos ensinamentos, entre os quais podemos citar:

• A devoção aos santos e, especialmente, à Maria, que não passam da mais grossa idolatria – ver Salmos 115:4-8. Ver entrada do blog aqui:

http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/02/evangelicos-nao-devem-se-esquecer-da.html

• A malfadadada doutrina da transubstanciação, que declara que um biscoito de água e farinha se transforma no verdadeiro corpo e sangue de Jesus Cristo, mediante as palvras mágicas balbuciadas pelo sacerdote romano.

• A desagradável doutrina do purgatório com seus concomitantes ensinamentos acerca das indulgências e das intermináveis missas de sétimo dia, trigéssimo dia, primeiro ano... centésimo ano – se ainda tiver alguém vivo da família para bancar. Caso contrário a alma aprodecerá para sempre ali.

Magno Malta elogiou a presença dos padres católicos e dos católicos em geral, aos quais fez questão de chamar de “nossos irmãos”. Agradeceu também a presença dos espíritas, dos representantes das religiões dos afro-descendentes, dos muçulmanos, dos ateus, dos budistas e dos hinduístas.

O discurso do senador Margno malta pode ser visto aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=IlPaXHBMtbE

Aqueles que reverenciam de verdade a Palavra de Deus devem saber o seguinte. A palavra comunhão no grego é κοινωνία – koinonía. Ela é usada para descrever o tipo de relacionamento que devemos ter com outros crentes verdadeiros, sem exceções nem desculpas, e também é usada para descrever que não devemos manter esses mesmos relacionamentos com os incrédulos.

A palavra grega κοινωνία – koinonía aparece 18 vezes no Novo Testamento e é traduzida de forma consistente por “comunhão” - ver 13 vezes. Em alguns contextos específicos, como aqueles que tratam de levantar ofertas para ajudar irmãos em necessidades, a mesma foi traduzida como “assistência, coleta e contribuição” – ver Romanos 15:26; 2 Coríntios 8:4; 9:3 - e quando se trata de ajudar na expansão do evangelho foi traduzida como “cooperação” – ver Filipenses 1:5 e Hebreus 13:16 onde também pode significar “contribuição financeira”. Todas as outras vezes é traduzida por “comunhão” na versão de Almeida Revista e Atualizada (ARA).

A definição da palavra grega κοινωνία – koinonía - comunhão: a palavra comunhão no Novo Testamento se refere a um relacionamento pessoal experimentado pelos crentes com Deus e uns com os outros, como resultado direto da união com Jesus Cristo. É o Espírito Santo, que habita em cada e todo crente, quem implementa, de forma efetiva, este relacionamento. É o Espírito Santo que nos une, individualmente, a Jesus e em Jesus nos une uns aos outros. Este relacionamento, tão especial, se expressa ou se manifesta no repartir ou compartilhar bens materiais e trabalhar juntos para a propagação do evangelho em amor e unidade.

O texto bíblico que mostra de maneira mais clara a definição dada acima é Atos 2:41 – 47:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.
Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.
Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.

Todavia, quando se trata de comunhão com os incrédulos a Bíblia é bastante clara: a mesma deve ser evitada a todo custo. Não é possível manter nenhuma comunhão com descrentes e muitos menos saudá-los como “irmãos em Cristo” ou elogiá-los por reverenciarem a Palavra de Deus. Como sabemos todos os grupos mencionados pelo senador Magno Malta não aceitam as verdades reveladas acerca de Jesus, o Filho de Deus e único Salvador da humanidade. Veja a contundência do trecho a seguir: 2 Coríntios 6:14- 7:1 -

14 Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?

15 Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?

16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

17 Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei,

18 serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.

1 Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.

Como podemos notar, não pode mesmo existir nenhuma comunhão com os incrédulos, no sentido bíblico de κοινωνία – koinonía, e muito menos chamar esses tais de “nossos irmãos”. Como Jesus mesmo disse: aquele que não é verdadeiro filho de Deus, é filho do Diabo – João 8:44. Não existe meio termo. Não pode haver comunhão entre aqueles que estão na luz com aqueles que estão nas trevas. Se, de alguma forma tal comunhão existir, como aconteceu no dia 1º de Junho de 2011, então é porque todos os que estavam ali, se encontravam mergulhados nas trevas, que a única coisa que podiam, de fato, compartilhar.

Escrevo essas palavras com profunda triteza e pesar. Escrevo com o objetivo de despertar entre os evangélicos um sentimento de verdadeira lealdade para com Jesus e a Palavra de Deus. Nós podemos e devemos nos organizar e lutar nas diversas frentes que temos diante de nos – kit gay, Pl 122, aborto, uso de embriões humanos para pesquisas, etc. Mas não precisamos nos associar a nenhum incrédulo nesse processo. Se insistirmos em agir dessa maneira, acabaremos sendo rejeitados pelo próprio Deus, que nos ordena: “retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.

O triste espetáculo que tivemos oprtunidade de presenciar no dia 01/06/2011 passado está muito longe do mandamento que temos da parte de Deus, e deve nos fazer corar de vergonha e nos conduzir a mais profunda humilhação, debaixo da poderosa mão de Deus – ver Tiago 4:9-10. Quanta vergonha, quanto horror. Sinto-me ferido por tamanha falta de pudor e coragem da parte desses senhores, tão poderosos, em defender o verdadeiro e puro evangelho de Jesus.

As palavras de Jeremias me veem à mente nesse instante quando ele declara:

Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim? – Jeremias 5:30-31.

Cada leitor e cada evangélico terão que responder pessoalmente, diante de Deus, o que pretende fazer quando essas mentiras e esses mentirosos chegarem ao fim.

Fraternalmente,


Alexandros Meimaridis 

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terça-feira, 14 de junho de 2011

PURO RACISMO OU O ANÚNCIO DO FRACASSO DO MULTICULTURALISMO



O presidente da França, Nocolas Sarkozy, declarou há alguns meses que o multiculturalismo havia fracassado em seu país. Com essa afirmação ele uniu sua voz a de outros lideres dos países chamados de primeiro mundo, que também têm se manifestado em termos condenatórios ao mesmo. Em uma entrevista concedida para o canal TFI de televisão, quando perguntado se as sociedades ocidentais deveriam continuar incentivando a imigração e recebendo grupos com backgraunds religiosos e culturais diferente dos ocidentais, Sarkozy foi enfático em dizer: Não! Esse é um erro terrível”. Tentando amenizar o racismo descarado de sua afirmação, Sarkozy continuou dizendo: “É claro que devemos respeitar todas as diferenças, mas não desejamos criar uma sociedade onde comunidades distintas convivam ao lado umas das outras. Se um indivíduo vem para a França, espera-se que ele se una a uma única comunidade, que é a comunidade nacional francesa, caso contrário, tal indivíduo não será bem vindo em nosso país. A comunidade nacional francesa não aceita uma mudança em seu estilo de vida, nos direitos iguais entre homens e mulheres e na liberdade de crianças freqüentarem a escola”. Ora, o machismo e a discriminação contra as mulheres existe em todas as comunidade, de forma mais ou menos intensa, inclusive entre os franceses, a começar por toda gama variada de violências que são praticadas contra seres humanos do sexo feminino de todas as idades.

Ainda de acordo com o presidente francês: “Nós temos nos preocupados demais com a identidade das pessoas que estão chegando e pouco com a identidade do país que está recebendo esses imigrantes. Qualquer pessoa, minimamente informada, sabe que essa “identidade nacional francesa” não existe de verdade. Tal afirmação não passa de pura empulhação.

A voz de Sarkozy se une à do primeiro ministro britânico David Cameron, da chanceler alemã Angela Merkel, do ex-primeiro ministro australiano John Howard e do ex-primeiro ministro espanhol José Maria Aznar. Todos são unânimes em afirmar que as políticas multiculturais fracassaram por completo em seus respesctivos países. Na Alemanha de Merkel um enorme e angustiante debate foi sucitado por um livro muito popular, escrito por um membro do banco central, que acusa os imigrantes, especialmente os imigrantes mulçumanos, de estarem transformando a Alemanha em um país mais estúpido.

Na Inglaterra o primeiro ministro Cameron declarou que todas as políticas multiculturais fracassaram. Ele está insistindo com o parlamento local para que sejam criados mecanismos que possam integrar melhor os jovens mulçumanos com o objetivo específico de combater atos de extremismo dentro do próprio país.

Deve ficar claro aos olhos do leitor, que todos os envolvidos têm como objetivo comum discriminar contra os mulçumanos, chamando-os de estúpidos e etc. Os argumentos apresentados pelo imigrante Sarkozy são realmente pífios. Ele não tem a coragem nem a decência de falar uma palavra contra o separatismo e as práticas esquisitas de grupos, tais como os judeus ortodoxos, ou mesmo certos grupos de indianos. O alvo preferido, mais fácil de ser atingido são mesmo os mulçumanos.

Quanto a nós, como cristãos verdadeiros, não podemos assistir e muito menos concordar, de forma pacífica com essa discriminação imoral contra um ramo do gênero humano. Deus ama todas as pessoas conforme João 3:16 que diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. E isso inclui os mulçumanos. É óbvio que pessoas gravemente enfermas pelo pecado podem ser encontradas em todos os lugares. Ou alguém aí vai pretender que os assassinatos cometidos pelas forças ocidentais, no Iraque, na Líbia e no Afeganistão não são tão nojentos quanto a perseguição doentia que os cristãos sofrem em países como o Paquistão, a Índia e etc? Ou o que podemos dizer da ocupação das terras paletinas pelos judeus que já dura quase 44 anos, e que o primeiro ministri Bibi, de Israel, falou recentemente, em Washington D.C., que não vai devolver essas terras nunca mais? Não vejo que Sarkozy, Merkel, Cameron, Howard, Aznar e outros sejam pessoas realmente sérias. Eles gostam de pretender, fingir e brincar com algo muito sério que é: a vida humana.

Temos que nos cercar, como diz o apóstolo Paulo, de pensamentos que estejam centrados em: ”Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento – Filipenses 4:8”.

Não podemos tolerar a prática da injustiça, mesmo que venha vestida em trajes de ouro e falando francês. Temos sempre que levantar nossas vozes contra esses atos, porque os mesmos ofendem, acima de tudo, o Deus Criador que ama todas suas criaturas e enviou Seu Filho, Jesus, para morrer por todas elas.


Alexandros Meimaridis 

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

POR QUE NÃO POSSO CONCORDAR COM RENÊ TERRA NOVA



Tenho certeza que todos estão, pelo menos cientes, do nome do Sr. Renê Terra Nova. Esse muito controverso pregador e falso mestre tem se esmerado em promover as mais deslavadas mentiras de todos os púlpitos por onde passa. Mas é no seu próprio púlpito, no Ministério da Restauração em Manaus, onde ele costuma fazer suas maiores aleivosias contra o Deus Todo Poderoso. No final do ano de 2010, esse verdadeiro dominador do mundo chamado “evangélico”, escolheu como seu texto

Isaías 63:1-3:

1 - O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;

2 - a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram

3 - e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.

Todo crente verdadeiro sabe que essas palavras diziam respeito ao Senhor Jesus. Todos também sabem que Jesus, de fato, se apossou dessas palavras e disse que as mesmas se cumpriram em sua própria vida e ministério, conforme podemos ler em

 Lucas 4:16-21:

16 - Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.

17 - Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito:

18 - O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,

19 - e apregoar o ano aceitável do Senhor.

20 - Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele.

21 - Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.

Cremos que as palavras do Senhor Jesus são claras o suficiente e não precisam de maiores explicações. O que nos surpreende é o descaramento desse senhor que se intitula “Bispo, Apóstolo, Paipóstolo” e que, últimamente, foi nomeado “Patriarca da Fé”, como um novo Abraão, afirmar o seguinte: segundo suas próprias palavras, a profecia de Isaías diz respeito ao próprio Renê, e ele foi comissionado pelo próprio deus para anunciar o ano aceitável do Senhor que, ainda segundo o próprio Renê foi determinado como sendo o ano 2011.

Não bastasse o besteirol assumido pela Igreja do Evangelho Quadrangular, que nos últimos anos tem mandado fazer um adesivo – todos os anos - para colocar nos automóveis declarando o seguinte: “Ano XXXX – o melhor ano da sua vida”. Desde o início dessa prática, todos os anos são declarados como “o melhor”. Seria tão bom se aprendessem um pouco de português e entedessem que o melhor não pode ser “vários”. Agora, o Sr. Renê Terra Nova afirmou que 2011 era o ano aceitável do SENHOR e para confirmar sua invenção disse o seguinte:  a cada mês do ano 2011, deus iria trazer uma bênção singular na vida de cada um daqueles que estavam em seu auditório em Manaus. As doze bênçãos, prometidas, foram as seguintes:

• Janeiro: Todos seus parentes, e aqueles da sua geografia serão salvos.

• Fevereiro: Todos serão libertados.

• Março: deus irá fazer vingança contra todos os nossos inimigos.

• Abril: Você irá liberar consolo. Você será o consolador. (Mas que mentira descarada).

• Maio: Você irá remover lutos: você ressuscitará pessoas. (Quanto será que contribuíram para ter essa prerrogativa? Mas que engodo desavergonhado).

• Junho: Você irá receber a coroa da Glória, i.e.,  deus lhe dará honra dupla.

• Julho: Você será ungido com óleo de alegria.

• Agosto: Todo povo de Deus será curado de todas suas enfermidades.

• Setembro: Você irá pregar para todos.

• Outubro: A igreja irá fazer a maior colheita de todos os tempos.

• Novembro: Você será possuído por um espírito de alegria (Ops! Mesma bênção do mês de Julho. Precisa prestar mais atenção).

• Dezembro; deus irá te chamar de “carvalho de justiça”. Nada poderá te destruir.

Não me pergunte como o ministério desse homem continuou  depois do fiasco do mês de Maio de 2011, porque eu realmente não tenho a resposta. O nível de superstição e idiotice do seguidores
 do patriarca atingem, de fato, as raias do absurdo. Como um ser humano racional se deixa enganar por um embuste desse tamanho foge completamente da minha capacidade de compreensão. Eles precisam estar completamente cegos e sob um poderoso feitiço do xamã amazonense, para aceitar tanta mentira, em uma única pregação.

Acorda, povo chamado evangélico! Até quando vocês irão se deixar manipular por esses espertalhões.

Volte-se para o SENHOR, porque Ele é rico em perdoar. Procurem conhecer Jesus Cristo que nos fez as seguintes promessas e é capaz de cumprir cada uma delas:

Mateus 11:28-29-28 - Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

João 4:13-14 - Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.

João 6:35 - Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.

Jesus é o único que pode satisfazer nossas necessidades mais profundas tanto no tempo, quanto por toda a eternidade. Os falsos mestres  só podem arrastar multidões, juntamente com eles, para o inferno. Mas, enquanto houver fôlego de vida, ainda existe esperança de arrependimento. Por isso, não perca a oportunidade de exortar esses que se encontram engolfados pelos falsos ensinamentos desses falsos profetas, para que se arrependam e se voltem para Jesus, pois: Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos – Atos 4:11-12.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis 

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terça-feira, 7 de junho de 2011

Tende o Mesmo Cuidado de Uns Para Com os Outros - AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 5- SERMÃO 012



Esse artigo é parte da série "Amai-vos Uns aos Outros" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos dos mandamentos nos quais o Senhor nos ordena demonstrarmos amor uns pelos outros. No final do artigo você encontrará links para outros estudos dessa série.

Texto: 1 Coríntios 12:24 - 25.

Introdução.

• Estamos falando acerca do amor comum que deve existir entre os cristãos.

• Como já temos visto, este amor possui várias facetas e produz os seguintes resultados.

 Esse amor demonstra nosso verdadeiro caráter.

 Esse amor confirma, pela transformação das nossas vidas, que Jesus foi, de fato, enviado por Deus.

• O mandamento de amar uns aos outros assume vários aspectos e pode ser manifestado de muitas maneiras diferentes. Entre estas maneiras nós já vimos:

 Acolhei-vos ou aceitai uns aos outros.

 Saudai uns aos outros.

• Hoje queremos abordar outros destes mandamentos de reciprocidade que diz que devemos

Ter o Mesmo Cuidado de Uns Para Com os Outros

I. Introdução

Pense, por um instante, nas respostas às seguintes perguntas, com relação à sua igreja ou comunidade local:

• Quem é a pessoa mais importante na sua igreja local ou comunidade cristã?

• Existe alguém na sua igreja ou comunidade que você imagina que vocês estariam melhor sem a presença desta pessoa?

• Você imagina que possui um ministério importante na sua igreja ou comunidade local?

• Você sente que seu serviço passa despercebido pela maioria das pessoas da sua igreja ou comunidade local?

• Existe alguém na sua igreja ou comunidade local que você percebe que é ignorado porque não é uma pessoa talentosa, esperta ou comunicativa?

• Na sua igreja ou comunidade existe algum grupo de pessoas que podem ser considerados como “celebridades”, pessoas que estão sempre debaixo da luz de algum “holofote”?

Tendo respondido a estas perguntas, agora responda a mais essa última:

• Você acha que todos os membros da sua igreja ou comunidade local possuem um nível de interesse que é igual – não diferente - pelo bem estar e pelo ministério de cada outro membro?

Bem os apóstolos da Igreja Primitiva tinham esta preocupação de que os membros das igrejas ou comunidades locais acabassem criando problemas de relacionamentos entres seus membros por não terem o mesmo cuidado de uns para com os outros. Por este motivo o apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse que os crentes precisam....

II. Ter Igual Cuidado de Uns Para Com Os Outros

A. O mandamento:

• Mas os nossos membros nobres não têm necessidade disso. Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros – 1 Coríntios 12:24 – 25.

B. Comentário no Contexto de 1 Coríntios 12:24 – 25.

A Igreja em Corinto era, sem sombra de dúvida:

• A mais carismática de todas as igrejas mencionadas no Novo Testamento. Os dons manifestados pelo Espírito Santo eram abundantes.

• O dom de línguas ou a capacidade de falar em línguas não conhecidas, como línguas do anjos, era a coqueluche naqueles dias.

• Mas a manifestação deste dom, em muitas ocasiões, não passava de uma falsificação grosseira e desordenada do verdadeiro dom.

• Como tal, esta manifestação era usada para gratificar o ser humano que o “possuía”, se é que possuía, esse dom. Havia, por um lado, muito orgulho envolvido naquelas manifestações. Por outro lado havia muita inveja e dor de cotovelo por parte daqueles que não possuíam tal exuberante dom.

• O resultado é que estas coisas – orgulho, inveja etc – acabavam por produzir divisões entre os crentes e com isto o testemunho do poder transformador do Senhor Jesus se perdia e os incrédulos ao redor não tinham a mínima chance de reconhecer que Jesus havia sido enviado pelo Pai.

• A Igreja em Corinto era muito carismática, mas era também a mais imatura e a mais complicada de todas as igrejas citadas no Novo Testamento. Manifestações carismáticas não são, definitivamente, sinais de espiritualidade.

Visando corrigir este problema, o apóstolo Paulo ensina o seguinte:

• Deus colocou cada um dos membros do Corpo de Cristo exatamente como Lhe aprove – ver 1 Coríntios 12:18.

• O Espírito Santo habilita a cada crente, individualmente, com o dom ou dons conforme lhe apraz – ver 1 Coríntios 12:11.

• O que o apóstolo Paulo deseja nos ensinar é o seguinte: Cada membro tem uma posição e uma função no corpo o que indica que cada membro é importante para o bom funcionamento do corpo.

Como podemos então, definir este mandamento acerca do dever que temos de ter o mesmo cuidado de uns para com os outros?

III. Definindo o “Ter o Mesmo Cuidado de Uns Para Com os Outros.

Ter o mesmo cuidado de uns para com os outros é demonstrar um interesse imparcial e igual pelo bem estar e ministério ou serviço de cada irmão baseado no reconhecimento e apreciação do fato de que cada irmão foi colocado no corpo pelo próprio Deus.

IV. Exemplo Positivo e Exemplo Negativo da Aplicação deste Mandamento.

A. Exemplo Positivo:

Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho – 1 Coríntios 3:4 – 8.

B. Exemplo Negativo:

Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam? Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais? Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado? Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores – Tiago 2:5 – 9.

Conclusão:

1. O mandamento recíproco de que devemos “ter o mesmo cuidado de uns para com os outros” possui as seguintes implicações diretas:

• Não deve existir nenhum tipo de arrogância ou orgulho por parte daqueles que, no Corpo de Cristo, são possuidores de dons ou ministérios mais visíveis ou incomuns – ver 1 Coríntios 21:21.

• Não deve existir nenhum tipo de inveja ou “dor de cotovelo” por parte daqueles que, no Corpo de Cristo, possuem dons ou ministérios que sejam menos visíveis – ver 1 Coríntios 12:15 – 16.

• Cada membro do Corpo de Cristo, entendendo que seu dom e ministério ou serviço é importante para o bem estar de todos os outros cristãos, deve procurar exercitar seu dom de forma diligente – ver Romanos 12:6 – 8.

• Se acontecer de um membro do Corpo de Cristo estar sofrendo (fisicamente, espiritualmente, emocionalmente ou materialmente falando etc) então, é dever de todos os outros membro de se mostrarem simpáticos – agradáveis – e demonstrarem interesse por aquele que está sofrendo. Quando um membro não está podendo funcionar como deve – está sofrendo – então, o Corpo inteiro sofre, mesmo que muitas vezes não reconheçamos isto como um fato concreto – ver 1 Coríntios 12:26 e Romanos 12:15.

• Por outro lado se um membro receber qualquer honra especial, então todos os outros membros devem se alegrar com aquele irmão, pois como membros de um mesmo Corpo, somos todos honrados também – ver Romanos 12:5 e 1 Coríntios 12:26.

2. Meus irmãos, quando os membros de uma comunidade – dessa comunidade – manifestam ter um cuidado igual de uns para com os outros os resultados práticos são os seguintes:

• A unidade da igreja ou da comunidade local é preservada e encorajada.

• As divisões – de todos os tipos – são evitadas.

• A rivalidade, o orgulho, a inveja e a auto suficiência são mantidas em permanente cheque.

• Um testemunho harmonioso é apresentado ao mundo.

3. A cada novo mandamento recíproco que adotamos, nosso amor de uns pelos outros aumenta e o mundo ao nosso redor irá nos reconhecer, cada vez mais e mais, como verdadeiros discípulos de Jesus.

4. Que Deus nos ajude a termos o mesmo cuidado de uns para com os outros hoje e sempre.

Deus abençoe a todos


Outros Estudos Acerca da Vida Comum dos Santos de Deus.

001 — O Custo do Discipulado =

002 — Uma Proposta de Vida =

003 e 004 — Comunhão e Interdependência =

005 — Os Dons espirituais e a Vida Comum =

006 — Discipulado =

007 — O Amor ao Próximo =

008 — Amai-vos uns aos outros — Parte 1 — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

009 — Amai-vos uns aos outros — Parte 2 — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

010 — Romanos 15:1—7 — Acolhei-vos Uns aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 3

011 — Romanos 16:16 — Saudai-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 04

012 — Romanos 15:1—7 — Acolhei-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 05

013 — Romanos 16:16 — Saudai-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 06

014 — 1 Coríntios 12:24—25 — Tande o Mesmo Cuidado Uns Para Com os Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 07

Alexandros Meimaridis 

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