O ato simples de afixar 95 Teses
na porta da catedral do castelo de Wittenberg, convidando as pessoas para um
debate público acerca das mesmas, pelo então monge agostiniano Martinho Lutero
marcaram o início do que seria a Reforma Protestante. A data foi 31 de Outubro
de 1517 e, portanto, está completando hoje, 497 anos.
Os antecedentes
Cobrança de indulgências
No início do século XVI, a Igreja
Católica adotava certas ações muito abusivas e que tinham como único intuito
satisfazer o interesse de alguns clérigos, e principalmente do papa,
interessado em levantar fundos para a obra monumental representada pela
construção da basílica dedicada a Pedro. Uma dessas práticas impróprias realizadas
por tais católicos era a venda de indulgências. As indulgências são uma
invenção da Igreja Católica Romana que possibilita que os fieis paguem por seus
próprios pecados através de penitências, mas o que estava acontecendo era a
pura e simples venda de bênçãos, algo que continua até os dias de hoje e que
também está largamente adotado pelas igrejas chamadas evangélicas. Desse modo,
as pessoas são levadas a fazer contribuições financeiras, seja para obter o
perdão dos pecados, seja para alcançar alguma bênção desejada.
Martinho Lutero
Entre os anos de 1516 e 1517, Marinho Lutero pregou três sermões atacando a prática da venda das indulgências. Mas, sua reação contrário a tal prática, culminou com seu singelo gesto de afixar noventa e cinco teses contrárias a tal prática e convocar todos para um debate público acerca das mesmas. Isso foi feito no dia 31 de Outubro de 1517 nas portas catedral que era parte do complexo do castelo de Wittenberg, na Alemanha. Além das indulgências as teses tratavam também de outras questões relacionadas ao papado, às penitências bem como à salvação eterna das almas.
Para Lutero a cobrança pelas
indulgências era uma prática comparada com práticas pagãs e que expunham a
ganância de certas autoridades da Igreja Romana.
Em apenas duas semanas as teses
já estavam traduzidas para outras línguas e cópias das mesmas alcançaram grande
circulação. Bastaram dois meses para que as mesmas já estivessem em circulação
por toda a Europa. A reação da Igreja Romana, como já se esperava foi dura e
arrogante. Lutero foi acusado de ser apenas um monge beberão e que não tinha
noção do que escrevia. A batalha entre Lutero e a Igreja Romana culminou com
sua excomunhão em 1521. Como Roma fazia parte do Sacro Império Romano
Germânico, o Imperado Carlos I também passou a considerar Lutero como alguém
fora da lei.
Esse simples gesto, de pregar 95
teses na porta da igreja e ver as mesmas atingirem toda a Europa em apenas dois
meses, foi o elemento chave usado pelo próprio Deus para dar início a um
profundo movimento de reforma no seio da
Igreja Romana que ficou conhecido como a REFORMA PROTESTANTE DO SÉCULO XVII
Abaixo apresentamos uma cópia em
português das 95 teses de Lutero, muito faladas, mas pouco lidas tanto pelos
reformados quanto por outros grupos chamados cristãos.
O material abaixo foi
publicado pelo Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil
Debate para o Esclarecimento do
Valor das Indulgências pelo Doutor
Martinho Lutero
31 de outubro de 1517
Por amor à verdade e no empenho
de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em
Wittenberg, sob a presidência do
Reverendo Padre Martinho Lutero, mestre de
Artes e de Santa Teologia e
professor catedrático desta última, naquela
localidade. Por esta razão, ele
solicita que os que não puderem estar presentes e
debater conosco oralmente o façam
por escrito.
Em nome do nosso Senhor Jesus
Cristo. Amém.
1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc.
[Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus
Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse
penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como
penitência sacramental, isto é,
da confissão e satisfação celebrada pelo
ministério dos sacerdotes.
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma
penitência interior; sim, a
penitência interior seria nula, se,
externamente, não produzisse toda sorte de
mortificação da carne.
4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto
persiste o ódio de si mesmo (isto
é a verdadeira penitência interior), ou seja,
até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de
quaisquer penas senão daquelas que
impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não pode remitir culpa alguma senão
declarando e confirmando que ela
foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida,
remitindo-a nos casos reservados para si;
se estes forem desprezados, a culpa permanecerá
por inteiro.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa
sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la,
em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas
aos vivos; segundo os mesmos
cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia
através do papa quando este, em seus
decretos, sempre exclui a circunstância da
morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa
aqueles sacerdotes que reservam
aos moribundos penitências canônicas para o
purgatório.
11. Essa erva daninha de transformar a pena
canônica em pena do purgatório
parece ter sido semeada enquanto os bispos
certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas
não depois, mas antes da
absolvição, como verificação da verdadeira
contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo
e já estão mortos para as leis
canônicas, tendo, por direito, isenção das
mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo
necessariamente traz consigo
grande temor, e tanto mais, quanto menor for o
amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam
(para não falar de outras coisas)
para produzir a pena do purgatório, uma vez que
estão próximos do horror do
desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir
da mesma forma que o desespero, o
semidesespero e a segurança.
17. Parece desnecessário, para as almas no
purgatório, que o horror diminua na
medida em que cresce o amor.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio
de argumentos racionais nem da
Escritura, que elas se encontram fora do estado
de mérito ou de crescimento no
amor.
19. Também parece não ter sido provado que as
almas no purgatório estejam
certas de sua bem-aventurança, ao menos não
todas, mesmo que nós, de nossa
parte, tenhamos plena certeza.
20. Portanto, sob remissão plena de todas as
penas, o papa não entende
simplesmente todas, mas somente aquelas que ele
mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de
indulgências que afirmam que a pessoa é
absolvida de toda pena e salva pelas
indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no
purgatório de uma única pena que,
segundo os cânones, elas deveriam ter pago
nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas
as penas a alguém, ele,
certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto
é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo
necessariamente ludibriada por
essa magnífica e indistinta promessa de
absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o
purgatório de modo geral, qualquer
bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em
particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às
almas não pelo poder das chaves
(que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina humana os que dizem que,
tão logo tilintar a moeda lançada
na caixa, a alma sairá voando [do purgatório
para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa,
podem aumentar o lucro e a
cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende
apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no
purgatório querem ser resgatadas?
Dizem que este não foi o caso com S. Severino e
S. Pascoal.
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua
contrição, muito menos de haver
conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é
quem adquire autenticamente
as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente
com seus mestres, aqueles
que se julgam seguros de sua salvação através
de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que
dizem serem as indulgências do
papa aquela inestimável dádiva de Deus através
da qual a pessoa é reconciliada
com Deus.
34. Pois aquelas graças das indulgências se
referem somente às penas de
satisfação sacramental, determinadas por seres
humanos.
35. Não pregam de forma cristã os que ensinam
não ser necessária a contrição
àqueles que querem resgatar ou adquirir breves
confessionais.
36. Qualquer cristão verdadeiramente
arrependido tem direito à remissão pela de
pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo,
seja morto, tem participação em todos
os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de
Deus, mesmo sem carta de
indulgência.
38. Mesmo assim, a remissão e participação do
papa de forma alguma devem ser
desprezadas, porque (como disse) constituem
declaração do perdão divino.
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é
dificílimo exaltar perante o povo
ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e
a verdadeira contrição.
40. A verdadeira contrição procura e ama as
penas, ao passo que a abundância
das indulgências as afrouxa e faz odiá-las,
pelo menos dando ocasião para tanto.
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as
indulgências apostólicas, para
que o povo não as julgue erroneamente como
preferíveis às demais boas obras
do amor.
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é
pensamento do papa que a compra
de indulgências possa, de alguma forma, ser
comparada com as obras de
misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao
pobre ou emprestando ao
necessitado, procedem melhor do que se
comprassem indulgências.
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o
amor e a pessoa se torna
melhor, ao passo que com as indulgências ela
não se torna melhor, mas apenas
mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um
carente e o negligencia para
gastar com indulgências obtém para si não as
indulgências do papa, mas a ira de
Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não
tiverem bens em abundância,
devem conservar o que é necessário para sua
casa e de forma alguma
desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra
de indulgências é livre e não
constitui obrigação.
48. Deve-se ensinar aos cristãos que, ao
conceder indulgências, o papa, assim
como mais necessita, da mesma forma mais deseja
uma oração devota a seu
favor do que o dinheiro que se está pronto a
pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as
indulgências do papa são úteis se não
depositam sua confiança nelas, porém,
extremamente prejudiciais se perdem o
temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa
soubesse das exações dos
pregadores de indulgências, preferiria reduzir
a cinzas a Basílica de S. Pedro a
edificá-la com a pele, a carne e os ossos de
suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa
estaria disposto - como é seu dever
- a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem
alguns pregadores de
indulgências extraem ardilosamente o dinheiro,
mesmo que para isto fosse
necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de
cartas de indulgências, mesmo que
o comissário ou até mesmo o próprio papa desse
sua alma como garantia pelas
mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do papa aqueles
que, por causa da pregação de
indulgências, fazem calar por inteiro a palavra
de Deus nas demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um
mesmo sermão, se dedica tanto
ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do papa é necessariamente esta:
se as indulgências (que são o
menos importante) são celebradas com um toque
de sino, uma procissão e uma
cerimônia, o Evangelho (que é o mais
importante) deve ser anunciado com uma
centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, dos quais o papa
concede as indulgências, não são
suficientemente mencionados nem conhecidos
entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de
natureza temporal, visto que
muitos pregadores não os distribuem tão
facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e
dos santos, pois estes sempre
operam, sem o papa, a graça do ser humano
interior e a cruz, a morte e o inferno
do ser humano exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja
são os tesouros da mesma,
empregando, no entanto, a palavra como era
usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves
da Igreja, que lhe foram
proporcionadas pelo mérito de Cristo,
constituem este tesouro.
61. Pois está claro que, para a remissão das
penas e dos casos, o poder do papa
por si só é suficiente.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o
santíssimo Evangelho da glória e da graça
de Deus.
63. Este tesouro, entretanto, é o mais odiado,
e com razão, porque faz com que
os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das
indulgências é o mais benquisto, e com
razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Por esta razão, os tesouros do Evangelho
são as redes com que outrora se
pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez,
são as redes com que hoje se
pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus
vendedores como as maiores graças
realmente podem ser entendidas como tal, na
medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças
mais ínfimas em comparação com
a graça de Deus e a piedade na cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de
admitir com toda a reverência os
comissários de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de
observar com os dois olhos e atentar
com ambos os ouvidos para que esses comissários
não preguem os seus próprios
sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo
papa.
71. Seja excomungado e maldito quem falar
contra a verdade das indulgências
apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta
contra a devassidão e licenciosidade
das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina
aqueles que, de qualquer forma,
procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. Muito mais deseja fulminar aqueles que, a
pretexto das indulgências,
procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são
tão eficazes ao ponto de poderem
absolver um homem mesmo que tivesse violentado
a mãe de Deus, caso isso
fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as
indulgências papais não podem anular
sequer o menor dos pecados veniais no que se
refere à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso
fosse o papa atualmente,
poderia conceder maiores graças é blasfêmia
contra São Pedro e o papa.
78. Afirmamos, ao contrário, que também este,
assim como qualquer papa, tem
graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os
poderes, os dons de curar, etc.,
como está escrito em 1 Co 12.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas
do papa, insignemente erguida,
equivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e
teólogos que permitem que
semelhantes conversas sejam difundidas entre o
povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências
faz com que não seja fácil, nem para
os homens doutos, defender a dignidade do papa
contra calúnias ou perguntas,
sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: por que o papa não evacua o
purgatório por causa do
santíssimo amor e da extrema necessidade das
almas - o que seria a mais justa
de todas as causas -, se redime um número
infinito de almas por causa do
funestíssimo dinheiro para a construção da
basílica - que é uma causa tão
insignificante?
83. Do mesmo modo: por que se mantêm as
exéquias e os aniversários dos
falecidos e por que ele não restitui ou permite
que se recebam de volta as
doações efetuadas em favor deles, visto que já
não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e
do papa é essa: por causa do
dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir
uma alma piedosa e amiga de
Deus, porém não a redimem por causa da
necessidade da mesma alma piedosa e
dileta, por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: por que os cânones
penitenciais - de fato e por desuso já
há muito revogados e mortos - ainda assim são
redimidos com dinheiro, pela
concessão de indulgências, como se ainda
estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna
hoje é maior do que a dos
mais ricos Crassos, não constrói com seu
próprio dinheiro ao menos esta uma
basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com
o dinheiro dos pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e
concede àqueles que, pela
contrição perfeita, têm direito à remissão e
participação plenária?
88. Do mesmo modo: que benefício maior se
poderia proporcionar à Igreja do
que se o papa, assim como agora o faz uma vez,
da mesma forma concedesse
essas remissões e participações 100 vezes ao
dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura
mais a salvação das almas do o
dinheiro, por que suspende as cartas e
indulgências outrora já concedidas, se são
igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes
dos leigos somente pela força,
sem refutá-los apresentando razões, significa
expor a Igreja e o papa à zombaria
dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas
em conformidade com o
espírito e a opinião do papa, todas essas
objeções poderiam ser facilmente
respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Fora, pois, com todos esses profetas que
dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!"
sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem
ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!"
sem que haja cruz!
94. Devem-se exortar os cristãos a que se
esforcem por seguir a Cristo, seu
cabeça, através das penas, da morte e do
inferno;
95. E, assim, a que confiem que entrarão no céu
antes através de muitas
tribulações do que pela segurança da paz
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PROTESTANTE DO SÉCULO XVI
Que Deus Abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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