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sábado, 14 de outubro de 2017

O QUE QUEREM OS CHAMADOS EVANGÉLICOS NA POLITICA?


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O artigo abaixo é do historiados e cientista político, Roberto Bitencourt da Silva.

Nesse breve artigo o professor Roberto nos ajuda a entender a união dos chamados evangélicos com os neoliberais. O mesmo requer de todos uma leitura atenta, reflexão e discussão.

O desmonte do Brasil-Nação e a sintonia neoliberal-evangélica
ROBERTO BITENCOURT DA SILVA

Lendo o noticiário desse domingo, tropecei em uma curiosa matéria do Brasil 247 que trata da aproximação do czar da economia brasileira, o reacionário e entreguista ministro Henrique Meirelles, com o mundo religioso evangélico. Um fenômeno que não causa surpresa.

A relação entre neoliberalismo — uma corrente teórico-dogmática abstrata e semirreligiosa, propagada pelas escolas de economia, fóruns multilaterais e conglomerados de mídia — e seitas evangélicas é razoavelmente natural. Por outro lado, trata-se de um “casamento” que elucida, em parte, o desmonte do “Brasil-Nação” (para usar terminologia cara ao patriota e grande pensador social brasileiro Manoel Bomfim).

A respeito, cumpre observar que há duas décadas o cientista político estadunidense Samuel Huntington explorou uma peculiar tese sobre o ordenamento internacional entre os Estados, após o desmoronamento da guerra fria: a eventualidade de um “choque de civilizações”.

A preocupação maior do autor era, por óbvio, a defesa dos interesses dos EUA na ordem mundial, a capacidade do império do Norte de modelar as normas que regem o sistema, bem como as possibilidades de defesa frente aos desafios erguidos por civilizações não-ocidentais. Uma obra erudita, mas controversa.
Contudo, apresenta uma temática de fundo, ressaltando a dimensão cultural nas relações internacionais e nas políticas domésticas dos países, que me parece instigante do ponto de vista da questão nacional e para o exercício de reflexão a que se propõe esse texto. A saber: as civilizações possuem identidades delineadas conforme as suas culturas e trajetórias, ordenando valores e percepções sobre si mesmas e o mundo.

Baseados em suas trajetórias civilizatórias, em seus parâmetros éticos, políticos e culturais, os países tendem a enxergar a si mesmos, reconhecendo linguagens, visões e aspirações minimamente comuns. Partilham uma gramática e comportamentos mais ou menos previsíveis, que atravessam suas subculturas nacionais, reconhecendo, pois, minimamente que seja, o que são, o que querem e não querem enquanto nações.

Nesse sentido, gostemos ou não, aquilo que se pode chamar de civilização brasileira foi construída, em nossa formação histórica, a partir de um caldeirão cultural organicista. Isto é, o todo tende a ser considerado mais importante do que o indivíduo e as partes.

Pode-se dizer que o catolicismo foi o terreno cultural original, desde a colonização portuguesa. A emergência política e intelectual do positivismo deu sequência, nas últimas décadas do século XIX.

Em boa medida, à esquerda, a partir dos anos 1930, as próprias correntes políticas trabalhista e comunista no Brasil pagavam tributo ao catolicismo e, em especial, ao positivismo. Não à toa, Getúlio e Prestes foram seus respectivos ícones. À direita, o integralismo de Plínio Salgado não deixava de render suas homenagens ao catolicismo. Depois dos anos 1980, à esquerda, o PT opera(va) com ingredientes da fonte católica.

Não entro em detalhes se a cosmovisão organicista é boa ou ruim. Isso é demasiadamente subjetivo. Grosso modo, pode-se alegar que é as duas coisas ao mesmo tempo. Como qualquer outra visão de mundo.

O que interessa dizer é que o organicismo é (ou foi) traço fundamental da civilização brasileira, senão mesmo latino-americana. Influía ou influi no nosso jeito de ser, inclusive no hibridismo cultural e político, que, evidentemente, nunca deixou de hierarquizar temas, expressões culturais, aspirações, grupos e classes sociais. Em todo caso, o organicismo brasileiro é (era) tipificado pela abertura a alguma margem à tolerância e incorporação da diferença, religiosa, cultural, política.

Não gratuitamente, o organicismo, sobretudo em suas matrizes católica e positivista, sempre foi radicalmente contrário ao liberalismo, em particular ao liberalismo econômico (o “liberismo”, como definia Norberto Bobbio).

A convergência circunstancial entre liberalismo e catolicismo, à Lacerda, nos anos 1960, guardou algum êxito, mas a variável anticomunista é que a cimentava. No regime ditatorial civil-militar de 1964, o positivismo militar aliou-se ao liberalismo econômico transnacionalizante. Porém, com o tempo, senão o hegemonizou, equilibrou, conforme o “comunismo” deixava de servir de preocupação. 

Na contramão, o chamado neoliberalismo e as seitas evangélicas, mormente neopentecostais, são frutos de outras civilizações, principalmente anglo-saxãs. Dotados de esquemas de percepção peculiares e que pouca ou nenhuma relação possui com o organicismo. São expressões intelectuais, culturais e religiosas, por natureza, individualistas, egóicas. Fundamentalmente: o indivíduo, a parte, tem primazia sobre o todo.

Oportuno frisar que o crescimento da influência e da força de incidência cultural e política do neoliberalismo e das igrejas evangélicas se deu na esteira da crise da dívida externa dos anos 1980 e, particularmente, com a inserção subordinada da economia nacional na “globalização”. Culturalmente, o resultado tem sido a intensa absorção de valores anglo-saxões, individualistas, egoístas, os quais Huntington classifica como “ocidentais”.

Diga-se de passagem, o pensador norte-americano preconizava a tomada de iniciativas voltadas à “ocidentalização” da América Latina, à maneira de um “soft power”, de sorte a melhor proteger os interesses hegemônicos de poder mundial dos Estados Unidos.
Assim, temos a equação formada por uma subordinação incontrolada do setor produtivo e financeiro brasileiro ao capitalismo internacional, associada ao dilatado proselitismo (inclusive televisivo) e recursos financeiros amplos entre as seitas evangélicas. Poderosas forças econômicas, políticas e culturais de incidência estranhas à civilização brasileira.

Hoje, vemos o País esfarelar-se de maneira abjeta. Vê-se a predominância de polêmicas e temas adentrando a agenda pública, que sequer resvalam nos principais problemas que ameaçam a Nação. Polêmicas, não raro falsas, promovidas por intolerantes setores antinacionais, liberalóides e religiosos, que mais obscurecem e embotam as necessárias discussões sobre os decisivos desafios e dilemas brasileiros. 

Não mais sabemos o que somos, o que queremos. Isso não é gratuito. Qualquer esforço intelectual, cultural, em nossos dias, de mapeamento, pior ainda de construção, da identidade nacional brasileira seria um exercício sobremodo hercúleo.

Se não conseguimos mais nos enxergar compartilhando valores, princípios e linguagens minimamente comuns, é válido não esquecer ao menos isto: o território brasileiro possui 25% da água doce do planeta; reservas mineiras e energéticas extraordinárias, sob a cobiça internacional. Cercado por bases militares estadunidenses (são mais de vinte).

A crise ecológica internacional da escassez de terras férteis e agricultáveis, de fontes de energia e água potável, está logo ali se insinuando na esquina do tempo. Se quisermos ter algum futuro enquanto Nação é preciso lembrar quem e o que somos, procurar identificar o que queremos, o que é realmente importante, visando nossa defesa e segurança frente a um mundo instável e ameaçador.

O artigo original poderá ser acessado por meio do link abaixo

Que Deus abençoe todo o povo brasileiro.

Alexandros Meimaridis

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Os comentários não representam a opinião do Blog O Grande Diálogo; a responsabilidade é do autor da mensagem, sujeito à legislação brasileira. 

quarta-feira, 5 de abril de 2017

REDE GLOBO LEVA HIPOCRISIA AO EXTREMO



O artigo abaixo foi publicado pelo site Brasil Dois Pontos e é da autoria de Marco Damiani.

Globo promove violência contra a mulher, sexismo, traição, prostituição e machismo em novelas, mas emissora diz combater assédio vil de galã; você crê?

MARCO DAMIANI/BR:

A hipocrisia da Rede Globo atingiu um limite maior, um recorde! Pelas novelas, há décadas, todas as noites, em horários nobres, incentiva o sexo precoce, rebaixa as mulheres a objetos sexuais, faz elegia do machismo, glamouriza a prostituição, afiança traições, arranca roupas, tira camisas, exibe bundas, paga peitinhos e… agora diz que a política interna da emissora não se coaduna com o vil assédio sexual do ator José Mayer – ele próprio personagem cafajeste, poligâmico e violento.

Na verdade, um simples afastamento do assediador e a liberação de campanhota de atrizes contra o assédio – exatamente elas que, pela grana, claro, topam todos os papeis de mulheres inferiorizadas que a Globo lhes dá – não são bem uma punição nem uma autocrítica. Panos quentes, isso sim.

A questão do assédio do galã de olho de vidro sobre a trabalhadora dos camarins é maior e de fundo.

Umberto Eco previu que a televisão de má qualidade destruiria a sociedade italiana. A Globo destruiu a brasileira, e não há no horizonte de longo prazo qualquer chance de reverter essa situação, levando a democracia a, ao menos, domar a Globo. O PT, que teve correlação de forças favorável para fazer isso, tremeu. E traiu.

Agora, um dos resumos da nossa ópera bufa se chama José Mayer. O cara vem e diz que errou, as globelezinhas botam camisetinhas dizendo que todas foram mexidas e colunistas do pensamento único já vão dizendo que a Globo dá exemplo de administração de crise. Triste e patético.

Quero ver pedir para mudar o foco das novelas, reivindicar um jornalismo que não misture tragédias e alegrias para banalizar a vida, exigir mínima isenção política e combater a propriedade cruzada.

O resto, como diria FHC, são ‘pinuts’.

A respeito das colunas do pensamento único, segue a de Daniel Castro, do Folhão, que narra tudo direitinho e, no final, dá ponto para a… Globo!

DANIEL CASTRO – Publicado em 04/04/2017, às 16h04 – A Globo foi muito esperta (e feliz) na reação à acusação de assédio sexual contra o ator José Mayer, um dos seus grandes galãs, eterno símbolo do macho viril de suas novelas. A emissora transformou um crime ocorrido em seus camarins, potencialmente prejudicial à sua imagem, em uma peça de marketing social.

Ao suspender Mayer de suas produções, estimular um movimento feminista em seus corredores e forçar o ator a admitir o erro, a Globo passou uma imagem de empresa moderna, sintonizada com seu tempo, e decretou o fim da era do teste de sofá (aquele em que o ator ou atriz tinha de fazer um favor sexual ao diretor para conseguir um trabalho).

A emissora, inicialmente, foi discreta diante da acusação, feita em fevereiro pela figurinista Susllem Meneguzzi Tonani, de que José Mayer teria passado a mão em sua genitália. Instaurou uma apuração interna e esperou o caso morrer. Mas a figurinista, encerrado seu contrato por obra com a novela A Lei do Amor, resolveu colocar a boca no trombone. Seu relato corajoso chocou milhares de mulheres, começando pelas que trabalham na própria Globo.

No último final de semana, a direção da emissora foi pressionada por funcionárias, muitas delas atrizes de renome. Esperta, a cúpula da Globo soube usar a energia do inconformismo a seu favor. Convictos de que Mayer abusara da figurinista, ergueram o código de conduta ética da emissora, peça que já condena todo tipo de assédio entre seus colaboradores.

Mais do que isso, os executivos estimularam uma manifestação (eles rejeitam o termo protesto) em curso nesta terça-feira. Funcionárias da emissora passaram a vestir (e a exibir nas redes sociais) uma camiseta com a frase “Mexeu com uma, mexeu com todas”. No Vídeo Show, as atrizes Nathalia Dill, Débora Nascimento e Júlia Rabello exibiram suas roupas-cartazes e condenaram o assédio sexual.

Assim, a Globo transformou em notícia uma ação que ela própria apoiou, levando a manifestação muito além dos muros de seus estúdios no Rio de Janeiro. Deu visibilidade a um tema muito valioso nos dias de hoje e demonstrou que acredita em valores como o respeito, que faz questão de grafar, em seus documentos internos, com letra maiúscula. Ponto para a Globo.

Original: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/analise-transforma-caso-de-assedio-em-marketing-e-decreta-fim-do-teste-do-sofab-14659#ixzz4dK2p7jCa

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O artigo original poderá ser visto por meio do link abaixo:


NOSSO COMENTÁRIO

Diante da exposição de tamanha hipocrisia ficamos pensando quantos milhões de horas são gastas pelos chamados evangélicos assistindo ao conteúdo da novelas da Rede Globo, que foi tão bem descrito no início do artigo. E mais: pensamos também em como Deus vê os que se dizem crentes e fazem esse tipo de uso do precioso tempo que cada um de nós recebe da parte do Senhor.

Que Deus tenha misericórdia de todos.

Alexandros Meimaridis

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A ORAÇÃO DO “PAI NOSSO” - SERMÃO 010 — O REINO DE DEUS — PARTE 2 — Mateus 6:10


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Essa série tem por objetivo expor de maneira ampla, bíblica, literária, histórica e teologicamente, a oração que chamamos de “Oração do Pai Nosso”. Nosso desejo é enriquecer a vida de todos por meio desses esboços de mensagens que também estão disponíveis em áudio. Na parte final desse artigo o leitor encontrará os links para os outros esboços e para os áudios à medida que forem sendo publicados.



Essa série tem por objetivo expor de maneira ampla, bíblica, literária, histórica e teologicamente, a oração que chamamos de “Oração do Pai Nosso”. Nosso desejo é enriquecer a vida de todos por meio desses esboços de mensagens que também estão disponíveis em áudio. Na parte final desse artigo o leitor encontrará os links para os outros esboços e para os áudios à medida que forem sendo publicados.

A ORAÇÃO DO “PAI NOSSO”

Uma Exposição Bíblica, Literária e Teológica de Mateus 6:9—13

SERMÃO 010 — O REINO DE DEUS — PARTE 2 — Mateus 6:10


Introdução

A. O Reino de Deus está intimamente ligado aos acontecimentos históricos que dizem respeito ao planeta Terra e seus habitantes.

B. Essa verdade nos levou às seguintes considerações acerca de como podemos ver a história da humanidade —

1. A primeira visão é aquela esposada pela maioria dos cientistas, ateus ou agnósticos e pessoas sem religião de um modo geral. Para eles: A HISTÓRIA NÃO TEM NENHUM SIGNIFICADO. Começando com os deístas do século XVIII, a idéia básica desse pessoal é que Deus criou o Universo e tudo o que está aí e depois virou as costas deixando as coisas seguirem seu curso, até a exaustão do Universo em um processo chamado de “Entropia do Universo”. É lógico que nesses últimos 400 anos muito perderam a fé na existência de um deus qualquer que seja ele.

2. A Segunda visão era promovida já nos dias de Jesus pela filosofia grega, que acreditava que a história é uma série de eventos se movendo em círculos. O que já aconteceu, tornará a acontecer. Assim, concluíam os gregos: Nossas vidas podem estar cheias de fúria e tumulto, mas TUDO ISSO NÃO TEM NENHUM SIGNIFICADO.

3. A terceira visão é aquela apresentada pela Bíblia. Nessa visão da História: 1) Deus é o Criador e Sustentador do Universo; 2) Ele é o Senhor Soberano da História e a mesma se dirige para o fim que Deus mesmo idealizou para a mesma:

Hebreus 1:1—3  

1  Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
2  nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.

3  Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas.    

C. Mas como falamos no sermão anterior a questão envolvendo a vinda do Reino de Deus é bastante paradoxal, por causa dos três fatores a seguir:

D. O Novo Testamento faz as seguintes afirmações acerca do Reino de Deus:

1. O mesmo já está presente em nosso meio, mas não ainda.

2. O mesmo está próximo, mas ainda encontra-se distante.

3. Existem sinais da proximidade do mesmo, mas é impossível saber com exatidão quando o mesmo irá chegar.

D. Os motivos porque os ensinamentos acerca do reino de Deus são tão paradoxais, são dois:

1. Em primeiro lugar quando Jesus nos mandou orar: “VENHA O TEU REINO”, ele fez isso para nunca nos esquecermos dessa realidade: DEUS ESTÁ O TEMPO TODO NO CONTROLE, INDEPENDENTE DAS DIFICULDADES, DAS TRAGÉDIAS E SOFRIMENTOS QUE TENHAMOS QUE ENFRENTAR. Nossa oração é uma manifestação aberta e constante da nossa inabalável confiança no controle e na soberania de nosso Deus sobre a História. Portanto devemos sempre dizer: “VENHA O TEU REINO”.

2. O segundo motivo, eu creio, tem a ver com o ensinamento de Jesus em Marcos 13:33—37 que nos ordena manter uma atitude vigilante, enquanto oramos: VENHA O TEU REINO.

E. Hoje queremos voltar nossa atenção para as formas mais comuns como foi entendida a frase ensinada pelo Senhor que diz:

VENHA O TEU REINO

I. QUATRO ENTENDIMENTOS CLÁSSICOS ACERCA DO REINO DE DEUS

Durante a história da Igreja nós podemos notar quatro entendimentos básicos acerca do Reino de Deus.

A. Primeiro Entendimento: ESCATOLÓGICO

1. A Escatologia é a doutrina bíblica que trata dos ensinamentos relativos ao final dos tempos. 

2. Dentro dessa visão — Escatológica — o Reino de Deus é visto com um dom de Deus reservado para o final da história.

B. Segundo Entendimento: MÍSTICO

1. De acordo com esse entendimento o Reino de Deus é visto como presente dentro dos corações dos crentes.

2. Nessa visão, entrar no Reino de Deus é o mesmo que tornar-se cristão e se empenhar em conhecer e fazer a vontade de Deus dia a dia.

3. Ainda dentro dessa visão, o Reino de Deus está localizado no céu e a vida cristã é vista, primeiramente — ou exclusivamente — como uma preparação para entrar nesse Reino celestial.
   
C. Terceiro Entendimento: POLÍTICO
  
Esse entendimento enxerga o reino de Deus em algum reino humano em particular: Bizâncio no leste, o Sacro Império Romano Germânico no Oeste, os Estados Unidos da América, especialmente sob George Walker Bush — o idiota perfeito.

D. Quarto Entendimento: IDENTIFICA O REINO COM UMA DENOMINAÇÃO ESPECÍFICA.

Já tivemos a oportunidade, no passado, de falar que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo não pode nunca ser confundida com nenhuma denominação. O mesmo é verdadeiro no que diz respeito ao Reino de Deus.

II. Qual Desses Entendimentos é o Melhor?

A. Aqueles que identificam o Reino de Deus com um Dom de Deus que será concedido, em toda sua plenitude no final dos tempos, estão refletindo aspectos do ensino do Novo Testamento no que diz respeito ao Reino de Deus.

B. Aqueles que defendem que o Reino de Deus está dentro dos nossos corações nos preparando para chegar ao céu, refletem outro conjunto de verdades também ensinadas pelo Novo Testamento.

C. Apesar de nenhuma Igreja poder ser identificada com o Reino de Deus, as igrejas que se empenham em pregar o verdadeiro evangelho da graça e proclamar a Jesus como único Senhor e Salvador têm um papel importante em preparar os seres humanos para receberem o Reino de Deus em seus corações.

D. O imperador Constantino imaginou que seu império romano correspondia ao reino dos céus, mas ele e tantos outros depois dele estavam completamente errados. Todavia é importante entendermos que o Reino de Deus tem tudo a ver com a promoção da paz, da justiça, da defesa do meio ambiente, e muitos outros aspectos que só podem ser desenvolvidos através de meios políticos e sociais.

Conclusão

A. Diante de tudo o que vimos e falamos até aqui, nós podemos afirmar com segurança que o Reino de Deus inclui tudo o que Jesus disse e ensinou.

B. As parábolas de Jesus — muitas delas foram iniciadas com essas palavras: O REINO DE DEUS É — foram, de modo prioritário, descritoras do Reino de Deus. Cada uma delas nos ensinou algum aspecto do Reino.

1. As parábolas de Jesus nos ensinam que o Reino de Deus estabelece normas éticas que os seres humanos precisam seguir.

2. Em outras passagens Jesus nos ensinou que o Reino de Deus precisa ser abordado por nós com a mesma atitude que uma criança aborda qualquer coisa: sem malícia e com plena confiança.

3. Não é impossível, mas é muito difícil para as pessoas ricas entrarem no Reino de Deus. Fica aqui a pergunta para os promotores e adoradores da Teologia da Prosperidade: Como vocês reconciliam ficar rico com as palavras de Jesus?

4. O Reino de Deus tem três mandamentos básicos:

a. Amar a Deus —

Mateus 22:37—38

37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.

38 Este é o grande e primeiro mandamento.

b. Amar o próximo —

Mateus 22:39

O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

c. Amar os irmãos do mesmo modo como Jesus nos amou — Jesus chamou esse de “NOVO MANDAMENTO”:

João 13:34

Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.

C. O Batismo Cristão e a Celebração da Santa Ceia são formas perenes de sermos lembrados que estamos em uma santa aliança com Deus e que somos membros do glorioso Reino de Deus. Devemos abrir nossos corações todos os dias para receber as bênçãos que Deus tem para nós e nossas sociedades, enquanto aguardamos VIGILANTES e CHEIOS DE ESPERANÇA o cumprimento das promessas de Jesus com Respeito ao Reino de Seu Pai. Continuemos, pois orando sempre: VENHA O TEU REINO.

D. Como o pedido anterior: SANTIFICADO SEJA O TEU NOME; esse pedido VENHA O TEU REINO transcende o tempo e o espaço e nos fazem lembrar que Deus está SEMPRE em pleno controle de todos os acontecimentos.

E. Portanto, quando oramos essas palavras, precisamos nos lembrar que não estamos orando apenas por nós mesmos, nem apenas por nossas comunidades, mas estamos orando pelo mundo inteiro através da história.

F. Resumindo: o Reino de Deus possui pelo menos quatro componentes: É um dom de Deus para o seu povo no final da história humana, ao mesmo tempo em que o mesmo é parte da vida diária enquanto estamos nessa vida. A Igreja é importante para o Reino de Deus e as grandes questões da humanidade como PAZ, JUSTIÇA, MEIO AMBIENTE E UMA TOTAL IGUALDADE RACIAL SÃO CENTRAIS AO MESMO. 

G. Na próxima mensagem iremos falar da petição que tem a ver com FAZER A VONTADE DE DEUS.

Até lá que Deus abençoe a todos.

OUTRAS MENSAGENS DA SÉRIE DO PAI NOSSO

001 — INTRODUÇÃO A MATEUS 6:9—15

002 — O PAI NOSSO — PARTE 001 — MATEUS 6:9

003 — O PAI NOSSO — PARTE 002 — MATEUS 6:9

004 — O PAI NOSSO — PARTE 003 — MATEUS 6:9

005 — O PAI NOSSO — PARTE 004 — MATEUS 6:9a — PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS

006 — O PAI NOSSO — PARTE 005 — INTRODUÇÃO À ESTRUTURA DO PAI NOSSO — Mateus 6:9—13

007 — O PAI NOSSO — PARTE 006 — SANTIFICADO SEJA TEU NOME — Mateus 6:9

008 — O PAI NOSSO — PARTE 007 — A RELAÇÃO DA SANTIDADE DE DEUS COM A JUSTIÇA E O AMOR — Mateus 6:9

009 — O PAI NOSSO — PARTE 008 — O REINO DE DEUS — PARTE 001 — Mateus 6:10

010 — O PAI NOSSO — PARTE 009 — O REINO DE DEUS — PARTE 002 — Mateus 6:10
Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

JOÃO 3:16: O AMOR DE DEUS E O MUNDO PECAMINOSO

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O artigo abaixo foi escrito por John Tweeddale e publicado no site da Editora FIEL.

o significado BÍBLICO de mundo em JOÃO 3:16

Uma das guinadas mais surpreendentes de João 3.16 é que somos informados que Deus ama o mundo. Podemos ser tentados a pensar que há muitas coisas no mundo para Deus amar. Afinal de contas, como não admirar as paisagens urbanas e rurais, alta gastronomia e churrascos de quintal, sinfonias clássicas e música popular, pinturas renascentistas e rabiscos de jardim de infância? O mundo que conhecemos está repleto de texturas, desafios, oportunidades e alegrias. O problema é que tudo o que é bom, interessante e bonito no mundo está saturado de pecadores. Desde que Adão e Eva se rebelaram contra Deus no jardim, o mundo se tornou uma terra desolada. Não obstante quão maravilhoso o mundo pareça, ele não é digno do amor redentor de Deus.

Entender como o mundo é indigno do amor de Deus é a chave para João 3.16. Só assim apreciaremos o presente inesperado que Deus dá. Este ponto foi bem estabelecido há muitos anos pelo estimado teólogo Benjamin Breckinridge Warfield. Em seu sermão “O incomensurável amor de Deus”, Warfield investiga o significado do termo “mundo” (em grego kosmos) em João 3.16, a fim de sondar as profundezas do amor de Deus.

Qual é o significado de “mundo” nesta passagem? A partir das ideias de Warfield, encontramos quatro respostas possíveis.

Em primeiro lugar, muitas pessoas acreditam que “mundo” significa todas as pessoas, sem exceção. Em outras palavras, quando João 3.16 diz que Deus ama o mundo, isso significa que ele ama todas as pessoas, uma por uma, de forma igual. A lógica é algo deste tipo: Deus ama todas as pessoas; Cristo morreu por todas as pessoas; portanto, a salvação é possível para todas as pessoas. No entanto, essa visão parece sugerir que o amor de Deus é impotente, e que a morte de Cristo é ineficaz. Caso contrário, a conclusão natural desta posição seria a de que todas as pessoas são efetivamente salvas, em vez de apenas potencialmente salvas. Se Deus ama todas as pessoas, e Cristo morreu por todas as pessoas; se o amor de Deus não é impotente, e morte de Cristo não é ineficaz, então a única conclusão a que se pode chegar é que a salvação é assegurada para todas as pessoas. No entanto, este ponto de vista contradiz o ensino da Bíblia sobre o julgamento de Deus, tal como é evidenciado pelo contexto imediato em -

João 3.17—21

17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.

20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras.

21 Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.

Em segundo lugar, outros argumentam que “mundo” significa todas as pessoas, sem distinção. Esta opção enfatiza que Deus ama mais de um tipo de pessoa ou grupo étnico. A morte de Cristo na cruz não foi apenas por judeus, mas também por gentios. O amor de Deus não se restringe a fronteiras nacionais, mas se estende a todos os tipos de nações, tribos, culturas, línguas e povos. A isso, todo o povo de Deus (tanto arminianos quanto calvinistas) diz um caloroso “Amém”. Apesar de este ponto de vista ter a vantagem de estar, sem dúvida, certo e de se encaixar dentro do contexto maior do evangelho de João sobre a identidade global dos “filhos de Deus” (por exemplo, João 1.9—13; 4.42), ele não chega a capturar o forte contraste entre “Deus amou” e “o mundo” que João 3.16 deliberadamente evoca.

Em terceiro lugar, uma nuance popular da opção anterior entre os teólogos reformados é argumentar que “mundo” em João 3.16 se refere aos eleitos. Ao longo de todo o Evangelho de João, Jesus enfatiza a particularidade de sua graça —
João 6.37

Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim.

João 10.14—15

Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim […] e dou a minha vida pelas ovelhas.

João 15.19

Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.

João 17.9

É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.

E assim por diante. O ponto é que o povo de Deus é escolhido de um mundo descrente. Novamente, este ponto de vista possui um tom importante ao destacar a doutrina bíblica da eleição, mas o foco do termo “mundo” em João 3.16 não é tanto sobre a identidade do povo de Deus, mas sobre a natureza do amor de Deus.

Isso nos leva à opção final. Uma defesa consistente pode ser feita para crermos que “mundo” se refere à qualidade do amor de Deus. Warfield declara de forma convincente:

[Mundo] não é aqui tanto um termo de extensão; antes, é um termo de intensidade. Sua conotação primária é ética, e o objetivo de seu emprego não é sugerir que o mundo é tão grande que é preciso uma grande dose de amor para abarcá-lo completamente, mas que o mundo é tão ruim que é preciso um grande tipo de amor para poder amá-lo, e sobretudo para amá-lo como Deus o amou quando deu o seu Filho por ele.
O mundo representa a humanidade pecadora, e não é digno do amor salvífico de Deus. Fora do amor de Deus, o mundo está sob a sua condenação. Mas em Cristo, os crentes experimentam o amor surpreendente, redentivo e infinito de Deus. João 3.16 não diz respeito à grandeza do mundo, mas à grandeza de Deus.

Por: John Tweeddale. © 2016 Ligonier. Original: The World

Este artigo faz parte da edição de Maio de 2016 da revista Tabletalk.

Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira. Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: O significado bíblico de “mundo” em João 3.16

O artigo original poderá ser visto por meio do seguinte link:


John Tweeddale

Rev. John W. Tweeddale é reitor acadêmico e professor de teologia na Reformation Bible College em Sanford, Fl.

Que Deus abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

DINAMARCA ADOTA PRINCÍPIO BÍBLICO E PROÍBE SEXO COM ANIMAIS

 

O artigo abaixo foi publicado pelo site G1 com material fornecido pela agência REUTERS.

Dinamarca proíbe bestialismo para evitar turismo sexual com animais
Segundo conselho, há relatos de shows de sexo com animais em bordéis.
Alemanha, Noruega, Suécia e Grã-Bretanha proíbem a prática.
Da Reuters

A Dinamarca aprovou uma lei determinando a proibição da bestialismo (prática sexual com animais), aumentando assim o rigor em uma legislação que ativistas temiam estar incentivando o turismo sexual com animais no país.

A lei complementa uma proibição anterior sobre relações sexuais que machucassem os animais, algo que o ministro da Agricultura, Dan Jorgensen, argumentou ser difícil de provar.

"A legislação atual não protege os animais suficientemente. É difícil provar se um animal sofre quando um humano tem relação sexual com ele, e é por isso que devemos dar ao animal o benefício da dúvida", disse Jorgensen, em um artigo opinativo.

Aqueles que votaram a favor do projeto disseram que a Dinamarca não queria continuar a ser o último país do norte da Europa onde o bestialismo fosse permitido, pois atrairia o turismo sexual com animais. Alemanha, Noruega, Suécia e Grã-Bretanha já haviam proibido anteriormente o bestialismo.

"Há relatos frequentes de ocorrência de shows de sexo com animais organizados em clubes e bordéis na Dinamarca", afirmou o Conselho de Ética para Animais dinamarquês, um conselho consultivo independente ligado ao ministério da Agricultura e de Alimentos, em um relatório, acrescentando que não pode verificar os relatos.

Ativistas dos direitos dos animais incluindo PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) pediram ao primeiro-ministro, Helle Thorning-Schmidt, e a Jorgensen a alteração na legislação.

O artigo original poderá ser visto por meio do link abaixo:


ENQUANTO ISSO

A Bíblia já condenava tal prática há mais de 4.000 anos.

Levítico 18:23—28

23 Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; é confusão.

24 Com nenhuma destas coisas vos contaminareis, porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu lanço de diante de vós.

25 E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua iniqüidade, e ela vomitou os seus moradores.

26 Porém vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós;

27 porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra que nela estavam antes de vós; e a terra se contaminou.

28 Não suceda que a terra vos vomite, havendo-a vós contaminado, como vomitou o povo que nela estava antes de vós.

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Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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