terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Cabana – Livro escrito por William P. Young



No ano passado eu tive a oportunidade de receber duas cópias do livro escrito por William P. Young; A CABANA. A primeira me foi emprestada pelo noivo de uma das minhas filhas, que me disse que havia comprado o livro por impulso ao ler a recomendação feita pelo cantor e compositor cristão Michael Smith. A segunda me foi dada quando estava convalescendo, em Agosto de 2010, de uma cirurgia para a implantação de duas pontes de safena e uma de mamária. Essa cópia foi trazida pelo meu vizinho da frente que veio me fazer uma visita e me trouxe o livro como presente.
A Cabana é um romance, uma ficção, portanto, escrita pelo canadense William Paul Young. Esse autor é filho de missionários nas ilhas da Nova Guiné e formou-se em Religião pela Universidade do Oregon. Wiliam se considera um admirador da obra de C. S. Lewis, mas não será difícil perceber que a admiração não significa seguir nos passos da pessoa admirada.

Em seu romance, o autor descreve deus como uma entidade que evita, a todo custo, emitir qualquer tipo de julgamento sobre o comportamento dos seres humanos, que ama rock & roll e que não espera, absolutamente nada das pessoas, em termos de obrigações ou responsabilidades.



Junto com um grupo de amigos, o autor tentou vender o livro para vinte e seis editoras diferentes sendo recusado por todas elas. Por fim, resolveram publicá-lo eles mesmos através de uma editora que fundaram exclusivamente para esse propósito. O livro acabou se tornando, basicamente pela propaganda “boca à boca”, em um verdadeiro campeão de vendas e tornou-se o livro e áudio livro mais vendido nos Estados Unidos durante os onze primeiros meses do ano 2009. O livro causou um enorme impacto em muitos “cristãos”, bem como em uma multidão de incrédulos que não desejam, de nenhuma forma, se identificarem com o cristianismo nem com nenhuma denominação religiosa.

Um desses indivíduos, chamado Aram, publicou uma mensagem no blog do autor de A Cabana – windrumors.com. Cremos que essa mensagem é representativa da maioria dos leitores do livro. Em primeiro lugar Aram se declara um incrédulo, mas adorou ler o livro de Paul, porque:

• A Cabana não fala do fogo do inferno.

• Não apresenta nenhuma regra ou requerimentos da parte de deus.

• deus não pune o pecado nem causa nenhum tipo de sofrimento nos seres humanos.

Lendo o livro, Aram finalmente entendeu que ele já é um “filho de deus” e que seu futuro está seguro nas mãos de Jesus.
Todavia, devemos notar que a leitura do livro não apresenta, onde quer que seja, nenhuma informação acerca da morte expiatória de Cristo, da necessidade de arrependimento por parte dos seres humanos pecadores, da oferta divina da fé capaz de salvar ou da necessidade humana da regeneração.

Diante disso, Aram se sente à vontade para recriminar todos os cristãos que querem assustar os não cristãos falando de lago que arde com fogo e enxofre. É óbvio que Aram, nunca leu o Novo Testamento. Essa questão de penas eternas em um lago de fogo inextinguível é um assunto tão sério e complicado, que a única pessoa que ensinou acerca do mesmo, sem rodeios, foi o próprio Senhor Jesus Cristo. Vejamos algumas dessas referências:

Lucas 3:17 - A sua pá, ele a tem na mão, para limpar completamente a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; porém queimará a palha em fogo inextinguível. Nesse verso é João Batista quem está falando, mas sua referência é claramente ao Senhor Jesus.

Mateus 5:22 - Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.

Mateus 10:28 - Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.

Mateus 11:23 - Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje.

Mateus 13:30 - Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.

Mateus 13:49-50 - Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.

Mateus 23:15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!

Mateus 23:33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?

Mateus 25:41 - Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.

Lucas 16:23 No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.

Existem outras passagens no Apocalipse, mas João, o Evangelista, estava apenas narrando o que estava vendo.

Paul Young louva os comentários de Aram, os quais considera “brilhantes”.

Para aqueles que não leram “A Cabana” o resumo é o seguinte: trata-se, como já dissemos, de uma narrativa de ficção acerca de um homem, profundamente amargurado contra Deus, pois o acusa de ser o responsável pelo brutal assassinato de sua filha acontecido em uma cabana, a própria, quatro anos antes. Agora, ele retorna àquela cena de crime e acaba passando por uma experiência que transforma sua vida. Essa experiência é um encontro com o próprio deus, que não é, em nenhuma hipótese, o Deus revelado na Bíblia, especialmente através da revelação mediante a pessoa de Jesus Cristo. A trindade de Young é composta por: uma jovem mulher asiática chamada “Sarayu” – que pretende ser o Espírito Santo – por um carpinteiro oriental que adora uma boa diversão – que pretende ser Jesus e é chamado por esse nome – e por uma mulher negra chamada “Elousia” – que pretende ser Deus, o Pai. Essa trindade é muito semelhante a essa “nova trindade” à qual estamos sendo gradativamente apresentados pelos mestres da chamada “Igreja Emergente”. É uma trindade tranqüila, até mesmo relaxada eu diria, que adora todo tipo de rock & roll, que não exercita nenhum tipo de ira contra o pecado – contrastar com Romanos 1:18—32; não exige nada dos seres humanos e que não gosta, em linhas gerais, de nenhuma igreja. Elousia afirma o seguinte: “Aqueles que me amam procedem de todos os sistemas que existem. Eles são budistas, mórmons, batistas ou mulçumanos... Eu não tenho nenhum desejo em convertê-los em cristãos”. Como podemos ver, as idéias de Paul Young se parecem muito com as idéias do catedrático católico Peter Kreeft que tem o apoio do pastor batista Rick Warren – ver matéria publicada nesse blog aqui:

http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/01/rick-warren-se-une-catedratico-catolico.html

Você também poderá ler outro artigo acerca de Rick Warren nesse link:

http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/07/pastor-incentiva-uniao-com-incredulos.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis 

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

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