sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

RICARDO GONDIM É UM VERDADEIRO PINÓQUIO



Não costumo ler nada escrito por Ricardo Gondim, a menos que duas circunstâncias aconteçam:

• Alguém me empreste um exemplar da revista Ultimato onde seus artigos são puro tédio e rancor.

• Alguém me envie, via e-mail, alguma das suas muitas bobagens que costuma escrever em seu site.

Fora dessas duas situações, não tomo conhecimento nem me interesso pelo que ele faz ou escreve.

Um dia desses a segunda situação aconteceu. Uma pessoa lá de Portugal, me mandou no e-mail um link para um artigo escrito pelo Ricardo.

O Artigo se chama “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico” e foi publicado em 7 de Fevereiro de 2011. Nesse artigo, da maneira mais descarada e mentirosa ele afirma que a atual situação do evangelho no Brasil é devida “a esse subgrupo do cristianismo e do protestantismo conhecido como Movimento Evangélico”.

Ora, o mínimo que se pode esperar de alguém que pretende escrever com base no “soli Deo gloria”, ou seja, escreve com a pretensão de promover a glória de Deus, é que fale a verdade e não mentiras.

Esse Senhor sabe muito bem que aquilo que ele chama de “Movimento Evangélico” não tem nada de reformado e menos ainda de cristão, nem em suas doutrinas nem em seus costumes e práticas. Tem sim, tudo a ver com o movimento Pentecostal, que em meros 100 anos abriu as portas para todas essas aberrações que estamos vendo aí. Aliás, Gondim foge de suas responsabilidades porque é pastor pentecostal e, antes de perder a fé de que a salvação é exclusivamente por Jesus Cristo, ele foi um grande propagador das mentiras pentecostais. A principal dessas mentiras é o alegado batismo com o Espírito Santo acompanhado do falar em línguas estranhas. Ele mesmo declara que passou por essa falsa experiência. Digo que é falsa, porque o Batismo com o Espírito Santo não é experimental e não existe nenhuma manifestação perceptível atrelada ao mesmo. Não nego, entretanto, que o mesmo tenha passado por algum tipo de experiência real e verdadeira com o Espírito Santo, tal como, ter sido enchido pelo mesmo. Mas que ele nunca experimentou o Batismo com o Espírito Santo. Isso ele não experimentou mesmo.

Os próprios apóstolos do Senhor só foram reconhecer que haviam sido batizados com o Espírito Santo muito tempo depois dos eventos narrados em Atos 2. Desafio a qualquer um a me provar, usando exclusivamente o texto de Atos 2, de que o Batismo com o Espírito Santo aconteceu naquele dia. Em primeiro lugar, a expressão nem é mencionada em Atos 2. Muito estranho mesmo que tivesse acontecido e não fosse sequer mencionada pelos apóstolos e registrada pelo Dr. Lucas, mesmo diante das palavras do Senhor Jesus em Atos 1:5, de que eles seriam batizados com o Espírito Santo, não muito depois daqueles dias. No entanto, quando transcorreram os eventos narrados em Atos 2, Pedro disse que aquilo era o cumprimento da promessa feita através do Profeta Joel. Nem ele, nem ninguém relacionou os eventos de Atos 2 com o Batismo com o Espírito Santo prometido por Jesus. Tempos depois, em Atos 11:16, quando Pedro estava na casa de Cornélio e viu as manifestações do Espírito Santo que eram semelhantes àquelas que tinham acontecido em Atos 2, ele diz que só então se lembrou das palavras de Jesus em Atos 1:5. Ou seja, Pedro e toda a igreja de todos os tempos foram batizados com o Espírito Santo no dia de Pentecostes – ver 1 Coríntios 12:13. Mas eles não perceberam isso, porque o Batismo com o Espírito Santo é um ato de ato de Deus na história que:

• Em primeiro lugar cria a Igreja, o Corpo de Cristo e coloca todos os crentes, de todas as épocas nesse corpo onde eles estão individualmente ligados, de modo indelével, a Cristo. Assim nos tornamos completamente dependentes de Cristo.

• Em segundo lugar o Batismo com o Espírito Santo une os crentes uns aos outros, também de modo indelével, de tal forma, que nos tornamos dependentes uns dos outros para nossa felicidade e realização como cristãos

Essas verdades bíblicas são muito diferentes das mentiras inventadas pelo senhor Charles Fox Parham, que alegou que o Batismo com o Espírito Santo ficou esquecido por dezoito séculos, e que foi reinaugurado na era moderna, no dia 1º de Janeiro de 1901, se manifestando através de uma moça chamada Ages Ozman, que era uma de suas alunas numa escola em Topeka, no Kansas. Dali a pretensão se espalhou para a Califórnia onde, de 1906-1909 foi ensinada 24 horas por dia no chamado “reavivamento da rua Azuza”. Todavia, o líder do movimento da rua Azuza era um negro – William Joseph Seymour - e isso era intolerável para o racista Parham, que tinha até mesmo certas simpatias pela Ku Klux Klan. Para encurtar uma longa história, os pastores brancos acabaram se distanciando do negro Seymour e também de Charles Hanson Manson, outro negro, fundador da “Church of God”, que havia adotado o o formato pentecostal de Batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas estranhas. Esses pastores brancos criaram sua própria denominação, com uma liderança exclusivamente de brancos. Essa nova denominação foi chamada de “Assemblies of God”. Não é difícil perceber que esse pessoal das Assembléias de Deus – todas elas – tem muito o que responder a Deus por causa dessa prática de racismo descarado. No fim da sua vida, completamento abandonado pelos amigos pregadores brancos de outrora, o velho e, praticamente cego, Seymour, finalmente “enxergou” a verdade: o Batismo com o Espírito Santo não tinha nada a ver com falar em línguas estranhas, e sim, com a união de todos os crentes em Cristo, independente da cor da pele inclusive. Mas ai, o estrago já estava feito e hoje envolve mais de quinhentos milhões de pobres iludidos por uma mentira muito bem engendrada e propagada. É no ramo Pentecostal da Cristandade que estão penduradas todas as aberrações que vimos no século XX:

• O Movimento das últimas chuvas.

• O Movimento carismático que causou divisões sem fim por onde se manifestou, algo que dificilmente pode ser atribuído ao Espírito Santo que veio nos unir a Cristo e uns aos outros.

• O Movimento da terceira onda. Esse tem muitos desdobramentos. Desde as “sessões de desemcapetamento total” até a adoração de réplicas da “Arca da Aliança”, passando pela crença de que é possível o crente, habitado pelo Espírito Santo, ser possuído por um demônio imundo e muitas outras sandices.

Agora, em pleno século 21, vem esse indivíduo dizer que os protestantes são os responsáveis por essas imoralidades. Gondim, como sabemos através do que ele escreve, tem sérios problemas com os reformados, a quem se refere, com uma evidente ponta de inveja, como sendo pós doutorados em Teologia. Pergunto: o que a formação teológica de alguém tem a ver com a verdade? Absolutamente nada! Não Sr. Ricardo, os verdadeiros responsáveis por essa situação que enfrentamos no Brasil hoje não tem nada a ver com os reformados. Mas tem tudo a ver com pessoas como você mesmo e com as igrejas de vocês que devem suas existências ao movimento racista iniciado no início do século XX e que atende pelo nome de pentecostalismo. E tudo isso, é claro, feito em nome do Espírito Santo. Como o senhor odeia os reformados e começa a cuspir no prato que comeu do pentecostalismo e seus desdobramentos, não tem para onde ir, então precisa se agarrar no que há de mais ridículo procedente das terras do norte nesse momento, que é a doutrina da chamada “igreja emergente”.

Os reformados não são perfeitos. Longe disso. Mas é injusto atribuir a eles as mazelas daquilo que Gondim chama de “Movimento Evangélico” contemporâneo no Brasil. Como sempre acontece é mais fácil atacar as pessoas das quais não gostamos e Gondim é um homem profundamente rancoroso contra os reformados, os puritanos e outros grupos assemelhados, como pode ser facilmente notado em seu artigo mencionado acima. Mas, apesar de todas as suas mazelas, esses grupos continuam proclamando Jesus como o único Salvador, continuam acreditando que o Deus do Antigo Testamento é o mesmo Pai de Jesus Cristo e continuam abominando todo tipo de pretensão, hipocrisia e mentira.

Quanto a Ricardo Gondim, não crê que o Deus do Antigo Testamento é o mesmo Pai de Jesus Cristo, não crê que a salvação é exclusivamente pela fé em Jesus, o Filho de Deus, e hoje ele adora uma divindade pífia que é incapaz, em suas próprias palavras, de saber o que vai acontecer no futuro.

Alexandros Meimaridis 

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

Para aqueles que querem pesquisar mais acerca de alguns fatos narrados nesse artigo o autor recomenda:

1. Fire from Heaven de Harvey Cox.

2. Modern Christian Revivals editado por Edith L. Blumhofer e Randall Balmer.

3. Teologia do Espírito Santo de Frederick Dale Bruner.

4. Strange Fire de Eric E. Wright.

5. Sinais dos Apostólos de Walter Chantry.

6. Counterfeit Revival de Hank Hanegraaff.

Nenhum comentário:

Postar um comentário