A marcha convocada por Silas Malafaia e outros “donos” do movimento chamado evangélico trouxe à luz uma situação deveras constrangedora. Vários dos líderes que puderam fazer o uso da palavra, se desdobraram em mesuras de agradecimento ao apoio que estavam recebendo, especialmente dos padres e outras autoridadaes católicas ali presentes. Esse blog já chamou a atenção, várias vezes, contra os perigos da associação com outros grupos religiosos, principalmente com os chamados católicos romanos, por aquilo que representam em termos de seus falsos ensinamentos, entre os quais podemos citar:
• A devoção aos santos e, especialmente, à Maria, que não passam da mais grossa idolatria – ver Salmos 115:4-8. Ver entrada do blog aqui:
http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/02/evangelicos-nao-devem-se-esquecer-da.html
• A malfadadada doutrina da transubstanciação, que declara que um biscoito de água e farinha se transforma no verdadeiro corpo e sangue de Jesus Cristo, mediante as palvras mágicas balbuciadas pelo sacerdote romano.
• A desagradável doutrina do purgatório com seus concomitantes ensinamentos acerca das indulgências e das intermináveis missas de sétimo dia, trigéssimo dia, primeiro ano... centésimo ano – se ainda tiver alguém vivo da família para bancar. Caso contrário a alma aprodecerá para sempre ali.
Magno Malta elogiou a presença dos padres católicos e dos católicos em geral, aos quais fez questão de chamar de “nossos irmãos”. Agradeceu também a presença dos espíritas, dos representantes das religiões dos afro-descendentes, dos muçulmanos, dos ateus, dos budistas e dos hinduístas.
O discurso do senador Margno malta pode ser visto aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=IlPaXHBMtbE
Aqueles que reverenciam de verdade a Palavra de Deus devem saber o seguinte. A palavra comunhão no grego é κοινωνία – koinonía. Ela é usada para descrever o tipo de relacionamento que devemos ter com outros crentes verdadeiros, sem exceções nem desculpas, e também é usada para descrever que não devemos manter esses mesmos relacionamentos com os incrédulos.
A palavra grega κοινωνία – koinonía aparece 18 vezes no Novo Testamento e é traduzida de forma consistente por “comunhão” - ver 13 vezes. Em alguns contextos específicos, como aqueles que tratam de levantar ofertas para ajudar irmãos em necessidades, a mesma foi traduzida como “assistência, coleta e contribuição” – ver Romanos 15:26; 2 Coríntios 8:4; 9:3 - e quando se trata de ajudar na expansão do evangelho foi traduzida como “cooperação” – ver Filipenses 1:5 e Hebreus 13:16 onde também pode significar “contribuição financeira”. Todas as outras vezes é traduzida por “comunhão” na versão de Almeida Revista e Atualizada (ARA).
A definição da palavra grega κοινωνία – koinonía - comunhão: a palavra comunhão no Novo Testamento se refere a um relacionamento pessoal experimentado pelos crentes com Deus e uns com os outros, como resultado direto da união com Jesus Cristo. É o Espírito Santo, que habita em cada e todo crente, quem implementa, de forma efetiva, este relacionamento. É o Espírito Santo que nos une, individualmente, a Jesus e em Jesus nos une uns aos outros. Este relacionamento, tão especial, se expressa ou se manifesta no repartir ou compartilhar bens materiais e trabalhar juntos para a propagação do evangelho em amor e unidade.
O texto bíblico que mostra de maneira mais clara a definição dada acima é Atos 2:41 – 47:
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.
Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.
Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.
Todavia, quando se trata de comunhão com os incrédulos a Bíblia é bastante clara: a mesma deve ser evitada a todo custo. Não é possível manter nenhuma comunhão com descrentes e muitos menos saudá-los como “irmãos em Cristo” ou elogiá-los por reverenciarem a Palavra de Deus. Como sabemos todos os grupos mencionados pelo senador Magno Malta não aceitam as verdades reveladas acerca de Jesus, o Filho de Deus e único Salvador da humanidade. Veja a contundência do trecho a seguir: 2 Coríntios 6:14- 7:1 -
14 Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?
15 Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?
16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
17 Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei,
18 serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.
1 Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.
Como podemos notar, não pode mesmo existir nenhuma comunhão com os incrédulos, no sentido bíblico de κοινωνία – koinonía, e muito menos chamar esses tais de “nossos irmãos”. Como Jesus mesmo disse: aquele que não é verdadeiro filho de Deus, é filho do Diabo – João 8:44. Não existe meio termo. Não pode haver comunhão entre aqueles que estão na luz com aqueles que estão nas trevas. Se, de alguma forma tal comunhão existir, como aconteceu no dia 1º de Junho de 2011, então é porque todos os que estavam ali, se encontravam mergulhados nas trevas, que a única coisa que podiam, de fato, compartilhar.
Escrevo essas palavras com profunda triteza e pesar. Escrevo com o objetivo de despertar entre os evangélicos um sentimento de verdadeira lealdade para com Jesus e a Palavra de Deus. Nós podemos e devemos nos organizar e lutar nas diversas frentes que temos diante de nos – kit gay, Pl 122, aborto, uso de embriões humanos para pesquisas, etc. Mas não precisamos nos associar a nenhum incrédulo nesse processo. Se insistirmos em agir dessa maneira, acabaremos sendo rejeitados pelo próprio Deus, que nos ordena: “retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.
O triste espetáculo que tivemos oprtunidade de presenciar no dia 01/06/2011 passado está muito longe do mandamento que temos da parte de Deus, e deve nos fazer corar de vergonha e nos conduzir a mais profunda humilhação, debaixo da poderosa mão de Deus – ver Tiago 4:9-10. Quanta vergonha, quanto horror. Sinto-me ferido por tamanha falta de pudor e coragem da parte desses senhores, tão poderosos, em defender o verdadeiro e puro evangelho de Jesus.
As palavras de Jeremias me veem à mente nesse instante quando ele declara:
Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim? – Jeremias 5:30-31.
Cada leitor e cada evangélico terão que responder pessoalmente, diante de Deus, o que pretende fazer quando essas mentiras e esses mentirosos chegarem ao fim.
Fraternalmente,
Alexandros Meimaridis
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