Esse artigo é parte da série
"Amai-vos Uns aos Outros" e é muito recomendável que o leitor procure
conhecer todos os aspectos dos mandamentos nos quais o Senhor nos ordena
demonstrarmos amor uns pelos outros. No final do artigo você encontrará um link
para o estudo posterior.
Texto:
Gálatas 5:25—26
Introdução.
·
Dentro desta nossa apresentação, que está
tratando dos mandamentos recíprocos negativos – aqueles que nos ensinam o que
não devemos fazer uns com os outros – estamos falando acerca de como os
cristãos não devem se vangloriar.
·
A vanglória tem a ver com a pretensão de ser
aquilo que não somos. Ela se manifesta de duas maneiras principais:
Ø
Através de falso orgulho, quando pretendemos que
somos mais ou melhores que nossos irmãos. Quando pensamos desta maneira, nós
temos a tendência de provocar uns aos outros. Este aspecto foi tratado no
sermão anterior.
Ø
Através de falsa humildade, quando pretendemos
que somos menos ou piores que nossos irmãos. Quando pensamos desta maneira, nós
temos a tendência de sentir inveja uns dos outros. Este é o aspecto que iremos
tratar nesta mensagem.
·
Ao contrário do pecado de provocação, que é
muitas vezes, manifestado de forma verbal ou por atitudes que são percebidas de
forma fácil pelas pessoas ao redor, o pecado da inveja é, de modo geral,
silencioso e imperceptível.
·
Estas duas manifestações da vanglória têm
efeitos e conseqüências desastrosas dentro do corpo de Cristo. Por este motivo,
devemos abrir muito bem, tanto nossos ouvidos como nossos corações, para
aprender que, da mesma maneira em que não devemos provocar uns aos outros, nós
também não devemos...
Ter Inveja uns aos Outros
I. O Mandamento.
Se vivemos no Espírito, andemos
também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos
outros, tendo inveja uns dos outros – Gálatas 5:25—26.
II. Definição do Termo:
·
φθονέω – Fthonéo – invejar.
Podemos definir este mandamento
da seguinte maneira: Invejar um ao outro tem a ver com o desejo ou cobiça de
assumir a função, a habilidade ou as posses de outro crente. Esta atitude se
manifesta sempre com um ressentimento pelas vantagens percebidas e que são
desejadas.
III. Exemplos e Não Exemplos Bíblicos
No contexto da epístola aos
gálatas, este mandamento se aplicava, de forma especial, para aqueles que se
ressentiam dos irmãos que eram reconhecidos como responsáveis pelas comunidades
e que possuíam uma influência provada e aceita dentro da Igreja Cristã.
Mas, além disso, o Novo
Testamento este cheio de versículos com mandamentos muito abrangentes de que
não devemos ter inveja – ou cobiçar - uns dos outros. Vejamos algumas destas
referências.
A. O Que Devemos Evitar
Mas a impudicícia e toda
sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como
convém a santos – Efésios 5:3.
Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,
paixão lasciva, desejo maligno e a avareza – desejo ávido de ter mais - que
é idolatria – Colossenses 3:5.
De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque
nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo
sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar
ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e
perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do
dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e
a si mesmos se atormentaram com muitas dores – 1 Timóteo 6:6—10.
De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão
dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e
invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes,
porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em
vossos prazeres – Tiago 4:1—3.
Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e
invejas e de toda sorte de maledicências – 1 Pedro 2:1.
Acima de tudo isto, porém,
devemos nos lembrar das palavras do Senhor Jesus quando disse:
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um
e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas – Mateus 6:24.
Conclusão:
1. Um cristão que inveja outros cristãos está, de fato,
demonstrando tanto seu descontentamento quanto sua ingratidão para com Deus.
Esta atitude corresponde ao mesmo que:
·
Dizer que Deus não sabe as necessidades que
temos.
· Dizer que Deus não é capaz de suprir nossas
necessidades.
2. A inveja é, na realidade, uma atitude de orgulho e
arrogância.
·
A arrogância se manifesta na atitude que diz:
“Eu mereço mais do que isto que tenho”.
·
O orgulho se manifesta na atitude que diz: “Veja
como eu sou humilde”. Como quem diz: “Eu não sou melhor do que você, e eu faço
questão absoluta que você saiba disto!”.
3. Tanto a falsa humildade quanto
o falso orgulho estão baseados em uma estimativa errada de nós mesmos. Nós
somos nem melhores nem piores do que ninguém. Somos todos pecadores salvos pela
graça de Deus.
4. Aqueles que invejam os outros
não estão, como é evidente, andando no poder do Espírito Santo. O ministério do
Espírito Santo, ao contrário de muito que tem sido ensinado, é produzir a
glorificação do ministério todo suficiente do Senhor Jesus – ver João 16:12—14.
Desta maneira, aqueles que alimentam a inveja estão, na prática, dizendo que
Jesus é insuficiente.
5. Quando um crente inveja outro
crente, ele está se enganando a ponto de poder usar sua alegada “insuficiência”,
como uma desculpa “aceitável” para não se envolver e não usar o dom que Deus
lhe concedeu para o bem de todo o Corpo de Jesus, que a Igreja.
6. Como cristãos, devemos cuidar
dos outros na nossa comunidade como cuidamos de nós mesmos. Devemos nos alegrar
quando percebemos que Deus está abençoando os irmãos em nosso meio,
especialmente naqueles casos, em que eles estão demonstrando crescimento na
vida de fé e na dependência de Deus.
7. Jesus é nosso exemplo em todas as coisas. Em
Filipenses 2:5 o apóstolo Paulo nos desafia com as seguintes palavras: “Tende
em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. Qual era este
sentimento? Jesus abriu mão de seus direitos para fazer a vontade do Pai – ver
Filipenses 2:6—8. E esta deve ser a atitude que devemos imitar. Note as
palavras de Paulo em Filipenses 2:4—5.
Que Deus nos abençoe e nos ajude
a todos neste dever de evitar a vanglória, seja na forma de provocação, seja em
forma de inveja. Que a glória seja toda de Deus e que nós possamos nos
contentar em ser, apenas, vasos de barro – ver 2 Coríntios 4:7.
O
artigo 022 dessa série poderá ser encontrado aqui:
O primeiro artigo - 001 - dessa série poderá ser encontrado aqui:
Que Deus Abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
Desde já agradecemos a todos.
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leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
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Desde já agradecemos a todos.
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