Texto: Isaías 53:1—6
1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi
revelado o braço do SENHOR?
2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como
raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas
nenhuma beleza havia que nos agradasse.
3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os
homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens
escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido.
5 Mas ele foi traspassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas;
cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade
de nós todos.
Introdução:
- O Profeta Isaías e Suas Visões:
Ø Isaías
viveu e profetizou entre os anos de 740 a.C. e 680 a.C. = 60 anos!
Ø Foi
profeta durante os reinos de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias.
Ø O
significado do nome יְשַׁעְיָה - Y’sha`yah
- Isaías é: “O Eterno Salvou”.
Ø Suas
palavras compõem o Livro do Profeta Isaías e ele é chamado de o “Príncipe dos
Profetas”.
Ø Isaías
teve o raro privilégio de ver o SENHOR no Seu templo – Isaías 6.
Ø Isaías
teve também o privilégio de ver a forma como Deus iria executar o plano de
salvação, não só da nação de Israel, mas de todos os seres humanos caídos.
- O Plano de Salvação elaborado por Deus é muito diferente, é exclusivo, quando comparado com todas as invencionices dos homens.
- Existem catalogados mais de 400.000 formas de religiões, cultos, seitas etc., na história da humanidade. Todas as religiões são, como o próprio nome diz, uma tentativa de “religar” o ser humano ao Deus Criador.
- Mas o Plano de Deus não tem nada a ver com as tentativas humanas. O plano de Deus é único, exclusivo e, porque não, brilhante!
I. 1 Quem creu em nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
- O Plano de Deus é tão diferente daquilo que os homens podem inventar que a primeira atitude ao ouvirmos falar do mesmo é incredulidade. Quem poderia imaginar que a salvação proposta pelo próprio Deus mesmo seria nestes termos?
- A expressão “braço do SENHOR” nos faz lembrar da libertação do povo de Israel do Egito.
Êxodo 6:6 — Portanto, dize aos filhos de Israel: eu
sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da
sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações
de julgamento.
Agora, pois, pergunta aos tempos passados, que te
precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, desde uma
extremidade do céu até à outra, se sucedeu jamais coisa tamanha como esta ou se
ouviu coisa como esta; ou se algum povo ouviu falar a voz de algum deus do meio
do fogo, como tu a ouviste, ficando vivo; ou se um deus intentou ir tomar para
si um povo do meio de outro povo, com provas, e com sinais, e com milagres, e
com peleja, e com mão poderosa, e com braço estendido, e com grandes espantos,
segundo tudo quanto o SENHOR, vosso Deus, vos fez no Egito, aos vossos olhos -
Deuteronômio 4:32—34.
- Como foi nos dias do Êxodo assim também será a grande salvação do SENHOR. Só que nos dias do Êxodo Deus agiu através de prepostos — Moisés e Anjos — enquanto que para executar a grande salvação, Deus irá agir pessoalmente. E a ação de Deus será através do Seu Servo, mas nós só poderemos saber estas verdades por meio da Revelação Divina – ver Isaías 52:13—15.
II. 2 Porque foi
subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha
aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.
A. O Plano começa a ser
executado:
- O Servo do Senhor entra em cena de modo totalmente inesperado! É descrito como “renovo” e “como raiz de uma terra seca”. Ou seja, como algo tenro e muito, muito frágil.
- O que poderia ser mais tenro e mais frágil do que uma criança? Um bebe recém-nascido? De fato Herodes até tentou dar fim à vida do Senhor Jesus antes que tivesse dois anos de idade!
- O Rei da Glória se despiu de todo seu esplendor e veio a este mundo de modo simples e humilde. Nasceu em uma caverna, em uma estrebaria sem glória, sem esplendor no meio aos animais que estavam ali recolhidos para passar a noite! É a estas verdades que Isaías se refere pela expressão “não tinha aparência nem formosura”. Ou seja, não havia nada de Realeza n’Ele! Todos sabiam suas origens, pois chamavam-no de “Nazareno” e “Filho de José, o carpinteiro”. Mas o apóstolo Paulo diz: “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos - 2 Coríntios 8:9”.
- Isaías conclui dizendo: olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Porque tal desprezo? Seguem alguns motivos:
Ø Sua
aparente origem humana.
Ø Como
um mero homem poderia ser o “braço do Senhor”?
Ø Não
havia nada na pessoa do Servo que o distinguisse ou o fizesse especial! Ele era
exatamente como nós somos: 100% humano.
- Assim sendo, parecendo apenas um homem entre homens, sem beleza excepcional, sem formosura de destaque, não era fácil ser aceito como o Salvador de Deus.
III. 3 Era desprezado e
o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e,
como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos
caso.
B. Isaías elabora mais
acerca do Plano e do Servo do Senhor:
- O servo do Senhor foi desprezado e rejeitado. De fato Isaías o chama de “Homem de Dores que sabe o que é padecer”. A vida inteira do Servo de Deus foi cheia de agravos que envolveram não só sofrimento físico como também espiritual. Imagine alguém 100% puro, Santo mesmo na acepção mais fiel da palavra ter que conviver com pessoas corrompidas pelo pecado.
- Isaías continua: e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. De fato o Senhor Jesus teve de enfrentar ferrenha oposição dos pecadores. Foi chamado de “endemonhinhado”, de “maluco” e de pertencer ao próprio Satanás. Seus verdadeiros seguidores, no final do Seu ministério terreno não passavam de um pequeno e assustado grupo de pessoas. As multidões queriam apenas a parte que lhes interessava: saúde restaurada e barriga cheia. Olhe ao seu redor e responda, honestamente, se alguma coisa mudou de lá prá cá?
IV. 4 Certamente, ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
C. O plano de Salvação
executado:
1. A ação do Servo do
Senhor:
- O Servo é caracterizado como enfermo e sofredor, mas esta condição não era própria d’Ele, pois Isaías diz: Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si. Aqui é introduzido o aspecto vicário – em substituição ou no lugar de – do sacrifício de Cristo – ver também Isaías 53:10!
- Os judeus consideravam que as enfermidades e o sofrimento eram conseqüências do pecado. Por este motivo olharam para o Servo do Senhor como alguém aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas o apóstolo Pedro nos diz que:
Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que
também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os
seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;
pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não
fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele
mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos
para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados – 1
Pedro 2:21—24.
V. 5 Mas ele foi
traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados.
- Este é o coração das boas novas! Quem seria capaz de imaginar tal coisa? Deus mesmo, na pessoa do Seu Servo, o Senhor Jesus Cristo, iria assumir o nosso lugar - como nosso substituto – levando nossas transgressões e nossas iniqüidades e recebendo em Si mesmo o justo castigo que elas merecem.
- Nossas transgressões e iniqüidades dizem respeito a nossos pecados diante de um Deus absolutamente santo, que mede não somente nossos atos em si, mas é capaz de avaliar e nos julgar pelas nossas intenções também.
- Vivemos em dias de absoluta dissolução! Não entendemos ou não queremos entender as graves implicações dos pecados que cometemos. O pecado não é algo à toa. Uma bobagem. Pecado é algo muito grave e sério porque agride, ofende e ultraja a um Deus que é Santo e ETERNO. Por que Deus é eterno a extensão da ofensa causada a Deus pelos nossos pecados é também eterna. E os pecadores para serem devidamente punidos por seus pecados precisam também ser punidos eternamente!
- É porque o pecado afeta a nós pecadores deste jeito é que é necessário que Deus mesmo se torne nosso Salvador, pois somos incapazes de nos salvar a nós mesmos por mais que nos esforcemos. Um só pecado é suficiente para nos banir da presença de Deus por toda a eternidade.
- Para resolver esse problema Deus providenciou, através de Jesus, uma redenção ou libertação da condenação do pecado que também se estende por toda a eternidade - Hebreus 9:12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.
- Para resolver nosso dilema Deus mesmo intervém:
Ø Deus
envia Seu Servo, o Senhor Jesus.
Ø Deus
pega todos os nossos pecados, todas as nossas transgressões, todas as nossas
iniqüidades, tudo o que pensamos, falamos e fazemos ou deixamos de fazer, e que
ofende a Deus, e os coloca sobre o Senhor Jesus.
Ø Jesus
então, levando nossos pecados, recebe em Si Mesmo, o justo castigo que nossos
pecados merecem. Recebe todo o impacto da ira de Deus! Por este motivo Ele
pediu ao Pai que, se fosse possível, que o Pai o poupasse daquela hora! Por
este motivo também o Pai abandonou completamente Seu Filho na Cruz, o que O
levou a clamar “Deus meu, Deus meu
porque me abandonastes?”
Ø Jesus
foi abandonado para que pudesse sofrer todas as conseqüências da condenação
eterna do pecado.
Ø O
resultado do sacrifício de Jesus em nosso lugar nos permite ser perdoados por
Deus! Perdoados livremente! Perdoados graciosamente!
Ø Uma
vez perdoados nos podemos gozar paz com Deus - o castigo que nos traz a paz estava sobre ele.
VI. 6 Todos nós
andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o
SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
Esse
verso nos apresenta o motivo principal porque o Servo do Senhor precisava vir
ao nosso socorro.
- Nós somos como ovelhas. Estamos todos desgarrados do verdadeiro pastor que é o Senhor.
- Alguns estão desgarrados porque optaram voluntariamente por este caminho! Não querem saber de Deus!
- Outros, mesmo tendo interesse em Deus, também estão desgarrados porque aqueles que têm a responsabilidade de cuidar deles, aqueles que se intitulam intermediários entre Deus e os homens e que atendem por pomposos títulos, estão realmente impedindo as pessoas de ouvir as boas novas e de aproximarem de Deus, de terem seus pecados perdoados e de poderem viver em paz com Deus! – Jeremias 50:6 — O meu povo tem sido ovelhas perdidas; seus pastores as fizeram errar e as deixaram desviar para os montes; do monte passaram ao outeiro, esqueceram-se do seu redil.
Que
Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem
que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:
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Desde já agradecemos a todos.
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