domingo, 15 de julho de 2012

ESTUDO NA VIDA DE JESUS - Parte 001 - Estudo 001.



Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a vida do Senhor Jesus como apresentada nos quatro Evangelhos. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Jesus Confronta a Religião, a Sociedade e a Cultura.


Qual era o propósito de Jesus ao descer, literalmente, dos mais altos céus para as regiões inferiores representadas pelo nosso planeta Terra? — Ver Efésios 4:10.

  1. Teria ele vindo para estabelecer uma nova religião? Mas já existiam tantas religiões, que temos que nos perguntar qual seria a utilidade de mais uma? As ciências humanas registram a existência de mais de 400.000 religiões ou movimentos religiosos, grandes e pequenos, durante a história da humanidade. Somente na Índia existem mais de um milhão — 1.000.000 — de divindades. Por este motivo achamos muito difícil e até mesmo impossível que Jesus tenha vindo para estabelecer uma nova religião.


  1. Teria Jesus vindo para inculcar um novo tipo de ensinamento religioso? Que proveito isto teria e que diferença real isto faria na vida das pessoas? Não, Jesus não veio para inculcar um novo tipo de ensinamento religioso.


  1. Teria Jesus vindo estabelecer um novo padrão de moralidade? Muitos realmente desejam transformar Jesus, apenas em um mestre de moral, mas na realidade Jesus não veio estabelecer um novo ou mais elevado padrão de moralidade.

As três possibilidades acima são as mais comuns em que a vida, os ensinamentos e a pessoas de Jesus têm sido reduzidas. Todas elas, entretanto, estão completamente erradas, porque Jesus veio para trazer a Sua própria pessoa. As boas novas que Jesus veio trazer são acerca d’Ele mesmo. Jesus, em sua própria pessoa, é a personificação daquilo que queremos chamar de Cristianismo. De fato, nós podemos afirmar de forma categórica que: Cristianismo é Cristo.

Diante das afirmativas que acabamos de fazer torna-se inevitável o conflito com a estrutura religiosa que existia nos dias de Jesus, bem como com as estruturas religiosas de todos os tempos. A religião, de qualquer espécie ou forma, será sempre inimiga de Cristo! A mensagem de Cristo acerca da graça de Deus que é capaz de restaurar qualquer pessoa à comunhão com Deus, sem a participação em nenhuma forma estruturada de religião e, especialmente, sem a intermediação de nenhum tipo de sacerdote, tinha profundas e dramáticas implicações sobre a religião judaica como praticada, na Palestina, nos dias de Jesus. O autor espera que fique bem evidente que estas mesmas implicações se estendem a todas as formas e estruturas religiosas modernas e contemporâneas, incluindo-se aí todas as formas e estruturas chamadas “cristãs” ou “evangélicas”.

I. O Evangelho no Contexto da Nova Aliança.

A revelação acerca de Jesus pode ser encontrada nas páginas da Bíblia. A Bíblia é um livro composto de dois testamentos distintos: Antigo e Novo Testamento. Estes testamentos registram duas alianças ou pactos estabelecidos entre Deus e os seres humanos. As palavras testamento, aliança e pacto em português, são traduções de uma única palavra em grego que é διαθήκης diathíkis. Esta palavra possuía tanto o significado de um testamento, como arranjo de qualquer natureza que se espera que seja válido, quanto o de um pacto ou acordo.

No Antigo Testamento nós encontramos o reconhecimento explícito de que a Antiga Aliança ou o pacto estabelecido por Deus com os Israelitas, no monte Sinai — algumas vezes o monte Sinai é também chamado de monte Horebe — era inadequado e, deveria ser substituído por um novo. Afirmações neste sentido podem ser encontradas nos profetas, como podemos ver a seguir:

  • Jeremias:31:31—34 - Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.

  • Ezequiel 37:26—28 - Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. As nações saberão que eu sou o SENHOR que santifico a Israel, quando o meu santuário estiver para sempre no meio deles.

A Nova Aliança entre Deus e os seres humanos foi trazida e tornada em realidade mediante a graça de Deus através de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus. Assim, Jesus é mediador ou intermediário de uma aliança que é caracterizada como sendo “superior” — ver Hebreus 8:6. Esta aliança superior é chamada de “nova aliança” — ver Hebreus 9:15 e 12:24. Nesta Nova Aliança uma completa adequação é suprida por Deus mesmo, mediante a ação do Espírito Santo de Deus habitando nos corações dos homens — ver 2 Coríntios 3:4—6. O fardo representado pela Antiga Aliança dá lugar, através de Jesus, a uma nova liberdade funcional na Nova Aliança — ver Gálatas 5:1!

A Antiga Aliança representava um fardo tão pesado, impossível mesmo de carregar, que o apóstolo Paulo se refere a ela em termos absolutamente contundentes, tais como:

  • 2 Coríntios 3:6 – a letra mata!

  • 2 Coríntios 3:7 – ministério da morte!

  • 2 Coríntios 3:9 – ministério da condenação!

E o autor da Epístola aos Hebreus nos diz que, diante destas características – morte e condenação – a Antiga Aliança havia mesmo sido projetada por Deus, não para durar para sempre, mas para desaparecer — ver Hebreus 8:13. Mas isto só era possível por causa da nova e completa manifestação da graça de Deus através de Seu Filho, Jesus Cristo.

Assim, o Novo Testamento é composto da literatura que trata da Nova Aliança em Jesus Cristo. É no Novo Testamento que encontramos, por escrito, os detalhes do glorioso pacto ou aliança através da qual Deus se propõe perdoar e restaurar à plena comunhão a raça humana caída e distanciada. Mas isto, vale à pena insistir, só é possível por causa da manifestação do Senhor Jesus!

Fica realmente fácil entender porque a mensagem acerca de Jesus Cristo foi chamada de “boas novas” para toda a humanidade. A presença de Jesus em nosso meio é inesperada, e constitui-se em algo tão inusitado e desconcertante, que a Nova Aliança precisava de um termo novo para ser caracterizada. A palavra grega usada para se referir a estes eventos relacionados à vida, aos ensinamentos e a pessoa de Jesus foi  εὐαγγέλιονeuangélion - evangelho ou boas novas, que é a proclamação da graça de Deus manifesta e garantida em Cristo. Esta palavra εὐαγγέλιονeuangélion - evangelho ou boas novas, no sentido estritamente teológico, não possui uma correspondência direta no Antigo Testamento. Esta verdade sozinha serve, por ela mesma, como prova de quão distinto o conceito da Nova Aliança é daquele representado pela Antiga Aliança. A Nova Aliança não está representada em tábuas de pedra, como a Antiga Aliança — ver Êxodo 34:28 — e sim “personificada” em Jesus Cristo. Assim podemos dizer que as “boas novas” do evangelho são o próprio Senhor Jesus ou que Jesus é o evangelho. Em função disto, devemos entender que a expressão “evangelho” representa a totalidade daquilo que o Novo Testamento chama de Nova Aliança e que é inerente e completamente dependente da vida, ensinamentos e pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Outros estudos acerca da vida de Jesus podem ser encontrados nos links abaixo:

001 — Estudos Na Vida de Jesus — Porque Jesus Veio a Este Mundo

002 — Estudos na Vida de Jesus — O Registro Escrito Acerca de Jesus — Parte 001

003 — Estudos na Vida de Jesus — O Registro Escrito Acerca de Jesus — Parte 002.

004 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões —

005 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 2.

006 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 3.

007 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 4.

008 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 5.

009 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 6.

010 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 7.

011 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 8.

012 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 9.

013 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 10.

014 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 11.

015 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 12

016 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 13

017 A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14A

017 B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14B

017 C — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14C

017 D — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14D

018 A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 15A

018 B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 15B

019A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 16A

019B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 16B

020 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 17
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/10/estudo-da-vida-de-jesus-parte-1-estudo.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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