O Anúncio do Nascimento de João Batista
Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a vida do Senhor Jesus como apresentada nos quatro Evangelhos. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Jesus Confronta a Religião, a Sociedade e a Cultura.
Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a vida do Senhor Jesus como apresentada nos quatro Evangelhos. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Jesus Confronta a Religião, a Sociedade e a Cultura.
Lição 007 – A Revelação
de Deus e o Fim das Religiões — 4.
5. Os Saduceus -
Continuação.
Os saduceus não aceitavam, como
os fariseus, que a lei ou a tradição oral fosse parte da revelação divina ao
povo de Israel. Eles criam que somente a lei escrita, outorgada por Moisés, era
obrigatória para a nação israelita. Os Saduceus tinham posições teológicas bem
distintas e negavam, entre outras coisas, a crença na: 1) ressurreição do corpo;
2) imortalidade da alma; 3) existência de espíritos e anjos; e 4) predestinação
divina, pois afirmavam o livre arbítrio.
Os saduceus eram, de todos os
grupos religiosos em Israel nos dias de Cristo, o grupo mais conservador. Eles
se aferravam às tradições hebraicas mais antigas e abominavam toda e qualquer
novidade fosse na crença ou no ritual. Como a vida depois da morte e a
ressurreição eram consideradas novidades, eram sumariamente descartadas. Para
eles, tanto os castigos quanto as recompensas, eram recebidos
ainda nesta vida. Esta sua crença respondia pelo senso prático com que tratavam
a realidade. Se os romanos eram todo-poderosos e governavam o país, então era
bobagem se opor aos mesmos. O certo era se unir aos romanos e desfrutar de
alguns privilégios que eram concedidos aos que colaboravam com a dominação.
Entre
os saduceus encontravam-se também alguns escribas e rabinos. Estes eram os que
possuíam verdadeiro conhecimento. Eram os teólogos, advogados e professores
simultaneamente. Mas não eram sacerdotes. Por todos os motivos apresentados, os
saduceus formavam a classe dominante ou superior naqueles dias. Este grupo não
sobreviveu à destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.
6. Os Herodianos.
Os Ἡρῳδιανοι - herodianoi - herodianos eram, como o nome já diz, partidários
de Herodes, O Grande ou da dinastia herodiana. Eles representavam um pequeno grupo de
pessoas, que acreditavam que o futuro de Israel estava irremediavelmente atado,
à sorte da própria família de Herodes. Isto era devido ao fato que eles
acreditavam que o messias de Israel surgiria dentre os descendentes de Herodes,
O Grande. Eles tinham muitas afinidades com todos os grupos mencionados
anteriormente, mas especialmente no que diz respeito a desejar um governador
local, em comparação com o governador romano imposto desde o ano 16 d.C. pelo
imperador Trajano — o mesmo sob o qual Jesus foi crucificado — e, que era
desprezado universalmente pelos judeus. De todos os grupos que já discutimos
neste trabalho, talvez este seja o menos religioso e o mais político de todos.
Os
herodianos aparecem pela primeira vez no Evangelho de Marcos, na região da
Galiléia, ao norte de Israel, onde, juntamente com os fariseus conspiram para
destruir a Jesus – ver Marcos 3:6. A aliança entre os herodianos e os fariseus
visava a manutenção do status quo i.e. conservar o controle da política judaica
nas mãos dos próprios judeus. Durante a última semana da vida do Senhor, os
herodianos conspiraram novamente com os fariseus na tentativa de pegarem Jesus
em algum pronunciamento impróprio com uma pergunta referente à obrigatoriedade
dos judeus pagarem tributos a César – ver Marcos 12:13 e Mateus 22:17.
Os
herodianos queriam ver Jesus fora do caminho porque desejavam ver um
descendente de Herodes, O Grande, governando a Judéia. Isto lhes seria
extremamente benéfico, ao passo que se Jesus assumisse o governo, talvez não
sobrasse nada para eles.
Herodes
Antipas certamente não ignorava o mestre itinerante, Jesus, e talvez desejasse
avaliar seu poder “revolucionário”. Sua ida a Jerusalém, para a celebração da
Páscoa Judaica, explica sua presença e de seus partidários em Jerusalém
naqueles dias – ver Lucas 23:7—11. Não tendo se convencido de que Jesus
representava algum tipo de ameaça, Herodes acabou por fazer as pazes com o
governador romano, Pilatos, no mesmo dia em que o Senhor Jesus era crucificado
– ver Lucas 23:12.
D. João Batista, um
Verdadeiro Profeta de Deus.
1. A Preparação para o
Aparecimento de João Batista
O
último profeta a se manifestar em Israel, antes de João Batista, foi Malaquias.
Ele foi contemporâneo de Neemias em Jerusalém. Um estudo comparativo entre os
livros de Malaquias e Neemias nos mostra que os dois enfrentaram exatamente os
mesmos tipos de problemas:
Problema
|
Livro de Neemias
|
Livro
de Malaquias
|
Sacerdotes
Corruptos
|
Neemias
13:1—9
|
Malaquias
1:6—2:9
|
Negligência
com os dízimos e ofertas
|
Neemias
13:10—13
|
Malaquias
3:7—12
|
Casamentos
mistos com esposas pagãs
|
Neemias
13:23—28
|
Malaquias
2:10—16
|
A
mensagem de Malaquias foi dirigida a um povo que vivia atormentado por várias
“pragas”: sacerdotes corruptos, hipocrisia, infidelidade de todos os tipos,
casamentos mistos, divórcio, falsas formas de adoração e muita, muita
arrogância. Após o fim do ministério de Malaquias, houve um “silêncio
profético” que durou mais de 400 anos. Este silêncio só foi quebrado pelo
surgimento de João Batista que veio pregando no deserto da Judéia. Mas o fato
de que houve um silêncio profético que durou mais de 400 não quer dizer que
nada aconteceu durante aqueles anos todos, em termos religiosos, na terra de
Israel. O “silêncio profético” nos ensina que durante aqueles séculos Deus não
falou mais diretamente com Seu povo; que não houve revelação acerca da vontade
de Deus nem explicação divina do porque o povo de Israel estava sendo oprimido
pelos gentios – egípcios, sírios e romanos; que não havia ninguém que condenasse
Israel pelos pecados cometidos, nem convocasse o povo para se arrepender.
Durante
todos aqueles anos, de absoluto “silêncio profético” as práticas religiosas em
Israel seguiram dois caminhos básicos, que eram derivados de uma mesma fonte: a
interpretação estrita da Lei de Deus como ensinada pelos escribas.
O
primeiro, destes caminhos, era aquele seguido pela maioria das pessoas que se
esforçavam em serem tão piedosos quanto possível, baseados nas definições, cada
vez mais complicadas, do que significava ser piedoso, de acordo com os
escribas.
O
segundo caminho, além de seguir as determinações dos escribas, desenvolveu toda
uma esperança de salvação completamente envolvida em temas apocalípticos – no
sentido de fim do mundo – que ficou gravada para a posteridade no tipo
literário conhecido como Literatura Apocalíptica, e que era,
caracteristicamente, pseudoepigráfica — obra falsamente atribuída a algum
personagem famoso.
A
Literatura Apocalíptica foi chamada de pseudoepigráfica porque, apesar de ser
produzida depois do ano 400 a.C., seus pretensos autores foram nominados, entre
outros, como sendo: Adão e Eva, Enoque, Abraão, os doze patriarcas que dão nome
às doze tribos de Israel, Moisés, Salomão, o profeta Isaías, o escriba de
Jeremias chamado Baruque e o próprio Esdras. O uso dos nomes de famosas
personalidades do passado tinha um único propósito: chamar a atenção para
aquilo que estava escrito. O uso dos nomes de figuras importantes do passado
garantia a sobrevivência destes documentos, que de outra maneira,
provavelmente, teriam passado completamente despercebidos ou se tornariam, como
de fato acabaram se tornado, em mera “curiosidade literária”. Todavia, apesar
de não terem sido produzidos pelos alegados “autores”, a Literatura
Apocalíptica pseudoepigráfica produzida no período entre os Testamentos, nos
fornece inúmeras informações acerca de como era a vida religiosa dos judeus
naqueles dias.
OUTROS ESTUDOS ACERCA DA VIDA DE JESUS PODEM SER ENCONTRADOS NOS LINKS ABAIXO:
001 — Estudos Na Vida de Jesus — Porque Jesus Veio a Este Mundo
002 — Estudos na Vida de Jesus — O Registro Escrito Acerca de Jesus — Parte 001
003 — Estudos na Vida de Jesus — O Registro Escrito Acerca de Jesus — Parte 002.
004 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões —
005 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 2.
006 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 3.
007 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 4.
008 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 5.
009 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 6.
010 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 7.
011 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 8.
012 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 9.
013 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 10.
014 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 11.
015 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 12
016 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 13
017 A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14A
017 B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14B
017 C — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14C
017 D — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14D
018 A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 15A
018 B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 15B
019A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 16A
019B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 16B
020 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 17
Deus abençoe a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS.
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Desde
já agradecemos a todos.
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