UM NATAL PARA TODO O
POVO
O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo – Lucas 2:10.
O nascimento de Jesus, o Messias Salvador, deveria ser celebrado com toda a alegria por todas as comunidades cristãs ao redor do mundo, com cada uma delas tendo o direito de expressar seu regozijo da maneira que lhe for mais conveniente e que mais engrandeça ao Senhor Jesus e traga glória ao nome de Deus.
Infelizmente o natal, nesses dias do século XXI está completamente embrulhado e desfigurado do seu verdadeiro significado. Essa verdadeira empulhação que nos é servida todos os anos, em sua maior parte vinda das terras do norte, têm feito com que muitos pastores mal informados e muitas comunidades cristãs mal formadas, desistam de uma celebração que lhes pertence e à qual têm tanto direitos quanto obrigações. É verdade que muito, praticamente tudo o que se relaciona à essa festa que chamamos de “natal”, nos dias de hoje, não tem absolutamente nada com as boas novas anunciadas pelo anjos ao pastores, como um natal para TODO O POVO.
Mas para entendermos como chegamos até aqui e como podemos mudar nossos conceitos para celebrarmos o verdadeiro natal, vamos considerar o seguinte:
I. O Problema das Tradições
• A Celebração do Natal – Nascimento de Jesus – é uma tradição da Igreja Cristã. Uma da mais antigas diga-se de passagem.
• Tradições não são nem boas nem más em si mesmas, mas tradições podem degenerar. A tradição natalina do século XXI, em sua maior parte, não passa de verdadeira abominação diante dos olhos do Deus Todo Poderoso.
• Em 1647 o Parlamento Inglês, controlado pelos puritanos, aboliu as celebrações natalinas em toda Inglaterra e tal proibição durou durante todo o período que Oliver Cromwell governou o país. Mas isso não faz deles melhores cristãos do que outros cristãos que na mesma época e com a atitude correta celebravam o nascimento de Jesus.
• Como celebrado nos dias de hoje, a festa chamada “NATAL” – mesmo nome, mas motivações bem diferentes – está muito degenerada. Tal degeneração pode ser observada nos seguintes itens:
1. Materialismo:
• Você é o que você tem ou possui.
• Bens materiais se tornam a fonte mais importante de satisfação nesta vida.
2. Além disso, podemos notar excessivos sinais de: avareza, glutonaria, cobiça e inveja.
II. A Celebração do Natal no Brasil no Século XXI.
A. Vivemos em Mundo Globalizado e Sofremos Muitas Influências.
• Como os Estados Unidos da América são o país mais rico do mundo é apenas natural que o mundo todo seja influenciado por eles. Sua cultura e seus costumes são vistos como modelo e desejo de todos os povos pobres do mundo.
B. A Mercantilização do Natal – Primeiros sinais surgiram nos Estados Unidos da América no século XIX. A moda se espalhou rapidamente pelo Hemisfério Norte.
III. Entra em Cena o Papai Noel Moderno.
A. Existem tradições cristãs muito antigas que fazem referência a este personagem moderno que chamamos de “Papai Noel”.
• A mais antiga tradição cristã está atrelada a Nicolau que foi Bispo da cidade de Mira na região onde fica a Turquia Moderna.
• Tendo herdado considerável fortuna de seus pais, este bispo costumava, no final de cada ano, presentear as crianças mais desfavorecidas de sua diocese com presentes.
B. Surge o Papai Noel do século XX.
1. Na década de 1930 a “The Coca-Cola Company” encomendou ao pintor Haddon Sundblom a criação de uma série de pinturas que pudessem ser utilizadas pela empresa para promover seus produtos durante os festejos de final de ano. Este trabalho foi desenvolvido durante as décadas de 30, 40 e 50 do século passado.
2. O artista produziu 26 pinturas à óleo. A vasta maioria mostrava uma versão piegas ou sentimental de “Papai Noel” saboreando uma Coca-Cola.
3. Esta é a imagem do “Papai Noel” que temos hoje em dia. Sua origem é bem conhecida. Não surge da tradição cristã e sim de uma campanha promocional da “Coca-Cola”: um homem velho e barbudo, vestindo um pijama, tipo macacão, branco ou vermelho.
IV. A Transmutação do “Papai Noel”.
A. A Imagem de Papai Noel cresce, ano a ano, na mesma proporção que o Senhor Jesus é diminuído ano a ano, até ser completamente esquecido em muitas comunidades, inclusive algumas que dizer que são cristãs.
B. Tudo contribui para que este movimento seja bem sucedido: filmes de Hollywood, seriados enlatados, novelas brasileiras, enfeites das cidades e shopping centers, paradas de “natal” etc.
C. Jesus é visto cada vez menos e menos como aquele que reina sobre o mundo espiritual, enquanto que Papai Noel é visto cada vez mais e mais como aquele que reina sobre o mundo material – que é o mundo que realmente importa para a maioria das pessoas.
D. De acordo com as condições que temos hoje, o Papai Noel:
• Está presente em todos os lugares todo o tempo – é, portanto, onipresente.
• Consegue ouvir e ler todas as orações que lhe são dirigidas bem como todas as cartas que lhe são encaminhadas. É, portanto, onisciente.
• Tem um saco de presentes que não tem fundo e consegue satisfazer a todos os desejos que as pessoas têm. É, portanto, onipotente.
• Nas palavras de uma professora da Escola Pingo de Gente aqui em São João: Papai Noel é Deus!
E. Quanta blasfêmia, que vergonha, que horror.
V. Devemos ou Não Celebrar o Natal?
A. Muitos crentes não celebram o Natal, porque não conseguem fazê-lo de forma independente do que rola mundo afora.
B. Alguns adotam posturas realmente ridículas celebrando a Páscoa Judaica e a Festa dos Tabernáculos, mas não celebram o Natal de Jesus!?! Esses são realmente patéticos.
C. Somos livres em Cristo para adotar ou não adotar a celebração de qualquer tradição.
D. Pecamos gravemente quando nos consideramos melhores que outros crentes quando não celebramos algo que eles estão celebrando.
E. Pecamos gravemente quando nos consideramos melhores que outros crentes quando celebramos algo que eles não estão celebrando.
f. Devemos, portanto, guardar nossos corações de tal maneira que possamos agir com a convicção certa, sem nos tornarmos juízes de nossos irmãos. Temos todos os motivos para celebrar com todo jubilo o advento do Salvador da Humanidade.
VI. A Verdadeira Celebração do Natal.
A. Não tem nada a ver com uma data específica.
B. Não tem nada a ver com aspectos culturais como árvores, enfeites, toalhas de mesa etc. Apesar de que essas coisas não são nem más nem boas em si mesmas.
C. Definitivamente não tem nada a ver com esta imagem mítica que chamamos de “Papai Noel”. Imagens de “Papai Noel” são verdadeiras afrontas a Deus e devem ser removidas pelo que simbolizam: um ser todo - poderoso. Isto Deus realmente não tolera.
D. Tem a ver sim com a atitude do nosso coração. De nos aproximarmos com reverente adoração deste menino chamado Jesus de quem conhecemos a graça, que, sendo rico, se fez pobre por amor de nós, para que, pela sua pobreza, nos tornássemos ricos - ver 2 Coríntios 8:9.
VII. Um Verdadeiro Natal para Todo o Povo.
A frase proclamada pelos anjos e registrada em Lucas 2:10 não deve ser entendida literalmente. O nascimento de Jesus, realmente não tinha nada a ver para:
• Herodes e sua corte que ficaram realmente perturbados ao ouvir a notícia do nascimento de Jesus e o próprio Herodes tomou providências, mais adiante, para garantir o extermínio do Messias – ver Mateus 2:1—18.
• A maioria dos judeus para os quais ele realmente tinha vindo, mas que preferiram rejeitá-lo – ver João 1:11.
• Os sacerdotes, para os escribas e os fariseus que ao vê-lo, reconheceram que Jesus era o herdeiro prometido do trono de Davi e o Filho de Deus e tomaram a decisão de matá-lo para ficar com o reino para eles mesmos – ver Lucas 20:9—19.
Mas a vinda de Jesus, tem tudo a ver:
• Para aqueles que esperavam por ele, como era o caso de Simeão e Ana – ver Lucas 2:25—40.
• Para todos aqueles pecadores sensíveis que de fato podem e deve se regozijar no seu nascimento, por causa da salvação que Ele traz consigo – ver Atos 4:12.
• Para todos aqueles, quer judeus quer gentios, aos quais o Senhor nosso Deus chamar – ver Isaías 9:3 e note os termos: alegria, alegram-se, alegram e exultam referentes à vinda do Messias.
• Com todos os que entendem os benefícios que Deus derramou sobre nossas vidas com o advento de Seu Filho para nos perdoar, libertar e salvar. Quando entendemos de fato esses benefícios, o “natal” mundano perde seu todo seu brilho, independentes dos milhões de lampadinhas que possam estar sendo utilizadas.
Uma feliz e gloriosa celebração do natal de Jesus é o que lhes deseja esse escriba. O dia, pouco importa. Na nossa comunidade nós iremos nos alegrar na presença de Deus no dia 26 de Dezembro. O que importa é a gratidão que deve existir em nossos corações e o louvor que deve brotar dos nossos lábios – ver João 4:23—24; Hebreus 13:15.
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.
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