Esse artigo é parte da
série "Parábolas de Jesus" e é muito recomendável que o leitor
procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa série, com
aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará links para
os outros artigos dessa série.
A Parábola da Figueira
– Mateus 24:32—35
32 Aprendei, pois, a
parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam,
sabeis que está próximo o verão.
33 Assim também vós:
quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.
34 Em verdade vos digo
que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
35 Passará o céu e a
terra, porém as minhas palavras não passarão.
Introdução
- Existem 39 parábolas contadas por Jesus registradas nos Evangelhos.
- Jesus era um arguto observador da natureza. A maioria das suas parábolas faz referência à vida dos fazendeiros, pastores e pescadores.
- Esta parábola está registrada nos três evangelhos sinóticos e as palavras que Jesus usa acerca da figueira eram claramente compreendidas pelos seus ouvintes.
- Próxima da cidade de Jerusalém ficava um pequeno vilarejo conhecido por Betfagé – Casa dos Figos.
- Essa parábola está inserida no contexto do
discurso escatológico proferido por Jesus em Mateus 24 – 25.
I. A Parábola.
A. A Figueira.
1. Uso da Figueira e de
Figos na História Religiosa de Israel.
Oséias 9:10
Achei a Israel como
uvas no deserto, vi a vossos pais como as primícias da figueira nova; mas eles
foram para Baal-Peor, e se consagraram à vergonhosa idolatria, e se tornaram abomináveis
como aquilo que amaram.
Jeremias 24:1—2
Fez-me ver o SENHOR, e
vi dois cestos de figos postos diante do templo do SENHOR, depois que
Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de
Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os ferreiros
de Jerusalém e os trouxe à Babilônia. Tinha um cesto figos muito bons, como os
figos temporãos; mas o outro, ruins, que, de ruins que eram, não se podiam
comer.
Joel 1:6—7
Porque veio um povo
contra a minha terra, poderoso e inumerável; os seus dentes são dentes de leão,
e ele tem os queixais de uma leoa. Fez de minha vide uma assolação, destroçou a
minha figueira, tirou-lhe a casca, que lançou por terra; os seus sarmentos se fizeram
brancos.
Cristo
ao fazer uso da figueira estava usando um símbolo sobejamente conhecido.
2. A Figueira como
planta.
- A figueira é uma árvore que tem folhas. Como tal, as figueiras plantadas no hemisfério norte costumam perder todas as suas folhas no outono.
- A figueira também como o pé de ceriguela possui flores invisíveis e produz os frutos antes da folhas.
- Os frutos da figueira nascem no início da primavera, enquanto que as folhas aparecem somente no final da primavera.
- Jesus faz referência a este fato:
Marcos 13:28
Aprendei, pois, a
parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam,
sabeis que está próximo o verão.
3 . A Analogia.
Da
mesma maneira que olhando a figueira brotar folhas tenras era um indicativo do
fato de que o verão estava próximo ou que o verão seria o evento a seguir,
assim Jesus ensina seus discípulos que quando eles vissem certos sinais eles
deveriam saber que a vinda do Senhor estava próxima. Que sinais?
1. Os próprios discípulos haviam pedido que Jesus lhe explicasse que
sinais haveria da vinda de Jesus e da consumação do século — do fim do mundo —
Mateus 24:1—3.
1 Tendo
Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus
discípulos para lhe mostrar as construções do templo.
2 Ele,
porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui
pedra sobre pedra que não seja derribada.
3 No monte
das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os
discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas
coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.
2. Jesus
deu a eles inúmeros sinais: ver Mateus 24:4—28. A ordem a seguir não é
cronológica:
- Falsos Cristos ou falsos Messias.
- Guerras e rumores de guerras.
- Fomes e terremotos.
- Perseguição dos cristãos até à morte em alguns casos.
- Esfriamento da devoção de quase todos os cristãos.
- Pregação do Evangelho por todo o mundo. Então virá o fim.
- A profanação do Templo em Jerusalém.
3.
Como as pessoas sabem que o verão está próximo ao verem a figueira brotar,
assim os discípulos devem saber que o fim está próximo, é o evento a seguir,
quando todas estas coisas estiverem cumpridas.
4. A
vinda de Jesus será triunfal e todos O verão e saberão quem Ele é:
Mateus 24:29—31.
29 Logo em seguida à
tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as
estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.
30 Então, aparecerá no
céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o
Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.
31 E ele enviará os
seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus
escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
5. Da mesma maneira que a figueira anuncia o verão e o verão anuncia a
colheita, assim também estes sinais nos conduzirão ao juízo final de Deus.
B. A promessa:
Marcos 13:30
Em verdade vos digo que
não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Charles
Spurgeon, o chamado “Príncipe dos Pregadores”, considerava essas palavras como:
“As mais desconcertantes palavras que encontramos em toda a Bíblia”.
Quando
Jesus diz “esta geração” a quem este Ele se referindo? A palavra grega usada
por Marcos é γενεὰ - geneà – raça
ou geração. Pode também indicar tipos de pessoas não relacionadas a tempo, como
quando usamos a expressão “raça de gente ruim”, “raça valente”.
1. Algumas
da muitas especulações acerca da expressão “esta geração”.
- A expressão esta geração se refere exclusivamente aos discípulos de Jesus que ouviram estas palavras.
Ø Teoria
1: Jesus estava errado acerca das coisas que ele falou.
Ø Teoria
2: Tudo se cumpriu no ano 70 a.D. Inclusive a volta de Jesus!
- A expressão esta geração se refere aos judeus como um povo distinto. Em outras palavras, Jesus estava dizendo que os judeus vão continuar a existir como povo distinto até a segunda vinda de Jesus.
Ø Mas
se Jesus queria dizer isso, porque não usou a expressão “povo de Israel” no
lugar de “esta geração”?
- A expressão esta geração se refere àqueles que rejeitaram a Jesus.
Ø Argumento
muito forçado.
- A expressão esta geração se refere à nação de Israel moderno fundado em 1948.
Ø A
intenção de Jesus era esclarecer. Este significado seria muito obscuro para os
primeiros discípulos.
- A expressão esta geração se refere à geração do fim dos tempos.
Ø Mas
se assim fosse Jesus não estaria respondendo à pergunta feita pelos discípulos.
Ø O
que Jesus falou valia para os discípulos e não somente para as pessoas que
estarão vivas no fim dos tempos.
2. Nova
luz foi lançada sobre esta questão com a descoberta dos Manuscritos do Mar
Morto.
- Os Manuscritos do Mar Morto são uma extensa coleção de manuscritos produzidos por uma comunidade de Essênios — grupo religioso judeu não mencionado no Novo Testamento — que habitava, de forma isolada a região desértica nas proximidades do Mar Morto.
- Esta comunidade floresceu de maneira mais significativa em Qumran e acredita-se que foram as pessoas desta comunidade quem produziram os manuscritos e que os esconderam nas cavernas das montanhas rochosas e, praticamente, inacessíveis ao redor do Mar Morto.
- Estes Manuscritos continham cópias de Livros
do Antigo Testamento, Hinários, e livros produzidos pela própria comunidade.
Foram escritos em Hebraico e Aramaico.
- Este material foi escondido dentro de jarros de
barro lacrados em cavernas íngremes mais fáceis de serem alcançadas por
bodes, do que por seres humanos.
- Um jovem pastor beduíno que buscava alguns bodes extraviados lançou pedras para dentro de uma destas cavernas visando assustar um eventual animal que por ventura estivesse escondido ali. Nenhum animal acusou o golpe, mas ele percebeu que uma das pedras lançadas fez um barulho semelhante ao de um vaso de barro sendo quebrado por uma pedrada.
À Esquerda o verdadeiro descobridor dos manuscritos do Mar Morto que o Estado Nazista de Israel, pretende que nunca existiu.
- Nosso pequeno beduíno então, conseguiu descer até a caverna e realizou a maior descoberta arqueológica da qual se tem notícia tanto pela quantidade dos documentos encontrados quanto pela qualidade da preservação do Material.
- Muito da nossa compreensão das palavras que foram, provavelmente, usadas por Jesus está sendo alargada por essa descoberta e pela publicação destes manuscritos, que foi completada, de forma revisada, ano de 2005.
- Entre os benefícios que essas descobertas nos propiciaram está o conceito de que a palavra Aramaica usada por Jesus e que foi traduzida para o grego como γενεὰ - geneà – raça ou geração significava nos dias de Jesus uma duração que não se limita a um período de vida e não deve ser entendida literalmente! Ela se refere a certo tipo de pessoas que persistem e permanecem fiéis até ao fim.
- Este sentido combina perfeitamente com as palavras de exortação de Jesus, espalhadas por todo o sermão profético, acerca da necessidade de os seguidores de Jesus não se deixarem enganar, nem deixar de perseverar.
- Portanto, a expressão “esta geração” inclui tanto os discípulos que ouviram as palavras de Jesus, como aqueles que presenciaram a destruição de Jerusalém no ano 70 a.D, bem como todos os crentes que, através dos séculos, com perseverança têm esperado o cumprimento das profecias que dizem respeito ao final dos tempos.
II. A certeza da
Palavra profética.
Jesus
prometeu:
Marcos 13:31
Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras
não passarão.
III. Conclusão
1.
Somos nós a última geração? Sim e Não.
2.
De qualquer maneira devemos estar atentos e preparados.
3. Na próxima mensagem que vem falaremos acerca da Parábola do Servo Vigilante que diz respeito a todos nós.
3. Na próxima mensagem que vem falaremos acerca da Parábola do Servo Vigilante que diz respeito a todos nós.
OUTRAS PARÁBOLAS DE JESUS PODEM SER ENCONTRADAS NOS LINKS ABAIXO:
001 – O Sal
002 – Os Dois Fundamentos
003 – O Semeador
004 – O Joio e o Trigo =
005 – O Credor Incompassivo
006 — O Grão de Mostarda e o Fermento
007 — Os Meninos Brincando na Praça
008 — A Semente Germinando Secretamente
009 e 010 — O Tesouro Escondido e a Pérola de Grande Valor
011 — A Eterna Fornalha de Fogo
012 — A Parábola dos Trabalhadores na Vinha
013 — A Parábola dos Dois Irmãos
014 — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 1
014A — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 2
015 — A Parábola das Bodas —
016 — A Parábola da Figueira
017 — A Parábola do Servo Vigilante
018 — A Parábola do Ladrão
019 — A Parábola do Servo Fiel e Prudente
020 — A Parábola das Dez Virgens
021 — A Parábola dos Talentos
022 — A Parábola das Ovelhas e dos Cabritos
023 — A Parábola dos Dois Devedores
024 — A Parábola dos Pássaros e da Raposa
025 — A Parábola do Discípulo que Desejava Sepultar Seu Pai
026 — A Parábola da Mão no Arado
027 — A Parábola do Bom Samaritano — Completo
027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1
027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote
027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita
027D — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano
027E — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro
027F — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria
027G — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 7 — O pagamento final
027H — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor da Lei
028 — A Parábola do Rico Tolo —
029 — A Parábola do Amigo Importuno —
030 — A Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé
031 — A Parábola da Figueira Estéril
032 — A Parábola Acerca dos Primeiros Lugares
033 — A Parábola do Grande Banquete
034 — A Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro
035 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 001
036 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002
037A — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 001
037B — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 002
037C — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 003
037D — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 004 — A Influência do Antigo Testamento
037E — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 005 — Características Cristológicas da Parábola da Ovelha Perdida
037F — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 006 — A importância das pessoas perdidas.
Grande
Abraço e que Deus possa abençoar a todos.
Alexandros
Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.
Sinceramente não entendi porque que depois de uma interpretação bem proveitosa dos textos bíblicos, uma infeliz Expressão "Estado nazista de Israel".
ResponderExcluirCaro Zafenate,
ExcluirA expressão não é infeliz. Na realidade ela é bem apropriada já que movimentos sionista que controla o Estado de Israel desde seu nascimento, é um movimento nazista, assassino, sanguinário que pratica as mesmas atrocidades que os nazistas alemães praticaram contra o povo judeu.
Essas práticas podem ser vistas, por exemplo, no artigo abaixo. Procure desarmar seu espírito de qualquer pre-julgamento e de todo pre-conceito e leia sem animosidade os fatos apresentados por meios desse link aqui:
http://www.quimicosunificados.com.br/11184/mundo-exige-fim-do-genocidio-israelense-contra-palestinos/
Isso, talvez o ajudará a entender porque usamos a frase acima. A mesma apenas reflete a realidade do nosso ponto de vista.
Abraço,
irmão Alex
Este blog é uma bênção.Que Deus continue lhe usando Pr. Alex, pra nos abençoar,um abraço,Pr.Sebastião.
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