O
artigo publicado abaixo é de autoria de Solano Portela e foi publicado, originalmente no site “O Tempora! O Mores” — “Que tempos
os nossos. E que Costumes” e pode ser visto por meio do seguinte link:
Avaliando com a Bíblia
a visita e pronunciamentos do Papa Francisco
‹‹ Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.››
(Is 42.8)
Por
Solano Portela
Leitura:
Mateus 9:35—38
‹‹ E
percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando
o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele
as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E,
então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os
trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara.››
Introdução
Certamente
temos visto multidões, idosos e jovens, enfrentando a chuva, a lama, o frio, a
ausência de transporte, a insegurança das cidades, para ver o Papa em sua
visita ao Brasil, que começou na segunda-feira, 22.07.2013, e se estende até o
último domingo do mês. A mídia tem divulgado a visita com tanta intensidade,
que se você estava neste planeta, nestas últimas semanas, não pode ter ignorado
a presença do Papa no Brasil. Por exemplo, a revista semanal de maior
circulação e repercussão (VEJA) trouxe reportagens de capa sobre o
acontecimento em duas semanas seguidas. Como avaliar a pessoa do Papa, a sua
visita e os seus pronunciamentos? Como entender as expressões de fé e devoção
encontradas nos olhares das multidões? O texto de Mateus 9:35—38 fala de
multidões às quais não faltava religiosidade! Ao lado da curiosidade, havia
devoção, ensino dogmático, religião, mas eram ovelhas "que não tinham
pastor"! A sinceridade, mesmo presente, não era passaporte para a verdade!
E o pastor de que se fala no texto, é um só — Cristo Jesus, fora do qual não há
salvação. Quem é o Papa atual?
O cardeal
argentino, Jorge Mario Bergoglio foi escolhido Papa (e assumiu o nome de
Francisco) em um dia considerado por muitos “cabalístico” (13.03.13). Havia uma
expectativa em muitas pessoas e na mídia de que o novo líder da Igreja Católica
fosse um Papa “progressista”. Estes se espantaram com a sua posição em relação
à união de gays; à questão da homossexualidade, que hoje em dia é propagada
como “apenas” uma opção sexual; e sobre o aborto. Ele é contra, ponto final!
Alguns católicos se espantaram porque ele não colocou, de início, o
envolvimento social como prioridade máxima da Igreja. Em vez disso, contrariou
a mensagem que tem soado, renitentemente, ao longo das quatro últimas décadas,
especialmente em terras brasileiras, proclamada pelos politizados “teólogos da
libertação”, ou da natimorta “teologia pública”. Ele aparentou priorizar as
questões espirituais!
Desde o
início do seu “Papado” certas declarações chamaram a atenção, também, dos
evangélicos. Por exemplo, ele disse que a missão da Igreja é difundir a
mensagem de Jesus Cristo pelo mundo. Na realidade, ele foi mais enfático ainda
e afirmou que se esse não for o foco principal, a Instituição da Igreja
Católica Romana tende a se transformar em uma “ONG beneficente”, mas sem
relevância maior à saúde espiritual das pessoas! Depois, o viés mudou um pouco,
especialmente nesta visita ao Brasil. A ênfase passou para uma postura de vida ascética
e humilde, demonstrando uma frugalidade que, em uma era de opulência,
corrupção, apropriação de valores alheios e desprezo pelos valores reais da
vida, também soa saudável e pertinente!
Ei!
Disseram alguns evangélicos – essa é a nossa mensagem!!
Bom, não
seria a primeira vez na história que um prelado católico reconhece que a Igreja
tem estado equivocada em seus caminhos e mensagem. Já houve um monge
agostiniano que, estudando a Bíblia, verificou que tinha que retornar às bases
das Escrituras e reavivar a missão da igreja na proclamação do evangelho,
libertando-a de penduricalhos humanos absorvidos através de séculos de
tradição. Estes possuíam apenas características místicas, mas nenhuma
contribuição espiritual e de vida que fosse real às pessoas. Assim foi
disparado o movimento que ficou conhecido na história como a Reforma do Século
16, com as mensagens, escritos e ações de Martinho Lutero, em 1517. Lutero foi
seguido por muitos outros reformadores, que se apegaram à Bíblia como regra de
fé e prática.
Será que
estamos testemunhando uma “segunda reforma” dentro da Igreja Católica? Se
algumas dessas declarações do Papa Francisco forem levadas a sério, por ele
próprio e por seus seguidores, vai ser uma revolução. Mas é importante lembrar,
entretanto, que proclamar a mensagem de Jesus Cristo é algo bem abrangente e
sério. Existem implicações definidas e explícitas nessa frase. E a questão que
não quer calar é: será que a Igreja Católica está disposta a se definir com
coragem em pelo menos nessas cinco áreas cruciais? Examinemos uma a uma.
1°. AS
ESCRITURAS: Rejeitar apêndices aos livros inspirados das Escrituras. Ou
seja, assumir lealdade apenas às Escrituras Sagradas, rejeitando os chamados
livros apócrifos. Proclamar as palavras de Jesus, nesta área, é aceitar tão
somente o que ele aceitou. Em Lucas 24:44, Jesus referiu-se às Escrituras
disponíveis antes dos livros do Novo Testamento, como “A Lei de Moisés, Os
Profetas e Os Salmos” – essa era exatamente a forma da época de se referir às
Escrituras que formam o Antigo Testamento, em três divisões específicas
(Pentateuco, livros históricos e proféticos e livros poéticos) compreendendo,
no total, 39 livros. Representam os livros inspirados aceitos até hoje pelo
cristianismo histórico, abraçado pelos evangélicos, bem como pelos Judeus de
então e da atualidade. Ou seja, nenhuma menção ou aceitação dos livros
apócrifos, não inspirados, que foram inseridos 400 anos depois de Cristo,
quando Jerônimo editou a tradução em Latim da Bíblia – a Vulgata Latina. Evangélicos
e católicos concordam quanto aos 27 livros do Novo Testamento, mas essas
adições à Palavra são responsáveis pela introdução de diversas doutrinas
estranhas, que nunca foram ensinadas ou abraçadas por Jesus e pelos apóstolos.
Além disso, na Igreja Católica, a própria TRADIÇÃO tem força normativa igual à
Bíblia. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo começa com a aceitação das
Escrituras do Antigo e Novo Testamento, e elas somente, como fonte de
conhecimento religioso e regra de fé e prática. Se não nos atemos a conhecer as
Escrituras verdadeiras, caímos em erro, como alerta Jesus a alguns religiosos
do seu tempo, que apesar de citarem as Escrituras, se apegavam mais às
tradições do que à Palavra de Deus: “Não provém o vosso erro de não conhecerdes
as Escrituras, nem o poder de Deus?” (Marcos 12:24). O livro do Apocalipse, no
final da Bíblia, traz palavras duras tanto para subtrações como para ADIÇÕES às
Escrituras: (22:18) “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste
livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe
acrescentará os flagelos escritos neste livro; (22:19) e, se alguém tirar
qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da
árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste
livro”.
2°. A MEDIAÇÃO COM DEUS: Rejeitar a mediação de qualquer outro (ou outra) entre Deus
e as Pessoas, que não seja o próprio Cristo. Não acatar a mediação de Maria, e
muito menos a designação dela como co-redentora, lembrando que o ensino da
palavra é o de que “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5).
Na
realidade, a Igreja precisa obedecer até à própria Maria, que ensinou: “Fazei
tudo o que Ele vos disser” (João 2:5); e Ele nos diz: “Eu sou o caminho, e a
verdade e a vida; ninguém vem ao pai, senão por mim” (João 14:6). Foi um
momento revelador da dificuldade que o Papa tem na aderência a essa mensagem da
Bíblia, observar sua homilia pública (angelus) de 17.03.2013. Após falar várias
coisas importantes e bíblicas sobre perdão e misericórdia divina, finalizou
dizendo: “procuremos a intercessão de Maria”... Ouvimos as próprias palavras do
Papa: “No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a
Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério de
Sucessor de Pedro”. Em Aparecida, nesta visita ao Brasil, ele também disse:
“Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da
Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo
latino-americano”. “Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de
você”. Não é assim que irá proclamar a palavra de Jesus ao mundo, pois precisa
apresentá-lo como único e exclusivo mediador; nosso advogado; aquele que
pleiteia e defende a nossa causa perante o tribunal divino. Para o Papa, “a
Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria”, mas o Povo de Deus sabe, que
a igreja verdadeira segue a vontade de Deus, expressa em Sua Palavra.
3°. O CULTO ÀS IMAGENS: Rejeitar as imagens e o panteão de santos composto por
vários personagens que também são alvo de adoração e devoção devidas somente a
Cristo. Essa característica da Igreja Católica está relacionada com a
utilização de imagens de escultura, como objeto de adoração e veneração; e também
precisaria ser rejeitada. Ela contraria o segundo mandamento e desvia os olhos
dos fiéis daquele que é o “autor e consumador da fé — Jesus” (Hebreus 12:2).
Proclamar a palavra de Jesus ao mundo significa abandonar a prática espúria e
humana da canonização de mortais comuns, pecadores como eu e você, em
complexos, mas inúteis processos eclesiásticos, que não têm o poder de aferir
ou atribuir poderes especiais a esses santos. Proclamar a mensagem de Jesus,
seria abandonar a adoração e devoção à “Nossa Senhora Aparecida” e a tantas
outras “Nossas Senhoras” e ídolos que integram a religião Católico-Romana.
Vejam o que nos diz a Bíblia:
Salmo 115:
115:3 No céu
está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.
115:4 Prata e
ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens.
115:5 Têm
boca e não falam; têm olhos e não vêem;
115:6 têm
ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram.
115:7 Suas
mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta.
115:8
Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.
115:9 Israel
confia no SENHOR; ele é o seu amparo e o seu escudo.
Habacuque:
2:18 Que
aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o esculpiu? E a imagem de fundição,
mestra de mentiras, para que o artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos?
Jeremias:
10:3 Porque
os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das
mãos do artífice, com machado;
10:4 com
prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não oscile.
10:5 Os
ídolos são como um espantalho em pepinal e não podem falar; necessitam de quem
os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem
fazer mal, e não está neles o fazer o bem.
Concepção Artística do Purgatório
4°. O DESTINO DAS PESSOAS: Rejeitar o ensino de que existe um estado pós-morte que proporciona
uma “segunda chance” às pessoas. A doutrina do purgatório não tem base bíblica
e surgiu exatamente dos livros conhecidos como apócrifos (em 2 Macabeus 12:45),
sendo formalizada apenas nos Concílios de Lyon e Florença, em 1439. Mas Jesus e
a Bíblia ensinam que existem apenas dois destinos que esperam as pessoas, após
a morte: Estar na glória com o Criador — salvos pela graça infinita de Deus
(Lucas 23:43 — “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” — e Atos
15:11 - “fomos salvos pela graça do
Senhor Jesus”), ou na morte eterna (Mateus 23:33 – “Serpentes, raça de víboras!
Como escapareis da condenação do inferno?”), como consequência dos nossos
próprios pecados. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é alertar as pessoas
sobre a inevitabilidade da morte eterna, pregando o evangelho do arrependimento
e a boa nova da salvação através de Cristo, sem iludir os fiéis com falsos
destinos.
5°. AS REZAS:
Rejeitar os “mantras” religiosos, que são proferidos como se tivessem validade
intrínseca, como fortalecimento progressivo pela respeitabilidade. É o próprio
Jesus que nos ensinou, em Mateus 6:7: “... orando, não useis de vãs repetições,
como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos”. É
simplesmente incrível como a ficha não tem caído na Igreja Católica, ao longo
dos séculos e, mesmo com uma declaração tão clara contra as repetições, da
parte de Cristo, as rezas, rosários, novenas, sinais da cruz etc. são
promovidos e apresentados como sinais de espiritualidade ou motivadores de ação
divina àqueles que os repetem. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é
dirigir-se ao Pai como ele ensina, em nome do próprio Jesus, no poder do
Espírito Santo, abrindo o nosso coração perante o trono de graça (Filipenses 4:6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo,
porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças”).
Conclusão:
Assim,
enquanto acompanhamos a visita, é verdade que podemos admirar a coragem deste
homem, Jorge Bergoglio, que tem se pronunciado claramente contra alguns pecados
aberrantes que estão destruindo a família e a sociedade. No entanto, muito
falta para que a Palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus façam parte real de
sua mensagem e de uma igreja transformada pelo poder do Espírito Santo — como
vimos em cada uma dessas áreas mencionadas (e em outras, também).
Em toda
essa situação, podemos aprender algumas coisas: (1) Pedir a Deus que dê forças
às nossas lideranças evangélicas, e a nós mesmos, para termos intrepidez no
interpelar de governantes e da mídia, quando promovem leis e comportamentos que
contradizem totalmente os princípios que Deus delineia em Sua Palavra. Estes
princípios sempre são os melhores para o bem da humanidade, na qual o povo de
Deus (incluindo nossos filhos e netos) está inserido. (2) Exercitar cautela em
nossa apreciação e entusiasmo das ações e palavras do Papa – a idolatria e diminuição da intermediação de Cristo continuam
bem presentes em sua visão religiosa e na Igreja que o tem como líder. Envolvimentos de evangélicos nessas celebrações são
totalmente desprovidas de base bíblica — representam um descaso por essas
profundas diferenças doutrinárias que representam a diferença entre a vida e a
morte espiritual das pessoas. (3) Clamar a Deus por misericórdia e salvação
real para o nosso povo e para a nossa terra. Como é triste ver tantos olhos e
esperanças fixados em santos, mitos, misticismo e na pessoa humana, em vez de
no Deus único soberano. O Deus da Bíblia é a esperança de nossas vidas. É ele
que nos alcança e nos fala em Cristo Jesus, pelo poder do Espírito Santo. Esse
nosso Deus é real e eterno e não temporal como o Papa.
Outra questão que não podemos deixar de mencionar é o fato
de que quando o Papa foi até Aparecida do Norte ele solicitou aos padres
redentoristas a possibilidade de manter um encontro particular de 30 minutos
com a imagem da Senhora de Aparecida, uma imagem que como já foi dito não
enxerga, não ouve, não fala, não respira, não mexe os braços e para chegar até
ao encontro com o Papa, precisou ser carregada, já que também não consegue
andar.
OUTROS ARTIGOS ACERCA DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
Grande
Abraço e que Deus possa abençoar a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa
página no facebook através do seguinte link:
Desde já agradecemos a todos.
"Com exceção da primeira foto, todas as demais foram acrescentadas pelo editor do blog".
"Com exceção da primeira foto, todas as demais foram acrescentadas pelo editor do blog".
Notas:
[1] A
Vulgata Latina (382—402 d.C.), tradução para o latim, da Bíblia, contém 73
livros (e não 66) além de adições de capítulos em alguns livros do Antigo
Testamento, que não constam dos textos hebraicos, nem da Septuaginta (tradução
para o Grego, do Antigo Testamento, realizada em torno de 280 a.C.). Estes
livros adicionais são chamados de livros apócrifos (duvidosos, fabulosos,
falsos). O próprio Jerônimo colocou notas de advertências, quanto à
canonicidade e validade dessas adições, mas essa cautela foi suprimida nos
séculos à frente. Sua aceitação como escritura canônica, no seio da Igreja
Católica, foi formalizada pelo Concílio de Trento, em 1546 d.C. Desapareceu,
assim, a compreensão de que aqueles livros estavam ali colocados por “seu valor
histórico” ou devocional. É possível que se Jerônimo soubesse, que na
posteridade seriam considerados parte integral da Bíblia, provavelmente não os
teria incluído em seu trabalho.
[2] Todas
essas citações foram extraídas da Homilia no Santuário da Aparecida, proferida
em 24.07.2013.
http://www.news.va/pt/news/santuario-da-aparecida-homilia-do-Papa-24-julho-20,
acessado em 26.07.2013.
[3] Na
mesma homilia já referida, o Papa disse: “A história deste Santuário serve de
exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas
águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora
da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera,
tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma
mesma Mãe”?
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