sexta-feira, 2 de agosto de 2013

PADRE EXCOMUNGADO ENTRA NA JUSTIÇA CONTRA DIOCESE CATÓLICA


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De acordo com a reportagem da Folha de São Paulo publicada em 30 de Julho de 2013, cujo original poderá ser acessado por meio desse link aqui:


o padre excomungado, Roberto Francisco Daniel de 48 anos, decidiu mover uma ação contra sua ex-igreja — via diocese de Bauru — com base nas declarações do Papa acerca da homossexualidade. Ele pretende usar as palavras de Francisco I, que ele entendeu como sendo de apoio aos gays, para processar a diocese de Bauru.

A notícia, na íntegra está reproduzida abaixo:

30/07/2013 - 14h20

Após declaração do papa, padre excomungado por defender gays vai à Justiça contra punição

CRISTINA CAMARGO

Impulsionado pelas declarações do papa Francisco sobre homossexuais, o padre Beto, excomungado em abril deste ano após declarações de apoio a gays, decidiu recorrer à Justiça para tentar anular sua exclusão da Igreja Católica.

Roberto Francisco Daniel, 48, conhecido como padre Beto, contratou advogados e protocolou na segunda-feira uma medida cautelar contra a Diocese de Bauru (329 km de São Paulo). Questiona a forma como foi expulso da igreja, num tribunal em que, segundo ele, compareceu sem saber do que se tratava e sem direito à defesa.

Papa Francisco I

'Se uma pessoa é gay e busca Deus, quem sou eu para julgá-la?', diz papa

Ele estudava a possibilidade de ir à Justiça desde a época do excomunhão, mas diz que a postura do papa Francisco o estimulou ainda mais. No final de sua visita ao Brasil, o papa fez a mais ousada declaração de um pontífice sobre o homossexualismo. "Se uma pessoa é gay e busca Deus, quem sou eu para julgá-la?", disse.

A ação judicial tramita na 6ª Vara Cível de Bauru. O religioso alega que tratado assinado entre o Vaticano e o governo brasileiro determina que o sistema constitucional e as leis brasileiras sejam seguidos pela igreja. Beto afirma que, além de não ter tido direito de defesa, a decisão foi publicada no mesmo dia em que foi tomada, no site da diocese.

"Fui tratado como um adolescente. Fui exposto publicamente", diz. "Essa ação judicial é também para que todo brasileiro entenda que nenhuma instituição pode fazer isso com uma pessoa".

Denise Guimarães - 3.mai.13/Folhapress


Roberto Francisco Daniel foi excomungado da Igreja Católica por dizer que pode haver amor em relacionamentos bissexuais
Roberto Francisco Daniel foi excomungado da Igreja Católica por dizer que pode haver amor em relacionamentos bissexuais

O ex-padre disse que acreditava que seu processo de excomunhão não estivesse encerrado e ainda teria de ser assinado pelo Vaticano. Ao estudar o caso, descobriu que a decisão da Diocese de Bauru é definitiva na igreja. Por isso resolveu tentar revertê-la na Justiça.

"Não movo uma ação contra a Igreja Católica. Existe igreja e igreja. A ação é contra a diocese", ressalta.
Antes da excomunhão, Beto havia decidido pedir um afastamento temporário de suas funções. Isso aconteceu depois que o bispo de Bauru, Dom Caetano Ferrari, 70, determinou uma retratação por causa de entrevistas em que o religioso falava sobre os homossexuais e questionava o conservadorismo da Igreja Católica.

A Diocese de Bauru ainda não se manifestou sobre a ação judicial. O argumento oficial para a excomunhão foi que Beto "negou categoricamente a cumprir o que prometera em sua ordenação sacerdotal: fidelidade ao Magistério da Igreja e obediência aos seus legítimos pastores".

Depois da excomunhão, Beto seguiu dando aulas em universidades, concedeu entrevistas para programas de TV e escreveu o livro "Verdades Proibidas — ideias do padre que a igreja não conseguiu calar", lançado esta semana.

Bem o padre Beto, sabia com exatidão o tipo de vida escrava a que estava se submetendo, quando aceitou fazer, voluntariamente, os votos para integrar o colegiado de padres ordinários da Igreja Católica Apostólica Romana.

Agora, não podendo se queixar para o bispo, deseja se queixar na justiça.

A afirmação do papa não reverte a posição da Igreja Católica Apostólica Romana de que as práticas envolvendo a homossexualidade são, rigorosamente condenadas pela Bíblia e, ao que parece, também pelo magistério da igreja.

Entendemos que quando o Papa fez a afirmação acima, ele não estava apoiando as práticas homossexuais, mas apenas afirmando o que deve ser verdadeiro para todas as pessoas: não podemos julgar a intenção de ninguém quando esse alguém decide se voltar para Deus.

Todavia, precisamos deixar bem claro que: como o adultério, a fornicação, a prostituição são pecados fortemente condenados pelas Escrituras, o mesmo é verdade com as práticas homossexuais. Da mesma maneira como um heterossexual precisa manter seus desejos sob o controle do poder do Espírito Santo e viver uma vida casta e de pureza sexual, assim também os homossexuais precisam manter seus desejos também, sob o controle do poder do Espírito Santo e também viver vidas castas e de pureza sexual. A única relação sexual lícita diante de Deus é aquela alcançada por meio da união formal entre um homem e uma mulher diante do Criador. Todas as outras manifestações sexuais são condenadas pela Bíblia.

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Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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