O antigo convento católico na Irlanda abrigou jovens mães solteiras entre 1925 e 1961 - Reprodução/Facebook Catherine Corless.
O artigo abaixo foi publicado
pelo site do “O Globo” com informações de agências internacionais.
Quase 800 esqueletos de bebês foram encontrados em convento da
Irlanda
Recém-nascidos
teriam sido enterrados de maneira secreta pelas freiras
POR O
GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
DUBLIN —
A descoberta inicial foi em 1975, mas a polêmica esperou quase quatro décadas
para estourar. Uma chocada Irlanda viu-se ontem envolvida no mais novo
escândalo do tratamento indigno que jovens mulheres consideradas desviantes
pela sociedade receberam no país católico conservador durante boa parte do
século XX: uma historiadora descobriu agora que quase 800 esqueletos
encontrados há 39 anos numa fossa séptica ao lado de um antigo convento da
cidade de Tuam eram de crianças. O convento abrigou jovens mães solteiras — a
maioria internada à força pelas famílias — entre 1925 e 1961. Anteriormente
pensava-se que os restos mortais eram de vítimas da fome que assolou o país em
meados do século XIX e que matou centenas de milhares de pessoas.
— Alguém
havia mencionado a existência de um cemitério para recém-nascidos, mas o que
encontrei é muito mais que isso — declarou a historiadora Catherine Corless.
A reação
da sociedade foi imediata. O parente de uma criança que nasceu na instituição
entrou na Justiça para saber o que aconteceu lá. Segundo os registros do
convento — que foi demolido para dar lugar a um conjunto habitacional, mas teve
o local dos esqueletos preservado — as crianças morreram de desnutrição,
doenças e maus-tratos. Todas tinham idade de poucos dias até 8 anos.
Igreja e
autoridades pedem inquérito
O
secretário de Estado de Educação, Ciaran Cannon, pediu que se abra uma
investigação, e o Gabinete vai abordar o tema. “Muitas das revelações são
profundamente perturbadoras e uma lembrança impactante de um passado obscuro na
Irlanda em que nossos filhos não eram amados como deveriam”, complementou
Charlie Flanagan, ministro da Infância e Juventude.
O
arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, também se juntou ao coro dos que pedem
uma investigação, deixando, no entanto, a porta aberta a outras soluções.
— Se um
inquérito público não for feito sobre os temas importantes pertinentes às casas
para mães e filhos, então é importante que um projeto de História Social seja
realizado para termos um quadro acurado desses estabelecimentos na História de
nosso país — disse ele.
Ao
investigar os arquivos do convento, no Oeste da Irlanda, a historiadora
descobriu que 796 bebês foram enterrados sem caixão ou lápide. Ela descobriu a
extensão da vala comum quando pediu os registros de mortes de crianças. Os
recém-nascidos teriam sido enterrados de maneira secreta pelas freiras. De
acordo com Catherine Corless, a taxa de mortalidade para crianças no convento
era quatro a cinco vezes maior que o da população em geral.
A
descoberta recorda outro escândalo que também envolveu mães solteiras. Entre
1922 e 1996, mais de dez mil jovens trabalharam de maneira gratuita em
lavanderias exploradas comercialmente por religiosas católicas na Irlanda. As
internas conhecidas como as “Irmãs Madalena”, eram jovens solteiras grávidas ou
que haviam demonstrado um comportamento considerado imoral no país fortemente
católico.
O artigo do site do “O Globo”
poderá ser visto por meio desse link aqui:
Mas quanta hipocrisia hein? E
ninguém da igreja Católica Romana fala em assumir a responsabilidade por esses
acontecimentos!
OUTROS ARTIGOS ACERCA DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
Que Deus tenha misericórdia de
todos.
Alexandros Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.
Esqueletos de bebês em vala comum de convento: mentira desmascarada! - See more at: http://ocatequista.com.br/archives/13187#sthash.DHkFmK4j.dpuf ;)
ResponderExcluirCara Larissa,
ExcluirLamento muito, mas como sempre os catequistas católicos são especialistas em mentir. O artigo que você citou não nega o fato. Gira em torno de um disse que disse envolvendo a historiadora em questão. De fato os catequista católicos romanos escreveram um artigo fazendo acusações, mas sem discutir praticamente nada do artigo original. Essa técnica de "desinformar" já é manjada desde o século XVI, se você entende o que estou falando.
Lembre-se que essa descoberta tem quase 40 anos e, portanto muita coisa pode ou não ter sido dita. Mas o fato em si permanece. As ossadas foram de fato encontradas e a Igreja Católica Romana continua se recusando a assumir sua responsabilidade.
Abraço,
irmão Alex