Nos poucos dias dos brutais
ataques do Estado Nazista de Israel sobre o gueto de Gaza em 2014, cerca de 200
palestinos já foram assassinados, e desses, 50 foram crianças! Nenhum judeu
morreu, com exceção de uma mulher que Israel alega ter sofrido um ataque
cardíaco enquanto procurava abrigo.
O artigo abaixo foi escrito pelo
pastor John Piper e é bastante pertinente para entendermos as falsas
reivindicações que o Estado de Israel faz acerca de ser o verdadeiro dono
daquelas terras.
O material foi publicado,
originalmente pelo site Púlpito Cristão.
O QUE OS
CRENTES DEVEM PENSAR A RESPEITO DO CONFLITO ENTRE JUDEUS E PALESTINOS
Por John
Piper
Como os
cristãos evangélicos devem se posicionar em relação ao conflito entre judeus e
palestinos?
Há razões
bíblicas para abordarmos ambos os lados com justiça pública compassiva, da
mesma maneira como deveriam ser resolvidos os outros conflitos entre nações. Em outras palavras, a Bíblia não nos ensina a sermos parciais
em relação a Israel ou aos palestinos porque qualquer deles tem um status
divino especial. Não estou negando que
Israel foi escolhido por Deus, dentre todos os povos do mundo, para ser o foco
de bênção especial na história da redenção, que culminou em Jesus Cristo, o
Messias. “O Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo
próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Deuteronômio 7.6).
Também
não estou negando que Deus prometeu, desde o tempo de Abraão, a Israel a terra
que hoje é alvo de disputas. Ele disse a Moisés: “Esta é a terra que, sob
juramento, prometi a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: à tua descendência a
darei” (Deuteronômio 34.4).
No
entanto, nenhum desses fatos bíblicos nos leva a apoiar Israel atual como o possuidor legítimo de toda a terra
disputada. Israel talvez tenha esse direito, mas talvez não o tenha. Mas essa
decisão não está fundamentada em privilégio divino. Por que não?
Em primeiro
lugar, um povo que não cumpriu a aliança não tem um direito divino de possuir a
terra santa. Tanto o estado de
bem-aventurança como o direito privilegiado de possuir a terra estão
condicionados a Israel guardar a aliança que Deus fez com esse povo. Deus havia
dito a Israel: “Se diligentemente ouvirdes
a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade
peculiar dentre todos os povos” (Êxodo 19.5).
Israel não tem qualquer garantia para experimentar no presente o privilégio
divino, porque não está guardando a aliança com Deus.
Mais do
que uma vez foi negado a Israel o seu direito divino à terra, quando rompeu sua
aliança com Deus. Por exemplo, quando Israel desfalecia no cativeiro
babilônico, Daniel orou: “Ah! Senhor!... temos pecado
e cometido iniquidades, procedemos perversamente... A ti, ó Senhor, pertence a
justiça, mas a nós, o corar de vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá,
os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe,
em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões
que cometeram contra ti” (Daniel 9.4-7; ver Salmos 78.54-61). Israel não tem qualquer direito de estar na terra da
promessa, quando está quebrando a aliança da promessa.
Isso não significa
que outras nações têm o direito de molestar Israel, que ainda tem direitos humanos
entre as nações, embora não tenha direito divino. As nações que exultaram com a
disciplina divina sobre Israel foram punidas por Deus (Isaías 10.5-13).
Em
segundo, Israel como um todo rejeita hoje o seu Messias, Jesus Cristo, o Filho
de Deus. Este é o ato crucial do rompimento da aliança com Deus. Ele prometeu a
Israel: “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu;
o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6-7). Mas, com lágrimas, esse Príncipe da Paz, olhou para
Jerusalém e disse: “Ah! Se conheceras por ti
mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus
olhos... porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação” (Lucas 19.42,
44).
Quando os
construtores rejeitaram a maravilhosa Pedra Angular, Jesus declarou: “O reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que
lhe produza os respectivos frutos” (Mateus 21.43). Ele explicou: “Muitos virão do Oriente e
do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos
céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas”
(Mateus 8.11-12). Deus tem propósitos de
salvação para Israel como nação (Romanos 11.25-26). Mas, agora, o povo está em inimizade
para com Deus, ao rejeitar o evangelho de Jesus Cristo, o seu Messias (Romanos
11.28). Deus expandiu sua obra de salvação a fim de incluir todos os povos
(dentre estes, os palestinos) que crerem no seu Filho e dependerem da morte e
ressurreição dEle para a salvação. “É, porventura, Deus
somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, visto
que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o
incircunciso” (Romanos 3.29-30).
O apelo
cristão no Oriente Médio, tanto aos judeus como aos palestinos, é: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16.31). E até aquele Grande Dia, quando judeus e palestinos
seguidores do Rei Jesus herdarão a Terra (e não apenas a terra), sem levantarem
espada ou metralhadoras, os direitos das nações devem ser decididos por
princípios de justiça pública e compassiva, e não por reivindicações de status
ou direito divino.
O artigo original publicado pelo
site “Púlpito Cristão Poderá ser visto por meio desse link aqui:
Questões e comentários relativos
ao artigo de John Piper acima podem ser enviados, diretamente, para seu site
“Desiring God” por meio desse link aqui:
Para meditar:
Israel tem mesmo qualquer prerrogativa
divina sobre aquela terra? Veja o que a Bíblia tem a dizer acerca disso:
Levítico 19:33—34
Se o
estrangeiro peregrinar na vossa terra, não o oprimireis. Como o natural, será
entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos,
pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
Levítico 25:23
Também a terra não se
venderá em perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois para mim
estrangeiros e peregrinos.
E o que diz a Bíblia acerca de
maus tratos com estrangeiros morando naquela terra? Se é que os Palestinos
podem ser considerados estrangeiros.
Deuteronômio 10:17—19
17 Pois o SENHOR, vosso
Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e
temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita
suborno;
18 que faz justiça ao
órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes.
19 Amai, pois, o
estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.
OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL
Que Deus Abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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Desde
já agradecemos a todos.
Seria justo acusar Israel de ser nazista ??
ResponderExcluirCaro Marcio,
ExcluirNo quê, exatamente, o Estado de Israel é diferente de outras nações nazistas quando pratica limpeza étnica, expulsa os moradores de suas terras e toma as mesmas para si e pratica o genocídio despudorado? Creio que o epíteto é bem apropriado, mas choca porque se trata de uma nação, entre várias do mundo que sofreu perseguição e genocídio.
Então vejo que deveríamos esperar algo diferente de quem já sofreu na pele tais situações.
Abraço,
irmão Alex
Discordo peremptoriamente. Não vou entrar no aspecto divino da questão.
ResponderExcluirSabem por que Israel não foi completamente varrido do mapa do Oriente Médio, apenas por causa do seu poderio bélico. Depois de 1948, por pelo menos três vezes houve coalizão de nações árabes com o fito de eliminar Israel completamente daquela região.
No atual conflito armado, a mortandade em Israel não é de centenas ou milhares, simplesmente por que tem poderio bélico moderno, que intercepta mísseis lançados pelo grupo terrorista Hamas.
O que há é apenas desproporção de forças bélicas em confronto.
Nem de longe estou defendendo a morte de inocentes.
Mas, é preciso lembrar que, como grupo terrorista e covarde, o HAMAS usa cidadãos comuns como escudos em seus depósitos de armas, bem como instalam forças militares ao lado de hospitais e escolas, de onde atacam e são contra atacados, com o objetivo de colocar a opinião pública contra Israel.
Sobre isso nem um atento jornalista ou religioso nada diz ou observa.