A chamada “Lei da Palmada” no Brasil foi assinada em lei pela presidente Dilma Rousseff no dia 27 de Junho de 2014. É uma pena que a questão não tenha sido alvo de uma discussão mais ampla e que nossos congressistas e presidenta não tenham levado em consideração as trágicas experiências de outros países que adotaram tamanho absurdo:
O material abaixo foi publicado
pelo site do UOL.
Após
proibir palmadas, Suécia "sofre" com geração de crianças mimadas
A proibição das punições físicas
a crianças foi incorporada ao código penal da Suécia em 1979
Marie Märestad (dir.) e seu
marido concedem entrevista à agência AFP em outubro
Foto: AFP
A Suécia, primeira nação do mundo
a proibir as palmadas na educação das crianças, se pergunta agora se não foi
longe demais e criou uma geração de pequenos tiranos.
"De uma certa forma, as
crianças na Suécia são extremamente mal educadas", afirma à AFP David
Eberhard, psiquiatra e pai de seis filhos. "Eles gritam quando adultos
conversam à mesa, interrompem as conversas sem parar e exigem o mesmo tratamento
que os adultos", ressalta.
O livro "Como as crianças
chegaram ao poder", escrito por Eberhard, explica porque a proibição das
punições físicas — incorporada de forma pioneira ao código penal da Suécia em
1979 — levou, pouco a pouco, a uma interdição de qualquer forma de correção das
crianças.
"É óbvio que é preciso
escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que
decidem tudo nas famílias: quando ir para a cama, o que comer, para onde ir nas
férias, até qual canal de televisão assistir", avalia ele, considerando
que as crianças suecas são mal preparadas para a vida adulta.
O comportamento das filhas levou
o casal Märestad a procurar aconselhamento
Foto: AFP
"Nós vemos muitos jovens que
estão decepcionados com a vida: suas expectativas são muito altas e a vida se
mostra mais difícil do que o esperado por eles. Isso se manifesta em distúrbios
de ansiedade e gestos de autodestruição, que aumentaram de maneira espetacular
na Suécia", diz o psiquiatra.
Suas teses são contestadas por
outros especialistas, como o terapeuta familiar Martin Forster, que sustenta
que, numa escala mundial, as crianças suecas estão entre as mais felizes.
"A Suécia se inspirou, sobretudo na ideia de que as crianças deveriam ser
ouvidas e colocadas no centro das preocupações", afirma Forster. Segundo
ele, "o fato de as crianças decidirem muitas coisas é uma questão de
valores. Pontos de vista diferentes sobre a educação e a infância geram
culturas diferentes".
O debate sobre o mau
comportamento das crianças surge regularmente nas discussões sobre a escola,
onde os problemas de socialização ficam mais evidente.
No início de outubro, o
jornalista Ola Olofsson relatou seu espanto após ter ido à sala de aula de sua
filha. "Dois garotos se xingavam, e eu não fazia ideia de que com apenas 7
anos de idade era possível conhecer aquelas palavras. Quando eu tentei
intervir, eles me insultaram e me disseram para eu ir cuidar da minha
vida", conta à AFP.
Quase 800 internautas comentaram
a crônica de Olofsson. Entre os leitores, um professor de escola primária
relatou sua rotina ao passar tarefas a alunos de 4 e 5 anos: "Você acha
que eu quero fazer isso?", disse um dos alunos. "Outro dia uma
criança de quatro anos cuspiu na minha cara quando eu pedi para que ela parasse
de subir nas prateleiras".
Após um estudo de 2010 sobre o
bem estar das crianças, o governo sueco ofereceu aos pais em dificuldade um
curso de educação chamado "Todas as crianças no centro". Sua
filosofia: "laços sólidos entre pais e filhos são a base de uma educação
harmoniosa de indivíduos confiantes e independentes na idade adulta".
Um de seus principais
ensinamentos é que a punição não garante um bom comportamento a longo prazo, e
que estabelecer limites que não devem ser ultrapassados, sob pena de punição,
nem sempre é uma panaceia.
"Os pais são instruídos a
adotar o ponto de vista da criança. Se nós queremos que ela coopere, a melhor
forma de se obter isso é ter uma relação estreita", afirma a psicóloga
Kajsa Lönn-Rhodin, uma das criadoras do curso governamental. "Eu acredito
que é muito mais grave quando as crianças são mal-tratadas (...), quando elas
recebem uma educação brutal", avalia.
Marie Märestad e o marido, pais
de duas meninas, fizeram o curso em 2012, num momento em que eles não
conseguiam mais controlar as crianças à mesa. "Nós descobrimos que
provocávamos nelas muitas incertezas, que elas brigavam muito (...) Nós
tínhamos muitas brigas pela manhã, na hora de colocar a roupa para sair",
relembra essa mãe de 39 anos. "Nossa filha caçula fazia um escândalo e
nada dava certo (...) Nós passamos por momentos muito difíceis, até decidirmos
que seria bom se ouvíssemos especialistas, conselheiros", conta Märestad,
que é personal trainer em Estocolmo.
O curso a ajudou a "não
lutar em todas as frentes de batalha" e a dialogar melhor. Mas para ela,
as crianças dominam a maior parte dos lares suecos. "Nós observamos muito
isso nas famílias de nossos amigos, onde são as crianças que comandam".
Segundo Hugo Lagercrantz,
professor de pediatria na universidade Karolinska, de Estocolmo, a forte adesão
dos suecos aos valores de democracia e igualdade levou muitos a almejarem uma
relação de igual para igual com seus filhos. "Os pais tentam ser muito democráticos
(...) Eles deveriam se comportar como pais e tomar decisões, e não tentarem ser
simpáticos o tempo todo", diz Lagercrantz.
O artigo original do site UOL
poderá ser visto por meio dom seguinte link:
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.
Como cristão sou totalmente contra. As Escrituras é categórica: "a vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha sua mãe" Pv 29.15; "corrige teu filho, e ele te dará descanso, sim, ele agradará teu coração" Pv 29.17 (Almeida Século 21)
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