Ecumenismo
O material abaixo foi publicado
pelo site da Revista ISTOÉ e é de autoria de Paula Rocha.
O papa e os pentecostais
Durante
visita a uma igreja evangélica na Itália, Francisco pede perdão pelas
perseguições cometidas por católicos aos evangélicos
Paula Rocha
(paularocha@istoe.com.br)
Desde o
início de seu pontificado, o papa Francisco não tem se esquivado de abordar
temas polêmicos, como os casos de pedofilia na Igreja Católica e a corrupção no
Vaticano. Agora, em uma visita a um templo evangélico na Itália, na semana
passada, o pontífice pediu perdão aos pentecostais por perseguições cometidas
pelos católicos, especialmente durante o regime fascista italiano (1922-1943),
quando essa denominação religiosa era proibida por lei. “Entre as pessoas que
perseguiram os pentecostais houve também católicos: eu sou o pastor dos
católicos e peço perdão por aqueles irmãos e irmãs que não compreenderam e que
foram tentados pelo diabo”, afirmou Francisco. A declaração foi feita em um
encontro com mais de 350 fiéis protestantes na cidade italiana de Caserta, ao
norte de Nápoles, onde Francisco também se reuniu com o pastor protestante
Giovanni Traettino, seu amigo de longa data.
IRMÃOS: Francisco
chega ao templo protestante na Itália, onde se reuniu com o pastor Giovanni
Traettino, seu amigo de longa data
Durante o
ato público, que durou cerca de uma hora e meia, o pontífice também rogou a
união de todos os cristãos. “O Espírito Santo cria diversidade na Igreja. A
diversidade é bela, mas o próprio Espírito Santo também cria unidade, para que
a Igreja esteja unida na diversidade: para usar uma palavra bonita, uma
diversidade reconciliadora”, disse. A atitude ecumênica do papa Francisco foi
bem recebida tanto pela comunidade evangélica, quanto pela católica, e pode
sinalizar uma mudança na postura dos fiéis dessas duas religiões, na opinião de
Fernando Altemeyer Júnior, doutor em ciência da religião pela Pontifícia
Universidade Católica (PUC) de São Paulo. “A declaração de Francisco é um
primeiro passo em busca da conciliação desses fiéis. É um pedido para que eles
deixem preconceitos de lado e se unam como irmãos, algo muito positivo”, disse
o teólogo. O corajoso pontífice argentino, mais uma vez, está tentando corrigir
os rumos de sua Igreja Católica.
Foto: AFP/Observatore Romano.
O artigo original do site da
ISTOÉ poderá ser visto por meio desse link aqui:
NOSSO COMENTÁRIO.
1. É sempre salutar reconhecer os
erros do passado e pedir perdão pelos mesmos. Nesse quesito o Papa Francisco
está absolutamente correto.
2. Todavia quanto a unidade entre
os cristãos isso não é algo que compete a nós, os seres humanos. Tal unidade é
criada pelo Espírito Santo conforme podemos ler abaixo:
Efésios 4:1—3
1 Rogo-vos, pois, eu, o
prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes
chamados,
2 com toda a humildade
e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3 esforçando-vos
diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
Note que não precisamos criar a
unidade. Ela é criada pelo Espírito Santo. Nossa missão é nos esforçar
diligentemente de modo a preservar essa unidade que o Espírito Santo nos
proporcionou.
E temos certeza que a unidade que
o Espírito cria está diretamente vinculada com uma obediência incondicional aos
ensinamentos da Escrituras Sagradas sem nenhuma intromissão de qualquer tradição
humana, venha de onde vier.
OUTROS ARTIGOS ACERCA DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.
Que Deus abençoe a todos e ajude
todos a enxergarem essas simples verdades.
Alexandros Meimaridis
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