Essa é uma série cujo propósito é estudar, com
profundidade, os ensinamentos da Bíblia acerca do pecado, com uma ênfase
especial na questão do chamado “pecado para a morte”.
8. O Pecado e Soberania Divina
A afirmação
de que o homem é a causa secundaria, e Deus é a causa primaria do pecado, não
pode ser sustentada biblicamente de maneira aceitável. Muitos defensores bem intencionados,
mais, profundamente errados, acerca da soberania de Deus, têm ensinado que Deus
mesmo é responsável pela origem do pecado. Estas pessoas costumam ensinar que
Deus desejou que o pecado existisse, sendo Deus mesmo a causa primaria e o
criador do pecado. Apesar dessas afirmativas serem feitas em defesa da
soberania divina, elas são, em sua essência, blasfêmias. Note como é complicado
pedir perdão pelos pecados àquele que consideramos o responsável primeiro ou
maior pelos mesmos.
Rejeitando
tanto a noção de que Deus “desejou” que o pecado viesse a existir, ou que o
pecado é fruto de algum acontecimento fortuito, crentes equilibrados, durante
toda a história da igreja, têm no máximo, admitido que Deus “permitiu” o
pecado. O indicativo mais claro de que existe um relacionamento da vontade
soberana de Deus com respeito ao pecado não pode ser percebido na ação que
levou nossos pais, Adão e Eva, a cometerem o que chamamos de pecado original e
sim na ação de Deus como demonstrada na cruz, onde por meio da morte de
Seu próprio filho, Deus vence o pecado e baniu a consequência mais terrível do
pecado que é a morte. Veja como Isaías expressou esta verdade:
Isaías 53:5 a 12
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um
se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós
todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi
levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não
abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou?
Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu
povo, foi ele ferido.
Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua
morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.
Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a
sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os
seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do
penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o
seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará
sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos
repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado
com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos
transgressores intercedeu.
Outras
passagens que afirmam esta verdade são:
Romanos 5:12
Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram.
Romanos 6:23
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
2 Coríntios 5:21
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.
Gálatas 1:4
O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar
deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai.
Hebreus 9:26
Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes
desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se
manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o
pecado.
Hebreus 10:12
Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos
pecados, assentou-se à destra de Deus,
A história do
pensamento cristão bem como cada uma das análises racionais do pecado, como a
análise psicológica do pecado feita pelo filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard,
de que o pecado pressupõe a si mesmo, demonstram que explicações do pecado
reduzem o mesmo em algo que não produz culpa e não necessita ser confessado. O
pecado precisa ser reconhecido e confessado e não explicado. Da mesma maneira
como a Bíblia não elabora acerca do surgimento do pecado no universo angelical
e da sua conexão com a origem do pecado no mundo, também não elabora como o ser
humano criado por Deus podia pecar. Não existe, biblicamente falando, nenhuma boa
razão moral, nem uma razão lógica para a realidade do pecado. Da mesma maneira que não pode haver uma justificativa lógica para a
prática de atos irracionais, também não pode haver, verdadeiramente, uma razão
moral para a prática do pecado ou do mal. O pecado é tanto imoral quanto
irracional.
OUTROS ESTUDOS SOBRE O PECADO
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O PECADO — ESTUDO —002 — A QUEDA — UMA INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS 3 — PARTE 1
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O PECADO — ESTUDOS 013A — PECADO E O CASTIGO PARTE A
O PECADO — ESTUDOS 013B — PECADO E O CASTIGO PARTE B — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 001
O PECADO — ESTUDOS 013C — PECADO E O CASTIGO PARTE C — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 002
O PECADO — ESTUDOS 013D — PECADO E O CASTIGO PARTE D — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 003
O PECADO — ESTUDOS 013E — PECADO E O CASTIGO PARTE E — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 004
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O PECADO — ESTUDOS 014B — O PECADO PARA A MORTE — PARTE B —DIFERENTES TIPOS DE PENAS E CASTIGOS PARA O PECADO IMPERDOÁVEL
O PECADO — ESTUDOS 014C — O PECADO PARA A MORTE — PARTE C —DIFERENTES TIPOS DE PESSOAS QUE PODEM COMETER O PECADO IMPERDOÁVEL
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/08/um-estudo-sobre-o-pecado-parte-014_13.html
Grande Abraço e que Deus possa
abençoar a todos.
Alexandros Meimaridis
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