terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ARTHUR W. PINK: A DOUTRINA DA ELEIÇÃO — UM ESTUDO — PARTE 002


O material abaixo é parte de um livro escrito por Arthur W. Pink que foi publicado em forma de e-book por:

Fonte: ChapelLibrary.org Título Original: “The Doctrine of Election”

As citações bíblicas desta tradução são da versão ACRF (Almeida Corrigida Revisada Fiel)

Tradução: OEstandarteDeCristo.com

Tradução William Teixeira

Revisão por Camila Rebeca Almeida

A DOUTRINA DA ELEIÇÃO

Arthur Walkington Pink

Como a Doutrina da eleição é uma parte do alto tema da soberania de Deus, uma breve palavra sobre ela primeiro. Em Apocalipse 19:6 nos é dito, “o Senhor Deus onipotente reina”. No céu e na terra, Ele é o Controlador e Ordenador de todas as criaturas. Como o Altíssimo, Ele governa entre os exércitos dos céus e ninguém pode deter a mão ou dizer-lhe: “Que fazes?” (Jó 9:12). Ele é o Todo-Poderoso, que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua própria vontade. Ele é o Oleiro Celestial, que toma conta de nossa humanidade caída como um pedaço de barro, e para fora dela forja um como um vaso para honra e outro vaso para desonra. Em suma, ele é o Senhor Decisivo e Determinante do destino de cada homem e o Controlador de cada detalhe na vida de cada indivíduo, o que é apenas outra maneira de dizer que Deus é Deus.

Ora, Eleição e Predestinação são apenas o exercício da Soberania de Deus nos assuntos da salvação, e tudo o que sabemos sobre elas é o que tem sido revelado a nós nas Escrituras da Verdade. A única razão para que alguém acredite na Eleição é que ela se acha claramente ensinada na Palavra de Deus. Nenhum homem ou grupo de homens, nunca originou esta Doutrina. Como o ensino da Punição eterna,  a eleição entra em conflito com os ditames da mente carnal e é incompatível com os sentimentos do coração não regenerado. E, como a doutrina da Santíssima Trindade e do nascimento milagroso de nosso Salvador, a verdade da Eleição deve ser recebida com fé simples, inquestionável.

Vamos agora definir os nossos termos. O que a palavra Eleição significa? Significa destacar, selecionar, escolher, tomar um e deixar o outro. Eleição significa que Deus escolheu alguns para serem os objetos de Sua Graça salvadora, enquanto outros são deixados a sofrer a justa punição de seus pecados. Isso significa que, antes da fundação do mundo, Deus escolheu para fora da massa de nossa humanidade caída um determinado número, e os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho. “Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o Seu Nome” (Atos 15:14). Não podemos fazer melhor aqui do que amplificar a nossa definição de Eleição, citando um sermão do falecido C. H. Spurgeon (1834-1892) em “As coisas Que Acompanham a Salvação” [Sermão de Nº 152, publicado em português pelo Projeto Spurgeon]:

“Antes da Salvação vir a este mundo, a Eleição marchou na vanguarda, e tinha por seu trabalho o aquartelamento da Salvação. A Eleição atravessou o mundo e marcou as casas para as quais a Salvação deveria ir e os corações em que o tesouro deveria ser depositado. A Eleição olhou através de toda a raça humana, desde Adão até o último, e assinalou com selo sagrado aqueles para quem a salvação foi designada. “E era-lhe necessário passar por Samaria” (João 4:4) disse a Eleição; e a Salvação deve ir para lá. Depois veio a Predestinação. A Predestinação não se limitou a marcar a casa, mas mapeou a estrada pela qual a Salvação deve viajar para aquela casa. A Predestinação ordenou cada passo do grande exército de Salvação; esta ordenou o momento em que o pecador deve ser levado a Cristo, a maneira como ele deve ser salvo, os meios que devem ser empregados; marcou a hora exata e o momento em que Deus, o Espírito, deverá vivificar os mortos em pecado, e quando a paz e o perdão devem ser proclamados através do sangue de Jesus. A Predestinação marcou o caminho de forma tão completa que a salvação nunca ultrapassa os limites, e nunca erra o caminho. No decreto eterno de Deus soberano, os passos da misericórdia foram, cada um deles, ordenados”.

Por que Deus escolheu esses indivíduos em particular, em vez de outros, nós não sabemos. Sua escolha é soberana, totalmente gratuita e não depende de nada fora de Si mesmo. Certamente não foi porque esses indivíduos particulares eram, em si, melhores do que os outros que ele deixou. A Escritura é muito enfática sobre esse ponto: eles também “eram por natureza filhos da ira, como os outros também” (Efésios 2:3). Eles, também, não tinham justiça inerente. Nem Deus escolheu aqueles que Ele escolheu por causa de tudo o que Ele previu que haveria neles, pela simples razão, mas suficiente, que Ele previu nenhuma coisa boa neles, senão o que Ele próprio neles operou. Tudo o que podemos dizer é que Deus escolheu alguns para serem salvos somente porque Ele escolheu escolhê-los, pois tal era o beneplácito de Sua vontade soberana (Efésios 1:5).

1. O Mistério da Eleição

Nós prontamente admitimos que essa eleição é um mistério profundo; nós livremente reconhecemos que a mesma está completamente além do poder da mente finita de compreende-la plenamente. O nosso sentimento e nossa faculdade de raciocínio não podem nos ajudar nesta investigação. No entanto, isso não é motivo pelo qual devamos nos recusar a acreditar no que não podemos compreender plenamente. Estamos cercados de mistério por todos os lados. Não podemos entender por que Deus, que é perfeito e Onisciente, que no início previu claramente todas as terríveis consequências disto, deveria mesmo ter permitido o pecado entrar neste mundo. Mas Ele fez! Dizer, como muitos fazem, que se Deus criou o homem um agente moral livre, Ele não podia impedi-lo, é uma afirmação que é totalmente desprovido de qualquer fundamento na Palavra de Deus; e não somente isso, mas ela contradiz suas declarações explícitas. Por exemplo: Certamente a cólera do homem redundará em teu louvor; o restante da cólera tu o restringirás — Salmo 76:10. Se Deus pode restaurar a justiça àqueles que são os dispostos escravos do pecado e há muito tempo indulgente na comissão dele, sem interferir com a responsabilidade do homem, por que então Ele não poderia ter preservado os seres sem pecado, em um estado de pureza? E se estava em Seu poder fazê-lo, por que Ele não faz isso? Tudo o que podemos dizer é: “Não sabemos”. Deus não achou por bem dizer-nos. A permissão Divina do pecado é um mistério profundo.

Tampouco este é o único mistério relacionado com a história da nossa raça. As desigualdades gritantes no todo da existência humana são igualmente insolúveis. Um é cego de nascença, outro é abençoado com vista. Um entra no mundo dotado de uma constituição forte e goza de saúde quase ininterrupta, enquanto outro herda uma doença incurável e afunda em uma morte prematura. Um nasce para a riqueza e todos os seus confortos, outra para a pobreza e para suas consequentes misérias. Um é nascido de pais criminosos ou infiéis, enquanto a outro é filho de verdadeiros crentes e é criado no temor do Senhor. Um nasce em meio à escuridão pagã, outro goza dos privilégios da luz do Evangelho. Agora, essas diferenças não afetam apenas a felicidade nesta vida, mas eles estão entre os fatores determinantes de caráter e destino, e ainda assim eles não são de todo dependente do caráter ou conduta dos interessados. Quando nos perguntamos: “Por que é permitido existir essas diferenças? Por que Deus permite essas desigualdades?” Novamente nós temos que responder: “Não sabemos”. No entanto, acreditamos firmemente que Ele tem alguma razão boa e sábia para todas os Seus procedimentos providenciais, mas para o homem na sua condição presente, elas são profundamente misteriosas.

Que esses procedimentos de Deus são misteriosos, Sua própria Palavra afirma. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos — Isaías 55:8—9. E mais uma vez o Espírito Santo, através do apóstolo Paulo, declara: Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! — Romanos 11:33. A nossa posição verdadeira, então, na investigação de um assunto como este, é de discípulos – alunos – sentados aos pés do Senhor Jesus para que sejamos ensinados por Ele. Se aceitamos a Bíblia como a Palavra de Deus, devemos esperar encontrar nela algumas coisas difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição” — 2 Pedro 3:16.

2. A Verdade da Eleição

A Doutrina da Eleição é claramente ensinada na Palavra de Deus; de capa a capa, a Bíblia está cheia dela. Esta é uma das grandes Doutrinas fundamentais das Escrituras. O primeiro livro da Bíblia tem a Soberania de Deus como o seu tema central. Caim, o mais velho é deixado, enquanto Abel, o mais novo é aceito. Cam e Jafé são ignorados, enquanto Sem, o mais jovem, é selecionado para a linhagem a partir da qual o Messias havia de vir. É para Abraão, o menor, e não para Naor, o irmão mais velho, que é dada a herança de Canaã. Ismael, o primogênito é expulso sem bênção, enquanto Isaque o filho da velhice de seus pais é abençoado. A Esaú, de coração generoso e tolerante de espírito é negada a bênção, ainda que a buscou diligentemente com lágrimas, enquanto que Jacó o traiçoeiro, maquinador dissimulado é formado um vaso de honra. Embora sendo o décimo primeiro filho, José, é aquele que recebe a porção dobrada; quando Jacó, guiado por Deus, está abençoando os filhos de José, Efraim, o mais novo é posto na frente de Manassés, o mais velho.

Os limites de nosso espaço não nos permite ir adiante por toda a Bíblia; só podemos agora citar alguns textos como prova, mas eles são suficientes. “Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mateus 20:16). “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós” (João 15:16). “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” (João 17:9). “E creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna” (Atos 13:48). “Ficou um remanescente, segundo a eleição da graça” (Romanos 11:5). “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele” (Efésios 1:4).

Durante os tempos do Velho Testamento, o princípio da Eleição Divina foi claramente exposto nos tratamentos de Deus com a raça humana. Na Torre de Babel, Deus, por um tempo, abandonou o Seu trato direto com a humanidade como um todo, e selecionou um homem – Abraão – de quem descenderia a nação de Israel. Esta nação foi o seu povo escolhido. Ele se revelou a eles como a nenhum outro. Israel era o Seu tesouro peculiar. Eles gozaram de comunhão direta com o ETERNO, enquanto outras nações foram deixadas em seus pecados. Mas por quê? Por que Deus deveria escolher os descendentes de Abraão para serem os destinatários de Seus favores especiais? Eles tinham uma maior reivindicação natural do que os outros? Certamente que não. Os egípcios eram uma raça muito mais sábia do que os hebreus nômades. Os caldeus eram mais antigos, mais numerosos, mais civilizados, e ainda exerceram uma influência muito maior sobre o resto do mundo. Ah! Mas Deus passa pela sábios e cultos e escolhe os fracos e desprezados. Por quê? Para demonstrar Sua Soberania e exemplificar Sua graça. Por quê? “Para que nenhuma carne se glorie perante ele” (1 Coríntios 1:29).

3. A Justiça da Eleição

Em todas as épocas houve aqueles que argumentaram que a Doutrina da Eleição atribui injustiça a Deus. Eles dizem que não é justo Ele escolher certas pessoas para a vida eterna e permitir que o resto seja eternamente condenado. Mas tal acusação evidencia ignorância crassa e perverte os princípios fundamentais do Evangelho. A salvação não é uma questão de justiça, mas de Graça. Se o assunto é para ser resolvido na base de justiça nua, em seguida, cada filho de Adão deve perecer, pois: “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).

Dizer que Deus não tem o direito de escolher apenas alguns para serem conformes à imagem de Seu Filho, é um repúdio cardial da verdade do Evangelho. A Salvação não é um salário que temos de ganhar, nem uma recompensa que devemos merecer. É um dom gratuito concedido a quem não merece. Mas a partir do momento em que admitimos que a salvação é um dom de Deus, somos logicamente obrigados a aceitar o princípio da Eleição. Não tem Deus todo o direito de dispensar o Seu dom como lhe agrada? Certamente Ele tem. E esta é uma prerrogativa sua e Ele a exerce como lhe agrada: Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia — Romanos 9:15. Deus não está em dívida com ninguém. Ele não está sob a obrigação de salvar ninguém. Se Ele livra alguém da ira vindoura, é unicamente devido à Sua Graça. Ele não está sob nenhuma tipo de obrigação para salvar a todos. Mas Ele poder salvar quem quer que seja. Se Ele escolher passar por alguns, retendo o dom da salvação, então não há motivo para reclamação. No Último Grande Dia cada homem receberá toda a misericórdia a que tem direito. Não deverá o Juiz de toda a terra fazer justiça? Certamente. A sentença pronunciada sobre aqueles que estiverem à sua esquerda será perfeitamente justa.

“Quanto a esta prerrogativa [Sua Soberania] pode-se dizer, primeiro, que a Deus pertence o direito de exercê-la. Este direito nasce, em primeiro lugar, de ser Ele o Criador. Ele diz, “todas as almas são minhas” (Ezequiel 18:4). Ele tem o direito absoluto de fazer conosco o que Lhe agrada, visto que “foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos” (Salmo 100:3). Os homens esquecem o que são, e se vangloriam de grandes coisas; embora realmente nada sejam, senão barro na roda do oleiro, e Ele pode formá-los ou quebrá-los como lhe agrada. Eles não pensam assim, mas Ele conhece seus pensamentos que são vãs. Ó, a dignidade do homem! Que tema para um discurso sarcástico! Como o sapo da fábula que se inchou até que explodiu, assim o faz o homem em seu orgulho e inveja contra o seu Criador, que, não obstante, está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos, e atenta para nações inteiras delas como o pó da balança. A prerrogativa do Senhor sobre a Criação é manifestamente ampliada moralmente pela nossa perda de qualquer consideração que possa ter surgido por obediência e retidão que tivéssemos possuído. Nossa culpa envolveu a perda de reivindicações por parte das criaturas, quaisquer que elas pudessem ter sido. Somos todos culpados de alta traição, e cada um de nós é culpado de rebelião pessoal; portanto, não temos os direitos dos cidadãos, mas jazemos sob sentença de condenação. O que diz a voz infalível de Deus? “Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gálatas 3:10). Viemos sob essa maldição; a Justiça pronunciou-nos culpados, e, por natureza, nós permanecemos em condenação. Se então o Senhor terá o prazer de nos livrar da morte, isto permanece com ele para fazê-lo; mas não temos direito a tal libertação, nem podemos usar qualquer argumento que seria proveitoso nos tribunais de justiça para a reversão da pena ou suspensão da execução. Ante do tribunal de justiça nosso caso deve ser difícil de estabelecer qualquer alegação de direito. Seremos expulsos com o desdém do juiz imparcial, se nós argumentarmos nosso processo em cima dessa linha. Nosso procedimento mais sábio é apelar para a Sua misericórdia e Sua Graça Soberana, pois somente isto é a nossa esperança. Compreenda-me claramente: Se o Senhor fizer com que padeçamos a perecer, nós apenas receberemos o que merecemos, e nós não temos nenhum de nós sequer uma sombra de reivindicação em Sua misericórdia – nós estamos, portanto, absolutamente nas mãos de Deus, e a Ele pertencem as questões da morte”. (C.H. Spurgeon, A Prerrogativa Real – Salmo 68:20-21 [Sermão de Nº 1523]).

Finalmente, convém lembrar que Deus nunca recusa misericórdia para com aqueles que honestamente a procuram. É verdade que os não-eleitos serão perdidos, deixe-os fazer o que quiserem. O pecador é ordenado: “Provai e vede que o Senhor é bom” (Salmo 34:8). Ele é livremente convocado a ser um convidado na festa do Evangelho. A promessa é ampla e simples: “o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37). Mas se o pecador não vir a Cristo para que ele possa ter vida, então seu sangue será sobre a sua cabeça. Se ele não vai crer, então é a sua própria vontade que o condena.

CONTINUA...

OUTRAS PARTES DESSA MENSAGEM PODERÃO SER VISTAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO

ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA ELEIÇÃO – PARTE 001

ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA ELEIÇÃO – PARTE 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/12/arthur-w-pink-doutrina-da-eleicao-um.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

Um comentário:

  1. e so de saber que la em boas novas, qdo vinha um evangelista eu levantava a mao p "aceitar a Jesus". nao me recordo qtas vezes "aceitei". Ninguem pode "aceitar" a Jesus. E Jesus quem nos aceita incondicionalmente, mesmo sem sermos digos de aceitacao. Porquanto, Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. E, em seu amor, nos predestinou para sermos adotados como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, segundo a benevolência da sua vontade, …

    ResponderExcluir