POLÊMICO: Para ele, Jesus era um revolucionário.
A cada período de meses nós vemos
surgir no horizonte um livro sobre Jesus. Normalmente esses livros dizem
basicamente as mesmas coisas desde os primeiros que foram publicados nos
séculos XVIII e XIX. A premissa básica é negar que Jesus é Deus, mas
infelizmente para todos eles, não existe nem mesmo um fiapo em que possam se segurar
para ter suas opiniões confirmadas. Todavia, os livros vendem bem. Isso é
verdade.
Nosso personagem dessa vez é o
historiador, que não aceita certos materiais históricos, mas adora matérias espúrios,
desde que os mesmos confirmem sua tola teoria. Reza Aslam é teólogo e
historiador e seus comentários são muito semelhantes aos do mestre Gamaliel.
Bata ler a entrevista que Reza Aslan concedeu à revista ÉPOCA abaixo e depois
ler nosso artigo acerca do tal “sábio” conselho de Gamaliel por meio desse link
aqui:
Segue o texto da ÉPOCA
Reza
Aslan: "Jesus era como os outros messias"
Autor de um polêmico livro sobre
a vida de Jesus Cristo, o americano Reza Aslan afirma que o filho de Maria foi
o maior revolucionário de todos os tempos
Por RODRIGO TURRER
O historiador iraniano-americano
Reza Aslan ficou mundialmente famoso após bater boca com Lauren Green, âncora
da emissora americana Fox News, em julho deste ano. Ele fora convidado a falar
sobre seu livro Zelota – A vida e a época de Jesus de Nazaré (308 páginas,
Zahar editora, R$ 36), um polêmico ensaio em que afirma que Jesus foi um
revolucionário. Aslan teve de explicar por que um muçulmano como ele escrevera
sobre Cristo. Há mais de 20 anos, ele se dedica à pesquisa de religiões, com
foco na vida de Jesus. “Entendo de onde a Fox News e Lauren Green vieram”,
afirmou Aslan a ÉPOCA. “Há um sentimento antimuçulmano em níveis sem
precedentes nos Estados Unidos.”
ÉPOCA – O senhor defende em seu livro uma tese polêmica: o Jesus
histórico foi um revolucionário. O senhor acredita que Jesus estava mais para
Che Guevara que para Ghandi?
Reza Aslan – Jesus foi o maior
revolucionário de todos os tempos. As pessoas têm dificuldade de compreender
isso porque veem o Cristo da religião com o olhar do nosso tempo. No tempo de
Jesus, não havia separação entre política e religião. Ambas eram a mesma coisa.
É incorreto dizer que Jesus era só um líder espiritual ou só um líder político.
Ele era os dois. Toda e qualquer palavra proferida por Jesus tinha implicações
políticas, por mais espirituais que fossem. Nesse livro, tento tirar as camadas
de teologia, misologia, lenda e doutrina que se sobrepuseram ao Jesus
histórico. Quis compreender o mundo em que Jesus viveu. Meu livro é sobre as
implicações das palavras de Jesus em seu mundo, em seu tempo. É também sobre as
diferenças entre Jesus de Nazaré e o Cristo da fé, criado pelos Evangelhos e
pela Igreja.
ÉPOCA – Qual a diferença entre o Cristo histórico e o da fé?
Aslan – O Jesus da história era
um judeu pregando o judaísmo para outros judeus. O Cristo da fé, aquele que
lemos nos Evangelhos e na teologia cristã, é alguém divorciado do judaísmo,
alguém pregando uma nova fé, uma nova religião. Jesus proclamava-se o messias,
mas, quando dizia isso, se referia ao messias do judaísmo. Se Jesus de fato
pensasse ser o Deus encarnado, teria sido o primeiro judeu da história a pensar
assim. Porque o conceito de um homem divino viola 5 mil anos de história,
tradição e religião judaicas. Isso quer dizer que é impossível que Jesus se
considerasse um Deus encarnado? Não. Só não é plausível. Sobram duas opções:
Jesus nunca disse isso e era como todas as outras centenas de messias de seu
tempo. Ou então Jesus acreditava nisso e era absolutamente único, diferente de
todos os judeus que vieram antes ou depois dele. Como historiador, acredito que
Jesus era como todos os outros messias de seu tempo e nunca disse ser o Deus
encarnado do Novo Testamento.
ÉPOCA – E por que Jesus inspirou tantos a segui-lo?
Aslan – Isso tem menos a ver com
espiritualidade e mais com os ensinamentos de Jesus. São ensinamentos únicos e
extraordinários. Jesus teve uma visão de uma nova ordem mundial, em que ricos e
pobres trocariam de lugar. Os primeiros se tornariam os últimos, e os últimos
se tornariam os primeiros. O apelo dessa mensagem depois da morte de Jesus se
perpetuou menos pelo que Jesus disse ou fez e mais pelo que seus discípulos
escreveram e disseram sobre ele.
ÉPOCA – Então a mensagem de
Cristo foi reinventada?
Aslan – Os seguidores de Jesus,
os homens que escreveram os Evangelhos anos ou décadas depois de sua morte,
tentaram esconder ou amenizar o aspecto político da vida de Jesus. Primeiro,
porque Jesus falhou em sua missão. O que sabemos de fato sobre Jesus? Que ele
era judeu, que começou um movimento judaico no século I e, como resultado desse
movimento, foi condenado à morte na cruz por crimes contra o Estado (Roma). As
ambições políticas de Jesus falharam. A definição de messias, no tempo de
Jesus, era um descendente do rei Davi, que restabeleceria o Reino de Davi na
Terra. Se você diz ser um messias e morre sem restabelecer o Reino de Davi,
você não é um messias. Todos os outros messias, e foram centenas, prometeram
restabelecer o reino de Davi. Foram tão bem-sucedidos quanto Jesus. Nenhum
cumpriu a promessa, e todos foram chamados de falsos messias. A diferença é que
os seguidores de Jesus tentaram dar sentido a sua falha, mudaram o significado
de messias, o deixaram menos judeu, mais espiritual. Quando fizeram isso, o
tornaram mais atraente para os não judeus.
ÉPOCA – De que forma?
Aslan – Jesus foi condenado à
crucificação por crimes contra o Estado. Roma reservava a crucificação a crimes
contra o Estado. Como convencer Roma a aceitar um movimento de um homem que
pretendia tirar Roma do poder? Basta dizer que o reino prometido por Jesus não
era o terreno, mas sim o divino, que Jesus não tinha ambições políticas, não
ameaçava o Império Romano. Assim, você diz que é possível ser cristão sem ser
uma ameaça ao Estado. Todas essas mensagens foram incorporadas ao cristianismo
e ajudaram em sua expansão. Décadas depois da morte de Jesus, os seguidores não
judeus de Cristo superaram os seguidores judeus. Cem anos depois, não havia
quase ligação alguma entre cristianismo e judaísmo. E, pelos últimos 2 mil
anos, o cristianismo tem sido uma religião que confortavelmente se casa com o
Estado. Como faz isso? Proclamando que não tem interesse em governar este
mundo, não se apega às coisas terrenas.
"Os Evangelhos não são
história, não são fato. São argumentos teológicos"
ÉPOCA – As críticas mais
contundentes a seu livro dizem que o senhor usou as fontes de pesquisa
que
melhor se adaptavam a suas teses e descartou as demais. Qual foi seu critério?
Aslan – Essa é uma crítica feita
por não especialistas. Os leigos olham para os Evangelhos e acham que tudo o
que está escrito em Mateus, Marcos, Lucas e João é igualmente válido. Isso é
absurdo. Há 200 anos definiu-se uma metodologia de estudo para saber o que é
confiável do ponto de vista histórico nos Evangelhos. Para o leigo, parece que
escolho apenas o que me interessa. Mas fui metódico. Não usei os Evangelhos de
João como fonte de pesquisa, porque ele são tardios, escritos quase um século
depois da morte de Jesus. Usei apenas o Evangelho de Marcos, visto
universalmente como o mais preciso historicamente. Os Evangelhos não são
história, não são fato. São argumentos teológicos. Minhas fontes foram os
documentos históricos sobre o tempo em que Jesus viveu e partes comprováveis
dos Evangelhos. Rejeito as histórias da natividade, a fuga da família de Jesus
para o Egito e outros acontecimentos imprecisos. Tais histórias são lendas e
mitos.
ÉPOCA – Sua entrevista na Fox News se espalhou pela internet. O que o
senhor pensou quando Lauren Green perguntou sobre um muçulmano escrever sobre
Jesus?
Aslan – Fiquei surpreso, mas
depois entendi. Você pode falar o que quiser sobre democracia e liberdade nos
Estados Unidos, mas, neste momento, há um sentimento antimuçulmano em níveis
sem precedentes na história do país. Em nenhum lugar isso é mais óbvio que na
Fox News. É uma emissora que alimenta o medo como receita de sucesso. Mas é
apenas reflexo do que milhões de americanos pensam. Entendo de onde a Fox News
e Lauren Green vieram. Existem milhões de pessoas que não conseguem compreender
que a religião é um estudo acadêmico. São pessoas que confundem o estudo da
religião com a fé individual. Religião também é uma disciplina acadêmica. Uma
disciplina em que muçulmanos escrevem sobre hindus, hindus escrevem sobre
cristãos e cristãos escrevem sobre judeus. Isso é totalmente normal. Somos
historiadores.
ÉPOCA – Como muçulmano e iraniano criado nos EUA, como o senhor encara
as tentativas de negociação entre Estados Unidos e Irã?
Aslan – Sou otimista. Acredito
que estamos próximos de um acordo. Isso pavimentará uma solução diplomática
sobre o programa nuclear iraniano. O problema não é o Irã. Lá, a decisão caberá
ao aiatolá Ali Khamenei, e ele autorizou o presidente Hassan Rouhani a
negociar. Meu temor é em relação ao Congresso dos Estados Unidos, que terá de
aprovar um acordo. Se você conhece um pouco do Congresso americano, sabe que
ele é disfuncional, um enorme desperdício de espaço. Os congressistas só se
interessam em ser reeleitos, não ligam para o bem-estar do país. Querem apenas
voltar ao Colorado e ao Tennessee e poder dizer: fui duro com o Irã, combati o
terrorismo.
(Esta entrevista foi feita antes
do anúncio do acordo entre Irã, Estados Unidos e cinco potências e publicada na
edição de ÉPOCA que foi às bancas no dia 23 de novembro.)
ÉPOCA – A Síria é um dos poucos aliados do Irã no Oriente Médio. Uma
vitória de Bashar al-Assad será positiva para o Irã?
Aslan – Assad já ganhou a guerra.
Está claro como o dia que Assad não apenas continuará no poder, como sairá
dessa guerra civil sem sequer negociar com os rebeldes. Cada dia a oposição
está mais fraturada, e não existe uma solução política para isso. O mais
deprimente é que isso tenha acontecido logo depois do uso de armas químicas
contra os sírios. Assad queria assustar os rebeldes e testar a paciência da
comunidade internacional, mas conseguiu um acordo vantajoso, que praticamente
assegura sua vitória na guerra civil. A comunidade internacional meteu os pés
pelas mãos, demorou a agir, negociou com o ditador, armou os rebeldes radicais.
É triste, mas nada positivo pode surgir dessa guerra.
O artigo original da revista
ÉPOCA poderá ser visto por meio desse link aqui:
NOSSO COMENTÁRIO FINAL
Falamos não como os leigos
acusados de nada entender por Reza Aslan, e sim como profissionais,
especialmente no que diz respeito a Estudos do Novo Testamento. Diante disso
podemos afirmar com toda certeza que:
1. Reza Aslan não faz nada novo
em seu livro.
2. Suas teorias furadas estão
pautadas no que seres humanos decidiram nos séculos XVIII e XIX o que seria
aceitável como histórico nas páginas da Bíblia.
3. Já naqueles dias dezenas de
pastores de diversas origens sentaram e escreveram diversos artigos combatendo
as mentiras dos, então chamados, liberais, que desejavam transformar a firmeza
da fé cristã apenas numa religião cor de rosa.
4. Reza Aslan fala muitas
bobagens. Por exemplo: Ele fala de um tal Jesus Político ou num Jesus como
Líder Religioso. Depois afirma, de forma idiótica, que Jesus falhou em sua
missão. Por fim, repetindo o que milhares já falaram antes dele, Reza Aslan
nega que Jesus tenha reivindicado ser Deus. Mas infelizmente para ele e todos
os patéticos que tentam negar o óbvio — JESUS É DEUS — nós gostaríamos de
convidar que lessem nosso artigo publicado recentemente tratando do natal de
Jesus, algo que Reza Aslan qualifica como algo lendário. Nosso artigo poderá
ser acessado por meio do link abaixo:
Portanto, caro leitor, não se
deixe enganar por alguém que esconde suas verdadeiras intenções — negar a
divindade de Jesus – por trás de um falso conhecimento chancelado por graus de
historiador, teólogo e etc. A VERDADE ESTÁ NA BÍBLIA E EM NENHUM OUTRO ESCRITO
HUMANO.
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa
página no Facebook através do seguinte link:
Desde já agradecemos a todos.
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