Este estudo é parte de uma Análise do Livro do
Gênesis. Nosso interesse é ajudar todos os leitores a apreciarem a rica herança
que temos nas páginas da História Primeva da Humanidade. No final de cada
estudo o leitor encontrará direções para outras partes desse estudo.
O Livro do Gênesis
O Princípio de Todas as Coisas
בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָרֶץ
Eretz ha ve-et Hashamaim et Elohim Bará Bereshit
Terra a e céus os Deus criou
princípio No
Gênesis
1:1
X. Gênesis 6.
Depois da Criação original em si mesma, a
informação mais impressionante que temos acerca do mundo antigo é certamente o
registro da sua destruição pelo dilúvio. E a história dessa tremenda catástrofe
que se abateu sobre a terra começa a ser escrita no capítulo 6 do livro do
Gênesis. O esboço de Gênesis 6 pode ser como segue:
A. A Perversidade Humana se multiplica — Gênesis
6:1—5 e 11—12.
B. O Justo Ressentimento Divino Diante da
Perversidade Humana e Sua Resolução de Castigar os Ofensores — Gênesis 6:6 – 7.
C. O Favor Especial de Deus Para com Seu Servo Noé
pode Ser Visto:
1. No Caráter Concedido a Noé — Gênesis 6:8—10.
2. Na comunicação do Propósito de Deus para Noé —
Gênesis 6:13 e 17.
3. Na Direção que Deus dá a Noé para que Ele
Construa a Arca para Sua Própria Salvação — Gênesis 6:18—21.
4. No Espírito de Obediência Demonstrado por Noé —
Gênesis 6:22
Tudo isto foi escrito acerca do mundo antigo para
nos servir de admoestação e exemplo. É uma pena realmente que sejamos tão
lerdos para aprender. O autor concorda com muitos outros que acreditam que esta
nossa geração é tão perversa como as mais perversas gerações que existiram no
mundo antigo e que foram destruídas pelo dilúvio. Mas vejamos esta estória
parte por parte:
A. Gênesis 6:1—5 e 11—12
1. Para que possamos compreender Gênesis 6 é
necessário entendermos algumas asserções básicas que se encontram no texto que
temos diante de nós. A primeira destas asserções é que a corrupção aqui
descrita atinge a todos os seres humanos como pode ser deduzido pelos itens
abaixo:
a. A multiplicação referida em Gênesis 6:1—2 diz
respeito à humanidade em geral sem nenhum tipo de restrição.
b. Quando o texto fala da corrupção experimentada
pelas pessoas se refere diretamente a toda a humanidade como indicado no item
acima.
c. Isto quer dizer que toda a raça humana, com uma
única exceção, Noé — ver Gênesis 6:8 — está descrita em Gênesis 6 como
corrompida.
d. Neste capítulo nós somos informados que toda a
humanidade, com exceção de Noé, estava madura e pronta para ser destruída – ver
Gênesis 6:3 e 5—8.
2. A segunda asserção tem a ver com a necessidade
de que para compreender a total degeneração da raça humana, torna-se necessário
uma correta interpretação — dentro do possível — das expressões בְּנֵי הָאֱלֹהִים — benei haElohim —
filhos de Deus e בְּנוֹת הָאָדָם — benot haAdam — filhas dos homens. A tabela a seguir nos
apresenta as três interpretações mais comuns a estas duas expressões:
Item
|
Teoria # 1
|
Teoria # 2
|
Teoria #3
|
Filhos de
Deus
|
Anjos Caídos
|
Descendentes de Sete
|
Soberanos
Dinásticos
|
Filhas dos
Homens
|
Seres Mortais
|
Descendentes de Caim
|
Pessoas não nobres
|
Pecado
|
Casamento entre seres
sobrenaturais e seres mortais
|
Casamento entre as
sementes benditas e as
sementes amaldiçoadas
|
Poligamia
|
Defensores
|
Philo de Alexandria
Livro Apócrifo de Enoque
Santo Ambrósio
F. Delitzsch
S. R. Driver
Henry M. Morris
Gerhard von Rad
|
C. Leupold
J. Stigers
F. Schaeffer
|
Targuns Aramaicos.
A vasta maioria dos
rabinos judeus.
|
Evidências
|
1. A expressão “filhos de Deus” é usada em outras
passagens para se referir aos anjos – ver Jó 1:6; 2:1 e 38:7; Salmos 29:1 e
89:7.
2. Judas 6 – 7 talvez faça
referência a estes fatos.
3. É a leitura que parece ser a mais natural.
4. Os tradutores da LXX
optaram por traduzir a expressão hebraica בְּנֵי הָאֱלֹהִים
– benei
haElohim –
por Anjos de Deus no Livro de Jó.
5. Cristo disse que os Anjos nos céus não se
casam nem se dão em casamento, mas não disse
que não podem fazê-lo.
|
1. O conceito de uma
linhagem abençoada
está firmemente fixada
pela ênfase dada ao
nascimento de Sete.
2. O texto original em
hebraico sugere uma
continuidade na história sem espaços para uma intervenção
angelical.
3. Este tipo de pecado
torna-se um tema
comum nas páginas do Antigo Testamento.
|
1. Magistrados e soberanos são Algumas vezes referidos
como tendo a mesma
autoridade de Deus: ver
Êxodo 21:6
Êxodo 22:8 – 9 e 28!
Salmos 82:1 e 6.
2. Algumas vezes
os reis eram
chamados de
filhos dos deuses.
|
Dificuldades
|
1. Soa meio mitológico e distante da realidade.
2. Não há nenhuma menção a anjos feita antes.
3. Por que deveria a nossa raça ser punida pela
perversidade dos anjos?
4. O apoio do NT a esta teoria é, no mínimo,
questionável.
|
1. A expressão “filhos
de Deus” não possui
este significado em
nenhuma outra
passagem.
2.Não existe nenhuma
referência clara de que
as genealogias tenham
se mantido separadas
de modo estrito.
3. Deus não havia
ainda iniciado a tratar
com uma linhagem
específica.
4. O termo usado para “homens” אָדָם – adam – é genérico e não distingue qualidade.
5. Nos dias de Noé,
ele era o único justo.
|
1. Não existe
nenhuma
referência a
“nobreza”
neste texto.
2. As Escrituras não
consideram reis
como sendo filhos
de deuses –
uma única exceção
talvez seja –
Salmos 2
versos 6 e 7.
3. Esta hipótese não
explica o surgimento
dos gigantes הַנְּפִלִים —
— hanefiliym
|
Adaptado de
Chronological Charts of The Old Testament[1].
3. Como podemos ver pela tabela acima a terceira
posição, geralmente aceita como a posição judaico—rabínica ortodoxa e
tradicional pode ser dispensada de cara, pois a mesma está baseada em palavras
que não estão no texto como “soberanos dinásticos e nobres”, e depende de
interpretações que fogem completamente do contexto bíblico. A primeira posição,
diferentemente da terceira, pode ser defendida de forma plausível pelos
seguintes fatores:
a. Não existe nenhum questionamento quanto ao fato
de que a expressão בְּנֵי הָאֱלֹהִים — benei haElohim — filhos de Deus em Jó 1:6; 2:1 e 38:7 seja uma
referência aos anjos. O mesmo é verdade com relação as referências de Salmos
29:1 e Salmos 89:7.
b. A própria antítese representada pelas expressões
“filhos de Deus” e “filhas dos homens”.
4. Deixando de lado quaisquer outras considerações,
as duas que acabamos de mencionar acima, são suficientes para nos fazer pender
para o lado de que a expressão “בְּנֵי הָאֱלֹהִים — benei haElohim — filhos de Deus” diz respeito aos anjos e a
expressão בְּנוֹת הָאָדָם — benot haAdam — se refere às filhas dos homens. Mas as boas
normas da hermenêutica — interpretação de textos sagrados — nos advertem de que
só podemos aceitar uma interpretação como definitiva se não existir nenhuma
outra alternativa que seja também viável. Infelizmente não é esse o caso aqui,
porque existem passagens onde a expressão בְּנֵי
הָאֱלֹהִים — benei haElohim — filhos de Deus não diz respeito exclusivamente
aos anjos. Entre estas passagens podemos citar:
Salmos 73:15 onde a referência aos
filhos de Deus diz respeito ao povo de Israel e não a anjos.
Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria
traído a geração de teus filhos.
Deuteronômio 32:5 onde o povo de Israel
é referido como “não sendo mais filhos” de Deus.
Procederam corruptamente contra ele, já não são
seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada.
Oséias 1:10 onde a expressão “filhos de Deus” é uma
referência aos filhos de Israel.
Todavia, o número dos filhos de Israel será como a
areia do mar, que se não pode medir, nem contar; e acontecerá que, no lugar
onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do
Deus vivo.
5. Essas passagens onde a expressão “filhos de
Deus” aparece como uma referência aos filhos do povo de Israel não nos permitem
chegar a uma interpretação filológica da mesma, já que ela possui dois sentidos
completamente opostos — filhos do povo de Israel X seres angelicais. Dessa
maneira o que nos resta fazer é tratar a solução desse problema utilizando
apenas o método de interpretação teológica.
6. Tudo o que vimos até agora, é agravado pela
seguinte consideração: qual era a intenção do autor ao usar a expressão “filhos
de Deus”? Estaria ele utilizando a mesma para se referir a seres no sentido físico
ou estaria utilizando a mesma para se referir a seres no sentido ético do termo?
A noção de que o autor do Gênesis teria usado a expressão “filhos de Deus” no
sentido físico do termo, como se estivesse se referindo a filhos “literalmente
gerados por Deus”, precisa ser rejeitada, por se constituir em um grosseiro
erro gnóstico. Foram os gnósticos que inventaram, a partir do segundo século d.C.,
a idéia de que os espíritos celestiais são fruto da essência divina ou que
foram gerados sexualmente por Deus, quando o ensinamento bíblico é claro no
sentido de que, todos os seres angelicais são criaturas de Deus, como de resto
tudo o que existe em todo universo. Nada emana de Deus para o universo, estes
são conceitos panteístas ou panteteístas e são completamente estranhos ao
ensino das Escrituras. Em função de serem seres criados por Deus, quando a
Bíblia usa termos variados para descrever os anjos, sempre o faz em termos
éticos ou descritivos do caráter dos mesmos.
7. Com base no que acabamos de dizer, nós podemos
afirmar de maneira categórica, que a expressão “filhos de Deus” no Antigo
Testamento não pode ser utilizada para descrever exclusivamente seres angelicais,
mas pode, como de fato é, ser aplicada também aos seres humanos, criados à
imagem e semelhança de Deus — não é Adão chamado de “filho de Deus” em Lucas
3:38? Apesar de essa última idéia estar no Novo Testamento, é opinião do autor,
que a base para usar a expressão “filhos de Deus” com referência a seres
humanos, está amparada exatamente no fato de ter sido o ser humano criado à
imagem e semelhança de Deus.
8. Mas o que podemos dizer acerca da antítese representada
pelas expressões “filhos de Deus” e “filhas dos homens”? Que a
antítese existe, isso é verdade! Mas afirmar que essa antítese, pela sua
simples existência, “prova” que os mencionados “filhos de Deus” são seres
angelicais vai uma grande distância.
10. Talvez a melhor maneira para definirmos se a
expressão בְּנֵי הָאֱלֹהִים — benei haElohim —
filhos de Deus — se refere a seres angelicais ou a seres humanos seja
analisarmos o contexto imediato em que ela aparece, i.e., Gênesis 6. Talvez
consigamos divisar no texto diante de nós, elementos suficientes para caracterizar
estes בְּנֵי הָאֱלֹהִים — benei haElohim.
Quando olhamos o texto de Gênesis 6, somos imediatamente lembrados que o mesmo
é a sequência dos fatos ocorridos em Gênesis 4. Esse fato, por si só, nos leva
a concluir que, descendentes de Caim certamente mantiveram relações com
descendentes de Sete. Ou seja, houve casamentos entres os descendentes de Caim
e os de Sete nos anos que antecederam o dilúvio —
Mateus 24:38
Porquanto, assim como nos dias anteriores ao
dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé
entrou na arca,
Lucas 17:27.
Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até
ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos.
Por outro lado, a proibição que diz que o povo de
Deus não deveria se casar com pessoas estrangeiras, dada mais tarde, também
corrobora, de maneira indireta esta mesma verdade —
Êxodo 34:12—16
12 Falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e à
meia tribo de Manassés, dizendo:
13 Lembrai-vos do que vos ordenou Moisés, servo do
SENHOR, dizendo: O SENHOR, vosso Deus, vos concede descanso e vos dá esta
terra.
14 Vossas mulheres, vossos meninos e vosso gado
fiquem na terra que Moisés vos deu deste lado do Jordão; porém vós, todos os
valentes, passareis armados na frente de vossos irmãos e os ajudareis,
15 até que o SENHOR conceda descanso a vossos
irmãos, como a vós outros, e eles também tomem posse da terra que o SENHOR,
vosso Deus, lhes dá; então, tornareis à terra da vossa herança e possuireis a
que vos deu Moisés, servo do SENHOR, deste lado do Jordão, para o nascente do sol.
16 Então, responderam a Josué, dizendo: Tudo quanto
nos ordenaste faremos e aonde quer que nos enviares iremos.
11. Em Gênesis 6:2, nós lemos que: vendo os filhos
de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que,
entre todas, mais lhes agradaram. Se Gênesis 6:3, na sequência,
representar uma conclusão ao que está descrito no verso 2, então, nosso
problema parece encontrar uma solução lógica e natural, nas palavras do próprio
Deus quando diz: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os
seus dias serão cento e vinte anos. A consequência da união referida em Gênesis 6:2 é
mencionada diretamente em Gênesis 6:4: filhos nasceram!
12. Ainda em Gênesis 6:2, temos que notar que a
expressão hebraica לָהֶם נָשִׁים — lahem nashiim —
tomaram para si mulheres — é usada em todo o Antigo Testamento para se referir à
união estabelecida por Deus na criação — entre um homem e uma mulher, portanto.
Este fato, por si só, deve ser suficiente para banir de vez a possibilidade de
o texto estar se referindo a anjos.
13. Como mencionamos antes, a hipótese de que a
expressão בְּנֵי הָאֱלֹהִים – benei haElohim, se
refira a anjos, soa completamente mitológica. Como cristãos e crentes na Bíblia
somos incapazes de aceitar que sejam realmente históricos, os mitos dos povos,
que nos falam acerca de como divindades mantiveram relações sexuais com seres
humanos gerando filhos que eram “verdadeiros semideuses”. A Bíblia não trata de
questões mitológicas! A Bíblia nos revela a história humana e nos oferece a
interpretação divina para os eventos descritos em suas páginas. A Bíblia é
história e não mitologia!
14. O mesmo é verdadeiro acerca de um livro
pseudoepigráfico — livro de autoria desconhecida, mas atribuída a algum
personagem notório do passado — conhecido como: “Primeiro Livro de Enoque”.
Esse livro detém a honrosa distinção de ser o mais importante livro
pseudoepigráfico dos dois primeiros séculos depois de Cristo. De acordo com os
especialistas o mesmo foi composto por inúmeros autores durante um longo
período de tempo. A data da composição não pode ser determinada com precisão,
mas existem evidências internas no texto, que apontam para o fato que certas
partes foram produzidas antes da época dos Macabeus — 200 anos a.C. A partir do
capítulo 6 do Primeiro Livro de Enoque, nós podemos encontrar uma detalhada
descrição acerca de como, mais ou menos 200 anjos, acompanhados pelos seus
líderes, cobiçaram as belas mulheres que habitavam na terra e desceram dos céus
para possuí-las. Desses encontros, entre seres angelicais e mulheres humanas,
teriam nascido gigantes, alguns medindo cerca de 150 metros de altura — 300
cúbitos — de acordo com o texto do Livro de Enoque. Que o leitor possa tomar,
ele mesmo, a decisão se deseja acreditar nesta estória.
15. Como mencionamos acima, o conteúdo de Gênesis 6:3 que diz: “Então,
disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este
é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos”, só
faz sentido se os בְּנֵי הָאֱלֹהִים – benei haElohim
mencionados em Gênesis 6:1 forem seres humanos. A expressão רוּחִי — ruqui — meu espírito, expressa a manifesta oposição que
existe entre o espírito do ser humano caído e o Espírito Santo de Deus. A
palavra do Senhor é clara: meu espírito não irá יָדוֹן — yadon — julgar, contender, pleitear com o homem para
sempre. Essa passagem nos ensina que o Espírito de Deus não insiste, em termos
morais, com o ser humano para sempre e sim, que essa insistência, se estende
por um período, que, naquele caso, foi fixado, por Deus mesmo, em 120 anos. Os cento e vinte anos
aqui mencionados, não se referem à extensão da vida humana, e sim ao tempo que
Deus estava concedendo àqueles seres humanos para que se arrependessem. Essa é
uma frase pequena, mas nela podemos ver toda a extensão da graça de Deus
oferecida à raça humana apóstata. Cento e vinte anos, meus irmãos é um longo
período de tempo em qualquer padrão!
16. É somente mediante a influência do Espírito
Santo que a mente carnal dos homens pode ser dominada e completamente vencida.
Mas, sempre existirão aqueles que resistem à ação de Deus, de forma
voluntariosa, em suas vidas e que acabam por entristecer o Espírito Santo e são
abandonados à sua própria dureza e cegueira de seus corações impenitentes. A
Bíblia diz que Deus é compassivo e cheio de graça, paciente e grande em
misericórdia —
Salmos 86:15
Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de
graça, paciente e grande em misericórdia e em verdade.
17. E aqui, em Gênesis 6, nós podemos ver a
realidade dessas palavras. A raça humana estava pronta para ser destruída — ver
Gênesis 6:5 e 11—12. Mas, mesmo diante desse quadro, Deus resolve conceder aos
homens 120 anos para se arrependerem. Se o fizerem, muito que bem. Caso
contrário, perecerão. Enquanto isso, Deus envia Noé, homem justo e íntegro e
que andava com Deus, para pregar — ver Gênesis 6:9. Mas, acima de tudo, o testemunho
de Noé foi marcado pela construção de uma enorme arca que era muito evidente.
Mas antes de falarmos de Noé propriamente, uma
palavra acerca dos “gigantes” mencionados em Gênesis 6 se faz necessária. De
fato, Gênesis
6:4 menciona dois tipos de homens como podemos ver: Ora, naquele tempo
havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as
filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de
renome, na antiguidade.
Quem foram estes gigantes e quem foram esses
valentes de renome da antiguidade é o que nos interessa saber neste momento. Em
primeiro lugar devemos observar que se tratam de duas classes distintas de
homens. Os primeiros são chamados de נְּפִלִים – nefilim. A LXX — versão para o grego das escrituras
hebraicas — chamou os נְּפִלִים — nefilim de γίγαντες — gígantes – e foi daí que nós criamos nossa palavra
“gigantes” em português. E é desses primeiros — os gigantes — com os quais
vamos nos ocupar em seguida:
CONTINUA...
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004 — Introdução ao Gênesis — Parte 4 — A Preparação para a Vida Na Terra
005 — Introdução ao Gênesis — Parte 5 — A Criação da Vida
006 — Introdução ao Gênesis — Parte 6 — O DEUS CRIADOR
007 — Introdução ao Gênesis — Parte 7 — OS NOMES DO DEUS CRIADOR, OS CÉUS E A TERRA
008 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 1 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 1
009 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 8A – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 2
010 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus - Parte 9 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Segundo e o Terceiro Dia
011 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 10 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quarto Dia
012 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 11 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quinto Dia
013 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 1
013A — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12A — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 2
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016 — Estudo de Gênesis — Gênesis 2 — Parte 15 — GÊNESIS 2B
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023 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, O Primeiro Construtor de Uma Cidade — Parte 22
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026 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — A Conclusão Acerca de Caim — Parte 25
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035 — Estudo de Gênesis — Gênesis 8 — A promessa que Deus Fez a Noé e seus descendentes — Parte 30 — Nunca Mais Destruirei a Terra Pela Água
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037 — Estudo de Gênesis — O Valor Perene do Dilúvio para todas as Gerações — PARTE 002
038 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 001
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040 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 003
041 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 004 — A NATUREZA DA ALIANÇA ENTRE DEUS E NOÉ
042 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 005 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 001
043 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 006 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 002 — OS NEGROS SÃO AMALDIÇOADOS?
044 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 007 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 003 — A CONTRIBUIÇÃO DOS FILHOS DE NOÉ PARA A HUMANIDADE
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http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/genesis-estudo-045-tabua-das-nacoes.html
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os
nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do
seguinte link:
Desde já agradecemos a
todos.
[1] Walton, John H. Chronological Charts of the Old Testament.
The Zondervan Corporation, Grand Rapids, 1978.
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