Essa é uma série de
estudos baseada no tema geral da: “GLÓRIA DE DEUS”. É um estudo bastante
aprofundado do tema em si e de todas as suas implicações. É bastante
conveniente que o leitor prossiga nesses estudos até o final para poder
usufruir melhor do conteúdo dos mesmos. No final de cada estudo o leitor
encontrará links para os outros estudos.
Introdução
A. Nós já vimos que
existem 3 aspectos da vida cristã que são da maior importância se a vida cristã
será bem sucedida:
1.
Nós precisamos obedecer a Deus e fazer o que é certo — fazer a vontade de Deus.
2.
Nós precisamos fazer o que é certo através do exercício do amor, da fé e da
esperança.
3.
Nós precisamos fazer o que é certo através do amor, da fé e da esperança para a
glória de Deus.
B. Nesta lição nós
queremos considerar como tudo que foi falado anteriormente pode ser aplicado,
de forma prática, à sua vida e à minha vida.
I. O Encorajamento que
temos para vivermos para a Glória de Deus.
1 Pedro 2:4—5 e 9—10
Chegando-vos para ele,
a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo... Vós, porém,
sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva
de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora,
sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora,
alcançastes misericórdia.
A. Nós somos “pedras
que vivem” e isto designa nossa natureza.
1. Através
de Jesus Cristo — a pedra que vive — verso 4 — nós temos recebido vida
espiritual —
João 3:36
Por isso, quem crê no
Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.
2. Antes,
nós estávamos mortos para Deus —
Efésios 2:1
Ele vos deu vida,
estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.
agora
nós estamos vivos espiritualmente e unidos a Deus em uma viva comunhão —
1
João 5:12
Aquele que tem o Filho
tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.
3. Quando
Deus nos chama de “pedras que vivem”, Ele está indicando o propósito que Ele
tem para nós. Ele nos escolheu porque tinha um propósito para nós, e esse
propósito é que pudéssemos viver e servi-lo para Sua própria honra e glória.
B. Nós somos “casa
espiritual” e isto designa nossa identidade.
1. Da
mesma maneira que cada pedra usada no templo de Salomão recebia sua identidade
ao ser encaixada na construção, nós recebemos nossa própria identidade ao
sermos encaixados no “corpo de Cristo” que é a Igreja.
2. Isto
nos deve fazer lembrar que Deus nos criou como seres espirituais. Nossa
característica básica está relacionada a coisas espirituais e não a coisas
materiais. Todas as vezes que violamos essa verdade nós nos metemos em
confusão.
3. Como
“casa espiritual” nós somos templo de Deus. Ele habita em nós. Nós pertencemos a
Ele —
Hebreus 3:6
Cristo, porém, como
Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a
ousadia e a exultação da esperança.
Nós
precisamos aceitar essa verdade com todas suas implicações.
C. Nós somos
“sacerdócio real, nação santa” e isto designa nosso ofício.
1.
Um sacerdote é alguém que tem a autoridade e a habilidade para representar Deus
diante dos homens e os homens diante de Deus. E isto é atributo de todo povo de Deus: todos os
homens e todas as mulheres!
2. Os
termos “real” e “santa” nós ensinam que nosso sacerdócio é primeiramente
espiritual — em contraste com o sacerdócio do Antigo Testamento. Nosso
sacerdócio é real porque está a serviço do Rei da Glória, o Senhor Jesus.
3.
Que falha clamorosa cometemos e que juízo divino trazemos sobre nós mesmos
quando, seja por ignorância ou negligência, não cumprimos com nossas
responsabilidades como sacerdotes. Este é o motivo principal porque a maioria
dos crentes é incapaz de experimentar a bênção de Deus em suas próprias vidas e
vivem vidas insatisfeitas.
D. Nós somos “raça
eleita” e isto designa nosso relacionamento.
1. O
termo “raça” indica que nós somos um grupo de pessoas que foram unidas por
Deus. Foi Deus mesmo quem escolheu cada um de nós e nos colocou juntos!
2. Nós
somos escolhidos por Deus para sermos parte do Seu povo e para fazermos Sua
vontade.
3.
Aqui nós percebemos a grande honra com a qual nós fomos agraciados. Nós fomos
escolhidos pelo próprio Deus, o Eterno, para participarmos do Seu plano que
existia antes da fundação do mundo.
E. Nós somos “nação
santa” e isto designa nosso caráter.
1. A
palavra “santa”, neste contexto, não descreve nossas ações e sim nosso
caráter. Descreve o tipo de pessoas que
nós somos.
2.
Uma vez que fomos escolhidos por Deus nós pertencemos a Ele e não a nós mesmos.
3. A
palavra “santa” pode ser traduzida também pela palavra “separada”. Assim, Deus
nos separou para sermos dEle.
F. Nós somos “povo de
propriedade exclusiva de Deus” e isto designa nosso valor.
1.
Somos propriedade exclusiva porque fomos comprados por preço —
1 Coríntios 6:20
Porque fostes comprados
por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.
2.
Fomos comprados por Deus e somos Sua propriedade. Que valor Deus dá para nós
quando pensamos no quanto Ele sacrificou! Cometemos um grave pecado quando nos
consideramos sem valor e vivemos vidas miseráveis.
Todas
as verdades acima se resumem nas palavras: somos “povo de Deus” — verso 10. E o
propósito do povo de Deus é descrito no verso 9, que diz: “a fim de
proclamardes as virtudes” de Deus!
II. A Instrução para
vivermos para a Glória de Deus.
A. Quando o crente
frutifica produz a glória de Deus.
João 15:8
Nisto é glorificado meu
Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.
Comentário:
Partindo da premissa de que a videira verdadeira é o Senhor Jesus, cada fruto
será a manifestação da Sua pessoa, i. e., do Seu caráter e dos seus atributos
na vida do crente. Isso se refere ao fato de crente viver sua vida baseada na
verdade — sem pretensão, sem usar uma máscara — hipócrita — sem fingir como um
artista no palco — no amor — sem egoísmo e sem egocentrismo — e na santidade — sem
sensualidade nem orientado para a satisfação dos prazeres —
Efésios 4:17—25
17 Isto, portanto, digo
e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na
vaidade dos seus próprios pensamentos,
18 obscurecidos de
entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela
dureza do seu coração,
19 os quais, tendo-se
tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem
toda sorte de impureza.
20 Mas não foi assim
que aprendestes a Cristo,
21 se é que, de fato, o
tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,
22 no sentido de que,
quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo
as concupiscências do engano,
23 e vos renoveis no
espírito do vosso entendimento,
24 e vos revistais do
novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.
25 Por isso, deixando a
mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos
outros.
B. Unidade produz a
glória de Deus.
Romanos 15:5—6
Ora, o Deus da
paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros,
segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Comentário:
Deus tem nos unido uns aos outros em Cristo. Unidade é uma das características
bíblicas da Igreja. Quando nós permitimos que qualquer questão pessoal cause
divisão em nossa prática e atitudes, nós estamos violando uma verdade fundamental.
Deus é glorificado quando nós escolhemos praticar o que somos – “um em Cristo” —
ver 1 Coríntios 12. Todas as divisões com suas encrencas e amarguras precisam
ser confessadas como pecado e deixadas para trás.
C. Domínio próprio
produz a glória de Deus.
1 Coríntios 6:19—20
Acaso, não sabeis que o
vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da
parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço.
Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.
Comentário:
Esses versículos não ensinam que não podemos apreciar aquilo que somos. Eles
nos lembram o porquê nós estamos nesta vida — a glória de Deus! Nós precisamos
entender como nós nos encaixamos no plano eterno de Deus. Precisamos entender
que o plano de Deus envolve tanto nosso espírito como nosso corpo físico. Todas
as vezes que os desejos do nosso espírito ou nosso corpo são contrários à
vontade de Deus, nós precisamos nos levantar e controlar esses desejos e
procurar nos conformar à vontade revelada de Deus —
Romanos 13:12—14
12 Vai alta a noite, e
vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das
armas da luz.
13 Andemos dignamente,
como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e
dissoluções, não em contendas e ciúmes;
14 mas revesti-vos do
Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas
concupiscências.
D. Generosidade produz
a glória de Deus.
2 Coríntios 9:12—13
Porque o serviço desta
assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas
graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela
obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade
com que contribuís para eles e para todos.
Comentário:
Paulo está reconhecendo o ato de generosidade dos crentes de Corinto, quando
eles levantaram uma oferta para enviar aos irmãos da Judéia, que estavam
sofrendo as consequências de uma seca tremenda. Paulo disse que a atitude deles
produziu a glória de Deus. Quando Deus supre todas nossas necessidades nós
precisamos estar abertos à Sua direção em como gastamos Seu dinheiro. Nós somos
apenas dispenseiros e devemos aprender como doar para a glória de Deus.
E. Confiança em meio a
tribulações produz a glória de Deus
1 Pedro 1:6—9
Nisso exultais, embora,
no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias
provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais
preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor,
glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais;
no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de
glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma –
Comentário: A
maneira como reagimos às provações indicam nossa verdadeira condição
espiritual. Nessa passagem, Pedro está nos ensinando como devemos responder aos
problemas e testes dessa vida. Note as palavras que Pedro usa: “mais preciosa”,
“amais” e “crendo”. Esse é o exato oposto de quando nós perguntamos “por quê?”,
com um tom de voz duvidando do cuidado de Deus. Deus é glorificado quando nós o
amamos e confiamos nEle no meio das tribulações.
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http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/07/a-gloria-de-deus-estudo-010-as.html
Que
Deus abençoe a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS.
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