O arquivo abaixo é de autoria de
J. Grear e foi publicado no site Voltemos ao Evangelho.
Três
equívocos dos muçulmanos sobre os cristãos
A história do islã e do
cristianismo não é nada amigável. Muitas pessoas de ambas as religiões veem as
outras com suspeitas (na melhor das hipóteses) ou com medo e ódio (na pior).
Tal suspeita existiu desde o primeiro dia, e séculos de violência só serviram
para aumentá-la. Tragicamente, a fronteira entre o cristianismo e o islã sempre
foi muito sangrenta.
Um passado incerto, é claro,
produz um presente incerto. Mas não é apenas a nossa história que transforma a
fronteira entre cristãos e muçulmanos em uma perigosa falha sísmica. Muito
também repousa em equívocos causados por desinformação. Existem, é claro,
diferenças teológicas substanciais entre as duas religiões, e essas diferenças
podem levar a uma colisão legítima. Mas o diálogo não pode avançar a menos que
afastemos alguns mitos sutis. Eu aprendi isso da maneira mais difícil, através
de dezenas de conversas constrangedoras e, às vezes, dolorosas com muçulmanos
no sudeste da Ásia. Você pode fazer o que eu nunca pude — aprender com os meus
erros sem chegar a cometê-los.
Muitos obstáculos se colocam
diante dos muçulmanos que vêm à fé em Jesus — confusão teológica e o custo da
conversão são dois dos mais intimidadores. E, é claro, a razão mais comum para
os muçulmanos não virem a Cristo é porque a maioria simplesmente nunca ouviu o
evangelho.
Dito isso, há um conjunto de
equívocos que a maioria dos muçulmanos têm a respeito dos cristãos que evita
que eles sequer considerem o evangelho. No próximo artigo olharemos o outro
lado da moeda: equívocos cristãos sobre muçulmanos. Mas aqui estão três dos
maiores equívocos que os muçulmanos têm com relação aos cristãos:
1. Os cristãos adoram
três deuses
Essa me pegou de surpresa. Eu
sabia que a doutrina da Trindade era difícil para muçulmanos (assim como o é
para cristãos). Mas eu nunca havia percebido por completo o quão erroneamente
os muçulmanos a entendem, e o quão ofensiva ela é para eles.
Muitos muçulmanos me perguntaram
como eu podia acreditar que Deus fez sexo com a Virgem Maria para conceber
Jesus. “Cristãos são blasfemos”, me diziam, “pois eles adoram três deuses: deus
pai, deus filho, e deus mãe”. Essa era nova para mim, é claro, então eu
perguntei onde eles haviam aprendido isso. Eles me diziam que aprenderam do imã
local, o líder religioso islâmico.
Obviamente, cristãos acham essa
representação da Trindade tão ofensiva quanto os muçulmanos, e esse é um bom
ponto de início. A ideia de Jesus como resultado da cópula entre Deus e Maria é
blasfema, e devemos nos sentir livres para expressar a nossa repugnância e ultraje
contra a “trindade” assim erroneamente descrita. O monoteísmo é central ao
cristianismo, assim como o é para o islã. Assim, os cristãos podem concordar
sinceramente com os muçulmanos que só há um Deus digno de adoração. Nossa
concepção dele é dramaticamente diferente, mas a ofensa aqui, normalmente, é
mal orientada.
2. O cristianismo é
moralmente corrupto
A MTV era uma sensação na parte
do mundo em que eu vivi. Videoclipes ocidentais sempre mostravam estrelas do
rap ou mulheres seminuas usando crucifixos. Meus amigos muçulmanos presumiam,
naturalmente, que aqueles eram cristãos, e que aquele comportamento era típico
dos cristãos.
Certa vez fui até questionado por
uma das minhas amigas, uma universitária muçulmana, se eu podia organizar uma
festa de aniversário “cristã” para ela. Quando perguntei o que ela queria
dizer, ela respondeu que queria uma festa com muita bebida e dança picante,
assim como ela tinha visto na televisão. Equívocos como o dela, infelizmente,
são a regra, e não a exceção.
Muitos muçulmanos sequer
consideram o evangelho, pois consideram (corretamente) que tal comportamento é
ofensivo a Deus. Contudo, você pode usar isso para a nossa vantagem. Quando os
muçulmanos descobrirem que você não é daquele jeito, eles vão querer saber o que
o torna diferente. Essa é a sua oportunidade para explicar a eles do que se
trata uma fé viva em Cristo.
3. “O ocidente” e “a
igreja” são sinônimos
“Separação entre igreja e Estado”
é parte do fundamento cultural dos ocidentais. Muçulmanos, contudo, não entendem
tal distinção. O islã é, em sua própria natureza, uma entidade política,
repleta de inúmeros códigos sociais. Não existe conceito paralelo no islã, como
a “separação entre a mesquita e o Estado”. Assim, quando os muçulmanos olham
para as nações ocidentais, como os Estados Unidos, a Alemanha, a França ou o
Reino Unido, eles veem “países cristãos”. Eles presumem que nossos presidentes
são os líderes cristãos, e nossas políticas são reflexo da política da igreja.
O que o governo faz, a Igreja faz. Por exemplo, certa vez me perguntaram: “Por
que ‘a Igreja’ bombardeou o Iraque?”
Para atrair os muçulmanos ao
evangelho, você deve delinear essas duas entidades, e você provavelmente terá
que, em muitas situações, colocar o seu patriotismo de lado. Se você quer ser
um defensor de políticas norte-americanas, você provavelmente não ganhará
ouvidos para o evangelho. Há um lugar para a discussão de ambos, mas só temos
espaço suficiente para representar um certo número de questões e, para mim,
como representante da igreja, simplesmente não vale a pena sacrificar uma
plataforma para o evangelho em nome de defender decisões políticas
norte-americanas. Recentemente um muçulmano turco me disse que “todos os
problemas do mundo são causados pelo Estados Unidos”. Eu concordo com ele? Não.
Mas é ali que eu firmarei a minha base? Não. Por amor do evangelho, nosso
patriotismo deve morrer quando servimos em países muçulmanos.
Como sempre dizemos na nossa
igreja, o evangelho é ofensivo. Nada mais deve ser. Visto que grande parte da
nossa mensagem repele os muçulmanos, precisamos nos equipar para desmascarar as
falsas ofensas do cristianismo. Só então a ofensa que dá vida, a cruz, pode
brilhar como deveria.
Quando o ocidental comum ouve
“muçulmano”, várias imagens vêm à mente — principalmente imagens negativas. Mas
a maioria dos muçulmanos ficariam tão horrorizados como nós com o que
presumimos a respeito deles. No meu próximo post, eu discutirei três dos mais
comuns equívocos que ocidentais têm a respeito dos muçulmanos.
O artigo original poderá ser
visto por meio do link abaixo:
OUTROS ARTIGOS ACERCA DO O ISLÃ E DO ESTREMISMO ISLÂMICO
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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