quinta-feira, 7 de maio de 2015

PARÁBOLAS DE JESUS - LUCAS 13:6—9 — A PARÁBOLA DA FIGUEIRA ESTÉRIL — SERMÃO 031




Esse artigo é parte da série "Parábolas de Jesus" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará links para os outros artigos dessa série.

A Parábola da Figueira Estéril — Lucas 13:6—9.

6 Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou.

7 Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?

8 Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume.

9 Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la.

Introdução

A. Estamos expondo as Parábolas proferidas por Jesus e as últimas parábolas que estudamos aparecem, exclusivamente, no Evangelho de Lucas. Além disso as mesmas estão concentradas em uma porção do Evangelho de Lucas que descreve a última viagem de Jesus para Jerusalém.

B. Na parábola anterior nós aprendemos que não existe uma relação na base de um por um entre o mal praticado e sofrimento incorrido.

C. Vimos também que o mal que está dentro de nós, se deixado sem confrontação, acabará nos destruindo. O discurso parabólico foi dirigido a todo o povo de Deus sem exceção.

D. O convite para arrependimento é feito por Jesus baseado no fato de que Deus, o nosso Deus é rico em perdoar.

E. A Parábola da Figueira Estéril trabalha nas mesmas linhas de julgamento e misericórdia.

I. A Figueira Estéril

A. A parábola que estamos vendo hoje começa com uma árvore que foi plantada e termina com a ameaça dessa mesma árvore ser arrancada do solo.

B. O motivo para tal ameaça é o fato dessa árvore não estar produzindo os frutos esperados.

C. Mas a favor da árvore ouvimos a voz da misericórdia solicitando graça adicional.

II. Verso 6

A. Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Isto era algo comum naqueles dias. Tanto a videira como a figueira foram usadas pelos profetas com símbolos da paz —

Miquéias 4:4

Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.

B. O fato do dono da vinha não encontrar fruto na figueira é marcante porque as figueiras na palestina produzem frutos durante 10 meses do ano!

C. Da mesma maneira que a primeira parte deste discurso — versos 1 a  —) se referia a todo o povo de Deus cremos que essa segunda parte se refere diretamente à liderança do povo de Deus.

D. Essa é uma das características mais tristes da história do povo de Deus: as lideranças canhestras que se arvoram a dirigir o povo de Deus.

III. Verso 7

A. O dono da vinha e o viticultor haviam cooperado no plantio da figueira e agora conversavam acerca de como resolver o problema.

B. Ao contrário do que podemos pensar muitos anos haviam se passado desde o plantio da figueira.

C. Em nossos dias nós esperamos que uma árvore comece a produzir no seu segundo ou terceiro ano depois de plantada, mas naqueles dias os ouvinte de Jesus sabiam que a situação era diferente.

D. Temos uma lei no livro de Levítico que diz o seguinte —

Levítico 19:23—25

23 Quando entrardes na terra e plantardes toda sorte de árvore de comer, ser-vos-á vedado o seu fruto; três anos vos será vedado; dele não se comerá.

24 Porém, no quarto ano, todo o seu fruto será santo, será oferta de louvores ao SENHOR.

25 No quinto ano, comereis fruto dela para que vos faça aumentar a sua produção. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.

Qualquer fruto produzido pela árvore nos três primeiros anos não podia ser consumido. Toda a produção do quarto ano era consagrada a Deus e somente a partir do quinto ano é que os frutos da árvore podiam ser consumidos.

E. Aqui encontramos o dono da vinha procurando fruto na sua árvore no quinto, sexto e sétimo ano!

F. Ordena então que a mesma seja cortada. “Cortada” neste contexto se refere literalmente a ser cortada pela raiz já que não produz os frutos esperados.

G. Como estamos relacionando essa parábola à liderança do povo de Israel, precisamos perguntar: Que frutos eram esperados da liderança? Frutos dignos de corações arrependidos. Frutos que demonstrassem claramente a misericórdia de Deus. Frutos que pudessem servir de exemplo ao povo de Deus.

IV. Verso 8

A. O viticultor intercede a favor da figueira. Ele representa a voz da misericórdia contra a voz do juízo.

B. Ele propõe não somente um tempo adicional, mas propõe medidas adicionais visando resolver o problema.

C. Todo este cuidado demonstra o interesse de Deus para com Seu povo sujeito, muitas vezes, a lideranças canhestras.

D. O uso da palavra grega κόπριαkópria — estrume — único uso em todo o Novo Testamento — visa transmitir um pouco de humor aos ouvintes.

E. As vezes para ajudar a liderança a funcionar como deve Deus precisa colocar um pouco de estrume no caminho deles, ao redor deles. Lideranças cheias de si mesmas e vazias de obras dignas de arrependimento precisam receber de Deus algum estrume que os ajude a cair na real.

F. Ignorar a julgamento de Deus é algo extremamente sério, mas ignorar a misericórdia de Deus é algo mais sério ainda.

G. O profeta Oséias diz:

Oséias 11:8 – 9

Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te um Zeboim? Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem. Não executarei o furor da minha ira; não tornarei para destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não voltarei em ira.

V. Verso 9

A. Note que não se fala em tempo para a execução do juízo. Nosso Deus, apesar de justo não tem pressa em executar o juízo.

2 Pedro 3:9

Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.

B. É assim Deus nos trata. Sempre nos dá tempo suficiente para nos arrependermos. Se não nos voltamos para Deus aproveitando o tempo que ele nos concede para o arrependimento nada mais resta senão o juízo.

Conclusão:

A. O amor de Deus pela Sua comunidade o leva a advertir a liderança, a ajudar a liderança e a conceder tempo para que esta mesma liderança responda à ação de Deus.

B. A liderança plantada entre o povo de Deus deve produzir os frutos esperados por Deus e não usar o povo de Deus para proveito próprio.

C. Da mesma maneira que a árvore inútil sugava a terra sem nada produzir a liderança canhestra impede o povo de Deus de produzir os frutos que Deus espera.

D. Somente a graça de Deus oferecendo perdão e reforma de vida que pode reverter essa situação. A liderança não pode se renovar por si mesma.



OUTRAS PARÁBOLAS DE JESUS PODEM SER ENCONTRADAS NOS LINKS ABAIXO:

001 – O Sal

002 – Os Dois Fundamentos

003 – O Semeador

004 – O Joio e o Trigo =

005 – O Credor Incompassivo

006 — O Grão de Mostarda e o Fermento

007 — Os Meninos Brincando na Praça

008 — A Semente Germinando Secretamente

009 e 010 — O Tesouro Escondido e a Pérola de Grande Valor

011 — A Eterna Fornalha de Fogo

012 — A Parábola dos Trabalhadores na Vinha

013 — A Parábola dos Dois Irmãos

014 — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 1

014A — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 2

015 — A Parábola das Bodas —

016 — A Parábola da Figueira

017 — A Parábola do Servo Vigilante

018 — A Parábola do Ladrão

019 — A Parábola do Servo Fiel e Prudente

020 — A Parábola das Dez Virgens

021 — A Parábola dos Talentos

022 — A Parábola das Ovelhas e dos Cabritos

023 — A Parábola dos Dois Devedores

024 — A Parábola dos Pássaros e da Raposa

025 — A Parábola do Discípulo que Desejava Sepultar Seu Pai

026 — A Parábola da Mão no Arado

027 — A Parábola do Bom Samaritano — Completo

027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1

027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote

027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita

027D — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano

027E — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro

027F — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria

027G — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 7 — O pagamento final

027H — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor da Lei

028 — A Parábola do Rico Tolo —

029 — A Parábola do Amigo Importuno —

030 — A Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé

031 — A Parábola da Figueira Estéril

032 — A Parábola Acerca dos Primeiros Lugares

033 — A Parábola do Grande Banquete

034 — A Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro

035 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 001

036 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002

037A — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 001

037B — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 002

037C — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 003

037D — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 004 — A Influência do Antigo Testamento

037E — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 005 — Características Cristológicas da Parábola da Ovelha Perdida

037F — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 006 — A importância das pessoas perdidas.
Que Deus Abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis 

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link: 


Desde já agradecemos a todos.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário