Esse artigo é parte da série "Parábolas de
Jesus" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os
aspectos das verdades contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias.
No final do artigo você encontrará links para os outros artigos dessa série.
A Parábola da Figueira
Estéril — Lucas 13:6—9.
6 Então, Jesus proferiu
a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e,
vindo procurar fruto nela, não achou.
7 Pelo que disse ao
viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes
cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?
8 Ele, porém,
respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e
lhe ponha estrume.
9 Se vier a dar fruto,
bem está; se não, mandarás cortá-la.
Introdução
A. Estamos
expondo as Parábolas proferidas por Jesus e as últimas parábolas que estudamos aparecem,
exclusivamente, no Evangelho de Lucas. Além disso as mesmas estão concentradas em
uma porção do Evangelho de Lucas que descreve a última viagem de Jesus para
Jerusalém.
B. Na
parábola anterior nós aprendemos que não existe uma relação na base de um por
um entre o mal praticado e sofrimento incorrido.
C. Vimos
também que o mal que está dentro de nós, se deixado sem confrontação, acabará
nos destruindo. O discurso parabólico foi dirigido a todo o povo de Deus sem
exceção.
D. O
convite para arrependimento é feito por Jesus baseado no fato de que Deus, o nosso
Deus é rico em perdoar.
E. A
Parábola da Figueira Estéril trabalha nas mesmas linhas de julgamento e
misericórdia.
I. A Figueira Estéril
A. A
parábola que estamos vendo hoje começa com uma árvore que foi plantada e
termina com a ameaça dessa mesma árvore ser arrancada do solo.
B. O
motivo para tal ameaça é o fato dessa árvore não estar produzindo os frutos
esperados.
C. Mas
a favor da árvore ouvimos a voz da misericórdia solicitando graça adicional.
II. Verso 6
A. Um
homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Isto era algo comum naqueles
dias. Tanto a videira como a figueira foram usadas pelos profetas com símbolos
da paz —
Miquéias 4:4
Mas assentar-se-á cada
um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os
espante, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.
B. O
fato do dono da vinha não encontrar fruto na figueira é marcante porque as
figueiras na palestina produzem frutos durante 10 meses do ano!
C. Da
mesma maneira que a primeira parte deste discurso — versos 1 a —) se referia a todo o povo de Deus cremos que
essa segunda parte se refere diretamente à liderança do povo de Deus.
D. Essa é uma das
características mais tristes da história do povo de Deus: as lideranças
canhestras que se arvoram a dirigir o povo de Deus.
III. Verso 7
A. O
dono da vinha e o viticultor haviam cooperado no plantio da figueira e agora
conversavam acerca de como resolver o problema.
B. Ao
contrário do que podemos pensar muitos anos haviam se passado desde o plantio
da figueira.
C. Em
nossos dias nós esperamos que uma árvore comece a produzir no seu segundo ou
terceiro ano depois de plantada, mas naqueles dias os ouvinte de Jesus sabiam
que a situação era diferente.
D. Temos
uma lei no livro de Levítico que diz o seguinte —
Levítico 19:23—25
23 Quando entrardes na
terra e plantardes toda sorte de árvore de comer, ser-vos-á vedado o seu fruto;
três anos vos será vedado; dele não se comerá.
24 Porém, no quarto
ano, todo o seu fruto será santo, será oferta de louvores ao SENHOR.
25 No quinto ano,
comereis fruto dela para que vos faça aumentar a sua produção. Eu sou o SENHOR,
vosso Deus.
Qualquer
fruto produzido pela árvore nos três primeiros anos não podia ser consumido.
Toda a produção do quarto ano era consagrada a Deus e somente a partir do
quinto ano é que os frutos da árvore podiam ser consumidos.
E. Aqui
encontramos o dono da vinha procurando fruto na sua árvore no quinto, sexto e
sétimo ano!
F. Ordena
então que a mesma seja cortada. “Cortada” neste contexto se refere literalmente
a ser cortada pela raiz já que não produz os frutos esperados.
G. Como
estamos relacionando essa parábola à liderança do povo de Israel, precisamos
perguntar: Que frutos eram esperados da liderança? Frutos dignos de corações
arrependidos. Frutos que demonstrassem claramente a misericórdia de Deus.
Frutos que pudessem servir de exemplo ao povo de Deus.
IV. Verso 8
A. O
viticultor intercede a favor da figueira. Ele representa a voz da misericórdia
contra a voz do juízo.
B. Ele
propõe não somente um tempo adicional, mas propõe medidas adicionais visando
resolver o problema.
C. Todo
este cuidado demonstra o interesse de Deus para com Seu povo sujeito, muitas
vezes, a lideranças canhestras.
D. O
uso da palavra grega κόπρια — kópria — estrume — único uso em todo o Novo Testamento — visa
transmitir um pouco de humor aos ouvintes.
E. As
vezes para ajudar a liderança a funcionar como deve Deus precisa colocar um
pouco de estrume no caminho deles, ao redor deles. Lideranças cheias de si
mesmas e vazias de obras dignas de arrependimento precisam receber de Deus
algum estrume que os ajude a cair na real.
F. Ignorar
a julgamento de Deus é algo extremamente sério, mas ignorar a misericórdia de
Deus é algo mais sério ainda.
G. O
profeta Oséias diz:
Oséias 11:8 – 9
Como te deixaria, ó
Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te
um Zeboim? Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à
uma, se acendem. Não executarei o furor da minha ira; não tornarei para
destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não
voltarei em ira.
V. Verso 9
A. Note
que não se fala em tempo para a execução do juízo. Nosso Deus, apesar de justo
não tem pressa em executar o juízo.
2 Pedro 3:9
Não retarda o Senhor a
sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo
para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao
arrependimento.
B. É
assim Deus nos trata. Sempre nos dá tempo suficiente para nos arrependermos. Se
não nos voltamos para Deus aproveitando o tempo que ele nos concede para o
arrependimento nada mais resta senão o juízo.
Conclusão:
A. O
amor de Deus pela Sua comunidade o leva a advertir a liderança, a ajudar a
liderança e a conceder tempo para que esta mesma liderança responda à ação de
Deus.
B. A
liderança plantada entre o povo de Deus deve produzir os frutos esperados por
Deus e não usar o povo de Deus para proveito próprio.
C.
Da mesma maneira que a árvore inútil sugava a terra sem nada produzir a
liderança canhestra impede o povo de Deus de produzir os frutos que Deus
espera.
D.
Somente a graça de Deus oferecendo perdão e reforma de vida que pode reverter
essa situação. A liderança não pode se renovar por si mesma.
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001 – O Sal
002 – Os Dois Fundamentos
003 – O Semeador
004 – O Joio e o Trigo =
005 – O Credor Incompassivo
006 — O Grão de Mostarda e o Fermento
007 — Os Meninos Brincando na Praça
008 — A Semente Germinando Secretamente
009 e 010 — O Tesouro Escondido e a Pérola de Grande Valor
011 — A Eterna Fornalha de Fogo
012 — A Parábola dos Trabalhadores na Vinha
013 — A Parábola dos Dois Irmãos
014 — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 1
014A — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 2
015 — A Parábola das Bodas —
016 — A Parábola da Figueira
017 — A Parábola do Servo Vigilante
018 — A Parábola do Ladrão
019 — A Parábola do Servo Fiel e Prudente
020 — A Parábola das Dez Virgens
021 — A Parábola dos Talentos
022 — A Parábola das Ovelhas e dos Cabritos
023 — A Parábola dos Dois Devedores
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025 — A Parábola do Discípulo que Desejava Sepultar Seu Pai
026 — A Parábola da Mão no Arado
027 — A Parábola do Bom Samaritano — Completo
027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1
027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote
027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita
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027E — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro
027F — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria
027G — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 7 — O pagamento final
027H — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor da Lei
028 — A Parábola do Rico Tolo —
029 — A Parábola do Amigo Importuno —
030 — A Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé
031 — A Parábola da Figueira Estéril
032 — A Parábola Acerca dos Primeiros Lugares
033 — A Parábola do Grande Banquete
034 — A Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro
035 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 001
036 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/11/parabolas-de-jesus-lucas-15-uma-exegese.html
037 — Parábolas de Jesus — Mateus
18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Completa
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/06/parabolas-de-jesus-sermao-037-parabola.html
037A — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 001
037B — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 002
037C — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 003
037D — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 004 — A Influência do Antigo Testamento
037E — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 005 — Características Cristológicas da Parábola da Ovelha Perdida
037F — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 006 — A importância das pessoas perdidas.
Que
Deus Abençoe a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS.
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Desde
já agradecemos a todos.
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