CONTINUAÇÃO
Hebreus 2:2—3a
Se, pois, se tornou
firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência
recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande
salvação?
Se
sob Moisés a Lei permaneceu firme e suas penalidades foram aplicadas com todo o
rigor, sobre qualquer um que, de forma deliberada ou mesmo de modo negligente,
foi desobediente aos seus preceitos, quanto mais, podemos ter certeza, de que
as consequências mais severas aguardam todos aqueles que são descuidados ou
agem de forma não comprometida com respeito ao Evangelho, que é aqui descrito
como “tão grande salvação”. O
Evangelho da graça de Deus é tão maravilhoso que não existem palavras
apropriadas para descrevê-lo.
De
modo contrário à lei de Moisés que foi mediada por meio de palavras proferidas
pela boca, o Evangelho foi mediado pelo Verbo que se tornou carne —
João 1:14
E o Verbo se fez carne
e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai.
A
seriedade intensificada desde a manifestação da própria pessoa de Deus em Seu
Filho Unigênito, Jesus, está claramente sublinhada pelo próprio Senhor Jesus
quando diz que: o dia do julgamento será mais tolerável para os habitantes de
Sodoma e Gomorra do que para aqueles que tratam com desprezo o Evangelho da
graça de Deus —
Mateus 10:14—15
14 Se alguém não vos
receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela
cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
15 Em verdade vos digo
que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para
aquela cidade.
Mateus 11:20—23
20 Passou, então, Jesus
a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres, pelo fato de
não se terem arrependido:
21 Ai de ti, Corazim!
Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os
milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com
pano de saco e cinza.
22 E, contudo, vos
digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós
outras.
23 Tu, Cafarnaum,
elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em
Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela
permanecido até ao dia de hoje.
Calvino
diz que Deus deseja que seus dons sejam valorizados de acordo com o valor que
possuem. “Quanto mais preciosos tais dons são, mais absurda é nossa ingratidão,
se os mesmos não receberem de nós o valor apropriado que lhes é devido. De
acordo com a grandeza de Cristo, assim também será a severidade da vingança de
Deus com todos aqueles que desprezam o Evangelho”.
2 Coríntios 9:15
Graças a Deus pelo seu
dom inefável!
A
Lei como Paulo costuma insistir é, de fato, santa, boa e gloriosa.
Romanos 7:12, 14
12 Por conseguinte, a
lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom.
14 Porque bem sabemos
que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do
pecado.
2 Coríntios 3:7—9
7 E, se o ministério da
morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os
filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu
rosto, ainda que desvanecente,
8 como não será de
maior glória o ministério do Espírito!
9 Porque, se o
ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o
ministério da justiça.
De
que maneira, aquilo que Deus nos deu por meio do Evangelho pode ser considerado
menor ou inferior? O problema não se encontra com a Lei, que é o padrão divino
para as nossas vidas —
Levítico 18:5
Portanto, os meus
estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles.
Eu sou o SENHOR.
Ezequiel 20:11, 13
11 Dei-lhes os meus
estatutos e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem,
viverá por eles.
13 Mas a casa de Israel
se rebelou contra mim no deserto, não andando nos meus estatutos e rejeitando
os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; e profanaram
grandemente os meus sábados. Então, eu disse que derramaria sobre eles o meu
furor no deserto, para os consumir.
Neemias 9:29
Testemunhaste contra
eles, para que voltassem à tua lei; porém eles se houveram soberbamente e não
deram ouvidos aos teus mandamentos, mas pecaram contra os teus juízos, pelo
cumprimento dos quais o homem viverá; obstinadamente deram de ombros,
endureceram a cerviz e não quiseram ouvir.
Lucas 10:26—28
26 Então, Jesus lhe
perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas?
27 A isto ele
respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua
alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo.
28 Então, Jesus lhe
disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás.
Gálatas 3:12
Ora, a lei não procede
de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá.
mas
com o homem que é pecador, e com isso, ele trás sobre si as consequências da
lei que esta sobre ele, como uma ordenança de condenação e morte, exatamente, porque a mesma é santa e
justa.
Mas
a glória da Lei é completamente ultrapassada pela glória do Evangelho porque
esse último trás a vida, enquanto que aquela produziu apenas a morte. Isso
torna ainda mais evidente o fato que o homem pecador não pode em nenhuma
hipótese, por causa da sua natureza pecaminosa ser justificado pelas obras da
Lei, mas apenas por meio da fé, por meio da graça de Deus em Cristo Jesus —
Gálatas 2:15—16
15 Nós, judeus por
natureza e não pecadores dentre os gentios,
16 sabendo, contudo,
que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo
Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela
fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será
justificado.
No
entanto, a Lei e a graça não se encontram em conflito, pois, por uma lado, a
base da aceitação do sacrifício realizado pelo próprio Senhor Jesus Cristo a
favor do ser humano pecador encontra-se na perfeição com que Jesus praticou a
Lei e a vontade do Pai, e, pelo outro, por meio da obra do Espírito Santo, a
lei que anteriormente era um instrumento externo de condenação, transforma-se
num princípio interno, gravada nas pedras vivas do coração, de tal maneira que
agora o crente verdadeiro tem agora dentro de si mesmo, tanto a vontade quanto
o poder para fazer a vontade da lei de Deus, lei essa que antes ele tinha
desobedecido —
2 Coríntios 3:3—5
3 Estando já manifestos
como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta,
mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de
carne, isto é, nos corações.
4 E é por intermédio de Cristo que temos tal
confiança em Deus;
5 não que, por nós mesmos, sejamos capazes de
pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa
suficiência vem de Deus.
Essa
doutrina elevada acerca da Lei de Deus precisa ser levada em consideração na
interpretação dessa e outras passagens, pois como diz o professor Westcott: “através
de toda a epístola, a lei é considerada como uma manifestação graciosa da
vontade divina”.[1]
CONTINUA...
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COMO ESCAPAREMOS NÓS? — PARTE 001
COMO ESCAPAREMOS NÓS? — PARTE 002
COMO ESCAPAREMOS NÓS? — PARTE 003
COMO ESCAPAREMOS NÓS? — PARTE 004
COMO ESCAPAREMOS NÓS? — PARTE 005
COMO ESCAPAREMOS NÓS? — PARTE 006
Que
Deus abençoe a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS.
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Desde
já agradecemos a todos.
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