Essa é uma
série de estudos baseada no tema geral da: “GLÓRIA DE DEUS”. É um estudo
bastante aprofundado do tema em si e de todas as suas implicações. É bastante
conveniente que o leitor prossiga nesses estudos até o final para poder
usufruir melhor do conteúdo dos mesmos. No final de cada estudo o leitor
encontrará links para os outros estudos.
CONTINUAÇÃO
II.
Empecilhos comuns que dizem respeito a nós mesmos.
A. A falha
de compreender nossa criação.
Isaías
43:1, 7, 21
Mas agora,
assim diz o SENHOR, que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas,
porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. A todos os que são
chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei, e fiz.
Ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor.
Comentário: Pelo menos quatro grandes verdades são apresentadas nestes
versículos:
1. Nós fomos criados por Deus — isto determina nosso valor e dignidade.
2. Nós fomos redimidos por Deus — isto determina nossa paz.
3. Nós fomos criados por Deus para sermos d’Ele mesmo — isto determina
nossa satisfação.
4. Nós fomos criados por Deus para Sua glória — isto determina nossa
vocação.
Quando falhamos em viver de acordo com essas verdades nós convidamos a
confusão, o fracasso, a fraqueza e a instabilidade para fazerem parte das
nossas vidas.
B. A falha
de compreender nossa identificação com Jesus.
Romanos 6:4
Fomos,
pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em
novidade de vida.
Comentário: Esse
verso no relembra o fato que morremos, “em Cristo”, em Sua morte e fomos
ressuscitados em sua ressurreição. As raízes mais profundas da nossa salvação
podem ser encontradas aqui. Esse verso nos diz que não devemos permitir nenhum
tipo de pecado em nossas vidas — porque fomos libertos da vida de pecado quando
morremos com Jesus na cruz, e que devemos ser caracterizados por todas as
formas de virtude, o que foi feito possível por meio da nossa ressurreição com
Jesus. Quando falhamos em viver em harmonia com essa provisão divina,
apresentada no verso acima, o resultado é que criamos um enorme obstáculo a
nossas vidas e nos tornamos incapazes de trazer glória a Deus.
C. A falha
de compreender e resolver nosso passado.
Efésios
4:17—24
Isto,
portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis — não vivam — como
também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos
de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem,
pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se
entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas
não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, o tendes ouvido e
nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto
ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as
concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e
vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão
procedentes da verdade.
Comentário:
Como estes versos indicam, um dos passos mais importantes para se viver para a
glória de Deus, é resolver as questões relacionadas com nosso passado. Com isto
estamos querendo dizer que precisamos tratar nosso passado baseados na verdade.
Pecados do passado precisam ser confessados e restituição talvez precise ser
feita. Velhos hábitos de pensamentos e ações precisam ser quebrados. Todos os
relacionamentos mal resolvidos que tenham nos machucado e amedrontado precisam
ser acertados. Em todas essas áreas a cura espiritual precisa ser recebida. Nós
temos a tendência de empurrar para “baixo do tapete” velhas feridas e conflitos
somente para vermos as mesmas reaparecerem lá na frente com uma força ainda
mais devastadora. O passado não deve necessariamente arruinar o presente.
III.
Empecilhos comuns relacionados com Amor e Fé.
A. A falha
comum de confundir amor e fé com nossos sentimentos.
Números
13:31—32 e 14:11
Porém os
homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele
povo, porque é mais forte do que nós. E, diante dos filhos de Israel, infamaram
a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a
espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são
homens de grande estatura. Disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará
este povo e até quando não crerá em mim, a despeito de todos os sinais que fiz
no meio dele?.
Comentário:
Deus prometeu aos Israelitas a terra de Canaã. Deus havia demonstrado Seu poder
de maneira ampla e inequívoca. A razão porque eles não podiam acreditar em Deus
era o medo que eles tinham –
Deuteronômio
7:17—19
17 Se
disseres no teu coração: Estas nações são mais numerosas do que eu; como
poderei desapossá-las?
18 Delas
não tenhas temor; lembrar-te-ás do que o SENHOR, teu Deus, fez a Faraó e a todo
o Egito;
19 das
grandes provas que viram os teus olhos, e dos sinais, e maravilhas, e mão
poderosa, e braço estendido, com que o SENHOR, teu Deus, te tirou; assim fará o
SENHOR, teu Deus, com todos os povos, aos quais temes.
Todas as vezes que os Israelitas acreditaram em seu medo e o colocaram
em prática — aquele mesmo medo se tornou a autoridade e a única motivação que
eles tinham. Eles deveriam se lembrar, como Josué e Calebe fizeram de que, a
Palavra de Deus deveria ser a autoridade final e deveriam confiar em Deus —
rejeitando o sentimento de medo que tinham. Todas as vezes que seguimos nossas
emoções nos somos conduzidos a falhar miseravelmente na vida cristã.
B. A falha
de confundirmos amor e fé com passividade.
Hebreus
4:1—3
Temamos,
portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus,
suceda parecer que algum de vós tenha falhado. Porque também a nós foram
anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não
lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram.
Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim,
jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras
estivessem concluídas desde a fundação do mundo.
Comentário: Esses
versos nos instruem em uma grande verdade. Eles nos mostram que uma mera
vontade de fazer a vontade de Deus não é suficiente. Nós precisamos ser
bastante agressivos no ato de misturar a Palavra de Deus com a fé.
Isto quer dizer, que nós precisamos aceitar a Palavra de Deus como
autoritativa, colocando-a em prática para a glória de Deus e fazendo tudo isto
com fé — colocar em prática a confiança em Deus. Isto não é um ato mágico. Os
israelitas deveriam procurar o inimigo, criar um exército próprio, juntar armas
e fazer provisões, desenvolver uma estratégia, lutar as batalhas e conquistar a
terra. Tudo isso como uma expressão da confiança deles em Deus.
Conforme vimos no último estudo, não basta termos o desejo de
glorificarmos a Deus. Se vamos cumprir nosso chamado nós precisamos aprender o
que devemos fazer e fazê-lo de modo agressivo, dia-a-dia, confiando em Deus.
C. A falha
de confundirmos amor e fé com conhecimento –
Tiago
1:22—24
Tornai-vos,
pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós
mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante assemelha-se ao
homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se
contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência -.
Comentário:
Uma tendência comum entre nós, que acaba por nos conduzir ao fracasso é a de
ter conhecimento da verdade, mas não colocá-la em prática através do amor e da
fé. De fato, podemos elaborar um argumento forte para demonstrar que uma pessoa
que não pratica a verdade está revelando, por suas ações, que ela não possui um
entendimento espiritual dessa mesma verdade. Talvez seja por isto que Tiago
fala acerca de “enganando-vos a vós mesmos”. Nós não podemos nos dar ao luxo de
ter uma atitude de estudo superficial das Escrituras. Nós precisamos aprender a
Palavra, colocá-la em prática pela fé e fazer tudo isto para a glória de Deus.
IV.
Empecilhos comuns relacionados aos alvos da vida diária
A. O
empecilho causado por alvos egoístas ou apego a possessões –
Lucas 12:15—21
Então, lhes
recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a
vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo:
O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que
farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto:
destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o
meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito
muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe
disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para
quem será? Assim é o que entesoura para
si mesmo e não é rico para com Deus.
Comentário: É
um erro acreditar que bens materiais podem satisfazer os desejos do coração.
Deus nos fez para Si mesmo — não para que possuíssemos coisas. Devemos
reconhecer que a Bíblia ensina que precisamos trabalhar com afinco e viver de
maneira frugal. Mas essas verdades não são ensinadas na Bíblia como o alvo
supremo da nossa vida. Quando estabelecemos esses alvos falsos como o objetivo
número um de nossas vidas, nós acabamos por perder o verdadeiro significado da
mesma. Este é o motivo porque Deus chama o fazendeiro rico de louco. Bens materiais não
podem nunca servir como substituto ao alvo verdadeiro das nossas vidas, que é
viver para a glória de Deus. Todavia, os bens materiais, podem ser usados para
honrar e glorificar a Deus.
B. O
empecilho causado pelo alvo egoísta de satisfação pessoal em todas as coisas.
2 Timóteo
4:10
Porque
Demas, tendo amado o presente século, me abandonou... .
Comentário:
Uma das características mais marcantes da nossa pecaminosidade é o nosso
egocentrismo. Esta atitude pode ser resumida na seguinte frase: “o que eu vou
ganhar com isto?”. Nós procuramos alcançar esse alvo através de vários
caminhos: entretenimento, satisfação física, chamando a atenção para nossas
necessidades, sendo o centro da atenção em uma festa e procurando evitar
qualquer tipo de relacionamento que venha tumultuar nosso comodismo. Todos os
alvos egocêntricos devem ser abandonados pelo crente.
C. O
empecilho de ter falsos alvos religiosos.
Marcos 7:5—9,
13
Interpelaram-no
os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos de conformidade
com a tradição dos anciãos, mas comem com as mãos por lavar? Respondeu-lhes:
Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este
povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que
são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a
tradição dos homens. E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de
Deus para guardardes a vossa própria tradição.... invalidando a palavra de Deus
pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas
outras coisas semelhantes.
Comentário: É
impossível honrar e glorificar a Deus sem manter uma obediência fiel a Palavra
de Deus. Com uma frequência muito grande, entretanto, nós temos colocado a
igreja, ou alguma doutrina, ou o que é pior – alguma interpretação particular
nossa – em algum lugar extremamente alto em nossa lista de prioridades. O alvo
da nossa vida diária é uma pessoa — Deus mesmo — todas as outras coisas são
meros meios pelos quais Ele deve ser honrado e glorificado. À medida que
vivemos no dia-a-dia, e nos relacionamos uns com os outros, devemos manter esta
verdade bem diante dos nossos olhos.
Conclusão:
Você saberia dizer que empecilhos existem na sua vida que te impedem de
glorificar a Deus? Se sim, confesse e abandone os mesmos. Se não, peça a Deus
para que lhe mostre quais são.
OUTROS ESTUDOS ACERCA DA GLÓRIA DE DEUS
Estudo 001 — A Glória de Deus — O Significado da Glória de Deus — Parte 1
Estudo 001 — A Glória de Deus — O Significado da Glória de Deus — Parte 2
Estudo 002 — A Glória de Deus — A Importância de Se Viver Para a Glória de Deus — Parte 1
Estudo 002 — A Glória de Deus — A Importância de Se Viver Para a Glória de Deus — Parte 2
Estudo 003 — A Glória de Deus — O Senhor Jesus e a Glória de Deus — Parte 1
Estudo 003 — A Glória de Deus — O Senhor Jesus e a Glória de Deus — Parte 2
Estudo 004 — A Glória de Deus — A Provisão Divina Relacionada com a Glória de Deus — Parte 1
Estudo 004 — A Glória de Deus — A Provisão Divina Relacionada com a Glória de Deus — Parte 2
Estudo 005 — A Glória de Deus — As Prioridades dos Crentes a Glória de Deus — Parte 1
Estudo 005 — A Glória de Deus — As Prioridades dos Crentes a Glória de Deus — Parte 2
Estudo 006 — A Glória de Deus — A Vida Diária dos Crentes a Glória de Deus — Parte 1
Estudo 006 — A Glória de Deus — A Vida Diária dos Crentes a Glória de Deus — Parte 2
Estudo 007 — A Glória de Deus — Os Empecilhos Para Se Viver Para a Glória de Deus — Parte 1
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Estudo 008 — A Glória de Deus — A Relação entre a Glória de Deus e o Louvor — Parte 1
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Estudo 009 — A Glória de Deus — A Relação entre Ações de Graças e a Glória de Deus — Parte 1
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Estudo 010 — A Glória de Deus — As Advertências Bíblicas Acerca da Glória de Deus — Parte 1
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Estudo 010 — A Glória de Deus — As Advertências Bíblicas Acerca da Glória de Deus — Parte 2
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/07/a-gloria-de-deus-estudo-010-as.html
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Alexandros Meimaridis
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