quinta-feira, 27 de agosto de 2015

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 005


Concepção artística da filosofia existencialista humanista 



Esse é um estudo especial que irá abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina acerca de tudo o que nos é importante.

INTRODUÇÃO GERAL

CONTINUAÇÃO:

Mas não seria verdadeiro afirmar que a Teologia do Novo Testamento de Bultmann era de fato ou que pelo menos tinha a intenção de ser uma narrativa puramente histórica. Ele também introduziu elementos dogmáticos que bem distintos da dogmática da escola antiga de estudos do Novo Testamento. Bultmann era um homem do seu tempo. Então ele se inspirou bastante na filosofia existencial. Isso quer dizer que para Bultmann os textos teológicos matinha certa relevância contínua, mas precisavam ser reinterpretados. Para Bultmann o texto do Novo Testamento que estava disponível para ele tinha sido produzido em um meio que lançou mão de uma abordagem mitológica, comum àquela época, e por isso o mesmo precisava der “demitologizado”. Era com uma verdadeira “cebola” que precisava ter suas camadas removidas até se chegar ao cerne da mesma. Era assim que Bultmann enxergava o Novo Testamento, especialmente os Evangelhos. Somente quando se atingisse o cerne, ele acreditava, então estaríamos diante de verdade capazes de nos desafiar a tomar algum tipo de decisão. Nenhuma relação era vista — na opinião dele e seus seguidores até hoje — entre o Jesus histórico e o Cristo da fé. Essa dicotomia, certamente influenciou toda a teologia do doutor de Marburgo e Breslau.

Sem dúvida a teologia de Bultmann estava centrada não na Bíblia e muito menos no Novo Testamento, mas puramente no próprio ser humano. E o ser humano, o homem, o verdadeiro objeto da teologia de Bultmann. A consequência disso é óbvia: a teologia torna-se uma matéria sujeita aos caprichos da antropologia.

Mas devemos esclarecer que nem todos os discípulos de Bultmann eram tão céticos quanto ao Jesus Histórico como o afamado mestre. A Teologia do Novo Testamento escrita por Hans Conzelmann ainda mostra pesados resquícios das ideias de Bultmann, mas existem outras que oferecem abordagens onde se dá pleno valor às palavras de Jesus como encontradas no Novo Testamento. Na teologia de Conzelmann, Jesus aparece apenas um pouco mais próximo de um personagem histórico que na teologia de Bultmann. Mas a mesma continua dominada por uma tentativa incansável de reinterpretar o Novo Testamento, de acordo com os princípios da Filosofia Existencial, e nós temos a obrigação de questionar, até que ponto podemos chamar algo como isso de Teologia do Novo Testamento.
  
Durante o período em que a Teologia do Novo Testamento esteve sob a pesada influência da Filosofia Existencial surgiu um movimento paralelo que passou a dar uma atenção, cada vez maior, à chamada Teologia Bíblica. Essa havia sofrido grandes danos durante a época que podemos chamar do movimento acerca do “Jesus Histórico”. Todos os que tiverem interesse em conhecer melhor essa história poderão ler a obra de Bem Witherington II, The Jesus Quest — The Third Search for the Jew of Nazareth publicado pela Inter-Varsity Press.

Contra todos os movimentos fragmentários de vários outros movimentos, o movimento voltado para a teologia bíblica esforçou-se para identificar elementos de unidade dentro da variedade d Novo Testamento. Os mais notáveis entre esses expoentes são Oscar Cullmann, com sua ênfase no conceito de Heilsgeschichte, que enfatiza o fato que tanto os atos de Deus como Suas palavras, que interpretam e dão sentido a esses fatos, são fundamentais no processo de salvação, uma visão que lança um desafio às bases do existencialismo. Para Cullmann, a hitória tem uma importância enorme em qualquer abordagem que se faça com relação a Teologia do Novo Testamento. A obra prime de Cullmann encontra-se na área da Cristologia. O mesmo pode ser dito de Floyd Filson, que adota uma posição semelhante. Nenhum dos dois, todavia, chegou a produzir uma Teologia do Novo Testamento completa.

CONTINUA...

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Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

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