NESSA SÉRIE NÓS ESTAMOS TRATANDO
DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA: 1) A IGREJA COMO
CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS. CONVIDAMOS TODOS OS
NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM A MESMA COM TODOS OS
SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODERÃO SER
ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CADA ESTUDO.
— CONTINUAÇÃO
6. João 6:65 – E prosseguiu: Por causa disto, é que vos
tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.
Jesus insiste em afirmar
aos seus ouvintes que a fé salvadora é um dom — ou presente — concedido pelo
próprio Deus através do Espírito Santo. Não devemos, portanto, ficar
impressionados quando percebemos pessoas que resistem ou que não querem receber
este dom. A pergunta que precisamos fazer é: Como é possível que a grande
maioria das pessoas, de forma deliberada — resolver depois de exame ou
discussão; decidir após considerar — rejeita a salvação? A resposta de Jesus a
esta pergunta é bastante clara. Nenhum ser humano, nem ao menos um, é capaz por
si mesmo, de sequer desejar a salvação. Assim sendo, não possuindo nenhum desejo,
não se anima na direção do conhecimento de Deus e da salvação. Muito pelo
contrário. A maneira como a Bíblia descreve os seres humanos sem Deus, nada
elogiosa, diga-se de passagem, é o indicativo cristalino do porque não nos
interessamos por Deus e sua salvação. Eis como a Bíblia descreve os seres
humanos sem Deus:
“Porque de dentro, do
coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os
furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a
lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males
vêm de dentro e contaminam o homem. Cheios de toda injustiça, malícia, avareza
e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo
difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos,
presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos,
sem afeição natural e sem misericórdia. Injustos, não há quem entenda, não há
quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem
faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a
língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm
cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue,
nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não
há temor de Deus diante de seus olhos. Desviados, perdidos, fracos, ímpios,
extraviados, inúteis e pecadores; incapazes de fazer o bem, mortos em delitos e
pecados, transgressores, homens naturais incapazes de aceitar e de entender a
revelação de Deus. Iníquos, vivendo em trevas, filhos do Maligno, incrédulos.
Escravos da prostituição, da impureza, da lascívia, da idolatria, das
feitiçarias. Ativamente envolvidos em inimizades, porfias, ciúmes, iras,
discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes a estas. Cheios de amargura, cólera, ira, gritaria, blasfêmias,
desejo maligno e a avareza, que é idolatria. Cheios também de obras
infrutíferas e bem assim de toda malícia, de ira, de indignação, de maldade, de
maledicência, de linguagem obscena do falar. Egoístas, avarentos, jactanciosos,
arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos
do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos
de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Infiéis,
mentirosos, néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de
paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-se uns aos
outros. Incrédulos, abomináveis, impuros, e feiticeiros.”
Bem, a lista é longa,
mas não é exaustiva[1]!
Cremos
que essas passagens são suficientes para nos ensinar o verdadeiro estado das
pessoas sem Deus neste mundo. São versos como esses que contradizem os ensinos
da moda dos nossos dias advindos especialmente do estadunidense Rick Warren —
Uma Igreja com Propósitos — e do colombiano Cezar Castellanos Dominguez —
Sonha, e ganharás o Mundo. Ao contrário do que a Bíblia ensina, esses senhores
defendem, em seus livros, que existem milhões e milhões de pessoas espalhadas
pelo mundo que estão honesta e sinceramente à procura ou busca do Deus
verdadeiro. Ora a Bíblia é bem clara: o tipo de pessoa referida por Warren e
Castellanos simplesmente não existe.
Conforme
o ensino de Jesus somente quando o Espírito de Deus nos alcança é que podemos
começar a nos interessar honesta e sinceramente por Deus e Sua salvação. O
Ensino de Jesus é claro: não são todos que creem, porque a fé em Jesus procede
como um dom do Espírito Santo através de Deus, o Pai. Assim, o ciclo se fecha:
aquilo que não podemos alcançar por nós mesmos, já que sequer temos interesse
em buscar, que é a salvação de nossas almas, Deus, por causa do grande amor com
que nos ama, nos oferece gratuitamente através da obra salvadora do Senhor
Jesus e pelo dom do Seu Espírito Santo.
7. João 15:16
Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi
a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo
conceda.
Em João capítulo 15 nós
encontramos Jesus e os discípulos ainda no salão chamado de Cenáculo, onde eles
haviam se reunido para celebrar a páscoa judaica. Os acontecimentos narrados
pelo apóstolo João nos capítulo 13 a 17 do seu evangelho descrevem uma cena
contínua, e constituem o mais longo relato, relacionado a um único evento, que
encontramos nas páginas do Novo Testamento.
Em João capítulo 15
Jesus continua a falar aos onze discípulos que permaneciam com Ele, uma vez que
Judas havia deixado o cenáculo momentos antes — ver João 13:21—30.
O contexto imediato de
João 15 fala da relação dos discípulos verdadeiros com Jesus que é a videira
verdadeira. No Antigo Testamento Deus se referiu várias vezes ao povo de Israel
como sendo uma vinha plantada pelo Senhor. Mas infelizmente os frutos
produzidos não foram de acordo com o esperado —
Isaías 5:1—4
1 Agora, cantarei ao meu amado o cântico do
meu amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve uma vinha num outeiro
fertilíssimo.
2 Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou
de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre e também abriu um lagar.
Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.
3 Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e
homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
4 Que mais se podia fazer ainda à minha
vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas,
veio a produzir uvas bravas?
Além disso, muitos
daqueles encarregados de administrar a vinha do Senhor, cuidando dela, na
realidade se aproveitaram da oportunidade para explorá-la até destruí-la —
Jeremias 12:10
Muitos pastores destruíram a minha vinha e
pisaram o meu quinhão; a porção que era o meu prazer, tornaram-na em deserto.
Todavia, nos dias do
Senhor Jesus existia um conceito, inventado pelos rabinos do período
intertestamental, de que a nação de Israel ainda era a vinha do Senhor e os
judeus acreditavam que Israel era ainda a verdadeira vinha ou videira de Deus.
Historiadores nos informam que o rei Herodes, que era da etnia dos idumeus,
para agradar aos judeus, havia fornecido um mural para enfeitar o templo. Neste
mural existia em alto-relevo de uma videira que representava a nação de Israel.
Este mural, ainda segundo relatos históricos, era feito de ouro maciço e servia
para embelezar o templo em Jerusalém. Mas Jesus, neste contexto, nos diz que
Ele era a videira verdadeira da qual Seu Pai era o agricultor —
João 15:1
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor.
A relação dos discípulos
com o Senhor Jesus descrita pela expressão “eu vos escolhi a vós”, como lemos no verso 16 de João capítulo 15
precisa ser compreendida no contexto da relação que existe entre o γεωργός — georgós — agricultor — transliterado como o nome George —
que é o Pai, e a ἄμπελος — ámpelos — a
videira, que é o Senhor Jesus e os κλῆμα — klêma — ramos, que são os crentes. Uma vez feito esse
destaque podemos então passar à discussão de João 15:16.
Não fostes vós que me escolhestes a mim — Naqueles dias era comum os discípulos escolherem
o mestre a quem desejavam seguir. Jesus deixa claro que não foram os discípulos
que escolheram o Senhor, e sim o contrário, como pode ser visto em —
Mateus 4:18—22
18 Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu
dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar,
porque eram pescadores.
19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos
farei pescadores de homens.
20 Então, eles deixaram imediatamente as
redes e o seguiram.
21 Passando adiante, viu outros dois irmãos,
Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia
de seu pai, consertando as redes; e chamou-os.
22 Então, eles, no mesmo instante, deixando o
barco e seu pai, o seguiram.
A passagem acima descreve
o chamamento dos irmãos Pedro e André e Tiago e João, ou a descrição mais
completa de como Jesus “chamou os que Ele mesmo quis”, como encontramos descrito em —
Marcos 3:13
Depois, subiu ao monte e chamou os que ele
mesmo quis, e vieram para junto dele.
Jesus escolheu esses
homens para serem Seus discípulos — alunos — e posteriormente Seus apóstolos —
enviados —
João 6:70
Replicou-lhes Jesus: Não vos escolhi eu em
número de doze? Contudo, um de vós é diabo.
Ao afirmar que fora Ele,
Jesus, quem os escolhera fica evidente o amor puro e desinteressado que Jesus
tinha pelos discípulos. Todos os discípulos, até onde sabemos, eram pessoas
simples e das classes mais baixas que existiam na Palestina naqueles dias. A
única possível exceção era Mateus, que era coletor de taxas e, como tal,
pertencia a um grupo que era verdadeiramente rico, o grupo de coletores de taxas,
também chamados de publicanos nos dias do Novo Testamento. Mas como todos os
coletores de taxas de então e de hoje, Mateus era odiado e desprezado por toda
a população. Mateus tinha dinheiro, mas era considerado traidor da pátria e
inimigo público número um, pois arrecadava taxas para sustentar o exército de
dominação romana, que explorava e matava os judeus. Estamos dizendo tudo isto
para mostrar que Jesus escolheu seus discípulos baseado exclusivamente no amor
e não devido a alguma vantagem que pudesse alcançar através da escolha.
Outro aspecto que temos
que destacar, neste contexto, é que quando Jesus escolheu os 12 os mesmos não
tinham nenhum tipo de afeição pelo Senhor como se Jesus estivesse obrigado a
escolhê-los devido à afeição demonstrada. O mesmo é verdadeiro acerca de cada
crente. Não é verdade que nós possuíssemos nenhum tipo de inclinação maior ou
melhor que outras pessoas para buscarmos o Senhor. Nem havia em nós nenhum tipo
de bondade nativa que poderia nos recomendar ao Senhor. Pelo contrário, não
fosse a graça de Deus nos alcançar e nos fazer inclinar na direção do Salvador
Jesus nós estaríamos tão perdidos quanto todos os demais seres humanos. Este é
o motivo porque TUDO que o crente possui lhe foi primeiramente concedido por
Deus —
1 Coríntios 4:7
Pois quem é que te faz sobressair? E que tens
tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o
não tiveras recebido?
CONTINUA...
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A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 016 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 006
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Nos Fazer Santos e Irrepreensíveis
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A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 024 — Nossa Predestinação Divina
Que Deus abençoe a
todos.
Alexandros Meimardis
PS. Pedimos a todos os nossos
leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
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Desde já agradecemos a
todos.
[1] Listas contendo as coisas
terríveis que os seres humanos são capazes de fazer podem ser encontradas, por
exemplo, em: Marcos 7:21—23; Romanos 1:28—32; Romanos 3:10—18; 1
Coríntios 2:14; 1
Coríntios 6:9—10; 2 Coríntios 6:14—18; Gálatas 5:19—21; Efésios 4:31; Efésios
5:5—16; Colossenses 3:5—9; e 2 Timóteo 3:1—6; Tito 3:3; Apocalipse 21:8. E isto
para ficarmos no Novo Testamento somente.
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