Recebemos de uma leitora o
seguinte comentário que decidimos publicar para o benefício de todos.
Pastor,
Obviamente, fui uma das muitas
pessoas que ficou estarrecida com o triste acontecido na minha cidade natal e
fui pesquisar mais sobre o assunto. Li vários textos, assisti vídeos e só posso
dizer que o que veio à tona com o caso da "menina do Rio" é só mais
uma faceta deste mundo desumanizado, de uma sociedade sem moral, de um mundo
sem o temor de Deus!
Poderia ser simplista em dizer
que: "se ela tivesse ficado em casa, nada disso teria acontecido".
Contudo, estupros podem acontecer em qualquer lugar, inclusive em casa.
Lembrei-me do caso "Bianca Consoli" que foi estuprada pelo próprio
cunhado que invadiu a casa dos sogros e violentou e matou a moça há 5 anos
atrás. E por que não lembrar da "lenda do boto" nas regiões
amazônicas? Dizem que esta história das jovens que aparecem grávidas do boto
que se transforma num belo jovem sedutor em noites de lua cheia é para ocultar
uma cultura muito perversa de pais que violentam suas filhas e por vezes as
engravidam.
No submundo das favelas e do
tráfico de drogas, os chefes da bandidagem mandam e "obedece quem tem
juízo". Logo, os poderosos podem escolher qualquer mulher da comunidade
como sua e a família deve aceitar de bom grado. Simples assim.
A questão se torna mais trágica
pelo fato das moças das favelas almejarem serem "as mulheres dos
chefões" porque isto é sinônimo de poder dentro daquele microcosmo.
Respeito, reverência, dinheiro e ostentação, ou seja, o que é vendido como
imagem de sucesso nos meios de comunicação de massa é obtido nestas uniões.
No texto de Wilson Ferreira
replicado no blog: "O Grande Diálogo" há várias questões abordadas
sobre a prolatada cultura do estupro. O autor recorreu aos ensinamentos de
Freud, escreve sobre falo e como o homem enxerga a mulher desde a primeira
infância e etc. Sei que Freud é referência para muitos estudiosos, mas confesso
que sempre quando leio: "segundo Freud..." fico cansada só de ler.
Não sou estudiosa no assunto, mas sou mulher, por isso posso dizer algo não
baseada no pai da psicanálise, mas na realidade que vivo: - o machismo sempre
existiu. As mulheres apoiam a perpetuação do sistema, porque o machismo (e
também o feminismo) é, nada mais que, a eterna luta do forte contra o fraco,
baseado na maldade que há dentro de cada um. Porque ninguém é bom. Ponto final.
As propagandas usam as mulheres
para vender tudo! Corpos nus para vender um par de sapatos, por exemplo. E nos
é ensinado que: "o que é bonito é para ser mostrado". Empodere-se.
Seja a "gostosona" do bairro. Rebola e desce até o chão! Já o
feminismo diz que o homem deve ser tratado como o opressor, que deve ser
combatido. Então, se por um lado, a mulher deve andar por aí mostrando tudo, o
homem tem que ver e se comportar como um ser destituído de testosterona.
E a menina do Rio? Ela só seguiu
os ensinamentos da mídia. Saiu do seu mundinho classe média, no qual era apenas
mais uma e foi ser "rainha da favela". Fez amizade com os traficantes
e pagou o preço para entrar na turma: com muito sexo. Sim, muito trágico, mas é
a realidade. Creio eu que a jovem só saiu do transe em que vivia quando a
podridão sem limites foi veiculada nas redes sociais e ela foi forçada a ver
que foi violada várias vezes e aquela não era a primeira vez. Violada no corpo
e na alma. Consciente do erro, mas inconsciente pelos entorpecentes. E não
pensemos nós que achamos que vivemos no mundo normal, que aqui é diferente. Boa
parte das mulheres busca o combo: homem bem sucedido e com muito dinheiro. Pode
ser até velho, mas se tiver dinheiro, melhor ainda. Porque estas mulheres
bombardeadas pela mídia querem ter uma Louis Vuitton para chamar de sua,
viagens pelo mundo e para espantar o tédio de uma tarde sem fazer nada, que tal
uma massagem? Uma visita ao cabeleireiro? Porque mulher poderosa jamais será
recatada e do lar, ou dona de casa e estragar a unha postiça lavando louça! O
bom mesmo é ostentar aquele carrão, as joias, o marido (de pedigree e bem
treinado) e os filhos educados pela babá e fazer inveja as "amigas".
E os homens? Nunca vi os homens
sendo tão machos e tão menos homens com H maiúsculo. O homem verdadeiramente
homem é líder, não ditador, governa a família com amor, dá a vida pela amada.
Utopia? Talvez seja e por isso está escrito na Bíblia, livro que recebe a
alcunha de manual de fanáticos, primitivos e semi analfabetos.
Então, neste mundo onde a fêmea
anda quase nua para se sentir empoderada e o macho não pode nem assobiar
"fiu, fiu". Onde sexo é moeda de troca (e aqui não falo da
prostituição como profissão), onde o fraco sempre sofrerá na mão do mais forte
(pode ser homem, mulher, jovem ou velho, criança, branco ou negro), onde as
pessoas não mais pensam porque gastam toda a vida em redes sociais, tv ou
qualquer inutilidade do tipo, a cultura do estupro sempre estará à sombra e
pronta para mostrar o mais perverso de nós.
Simone dos Santos
Que Deus abençoe a todos,
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos
leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
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Desde já agradecemos a todos.
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