MATEUS 18:12—14 E LUCAS 15:4—7
Esse artigo é parte da série "Parábolas de Jesus" e é muito
recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades
contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo
você encontrará links para os outros artigos dessa série.
A
Parábola da Ovelha perdida
A EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA
5. O Que Essa Parábola nos Ensina?
O propósito principal porque
Jesus proferiu essa parábola era defender sua escolha deliberada em se associar
com pessoas que eram notoriamente caracterizadas como sendo pecadoras. Ao se unir e realizar
refeições na companhia de tais pessoas, Jesus demonstrava, de modo inequívoco,
a presença do reino de Deus e o consequente perdão dos pecados. Por outro lado,
a parábola também pode ser considerada como sendo ainda mais uma acerca do
reino de Deus, pois com ela Jesus afirma que a promessa feita por Deus no
passado, de cuidar como pastor do Seu próprio povo, estava, de fato, se
cumprindo. Por fim, Jesus desejava mostrar por meio dessa parábola, a todos que
estavam reclamando de Suas atitudes, que tal reclamação era incompatível tanto
com o caráter, como com os desejos manifestos de Deus. Jesus convida a todos
para participarem da alegria produzida pelo perdão gratuito oferecido a todos
por meio da manifestação do reino de Deus.
O desejo de Lucas é que seus
leitores entendessem o evangelho de Jesus e adotassem a mesma atitude
demonstrada pelo Senhor. Uma implicação adicional no texto de Lucas é que nele
encontramos uma acusação de que os líderes religiosos de Israel não estavam
cumprindo com suas verdadeiras responsabilidades. Mateus, por sua vez, deseja
que seus leitores se apropriem das características de caráter do próprio Deus e
de Sua vontade revelada e apliquem as mesmas a todos os seus relacionamentos na
comunidade, especialmente com relação àqueles que se encontram marginalizados.
O elemento que deve controlar a vida do povo de Deus é o conhecimento do caráter
do próprio Deus. E aqui, não estamos falando de uma abstração qualquer, porque
o caráter de Deus é manifestado e revelado nas ações e no ministério do próprio
Senhor Jesus.
O que essa parábola nos revela
acerca do caráter de Deus é o valor que o Senhor atribui a todas as pessoas,
especialmente às menos favorecidas, e o cuidado que Ele dedica a todos, sem
exceção. Deus não está distante, como que aguardando que nos aproximemos dEle.
Pelo contrário, Ele é o Deus que toma a iniciativa e vai à busca do perdido com
o objetivo de encontrá-los e trazê-los de volta para a plena comunhão consigo.
Isso é realizado por Deus, independentemente, de quão perdido o pecador esteja.
Ninguém, absolutamente, ninguém, está fora do alcance da mão misericordiosa de
Deus. Esse ensinamento de Jesus — de que o próprio Deus vai à busca dos
pecadores — é, de acordo com o estudioso judeu Claude Montefiore, parte do novo
material que o próprio Jesus trouxe e que ainda não tinha sido revelado no
Antigo Testamento e também não fazia parte dos ensinamentos rabínico daquela
época.[1]
Todavia, devemos contra-argumentar que tal afirmação é bastante exagerada.
Dizemos isso pela longa lista de versos do Antigo Testamento que já foram
apresentados e que nos falam do interesse de Deus pelas pessoas e de como o
próprio Deus é quem inicia todos os processos salvíficos e de oferecimento de
perdão. Assim, o Deus revelado por Jesus é um Deus interessado e cuidadoso que
valoriza até mesmo os que não têm valor algum, e se empenha em procurá-los até
encontrá-los. Isso está bem claro nas seguintes afirmações:
Romanos 5:6—8
6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.
8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
Romanos 8:31–38
31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Se o reino de Deus se manifesta com graça sem limites, mas também com exigências sem limites então, essa parábola enfatiza a graça ilimitada. Não temos dúvidas que Deus irá buscar e restaurar o perdido. A busca e a alegria resultante de encontrar o que estava sendo buscado, são os dois pilares que sustentam essa parábola. Todavia, devemos deixar claro que a busca de Deus é graciosa e não interesseira. Autores como J. Jeremias e J. Fitzmyer defendem a ideia que Lucas 15:7 introduz a ideia do juízo por meio do uso da expressão haverá.[2], [3] Mas isso está aberto a muita discussão. A alegria mencionada por Jesus reflete tanto a atitude de Deus em conseguir resgatar o perdido, quanto a celebração pelo fato de que as boas novas de salvação trazidas pelo reino de Deus já começaram a se manifestar. Tal manifestação de alegria é comunitária e todos os ouvintes de Jesus, inclusive eu e você, devem se unir nessa celebração.
CONTINUA...
Outras
Parábolas de Jesus Podem ser encontradas nos Links abaixo:
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002 – Os Dois Fundamentos
003 – O Semeador
004 – O Joio e o Trigo =
005 – O Credor Incompassivo
006 — O Grão de Mostarda e o
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Praça
008 — A Semente Germinando Secretamente
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011 — A
Eterna Fornalha de Fogo
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013 — A
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Maus — Parte 1
014A — A Parábola dos Lavradores
Maus — Parte 2
015 — A
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016 — A
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018 — A
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020 — A Parábola das Dez Virgens
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Parábola das Ovelhas e dos Cabritos
023 — A
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Desejava Sepultar Seu Pai
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Samaritano — Parte 1
027B — A Parábola do Bom
Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote
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Samaritano — Parte 3 — O Levita
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Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano
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Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro
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Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria
027G — A
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Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor
da Lei
028 — A
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029 — A
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Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé
031 — A
Parábola da Figueira Estéril
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034 — A
Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro
035 —
Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana —
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036 — Introdução a Lucas 15 —
Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002
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037 — Parábolas de Jesus — Mateus
18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Completa
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/06/parabolas-de-jesus-sermao-037-parabola.html
037A — Parábolas de Jesus —
Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 001
037B — Parábolas de Jesus —
Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 002
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Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 003
037D — Parábolas de Jesus — Mateus
18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 004 — A
Influência do Antigo Testamento
037E — Parábolas de Jesus —
Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 005 —
Características Cristológicas da Parábola da Ovelha Perdida
037F — Parábolas de Jesus —
Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 006 — A importância
das pessoas perdidas.
037G — Parábolas de Jesus —
Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 007 — O
que essa parábola nos ensina.
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037H — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 008 — Conclusão.
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037 — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Completa
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/06/parabolas-de-jesus-sermao-037-parabola.html
038A — PARÁBOLAS DE JESUS — A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA — LUCAS 15:8—10 —— PARTE 001
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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