terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

VIDA, MORTE, ESTADO INTERMEDIÁRIO E ETERNIDADE - ESTUDO 014 A - A Vida Depois da Morte - Parte 001


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Essa é uma série cujo propósito é estudar os conceitos bíblicos de vida, morte, estado intermediário e eternidade. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade.  
Conclusão ao Uso de Corpo, Alma e Espírito na Bíblia
Por terem sido criados à imagem de Deus os seres humanos são distintos dos animais. No caso desses últimos sua força vital se extingue quando os mesmos morrem. Já no caso dos seres humanos sua parte imaterial permanece viva, mesmo depois da morte do corpo físico. Visões antagônicas ao ensinamento das Escrituras já foram abordadas pelo autor do livro do Eclesiastes como sendo meras opiniões humana debaixo do sol

Eclesiastes 1:3

Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?

Eclesiastes 3:19—21

19 Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.

20 Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão.

21 Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra?

Eclesiastes 4:1

Vi ainda todas as opressões que se fazem debaixo do sol: vi as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os consolasse; vi a violência na mão dos opressores, sem que ninguém consolasse os oprimidos.

Eclesiastes 9:3

Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: a todos sucede o mesmo; também o coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem; depois, rumo aos mortos.

O pensamento humanista que transforma o ser humano na medida de todas as coisas e pretende que Deus não existe, reduz o ser humano ao mesmo nível das bestas feras. Se o pensamento humanista fosse verdadeiro, então todos nós deveríamos nos ocupar com uma coisa apenas: hedonismo —

Eclesiastes 5:18

Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção.

Eclesiastes 10:19

O festim faz-se para rir, o vinho alegra a vida, e o dinheiro atende a tudo.

O hedonismo se torna a única opção porque, no final, nada faz sentido —

Eclesiastes 1:2

Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.

Eclesiastes 2:10—11

10 Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós.

11 Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas.

Mas o fato é que o ser humano não é um animal. Ele foi criado à imagem e semelhança do próprio Deus Criador e recebeu uma parte não material na sua composição que sobrevive, mesmo quando seu corpo falece. E assim, a parte não material dos seres humanos retorna sempre para Deus com o intuito de ser julgada —

Eclesiastes 12:6—7

6 Antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço,

7 e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.

UM CONCEITO UNIVERSAL: A CRENÇA NA VIDA DEPOIS DA MORTE

Apesar da afirmação bíblica que declara que Jesus trouxe à plena luz a imortalidade da parte não material dos seres humanos —

2 Timóteo 1:10

E manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.

Foi apenas durante o século XIX — os seres humanos, como sempre, chegaram bem atrasados nessa discussão — que a possível crença na imortalidade da parte imaterial dos seres humanos foi levantada como uma questão universal. Ou seja, a crença na imortalidade tornou-se objeto de discussão no âmbito da história e da antropologia com a pesquisa se estendendo por todos os povos e culturas. Assim, o que até então era apenas objeto de interesse de teólogos e filósofos tornou-se também o interesse dos linguistas, dos historiadores e dos antropólogos.

Os grupos materialistas que haviam adotado com declarada paixão as tolices da teoria da evolução, partiram para implementar suas — da evolução — ideias básicas também sobre a questão da imortalidade. A ideia era demonstrar que quando do surgimento da raça humana não existia uma crença relacionada aos conceitos de vida depois da morte. Eles queriam provar que tais ideias — acerca da imortalidade — foram fruto do desenvolvimento evolutivo dos seres humanos. Essas ideias teriam surgido apenas quando os homens desenvolveram a capacidade de pensar de forma abstrata. Essa era então a ideia básica dos linguistas, historiadores e antropólogos acerca de como surgiu a crença humana na imortalidade. O problema que tinham que enfrentar dizia respeito à necessidade de conseguirem encontrar uma nação ou até mesmo uma civilização na história da humanidade, onde ideias relativas à imortalidade não existissem. Diante das dificuldades enfrentadas nossos amigos evolucionistas estavam dispostos a sentirem-se satisfeitos com a descoberta de uma única tribo primitiva que acreditava que a morte representava a extinção da vida.

O interesse daquele pessoal era motivado pelo fantasma de que a crença na vida depois da morte era algo universal. Que a crença na existência de vida após a morte fosse algo profundamente arraigado na natureza daquilo que os seres humanos eram. À medida que suas pesquisas avançavam ficavam cada vez mais perturbados ao descobrirem que os grandes pensadores de todas as civilizações estudadas acreditavam na vida depois da morte. Aos pouco fora se dando conta que o conceito de imortalidade era, na realidade, autoevidente.

Ora, se a imortalidade era uma crença universal, então certas questões devem surgir naturalmente:

1. A negação da imortalidade é uma negação daquilo que nós, como seres humanos somos em nossa essência?

2. Seria a negação da imortalidade por parte dos evolucionistas uma aberração psicológica?

3. Estariam esses estudiosos ao negarem a existência da imortalidade expressando um desejo de não continuarem a viver depois de mortos nesse mundo?

4. É possível que a negação da vida depois da morte esteja arraigada no medo e no pavor que a ideia de um inferno provoca?

5. Tal rejeição poderia ser fruto de consciências pecaminosas, extremamente culpadas, que viam na extinção da existência uma saída fácil para seus atos reprováveis?

Durante os acalorados debates que seguiram tratando da tentativa de negar a crença na imortalidade, aqueles que acreditavam na mesma apresentaram provas em cima de provas, arqueológicas e literárias, que comprovavam que a crença na imortalidade era algo universal desde os primórdios da existência humana. Por outro lado, os materialistas e evolucionistas continuavam tentando encontrar uma única tribo que fosse — era o elo perdido deles — que não acreditava na imortalidade. O debate estendeu-se por décadas com as provas se avolumando do lado daqueles que acreditavam na imortalidade, enquanto continuava-se esperando a descoberta da tal tribo que provasse a teoria evolutiva da crença na vida depois da morte. De modo surpreendente, a questões foi finalmente decidida com a conclusão de que a crença na imortalidade era algo universal.[1] Toda a pesquisa moderna e as descobertas arqueológicas desde o século XIX apenas vieram a confirmar que a crença na imortalidade consciente era e ainda é, uma crença universal.

CONTINUA...

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Estudo 014 C — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 003.
Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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[1] Ver a longa discussão no verbete “alma” no Theological Dictionary of The New Testament editado por Gerhard Kittel e Gerhard Friedrich em alemão, traduzido para o inglês por Geoffrey W. Bromiley e publicado por WM. B. Eerdmans Publishing Company de Grand Rapids. A discussão encontra-se no Volume IX e se estende da página 608 até 666.

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