ESSA É UMA SÉRIE DE ESTUDOS QUE
VISA ABORDAR DA MANEIRA COMO CONSIDERAMOS APROPRIADA A IMPORTANTE QUESTÃO RELATIVA
À RESSURREIÇÃO DE CRISTO. TOMANDO COMO BASE AS OBRAS DE GEERHARDUS VOS E HERMAN
RIDDERBOS. NOSSA INTENÇÃO É MOSTRAR A CENTRALIDADE DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO NA
TEOLOGIA PAULINA.
A RESSURREIÇÃO DE
CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DO CRENTE
Os versículos que vimos na parte
anterior enfatizavam a conexão orgânica entre a ressurreição de Jesus e a
ressurreição futura, corporal, dos crentes. Mas concluir que o significado
salvífico se resume à ressurreição futura dos crentes, é apreciar apenas parte
da verdade ensinada pelo Novo Testamento. Para resolver isso, é necessário
apreciarmos as referências, nas quais o apóstolo Paulo menciona o fato que os
crentes já foram ressuscitados com Cristo, agora no tempo presente. Essa
verdade é apresentada de forma mais incisiva nas seguintes passagens:
Romanos 6:3—5
3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?
4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,
Essa é uma passagem bem conhecida e muito discutida em praticamente todos os seguimentos cristãos. Nossa intenção ao participar dessa discussão é trabalhar com a ideia de que a ressurreição de Cristo é um fato histórico e, ao mesmo tempo, uma realidade experimental. Nesse sentido a passagem de Romanos acima se utiliza das mesmas ideias relacionadas ao batismo que encontramos em Colossenses 2:11—13 que foi objeto do nosso estudo anterior e que poderá ser visto por meio do link abaixo:
Com relação às ideias de alguns envolvendo uma pretensa
liberdade para pecar sob a alegação quye estamos debaixo da graça, Paulo
apresenta a seguinte pergunta retórica para continuar a discussão iniciada em
Romanos 5:12—21 —
Romanos 6:1
Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que seja a graça mais abundante?
Sua resposta contundente encontra-se no verso 2 —
Romanos 6:2
De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele
morremos?
Note a ênfase em nós os
que para ele morremos.
Esse é o argumento básico que deverá nortear a longa discussão que encontramos
em Romanos 6:1 — 7:6. A preocupação de Paulo nessa passagem tem a ver com a
materialidade do pecado existencial, uma forma de vida pecaminosa e a morte do
crente para esses dois elementos: pecado e vida pecaminosa. A morte para o
pecado mencionada aqui é algo que já aconteceu na vida de todo crente verdadeiro.
Aqui, como nas discussões anteriores — ver lista completa de artigos mais
abaixo — não se trata de nenhuma questão do tipo: isso ou aquilo. Quanto ao
pecado o crente está morto e assim devem se considerar.
Começando com Romanos 6:3 Paulo procede para expandir e validar seu
argumento que o crente morreu para o pecado lançando mão do significado da
analogia representada pelo batismo conforme seu entendimento acerca do mesmo
que é diferente da posição adotada pela maioria dos imersionistas. Para Paulo o
Batismo é em Cristo:
Gálatas 3:27
Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos
revestistes.
Em outras palavras, o batismo deve ser entendido como a nossa união
com Cristo. Ver atentamente as passagens abaixo:
Colossenses 3:1—14
26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
27 porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
1 Coríntios 12:13, 27
13 Pois, em um só Espírito, todos nós
fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer
livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.
27 Ora, vós sois corpo de Cristo; e,
individualmente, membros desse corpo.
Romanos 12:4—5
4 Porque assim como num só corpo
temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,
5 assim também nós, conquanto muitos,
somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.
Nossa união com Cristo é
entendida por Paulo em termos muito concretos. Trata-se da nossa união com
Cristo em todos os aspectos de sua obra salvadora. Para aprofundar essa questão
sugerimos que o, leitor conheça nossa série EM
CRISTO, cujo primeiro estudo poderá ser acessado por meio do link abaixo:
Continuando... O batismo em
Cristo significa:
1. União com ele em sua morte — Romanos 6:3—5; nós morremos com Cristo conforme
Romanos 6:8
Ora, se já morremos com
Cristo, cremos que também com ele viveremos,
2 Timóteo 2:11
Fiel é esta palavra: Se
já morremos com ele, também viveremos com ele.
2. Nosso velho homem foi
crucificado com Ele — Romanos 6:6 e —
Gálatas 2:19
Porque eu, mediante a
própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com
Cristo.
3. Fomos sepultados com Cristo —
Romanos 6:4 e —
Colossenses 2:12
Tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.
Podemos então resumir a tese
central de Paulo com os seguintes termos: Os crentes estão unidos com Cristo em
Sua morte. A morte de Cristo é uma morte específica com relação ao pecado: Cristo
morreu para o pecado — ver Romanos 6:10. Portanto, os crentes também morreram
para o pecado.
CONTINUA...
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Que Deus Abençoe a Todos.
Alexandros Meimaridis
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