quinta-feira, 27 de julho de 2017

A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO E NO PLANO ETERNO DE DEUS – ESTUDO 024 — A PREDESTINAÇÃO DIVINA


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NESSA SÉRIE NÓS ESTAMOS TRATANDO DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA: 1) A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS. CONVIDAMOS TODOS OS NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM A MESMA COM TODOS OS SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODERÃO SER ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CADA ESTUDO.
CONTINUAÇÃO

Efésios 1:4—5 — Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor.
e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.


1. A pré-ordenação da parte de Deus. Dessa maneira nosso chamamento é sempre um chamamento válido e garantido, pois somos convidados ou chamados ou eleitos de acordo com a pré-ordenação de Deus que decidiu derramar suas benções sobre quaisquer pessoas, movido exclusivamente por Sua própria vontade —

1 Pedro 1:1—2

1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,

2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.

Isto tudo, deve deixar bem claro, o fato de que o chamamento dos gentios, para pertencer à igreja, que é o corpo do Senhor Jesus, não é algo acidental ou secundário. Muito pelo contrário. O chamamento dos gentios para pertencerem ao povo de Deus é algo que foi decidido quando Deus estava, na eternidade passada, elaborando todo o esquema da salvação através do Senhor Jesus. É assim que nosso chamamento está conectado com a pré-ordenação de Deus a nosso respeito.

2. Nossa conformação à imagem do Seu filho, o Senhor Jesus Cristo. Quando somos alcançados pelo Evangelho, nós somos convidados a compartilhar a mesma glória experimentada pelo Senhor Jesus —

2 Tessalonicenses 2:13—14

13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,

14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

Supondo exatamente o que está sendo suposto pelo apóstolo Paulo, que é o fato de que amamos a Deus, então podemos estar certos de que nosso chamamento certamente resultará na nossa glorificação como filhos de Deus à semelhança do Senhor Jesus. É por esse motivo que o nosso chamamento prova o ponto que diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, mesmo no tempo presente. Todas essas coisas provam que estamos verdadeiramente destinados à glória futura. O conhecimento, a predestinação, o chamamento e a justificação só fazem sentido se o objetivo final for alcançado. E este objetivo final é a glorificação. Mas essa glorificação se concretiza em sermos conformados à imagem do Seu Filho Jesus!!

Jesus é o primogênito da nova criação entre muitos irmãos. Assim, Ele é chamado de cabeça do corpo que é a igreja! Ele é a cabeça do corpo composto por todos os redimidos. Jesus foi o primeiro ser humano a experimentar a ressurreição, algo que representa o surgir para uma nova e definitiva vida, distinta e, em certa medida, oposta à existência terrestre. As pessoas que foram ressuscitadas por Jesus não experimentaram a ressurreição como Jesus. Todas as pessoas que Jesus ressuscitou tornaram a morrer. Jesus, ao contrário, ao experimentar a ressurreição, venceu a morte e foi levantado para experimentar um estado de glória eterna. É neste mesmo propósito que o Senhor nos promete:

João 14:19

Porque eu vivo, vós também vivereis.

Para a adoção de filhos por meio de Jesus Cristo — A adoção de filhos, que recebemos da parte de Deus, não se trata apenas de dizer a mesma coisa com outras palavras como alguns querem fazer parecer, quando ensinam que as doutrinas da eleição, da predestinação e da adoção são “tudo a mesma coisa”. Não é esse o caso. Como vimos eleição e predestinação são doutrinas bastante distintas e o mesmo sucede com a nossa adoção como filhos de Deus.

A palavra grega υἱοθεσίαν uiothesían que é traduzida por “adoção” nunca é usada em referência ao Senhor Jesus, pois Ele é o “Filho Unigênito” — único filho gerado — de Deus. No nosso caso, pela graça de Deus, somos adotados na família de Deus quando Deus nos concede Seu Espírito Santo —

Romanos 8:15

Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.

No Evangelho de João nós encontramos um excelente comentário acerca da nossa adoção para nos tornarmos membros da família de Deus. Estamos nos referindo a —

João 1:12

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.

Vamos analisar esse versículo para entendermos melhor o que significa sermos adotados na família de Deus mediante a concessão do Seu Espírito Santo.

Mas, a todos quantos o receberam — Temos sempre que nos lembrar que João escreveu seu Evangelho por volta do ano 90 da Era Cristã. Isso quer dizer que ele escreveu o Evangelho que leva seu nome cerca de 60 anos depois dos eventos terem transcorrido. Quase podemos ver o apóstolo João constatar a triste realidade acerca de que, mesmo depois de sessenta anos, a vasta maioria das pessoas, incluindo judeus, havia preferido ignorar o Senhor Jesus e Sua obra de salvação —

João 1:10—11

10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.

11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

A grande massa das pessoas em geral e os escribas[1] e fariseus[2] e as castas sacerdotais, concentradas entre os saduceus[3] em particular, haviam frontalmente rejeitado o Senhor Jesus. Independente dessa constatação, João também declara que outras pessoas, poucas é verdade, receberam ou aceitaram o Senhor Jesus. Receber a Jesus significa simplesmente crer em Jesus como fica claramente demonstrado pela parte final de João 1:12. Crer em alguém ou no nome de alguém, neste contexto, significa que confiamos naquela pessoa e no nome que a representa. O nome de alguém expressa a totalidade do ser a quem esse mesmo nome está atribuído. Quando falamos em “crer em Jesus” estamos fazendo uma referência direta à crer em Sua pessoa e na obra de salvação realizada por Ele. A estes que creram em Jesus o próprio Jesus... 

Deu-lhes o poder — Isso quer dizer que recebemos, da parte do Senhor Jesus, o direito ou privilégio de, pela manifestação do Seu poder em nossas vidas, nos tornarmos em algo que não éramos naturalmente. Como o apóstolo Paulo afirma “éramos por natureza filhos da ira como também os demais” — ver Efésios 2:3 —, mas agora fomos feitos, via adoção, em filhos de Deus!

De serem feitos filhos de Deus — Somos chamados de “filhos de Deus” por que:

1. O Pai nos adotou — ver 1 João 3:1.

2. Somos semelhantes ao Senhor Jesus, pois temos o mesmo Espírito Santo habitando em nós – Romanos 8:15.

3. Estamos intimamente relacionados ao Senhor Jesus como verdadeiros irmãos — ver Mateus 25:40 — ao ponto de que a maneira como o mundo nos trata equivaler, realmente, à forma como o mundo trata o Senhor Jesus! Dessa maneira, somos verdadeiramente “filhos do Deus Todo-Poderoso”. 

A saber, aos que creem no seu nome — Crer no nome de Jesus é o mesmo que crer em Sua pessoa —

João 2:23

Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome.

João 3:18

Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

1 João 5:13

Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.

Esse verso de João 1:12 nos ensina que:

1. Ser um filho de Deus é um grande privilégio que vai muito além de qualquer paternidade humana. Ser filho de Deus distingue o cristão com uma honra que é a mais elevada entre todas as possíveis.

2. É Deus mesmo quem nos concede esse privilégio. Não é fruto de qualquer mérito da nossa parte. É fruto da decisão de Deus derramar esta bênção sobre nós —

Efésios 2:8—9

8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;

9 não de obras, para que ninguém se glorie.

João 15:16

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
3. Esta bênção é concedida somente àqueles que “creem no Seu nome”. Todos os outros são filhos do Diabo — por assemelhação — e ninguém que não possui exclusiva confiança em Deus concernente a questões do espírito e da vida comum sobre a terra pode ser considerado genuíno filho de Deus. As pessoas sem Deus gostam de se considerar “filhos de Deus”, mas o fato é que Deus não reconhece como filhos aqueles que de forma sistemática e desafiadora não confiam em Deus, aqueles que duvidam e negam o que Deus tem falado bem como aqueles que desprezam o caráter santo de Deus e insistem em ignorar o Senhor Jesus e Sua obra salvadora.

A nossa adoção como filhos de Deus é então a maior demonstração de amor que o Pai pode nos dar. Capítulos inteiros do Novo Testamento, tais como Romanos 8 e Gálatas 4 são dedicados a esse tema — ver especialmente Romanos 8:12—17 e Gálatas 4:6—7. Para o apóstolo João não existe nada mais elevado — ver 1 João 3:1. No mundo em que vivemos as pessoas estão buscando honra e glória e temos um interesse apaixonado por “grandes” homens e mulheres. Mas a grandeza e elevação neste mundo é sempre decadente e transitória. O Senhor Jesus comparou aqueles que são admirados e aplaudidos neste mundo como pessoas que já receberam seu galardão — ver Mateus 6:5. A história do rico e Lázaro e a parábola do homem rico e imprudente com relação a Deus, contadas por Jesus, desnudam de maneira abrupta a realidade que espera aqueles que entesouram para si mesmos e não são ricos para com Deus — ver Lucas 16:19—31 e 12:20— 21. Note que o rico tinha tudo nessa vida — comida, bebida, roupas finas, posição e honra. Lázaro por sua vez era mendigo, estava cheio de chagas e tinha que disputar com os cachorros as sobras dos banquetes que o homem rico dava diariamente. Jesus nos diz que os dois homens partiram desta vida e aquele que era rico, nesta vida, viu-se em um lugar de tormento sem possibilidade de ser consolado. Lázaro, por sua vez, se encontrava plenamente consolado. O mundo em que vivemos não sabe absolutamente nada acerca de verdadeira honra e da verdadeira riqueza! Não entende e não demonstra nenhuma apreciação por essas realidades. Se dissermos a uma pessoa desse mundo que ele pode se tornar em um verdadeiro filho de Deus isto nada significará para ele. Corremos o risco de sermos zombados por acreditarmos em tais “bobagens”. O próprio Filho de Deus, o Senhor Jesus, não foi reconhecido como tal. As pessoas dos Seus dias não viam absolutamente nada de extraordinário em Jesus. Viam somente o filho do carpinteiro. Mas a reação dos discípulos foi bem diferente —

João 1:14

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

E nós estamos destinados a compartilhar dessa mesma glória mediante a adoção que recebemos como filhos de Deus!

Note a expressão “para ele” em Efésios 1:5. Paulo diz que Deus nos adota como filhos “para Ele mesmo”, indicando quão exclusivo e amoroso é este nosso relacionamento com o Pai!

Segundo o beneplácito de sua vontade — A palavra grega εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, traduz a idéia de alguém que está bastante satisfeito. A mesma expressão é usada para indicar “boa vontade, boa mente ou agrado” conforme pode ser visto em Lucas 2:14; Filipenses 2:13 e Lucas 12:32. Desses contextos podemos derivar a idéia de que essa palavra denota propósito ou vontade somados a benevolência. Alguns tradutores preferem representar o original grego como: “de acordo com o Seu mais benigno decreto”. Mas independentemente do significado do termo εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, o que nos chama a atenção nesta parte final de Efésios 1:5 é o propósito do apóstolo Paulo de estabelecer o porquê Deus escolheu as pessoas para herdarem a salvação. De acordo com o termo escolhido pelo apóstolo Paulo, essa escolha foi feita por Deus baseada no que Lhe parecia melhor dadas às circunstâncias do caso. Nenhum ser humano detinha nenhum tipo de controle ou influência sobre a pessoa de Deus naquele momento. Nenhum ser humano foi consultado nesse processo. E essa decisão de Deus não foi baseada em qualquer boa obra humana, real ou prevista por Deus. De fato, temos que reafirmar que o mundo nem sequer estava criado quando Deus escolheu aquelas pessoas que iriam herdar a vida eterna. A escolha de Deus não foi uma escolha aleatória baseada na sorte ou numa enorme roleta celestial. O termo εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, indica que foi uma escolha proposital.

Devido o pecado de nossos primeiros pais todos nós somos culpados e estamos condenados diante de Deus. Por sábias razões, as quais Deus preferiu não nos comunicar, Ele determinou trazer, pelo menos, uma porção de seres humanos à salvação. Para alcançar esse objetivo Deus decidiu não deixá-lo ao acaso. Deus sabia que se dependesse de nós mesmos, todos sem exceção, rejeitaríamos Sua oferta de Salvação e, a menos que um método eficiente fosse utilizado o sangue redentor seria derramado em vão.

Deus, todavia, não revelou às pessoas quais eram aquelas que Ele iria salvar nem a razão porque dentre todos os seres humanos alguns seriam particularmente levados ao céu. Ao mesmo tempo Deus decidiu tornar a oferta de salvação universal; decidiu também tornar os termos da salvação tão simples quanto possível, removendo assim quaisquer motivos justificados de reclamação. Se as pessoas não aceitam o perdão oferecido; se elas preferem buscar satisfação em seus próprios pecados; se não existe nada que possa induzi-las a aceitarem a salvação, então por que reclamam? Se as portas da prisão estão abertas e escancaradas, as correntes que prendem os prisioneiros estão soltas pelo chão e os guardas não estão mais nos seus postos e ainda assim os prisioneiros se recusam a abandonar a prisão em que se encontram, eles realmente não possuem nenhum motivo justificável para reclamar. Temos que nos lembrar sempre que os propósitos de Deus correspondem aos fatos exatamente como eles acontecem —
Efésios 1:11

Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,

Assim temos que a εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito de Deus é o que rege todas as ações de Deus, todos Seus atos graciosos e toda Sua bondade para conosco. E esses atos aparecem na nossa predestinação pela graça, para partilharmos da glória de Deus, juntamente com Jesus e excluem por completo a fé, a santidade e boas obras como motivos para tais atos da parte de Deus. Como disse o profeta Jonas: “ao SENHOR pertence a salvação”! – Jonas 2:10. Jonas estava no ventre do peixe nas profundezas do mar. O que em sã conciência ele poderia fazer para salvar-se a si mesmo?

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A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 024 — Nossa Predestinação Divina

Que Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis


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[1] Escribas - na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado bem como sua extensão, e faziam isto em detrimento da verdadeira religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados no Novo Testamento tanto em conexão com os Fariseus como com os sacerdotes e anciãos do povo.

[2] Fariseus - Seita que parece ter iniciado depois do exílio babilônico, entre os chamados “Hassidim”, que foram os homens piedosos que se aliaram a Judas Macabeu, para combater os invasores helenistas representados pela dinastia Selêucida, da Síria. Além dos livros do Antigo Testamento, os Fariseus reconheciam na tradição oral, um padrão de fé e vida que deveria ser seguido por todos os judeus. Os Fariseus procuravam alcançar reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tais como: lavagens cerimoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente, os Fariseus eram negligentes da genuína piedade que consistia em: justiça, misericórdia, fé e amor de Deus — ver Mateus 6:1—7 e 16—18; ver também Mateus 23:23 e Lucas 11:42 e, orgulhavam-se em suas boas obras.  Eles mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade, no Hades, seriam novamente chamados à vida pelo Messias, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família de Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência sobre o povo comum. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; e foram, por outro lado, duramente repreendidos por Jesus por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.

[3] Saduceus – Partido religioso judaico que existia nos dias de Cristo e que deriva seu nome da expressão hebraica צדוק — zadok — justo. Os saduceus não aceitavam, como os Fariseus, que a lei ou a tradição oral fosse parte da revelação divina ao povo de Israel. Eles criam que somente a lei escrita, outorgada por Moisés, era obrigatória para a nação israelita. Os Saduceus tinham posições teológicas bem distintas e negavam, entre outras coisas, a crença na: 1) ressurreição do corpo; 2) imortalidade da alma; 3) existência de espíritos e anjos; e 4) predestinação divina, pois afirmavam o livre arbítrio. 

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