domingo, 17 de setembro de 2017

Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade - Estudo 014 C


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Essa é uma série cujo propósito é estudar os conceitos bíblicos de vida, morte, estado intermediário e eternidade. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade.  

CONTINUAÇÃO...

UM CONCEITO UNIVERSAL: A CRENÇA NA VIDA DEPOIS DA MORTE

Nessa discussão nós também precisamos destacar que os materialistas precisam se manifestar não apenas com uma sólida evidência contra a vida consciente após a morte, mas que eles também precisam dar uma explanação plausível do como e do porque tal crença é tanto antropologicamente quanto geograficamente falando, universal. Até hoje nenhuma explicação ou teorias plausíveis foram apresentadas.

Quando nos voltamos para a história da filosofia — com uma quantidade de compêndios e coleções cada vez mais numerosas — para descobrirmos o que as melhores mentes humanas têm descoberto, nós nos damos conta que desde os filósofos gregos clássicos a te os dias de hoje, a imortalidade da alma tem sido aceita como razoável e, virtualmente, autoevidente. A lista desses filósofos inclui desde Sócrates até os maiores expoentes do tempo presente. O mesmo pode ser afirmado acerca dos grandes cientistas do passado e do presente acerca da crença na imortalidade. Nesse caso a lista se estende de Aristóteles até os cientistas dos nossos dias. É claro que, como acontece em qualquer áreas, sempre existirão exceções ao padrão geral.

Também estamos cientes que essa linha de argumentação pode ser considerada como uma forma de apelo às chamadas autoridades. Também estamos cientes que muitos mestres de lógica consideram qualquer apelo à autoridade como algo inválido. Todavia, quando questionamos em que base eles se recusam a aceitar o apelo às autoridades, de modo surpreendente, eles apelam para sua própria autoridade ou mesmo para a autoridade de terceiros! Hipocrisia explícita maior ainda está para ser observada. Esse é o motivo porque nos recusamos a nos deixar convencer por esses clichês ridículos. Autoridade e fé encontram-se na base de todo tipo de conhecimento, porque todos os sistemas têm início com suposições baseadas em algum tipo de autoridade. Filosofia e ciência estritamente empíricas existem apenas em livros de tória. A realidade é algo distinto.

Ainda assim é comum ouvirmos bobagens do tipo:

1. Apenas pessoas ignorantes e sem estudo suficiente acreditam na vida depois da morte.

2. A ciência já provou que não existe vida depois da morte.

3. Filósofo não podem jamais aceitar o conceito de vida depois da morte.

Será que devemos mesmo acreditar que todos os filósofos e cientistas que acreditavam na vida depois da morte eram pessoas ignorantes e incultas? Será que esses homens e mulheres aceitariam um conceito acerca do qual não existisse nenhuma evidência? Será que os materialistas dos nossos dias são mais inteligentes do que toda a humanidade que os antecedeu? Em que base eles desprezam algo que tem sido crido pela humanidade por milênios?

Estudiosos da história da Igreja, como C. S. Lewis e outros, têm ensinado que: os documentos cristãos mais antigos indicam com clareza a crença que a parte não material dos seres humanos sobrevive à morte do corpo.

É impossível negar que nos últimos dois mil anos da nossa história, com algumas exceções é claro, os cristãos têm crido na imortalidade da alma. Teólogos clássicos tanto da Europa quanto das Américas têm defendido esse conceito bíblico. Católicos e protestantes não têm apenas defendido tal ensinamento, mas o mesmo tem sido proclamado dos mais diversos púlpitos ao redor do mundo.

As coisas mudaram de fato quando os materialistas assumiram o controle da educação e isso fez com que, lamentavelmente, alguns teólogos adotassem o discurso em voga para não darem a impressão que estavam querendo nadar contra a maré.

Desejosos de ganharem a aprovação geral no meio acadêmico, teólogos modernistas adotaram o materialismo como método de analisar as escrituras e como isso, se viram forçados a negar qualquer manifestação sobrenatural, primeiro na Bíblia — negando os milagres — e depois nos seres humanos — negando a imortalidade dos mesmos. Dessa forma, a Bíblia foi reduzida a ser apenas um livro em muitos outros, enquanto os seres humanos foram reduzidos a serem apenas animais no meio de muitos outros animais.

O que podemos dizer desses teólogos modernos? Seguem algumas sugestões:

1. Primeiro, o relacionamento entre a religião e o materialismo não é possível, porque o materialismo não pode nuca gerar princípios morais, valores ou significados, que são essenciais para qualquer religião. Para os materialistas somos apenas animais.

2. É necessário que os mesmos parem de alegar que encontram fontes para o materialismo dentro da própria Bíblia. Em vez disso, eles deveriam deixar que os autores bíblicos falem por si mesmos.

3. Em terceiro lugar é importante que sejam honestos. Sem o elemento sobrenatural tanto a Bíblia quanto os seres humanos perdem seu significado.

4. Depois, eles não deveriam usar linguagem religiosa para manipular as pessoas. Imitando os rabinos de todas as épocas, os teólogos modernistas adoram redefinir as palavras para fazê-las dizerem exatamente o contrário do que tem sido o entendimento das mesmas.


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Estudo 014 A — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 001

Estudo 014 B — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/05/vida-morte-estado-intermediario-e.html

Estudo 014 C — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 003.
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/09/vida-morte-estado-intermediario-e.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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