I. A língua grega na qual o Novo Testamento foi escrito
tem três palavras para envolvidas com o conceito de novidade.
A. A primeira é καινὸς –
kainos e é usada para se referir a algo que tem qualidade de
novo mesmo não sendo novo. Algo que nunca foi usado ou nunca foi ouvido antes,
algo desconhecido até o momento de ser revelado. Esta palavra é usada 40 vezes
no Novo Testamento.
B. A segunda é νέος – néos
e é usada para se referir a algo que é novo como uma roupa nova, ou fresco como
um alimento, ou jovem quando se refere a uma pessoa. Esta palavra é usada 28
vezes no Novo Testamento.
C. Mas o grego tem uma terceira palavra ainda que é: παλάιος – paláios e esta palavra é usada para negar a qualidade de novo
e classificar algo como sendo velho ou anterior ou à beira da extinção. Esta
palavra é usada 19 vezes no Novo Testamento.
II. Pela quantidade de referências mencionadas acima não é
difícil perceber que o Novo Testamento fala um bocado acerca do conceito de “Novidade”.
A.
Aqui surge um problema:
- Nós não gostamos de novidades.
- Nós gostamos daquilo que é tradicional. Daquilo que nos faz sentir confortável.
- Nós gostamos tanto daquilo que é tradicional que sempre que podemos, carimbamos nossas tradições humanas com o selo de Deus e afrontamos a Deus dizendo que foi ele quem inventou nossas tradições.
- Quando alguém se levanta contra nossas tradições dizemos que a pessoa se levantou contra Deus.
- O Irmão Ricardo Quadros Gouvêa escreveu: o protestantismo tornou-se hoje uma tradição religiosa pesada, clericalizada, institucionalizada, sistematizada, e o ensino da palavra de Deus acaba muitas vezes perdido sob o entulho dos anos de reflexão escolástica, do ensino pragmático, do sensorialismo tolo, da pseudo-ortodoxia desespiritualizada e da prática ritualista. Hoje o protestantismo tornou-se tão tradicionalista quanto a igreja católica, e às vezes ouço alguém comentar que é quase como se fosse necessária uma nova reforma protestante.
B. Mas independentemente do que citamos acima e quer
gostemos ou não, o Novo Testamento está cheio deste conceito de novidade, cheio
de cheiro de coisa nova!
- Conforme já mencionamos existem no Novo Testamento 87 versículos que tratam desta questão de novidade. É um bocado de versículos para qualquer assunto e não podemos deixar que nos passem despercebidos.
Começando com Marcos 1:27 — primeira referência por
ordem de antiguidade no NT — até Apocalipse 21:5, que a última referência
bíblica a tratar deste conceito de novidade o texto bíblico respira “novidade”.
III. Uma das verdades mais interessantes é que toda a
novidade mencionada no Novo Testamento tem início com Jesus.
A. A Bíblia nos diz que Deus enviou seu filho no tempo
certo:
- Gálatas 4:4 — Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.
- Efésios 1:10 — De fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra.
B. Porque aquele tempo foi chamado de “a plenitude do
tempo”, ou seja, o tempo certo?
1.
A língua e a cultura grega. Alexandre, o grande
da Macedônia e sua cultura imperialista haviam transformado o mundo em algo
globalizado onde, praticamente, todos os povo falavam o mesmo idioma e tinham
os mesmos costumes.
2. A Pax e a infra-estrutura dos Romanos que mantinha
uma calma relativa e oferecia condições de viagens mais seguras.
3. Os judeus espalhados por toda a bacia do Mar
Mediterrâneo – comparar Atos 2:8—11.
4. O tempo determinado por Deus para cumprir as
promessas feitas no Antigo Testamento. O tempo para transformar em coisas
concretas as sombras do passado – ver Colossenses 2:16—17; Hebreus 10:1—4.
IV. O motivo maior porque Jesus veio: Salvar pecadores
e conduzi-los a uma nova vida.
- Mateus 1:21 — Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.
- Marcos 10:45 — Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
- Lucas 19:10 — Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.
- João 1:29 — No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
- Romanos 6:4 — Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
- Romanos 7:6 — Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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