Esse é um estudo acerca da Criação e do Deus responsável pela mesma. Devido sua extensão, o mesmo está desmembrado em três partes. No final dessa parte — parte 1 — você irá encontrar um link para prosseguir para a parte 2 e parte 3 dessa série.
No princípio, criou Deus os céus e a terra - Gênesis 1:1.
Tendo o SENHOR descido na nuvem, ali esteve junto dele e proclamou o nome do SENHOR. E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração! E, imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou – Êxodo 34:5 – 8.
Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento? Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto. Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo. Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? – Isaías 40:13 – 18.
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos – Romanos 1:18 – 22.
Introdução
O ano de 2007 viu o advento de inúmeras obras, pretensamente científicas, cuja única motivação visava, como se isto fosse possível, destronar Deus. Autores como Richard Dawkins, Sam Harris, Matt Ridley e outros surgiram no horizonte como verdadeiros doidivanas pretendendo que Deus não existe ou, se existe, não passa de uma força impessoal. Dentre estes autores o mais festejado foi certamente o inglês Richard Dawkins, autor entre outros títulos, dos campeões de venda: The God Delusion, The Selfish Gene – estes dois disponíveis também em português – e The Blind Watchmaker.
I. Richard Dawkins.
Richard Dawkins ocupa a cadeira de Professor Charles Simonyi que versa sobre a “Compreensão Publica da Ciência” na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Apesar de ser biólogo por formação, Richard Dawkins ocupa seu tempo não com as ciências biológicas e sim com questões políticas – como o curso que leciona em Oxford - e especulações filosóficas acerca da existência ou não de Deus – através de seus livros.
Apesar de gostar de posar de cientista – afinal de contas ele é biólogo – e de ser aclamado como “cientista” pela imprensa ignara em geral, seus escritos não expressam a opinião de um cientista e nem estão baseados em fatos científicos. Seus escritos não passam de teorias, na sua maioria patéticas, que estão muito longe de refletir o atual estágio das ciências biológicas, físicas e astronômicas.
Richard Dawkins acredita que, por ser “quase ateu”, que pertence a uma elite da raça humana. Uma elite composta de pensadores, daqueles que não se deixam iludir pelas falsas afirmações religiosas, especialmente aquelas que dizem respeito a um Deus pessoal e Criador Todo Poderoso, como ensinado nas páginas da Bíblia Sagrada. Eu disse que Dawkins é “quase ateu” porque percebo que ele ainda tem profundas dúvidas acerca deste assunto como podemos claramente perceber em seus livros.
Em seu último livro intitulado “The God Delusion”, Richard Dawkins procura atacar a existência de Deus como ensinada nas religiões em geral. Mesmo que seu objetivo explícito não seja o Deus da Bíblia é desta maneira que este autor interpreta a intenção de Dawkins. Quando encarados desta maneira e comparados com o verdadeiro ensinamento contido na Bíblia, percebemos que os argumentos de Dawkins são risíveis. Entre estes argumentos alegando que Deus não existe ou, se existe, ele não pode ser um Deus pessoal, ele cita uma passagem de um livro de Carl Sagan – Pale Blue Dot – que diz:
Como é possível que dificilmente qualquer uma entre as maiores religiões existentes tenha olhado para a ciência e concluído: “Isto é realmente bem melhor do que imaginávamos. O Universo é muito maior do que do que nossos profetas nos ensinaram, mais grandioso, mais sutil, mais elegante?” Em vez disso eles dizem: “Não, não, não! Meu deus é um deus pequenino e eu quero que ele permaneça assim”. Qualquer religião, antiga ou moderna, que tenha ensinado a magnificência do universo como revelada pela ciência moderna poderá avançar para expressões de reverência e assombro que são raramente experimentadas pele fé convencional.
Fico admirado que o tão grande pensador, Richard Dawkins, engula este tipo de lixo sem sequer piscar. Uma análise desapaixonada da frase acima ira revelar o seguinte:
• O fato de que nós, cristãos, não olhamos para a ciência e concluímos que: “Isto é realmente bem melhor do que imaginávamos” deve-se a um único e simples motivo: é porque não é realmente melhor do que imaginávamos.
• Infelizmente, para Carl Sagan, o universo não é nem maior, nem mais grandioso, nem mais sutil, nem mais elegante do que nos ensinaram nossos profetas. Para citar apenas um deles e deixar claro que os profetas bíblicos recebiam verdadeiras revelações de Deus, basta o que segue:
Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar. Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam – Isaías 40:26 - 31.
• Não temos espaço para um Deus pequeno porque como o homem mais sábio que já existiu disse:
Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei – 2 Reis 8:27.
• Note como Carl Sagan deseja conceder à ciência um caráter “divino” ao usar a expressão “revelada”. Sua tentativa absurda visa substituir o Deus Criador pela ciência humana. Richard Dawkins gosta desta mesma idéia e se empenha com todo afinco para fazê-la triunfar.
• Como iremos ver mais adiante, Carl Sagan defendia sob o título pretenso de “ciência” algo que não passava da mais grossa manifestação e do mais puro e básico panteísmo.
Richard Dawkins, ao citar Carl Sagan, sem manifestar nenhum tipo de espírito crítico comete um erro antigo e já há muitos séculos anotado pelo próprio Senhor Jesus quando disse: Vocês estão errados porque não conhecem nem as Escrituras nem o poder de Deus – ver Marcos 12:24.
Outro argumento utilizado pelo professor Dawkins é a crença afirmada por Albert Einstein de que ele, Einstein, acreditava na “existência de uma força criadora superior, mas que não podia, em hipótese nenhuma, ser confundida com um Deus pessoal”.
Ora, meu caro leitor, Albert Einstein tem todo o direito de expressar suas opiniões e convicções. Opinião é como nariz, todo mundo tem direito de ter o seu próprio. Isto já seria suficiente para deixarmos de lado esta conversa. Mas, Richard Dawkins, sendo um homem astuto decide manipular a figura mítica de Albert Einstein para seu próprio benefício. As idéias acerca de Albert Einstein, que beiram às raias da idolatria, chegam ao absurdo de considerá-lo, entre outras coisas, como o maior indivíduo da história da humanidade.
É em cima desta idolatria cega e ignorante que Richard Dawkins tenta capitalizar. Ora, como cristãos, sabemos que ídolos existem apenas para serem destruídos. Todas as biografias de Einstein procurar elevá-lo a uma posição de quase-divino. A imprensa segue, em geral, esta postura. Mas felizmente registros não tão nobres acerca de Albert Einstein também foram registrados. Em primeiro lugar precisamos registrar que o homem que não acreditava na existência de um Deus pessoal, fugiu, de maneira covarde, de seu país de origem indo procurar abrigo entre as pernas do poderoso Tio Sam, do outro lado do Oceano Atlântico. É curioso, mas Einstein conseguiu realizar o sonho dourado de praticamente todos os habitantes da periferia do Planeta Terra: mudar-se para os Estados Unidos da América e adquirir a cidadania estadunidense. Sim, Einstein não deixou por menos, já que estava por lá mesmo, o melhor era tornar-se cidadão. Mas isto não o mais grave. Em segundo lugar, nosso malfadado cientista ajudou a desenvolver e explodir as duas bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Nagasaki e Hiroshima, tornando-se diretamente responsável pela morte de cerca de 120 mil japoneses – homens, mulheres e crianças civis - no impacto. O número de mortos não representa uma estimativa confiável já que foi produzida pelos que venceram a guerra. Independente de quantos morreram com o impacto existe outro número maior ainda do que este, que pereceram nas décadas que se seguiram devido à contaminação radioativa. Albert Einstein não merece ser citado entre os personagens relevantes da história da humanidade. Merecia sim, ser levado ao Tribunal Internacional em Haia onde deveria responder por crimes contra a humanidade, juntamente com todos os outros assassinos que participaram daqueles deploráveis eventos. Fora isto, o Sr. Albert Einstein tem todo o direito de expressar suas opiniões. Mas que fique bem claro, suas opiniões, apesar de endeusadas pela mídia e pelo professor de Oxford valem tanto quanto as opiniões de qualquer freqüentador de postos de gasolina de beira de estrada. Em tempos recentes a atenção deste autor foi chamada para o fato de que a famosa teoria de Einstein – Teoria da Relatividade – começa a ser contestada como não aplicável ao todo do universo como conhecido atualmente.
Em substituição à vaga aberta pela deposição de Albert Einstein este autor propõe, humildemente, o nome do Dr. George Nicolas Papanicolaou que, com a descoberta de um simples exame anual salva a vida de centenas de milhares de mulheres ao redor do mundo que, de outra maneira, acabariam por perecer vítimas do câncer do colo do útero. É triste, mas é verdade: a raça humana caída prefere endeusar assassinos em vez de honrar aqueles que se empenham em salvar vidas.
Como ficou bem evidenciado acima, os argumentos do professor Dawkins são pífios e facilmente rebatidos. Mas rebater Dawkins é apenas parte do nosso propósito. O autor gostaria de contrapor os ensinamentos da Bíblia como amparados pela verdadeira ciência, aos argumentos quase-ateus e panteístas como defendidos por estes pretensos cientistas como Richard Dawkins e Carl Sagan. O autor espera demonstrar que estes indivíduos, que se consideram os campeões da “ciência” não passam realmente de pessoas cheias dos piores tipos de superstições e preconceitos.
Antes de prosseguir, com a discussão em si mesma, vejamos os modelos existentes atualmente e que englobam tanto Dawkins e Sagan bem como o autor destas linhas.
II. Modelos e Teorias de Como Chegamos Até Aqui.
De todas as divisões do Livro do Gênesis aquela acerca da qual temos menos informações e que menos compreendemos é certamente a que trata da Criação como efetuada por Deus e como descrita em Gênesis 1:1 até 2:25. A Criação ex-nihilo, ou seja, absolutamente do nada, é realmente um mistério que têm desafiado os seres humanos desde o princípio. Durante milênios os homens têm especulado acerca da Criação. Querem entender e o que é pior, querem explicar, como foi o processo que culminou neste Universo, neste planeta, nesta vida humana sobre a terra. A seguir vamos alistar os modelos acerca da origem de todas as coisas mais comuns que existem nos dias de hoje. Estes modelos procuram explicar como Deus criou ou não criou todas as coisas. Meus agradecimentos ao professor Gary Chiang da Redeemer University College de Ancaster, na província de Ontário no Canadá, por gentilmente prover, em parte, o formato organizacional do material a seguir.
Quando se trata de classificar os diversos modelos acerca da criação, os mesmos podem ser ajuntados em 5 grupos fundamentais. Estes modelos podem então ser descritos da seguinte maneira:
A. Evolucionismo Ateísta – também chamado de Evolucionismo Natural.
De acordo com este modelo o Universo e todas as leis físicas que encontramos em funcionamento foram criadas, meramente pelo acaso durante o chamado “Big Bang” que teria ocorrido de 15 a 20 bilhões de anos. Para que não sejamos enganados é necessário entendermos como o Dicionário Aurélio Século XXI define o termo “acaso”. Acaso: é o conjunto de causas imprevisíveis e independentes entre si, que não se prendem a um encadeamento lógico ou racional, e que determinam um acontecimento qualquer. Nós, os seres humanos, existimos através de um complicado processo aleatório – este processo é dependente de fatores incertos, sujeitos ao acaso; casual, fortuito, acidental – e que é pomposamente chamado de “evolução”. Para acomodar as possibilidades de as coisas darem “certo” é necessário tempo, muito tempo. Daí a figura astronômica apontada acima. Dentro deste modelo devemos nossa presença aqui ao total acaso. A religião é apenas um desenvolvimento natural dentro do processo “progressivo” da evolução. De acordo com este modelo nós cessamos de existir quando morremos.
Entre os defensores destas idéias podemos encontrar o romancista Isaac Assimov, o astrônomo Carl Sagan, o físico Stephen Hawking, o paleontólogo Stephen Jay Gould e Richard Dawkins.
B. Evolucionismo Deísta.
De acordo com este modelo uma força sobrenatural causou o “Big Bang” e estabeleceu todas as leis físicas em funcionamento. Esta mesma força sobrenatural, todavia, não está mais envolvida de nenhuma maneira com o que acontece no dia-a-dia do Universo. Neste modelo os seres humanos também chegaram a existir através do mesmo complicado processo aleatório chamado de “evolução”. Apesar de aceitar a existência de uma força sobrenatural no início de tudo, os Evolucionistas Deístas acreditam que o ser humano está aqui como fruto meramente do acaso.
Pessoas que acreditam no modelo acima incluem o naturalista inglês Charles Darwin e o físico alemão Albert Einstein.
C. Evolucionismo Teísta.
De acordo com este modelo Deus é a força sobrenatural que criou o “Big Bang” e quem estabeleceu todas as leis da física que permitem que a evolução aconteça de forma lógica e coordenada. Dentro deste modelo, Deus usou o processo evolutivo para criar tanto o ambiente ideal quanto o meio ideal para implantar a alma humana. Quando o tempo certo chegou para – adam - adão – homem - aparecer, Deus então tomou um ser que havia evoluído até o estágio de pré-homem e deu a este ser um espírito e/ou uma alma visando criar o homem à imagem e semelhança de Deus. Este modelo dá ao evolucionista um propósito e por este motivo difere do Evolucionismo Deísta.
Entre os que acreditam neste modelo vamos encontrar inúmeros luminares do presbiterianismo tais como Benjamim B. Warfield, James Orr, Charles Ingersol Scofield que foi o fundador do Seminário Teológico de Dallas no Texas e o primeiro editor da assim chamada “Bíblia de Scofield” e Howard Van Till. A Igreja Católica Romana também esposa este modelo.
D. Terra Antiga e Criacionismo.
Esta categoria descreve os modelos que procuram acomodar a crença em um planeta terra bastante antigo com a crença de que Deus criou todas as coisas mais ou menos como estão descritas em Gênesis 1. Em todos os modelos desta categoria, o Gênesis é interpretado de maneira a prover os milhões de anos necessários para acomodar as formulações pertinentes aos registros fósseis. Existem duas sub-categorias dentro deste item de Terra Antiga e Criacionismo.
D1. O Modelo do Intervalo.
Este modelo defende a idéia de que existe um intervalo de tempo bastante considerável entre o que está descrito em Gênesis 1:1 e Gênesis 1:2. De acordo com este modelo o Universo criado muito antes dos seis dias da criação descritos no capítulo 1 do Gênesis, tornou-se por algum motivo – muita especulação neste detalhe – “sem forma e vazio”. Na semana da criação descrita em Gênesis 1, Deus teria então re-criado a terra visando que a mesma fosse habitada por seres humanos. Alguns proponentes do Modelo do Intervalo acreditam que o surgimento dos registros fósseis aconteceu antes da re-criação da terra e com isto não acreditam que o dilúvio teve dimensões mundiais i.e. que as águas do dilúvio tenha coberto toda a terra. Este modelo foi primeiramente proposto pelo geologistas Thomas Chalmers e Henry Miller e é também citado como o Modelo da Ruína e da Reconstrução.
Além dos dois renomados geologistas mencionados acima podemos citar entre os postulantes deste modelo o escritores cristãos G. W. Pember autor do livro “As Eras Mais Remotas da Terra” cuja primeira parte se encontra disponível em português e o Dr. Arthur Custance que escreveu uma extensa obra tratando dos onze primeiros capítulos do Gênesis. Pember que escreveu seu livro em 1884 é mais especulativo ao passo que Custance, que produziu sua obra na segunda metade do século XX, é mais objetivo nas suas assertivas. Ao ler as obras de Arthur Custance é muito difícil não concordar com ele. Mas como de resto na história da humanidade ele não chega a ser unanimidade.
D2. O Modelo do Dia/Era.
De acordo com os proponentes deste modelo os dias da criação mencionados no livro do Gênesis não descrevem dias literais de 24 horas e sim longos períodos ou eras. Para eles a cada novo período ou era da criação Deus foi aumentando a complexidade dos seres vivos ao mesmo passo que acomodava a terra para receber estas novas formas de vida mais sofisticadas. As maiores variações na interpretação deste modelo acontecem em função de se determinar quanto das mudanças apresentadas pelos registros fósseis são atribuídas à ação direta de Deus nestes registros e quanto é atribuído a uma Evolução Criacionista. Alguns proponentes deste modelo acreditam que estamos agora mesmo vivendo o sétimo dia ou era.
Inúmeros teólogos contemporâneos aceitam este modelo. Entre estes podemos citar alguns que possuem obras publicadas em português: Bernard Ramm, Kenneth Taylor autor da paráfrase bíblica conhecida como “A Bíblia Viva”, James Montgomery Boice que foi por muitos anos pastor da 10ª Igreja Presbiteriana na cidade da Philadelphia na Pensilvânia e que possui muitos de seus livros traduzidos para o português por várias editoras e Gleason Archer autor da importante obra intitulada “Merece Confiança o Antigo Testamento”?.
E. O Modelo da Terra Jovem ou Criacionismo Recente ou ainda Criacionismo Científico.
Neste modelo Deus criou todo o universo e tudo o que nele existe em seis dias literais de 24 horas cada um. Dentro deste modelo a criação teria acontecido entre 10.000 e 15.000 anos atrás. Deus criou todas as coisas com a aparência que elas têm. Desta maneira algumas coisas possuem uma aparência de “mais recente” enquanto outras têm aparência de “mais antiga”. Este modelo está em total desacordo com os métodos modernos de datação para qualquer coisa que vá além de 12.000 anos. Mas está em pleno acordo com uma leitura literal do livro do Gênesis.
Entre os defensores deste modelo podemos encontrar o Dr. Henry M. Moris e todos aqueles associados ao Instituto de Pesquisas da Criação bem como da Sociedade para Pesquisas da Criação.
F. Os Seis dias da Criação.
De acordo com o livro do Gênesis, Deus criou em seis dias o mundo e tudo o que neles existe. Após ter criado todas as coisas o veredicto de Deus foi que: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom – Gênesis 1:31”. Assim o Criador descansou no sétimo-dia – ver Gênesis 2:1 – 3.
Embora existam outras histórias da criação entre as nações pagãs do mundo antigo, a narrativa bíblica é única no sentido de que Deus existia antes da criação e que Ele criou todo o mundo físico a partir do nada – ver Gênesis 1:1 – 2 e João 1:2 – 3. Entre as nações pagãs, especialmente entre os babilônios havia a crença de que o Universo era eterno e que o Universo havia criado os deuses!
O Gênesis fala de um Deus que é superior ao Universo e a qualquer outra coisa que exista no mundo físico. A Bíblia é bem clara: No Princípio Deus – Gênesis 1:1.
Deus começou organizando uma terra sem forma e vazia – Gênesis 1:2 –, provendo luz – Gênesis 1:3 – 5 – e separando a terra da água – Gênesis 1:6 – 10. Segui-se a criação das plantas e dos animais, incluindo as criaturas do mar, ar e terra – Gênesis 1:11 – 25. O Homem e a mulher foram criados no sexto dia – Gênesis 1:26 – 28 -, antes do descanso sabático do criador. Conforme já mencionamos, os estudiosos discordam quanto à duração e o caráter dos seis dias da criação. Existem bons argumentos nos dois campos representados pelos criacionistas – aqueles que acreditam que a criação é obra de Deus. De um lado nós vamos encontrar aqueles que crêem que os dias mencionados em Gênesis 1 são literalmente dias de 24 horas iguais aos que nós conhecemos. Outros crêem que os dias mencionados em Gênesis 1 representam períodos ou eras de duração indeterminada. Outros ainda, preferem não entrar no mérito do tempo e interpretar a descrição encontrada no primeiro capítulo do Gênesis apenas como uma “estrutura literária” como a tabela apresentada na página 7 intitulada “A Criação”. O importante nesta questão não é a duração dos dias mencionados em Gênesis 1 e sim o fato de que Deus é o criador, do Universo em geral e da terra em particular, como parte de um plano magistral. O mundo não evoluiu simplesmente a partir de si próprio ou por acidente.
O ser humano criado como homem e mulher é a suprema realização da obra criadora de Deus – ver Salmos 8:5. Como seres morais livres e que trazem em si mesmos a imagem de Deus, receberam o domínio sobre o mundo criado – ver Gênesis 1:26 – 28. Entre todas as criaturas do mundo, somente os seres humanos estão perfeitamente equipados para manter plena comunhão com o criador.
A parte 2 desse Estudo poderá ser encontrada nesse link:
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2012/07/o-deus-criador-e-desilucao-de-richard_30.html
A parte 3 desse Estudo poderá ser encontrada nesse link:
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2012/07/o-deus-criador-e-desilucao-de-richard_5849.html
Que Deus abençoe a todos
Alexandros Meimaridis
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