sexta-feira, 12 de outubro de 2012

APARECIDA – PADROEIRA DO BRASIL?



Resultado de imagem para aparecida

ATENÇÃO TODO O MATERIAL ABAIXO É PROPRIEDADE DA REVISTA “DEFESA DA FÉ” E ESTÁ SENDO REPUBLICADO AQUI NA ÍNTEGRA, CONFORME O ORIGINAL.

“Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Isaías 42.8 - ACF).

O Padre Júlio J. Brustoloni, missionário redentorista, no seu livro História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida — A Imagem, o Santuário e as Romarias - p. 115, após achar que a imagem é motivo de contradição para muitos crentes (protestantes , evangélicos , especialmente Pentecostais ), diz: “O mais grave não é negar o culto à imagem de Nossa Senhora Aparecida, mas sim não aceitar o papel de Maria no plano de salvação estabelecido por Deus . Eles aceitam que o seu Filho nasceu de uma mulher, Maria, mas não reconhecem o culto devido àquela Mulher que esmagou com sua descendência a cabeça do demônio , e que , por vontade de Deus, foi colocada em nosso caminho de salvação para interceder por nós.” 

Com um único versículo da Bíblia, provavelmente muito conhecido pelo padre, sua teoria é desmontada:

“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4.10b).  

Além do mais, não acreditamos que aquela imagem de barro, intitulada Nossa Senhora da Conceição Aparecida, seja um retrato de Maria, mãe do Senhor Jesus Cristo, conforme nos revela a Bíblia Sagrada. São declarações como as do padre Júlio J. Brustoloni, ou o espantoso livro de Santo Afonso de Ligório "As Glórias de Maria", que transferem, sem a menor cerimônia, todos os atributos e honras que pertencem exclusivamente ao Senhor Jesus, para Maria ou a tentativa malabarista da CNBB com o livreto "Com Maria, Rumo ao Novo Milênio" - uma forçosa tentativa de justificar o culto mariano, é que nos faz pronunciar, mostrando um outro caminho, aquele da Bíblia, sem retórica ou esforço, um caminho cândido, sereno e verdadeiro, com todo respeito e amor aos católicos romanos, que todo cristão deveria ter, apresentando-se firmes no tocante a sã doutrina cf. (2 Timóteo 4.1-5). 

Trata-se de uma pequena imagem de barro, medindo 39 centímetros e pesando aproximadamente 4,5 kg, sem o manto e a coroa, que foram acrescentados. Os registros dos Padres Jesuítas de 15 de janeiro de 1750, dizem que , aquela imagem foi moldada em barro, de cor azul escuro; é afamada por causa dos muitos milagres realizados. Dr. Pedro de Oliveira Neto, que estudou a imagem, apresentando o resultado em 13 de abril de 1967, afirma, em contrapartida: 

“A imagem encontrada pelos pescadores junto ao Porto de ltaguaçu, e que hoje se venera na Basílica Nacional, é de barro cinza claro, como constatei, barro que se vê claramente em recente esfola-dura no cabelo”.

A mesma conclusão chegaram os artistas do MASP — Museu de Artes de São Paulo - em 1978, declarando:

“Constatamos pelos fragmentos da Imagem em terracota , que ela é da primeira metade do século XV!!, de artista seguramente paulista , tanto pela cor como pela qualidade do barro empregado e, também , pela própria feitura da escultura . Essa pequena imagem feita de barro representa Maria para o catolicismo romano.” 

Segundo o Dr. Pedro de Oliveira Neto, a imagem de barro foi feita por um discípulo do Frei Agostinho da Piedade: “A Imagem de Nossa Senhora Aparecida é paulista, de arte erudita, feita provavelmente na primeira metade de 1600, por discípulo, mas não pelo próprio mestre, do beneditino Frei Agostinho da Piedade. Os estudiosos, observando o estilo da imagem, concluíram que o autor da imagem foi o Frei Agostinho de Jesus, sendo provavelmente esculpida em 1650, no mosteiro beneditino de Santana de Parnaíba – SP”. 

Apresentaremos algumas hipóteses razoáveis, embora nunca tenhamos a certeza do fato. Nossa análise levará em consideração apenas as possibilidades culturais, religiosas e históricas. O livro de Gilberto Aparecido Angelozzi, Aparecida a Senhora dos Esquecidos, Editora Vozes; Capítulo III — p. 55-66, expõe alguns possíveis motivos sobre o assunto em questão. 

Partindo do princípio de que realmente os pescadores acharam a imagem da Conceição Aparecida no rio, podemos então desenvolver as seguintes idéias: 

A Teoria de que a Imagem foi Trazida pelos Colonizadores Brancos

• Por famílias que se instalaram no vale do Paraíba; pelos bandeirantes, pois eles carregavam imagens de Maria por onde quer que passassem;

• Pelos missionários carmelitas , franciscanos e jesuítas que passaram por aquela região ; por algum comerciante ou vendedor ambulante e ter sido quebrada em sua bagagem ; poderia fazer parte de um oratório familiar e, ao ter sido quebrado o pescoço da imagem, ter sido lançada ao rio 

A Teoria de que a Imagem foi Lançada no Rio por Escravos Negros

Algum escravo negro, devido ao sincretismo religioso, poderia associar a imagem à de algum orixá, especialmente aos que estão associados às águas; poderia ter lançado a imagem nas águas como um oferecimento a algum orixá, fazendo pedidos relacionados à saúde: engravidar, gravidez de risco, proteção à criança etc.; poderia ter sido lançado nas águas para se obter riquezas, ouro, dinheiro, pedras preciosas etc.

A Teoria das Lendas Indígenas

Uma lenda indígena relata que eles criam na grande cobra que habitava nos rios: a Cobra Norato. Durante o dia era uma terrível cobra e à noite era um jovem que dançava com as moças. Algum padre teria lançado a imagem para proteger os índios. 

Outra lenda diz que, na cidade de Jacareí, apareceu uma grande cobra e alguém a enfrentou lançando a imagem da Imaculada Conceição ao rio, fazendo com que a cobra fugisse. 

A teoria oficial da Igreja Católica Romana.

O catolicismo romano possui duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (1 Livro do Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma (Annuae Litterae Provinciae Brasilíanae, anni 1748 et 1749).
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A narrativa diz basicamente que: no ano de 1719, os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso lançavam suas redes no Porto de José Corrêa Leite, prosseguindo até o Porto de ltaguaçu. Lançando João Alves a sua rede de rastro neste porto, tirou o corpo da Senhora, sem cabeça. Lançando mais abaixo outra vez a rede, conseguiu trazer a cabeça da mesma Senhora. Não tinham até aquele momento apanhado peixe algum. A partir de então, fizeram uma copiosa pescaria que encheu as canoas de peixes. Após esse milagre, surgiram outros relacionados à imagem. 

A Explicação do Dr. Aníbal Pereira dos Reis

Segundo o Dr. Aníbal Pereira dos Reis ex-sacerdote, ordenado em 1949, formado em Teologia e Ciências Jurídicas pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo, em seu livro A Senhora Aparecida, Edições Caminho de Damasco Ltda, SP, 1988; trata-se de uma grande armação do padre José Alves Vilela, pároco da matriz local. Segundo suas investigações, foi o padre José Alves Vilela quem colocou a imagem no rio e iniciou planejadamente a divulgação dos supostos milagres, além de estar manipulando todo tempo a imagem e divulgando seus supostos milagres.

Pequena Cronologia da Imagem

1717 — Pescadores apanharam no rio a Imagem da Conceição Aparecida.

1745-1903 — A festa principal da Conceição Aparecida é celebrada em 08 de dezembro.

1888 — No dia 06 de novembro, a princesa Isabel visita pela segunda vez a basílica e deixa como ex-voto uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis.

1929 — Celebração dos 25 anos da Coroação de Maria em um Congresso Mariano.

1930 — No dia 16 de julho, o Papa Pio XI assina o decreto, declarando Conceição Aparecida a Padroeira do Brasil.

1931 — No dia 31 de maio, a imagem de barro da Conceição Aparecida é declarada, oficialmente, na Capital Federal a Padroeira do Brasil. Getúlio Dornelles Vargas, era o presidente naquela época.
Segundo o padre Júlio J. Brustoloni, Na Esplanada do Castelo, outra multidão aguardava a chegada da Imagem Milagrosa. No grande estrado, junto do altar da Padroeira, encontravam-se o Presidente da República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas, Ministros de Estado, membros do Corpo Diplomático credenciados junto do nosso governo, e outras autoridades civis, militares e eclesiásticas. O Sr. Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masella, estava ao lado do Presidente e sua família. Na Esplanada, a Imagem percorreu as diversas quadras para que o povo pudesse vê-la de perto, e, ao chegar ao altar, Dom Leme deu-a a beijar ao Presidente e sua família. Um silêncio profundo invadiu a Esplanada , quando a Imagem foi colocada no altar. Após o discurso de saudação, Dom Leme iniciou o solene ato da proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. Segundo relata o padre Júlio, após a cerimônia, o povo católico romano gritou: “Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente. Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, o Brasil em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama, Salve Rainha!”

O QUE É IDOLATRIA ?

Vejamos algumas definições: Ídolo. S.m. 1. Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa. 2. Objeto no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado. 3. Fig. Pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo. Idólatra. Adj. 2 g. 1. Respeitante à, ou próprio da idolatria. 2. Que adora ídolos. 3. Idolátrico s. 2 g. 4. Pessoa que adora ídolos; Idolatrar.  Ver também: 1. Prestar idolatria (1) a: amar com idolatria (1); adorar, venerar. 2. Amar com idolatria (2), com excesso, cegamente. Int. 3. adorar ídolos; praticar a idolatria (1). Idolatria. SE. 1. Culto prestado a ídolos. 2. Amor ou paixão exagerada, excessiva. Idolatria 1. Essa palavra vem do grego, eídolon, ídolo, e latreúein, adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato  pode indicar veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição etc..., que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos.

O culto à imagem esculpida, deuses de fundição, imagem de escultura, estátua, figura de pedra, imagens sagradas ou ídolos é idolatria e profanam a ordem divina

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás” (Êxodo 20.4-5a - ACF).                                                                        

Não vos virareis para os ídolos nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o SENHOR vosso Deus” (Levítico 19.4 - ACF).

Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o SENHOR vosso Deus” (Levótico 26.1 - ACF).

Confundidos sejam todos os que servem imagens de escultura, que se gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele todos os deuses” (Salmos 97.7 - ACF).

Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam. Israel confia no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo” (Salmos 115.4-9 - ACF).

Os ídolos dos gentios são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, e não vêem, Têm ouvidos, mas não ouvem, nem há respiro algum nas suas bocas. Semelhantes a eles se tornem os que os fazem, e todos os que confiam neles” (Salmos 135.15-18 - ACF).

Também a sua terra está cheia de ídolos; inclinam-se perante a obra das suas mãos, diante daquilo que fabricaram os seus dedos. E o povo se abate, e os nobres se humilham; portanto não lhes perdoarás” (Isaías 2.8-9 - ACF).

“... Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4.10; Lucas 4.8 - ACF).

O principal de todos os mandamentos é:

“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Marcos 12.29-30; Mateus 22.37 - ACF).

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4.23-24 - ACF).

“E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (Atos 17.16 - ACF).

“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6.9-11; Efésios 5.5 - ACF).

“Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar” (1 Coríntios 10.7 - ACF).

“E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente...” (2 Coríntios 6.16 - ACF).

“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5.19-21 - ACF).

“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém” (1João 5.21 - ACF).

“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” (Apocalipse 21.8 - ACF).

“Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”(Apocalipse 22.15 – ACF).

Deus proibiu ao seu povo a confecção e o culto a imagens, estátuas etc..., visto que os povos pagãos atribuíam a esses artefatos de barro, madeira ou outro material corruptível, um caráter religioso. Acreditavam, além do mais, que a divindade se fazia presente por meio dessa prática. O Deus Todo-Poderoso ensinou seu povo a não cultuar imagens. Sua palavra era tão poderosa no coração do seu povo, que, embora muitos homens santos, profetas e sacerdotes, homens exemplares, com todas as virtudes para serem canonizados (os heróis da Bíblia), não foram pretextos para serem adorados ou cultuados, nem fizeram suas imagens e nem lhes prestaram culto. Deus proibiu seu povo de fabricar imagens de escultura, de fundir imagens para cultuá-las (Êxodo 20.23 e 34.17).

Algumas imagens que Deus mandou fazer não tinham por objetivo elevar a piedade de Israel e nem serviam de modelo para reflexão ou conduta. Eram apenas símbolos decorativos e representativos. Deus mandou fazer a Arca da Aliança; mandou fazer figuras de querubins no Tabernáculo e no Templo, entre outros utensílios (1 Reis 6.23-29; 1 Crônicas 22.8-13; 1 Reis 7.23-26), além de outros ornamentos (1 Reis 7.23-28). Essas figuras, porém, jamais foram adoradas ou veneradas, ou vistas como objeto de culto. Se os filhos de Israel tivessem adorado, cultuado ou venerado esses objetos, sem dúvida, Deus mandaria destruí-los. Foi isso o que aconteceu com a serpente de bronze, levantada por Moisés no deserto, quando se tornou objeto de culto - cf. 2 Reis 18.4.

Quando analisamos esta questão na história da nação de Israel, o povo que recebeu os mandamentos de Deus e a preocupação dos judeus religiosos em manter-se fiéis, podemos entender que, apesar do Antigo Testamento proibir a confecção de imagens relativamente, no entanto a adoração ou culto a imagens era absolutamente proibido: Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto (Êxodo 20.4b).

Em algumas sinagogas do século III e até hoje encontramos pinturas de heróis da fé em seus vitrais etc., jamais, entretanto, veremos judeus orando, cultuando ou invocando Moisés, Abraão ou Ezequiel.

Não encontramos argumento algum que justifique o culto, veneração ou a fabricação de imagens no Novo Testamento.

A Bíblia mostra que Paulo sofria por ver o povo entregue a idolatria:                                                       

                                                         “E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (Atos 17.16 - ACF).

·       Paulo foi atacado pelos artífices, ourives e comerciantes de imagens:

“Porque um certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia de prata nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices, Aos quais, havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Senhores, vós bem sabeis que deste ofício temos a nossa prosperidade; E bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos. E não somente há o perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo a ser destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram. E, ouvindo-o, encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios. (Atos 19.24-28 - ACF).

O culto aos santos só começou a partir de cem anos, aproximadamente, depois da morte de Jesus, com uma tímida veneração aos mártires. A primeira oração dirigida expressamente à Mãe de Deus é a invocação Subtuum praesidium, formulada no fim do século III ou mais provavelmente no início do IV. Não podemos dizer que a veneração dos santos — e muito menos a da Mãe de Cristo — faça parte do patrimônio original. Se o culto aos santos e a Maria fosse correto, João, que escreveu o último evangelho, aproximadamente no ano 100 d.C., certamente falaria sobre o assunto e incentivaria tal prática. Ele, porém, nos adverte: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21). Na luta para justificar o culto às imagens, bem como seu uso nas Igrejas, os católicos apresentam a teoria da pedagogia divina.

D. Estevão Bettencourt resume assim a teoria:“. . . 0s cristãos foram percebendo que a proibição de fazer imagens no Antigo Testamento tinha o mesmo papel de pedagogo (condutor de crianças destinado a cumprir as suas funções e retirar-se) que a Lei de Moisés em geral tinha junto ao povo de Israel. Por isto, o uso das imagens foi-se implantando. As gerações cristãs compreenderam que , segundo o método da pedagogia divina , atualizada na Encarnação, deveriam procurar subir ao Invisível passando pelo visível que Cristo apresentou aos homens; a meditação das fases da vida de Jesus e a representação artística das mesmas se tornaram recursos com que o povo fiel procurou aproximar-se do Filho de Deus. Assim criaram a idéia de que, nas igrejas as imagens tornaram-se a Bíblia dos iletrados, dos simples e das crianças, exercendo função pedagógica de grande alcance. E o que notam alguns escritores cristãos antigos: O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente (São Gregório de Nissa, Panegírico de São Teodoro, PG 46, 73 7d). O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados (São João Damasceno, De imaginibus 117 PG 94, 1248c)”.

Levando-se em consideração que um dos objetivos da Igreja Católica Romana é ensinar a Bíblia ao povo através das imagens, especialmente aos menos alfabetizados, surge-nos algumas perguntas: Por que se faz culto a elas, se o objetivo é ensinar a Bíblia? Por que após passar dezenas de anos , com milhares de católicos alfabetizados, ainda insistem em cultuar imagem? Se realmente a imagem fosse o livro daqueles que não sabem ler, por que os católicos alfabetizados são tão devotos e apegados às imagens? Será que podemos desobedecer a Bíblia para superar uma deficiência de entendimento? Onde está a base bíblica para esta Teoria da Pedagogia Divina? Será que a encarnação do verbo poderia servir de base para se fazer imagens dos santos e cultuá-los?

A Igreja Católica Romana apresenta basicamente duas fontes para justificar o culto às imagens: a tradição e as opiniões de seus líderes. Em resumo: opinião dos homens. Citam a Bíblia quando existe alguma possibilidade de apoio às suas doutrinas. Esquecem o ensino do famoso clérigo católico romano, Padre Vieira: “As palavras de Deus pregadas no sentido em que Deus as disse, são palavras de Deus; mas pregadas no sentido em que nos queremos, não são palavras de Deus, antes podem ser palavras do demônio. A Palavra de Deus condena o culto às imagens.

Os argumentos do catolicismo romano a favor do culto às imagens fazem-nos lembrar de um rei na Bíblia, chamado Saul, que quis agradar a Deus com sua opinião, mesmo contrariando frontalmente a Palavra de Deus - cf. 1 Samuel 15.1-23. O catolicismo romano, de modo semelhante, contrariando a Bíblia, entende que a imagem é o livro daqueles que não sabem ler. O rei Saul, achava que oferecer sacrifícios era melhor, mais lógico, mais correto, mais racional. Acreditava que estava prestando um grande serviço a Deus - cf. 1 Samuel 15.20-21. Deus, no entanto, o reprovou, dizendo: “Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22).

Deus proíbe terminantemente o culto a ídolos e imagens (Êxodo 20.1-6; Levítico 26.1; Números 33.52; Deuteronômio 27.15; 2 Reis 21.11; Salmos 115.3-9; 135.15-18; Is 2.18; 41.29; Ezequiel 8.9-12; Mateus 4.11; Atos 15.20; 21.25; 2 Coríntios 6.16).

O catolicismo romano ensina o culto à imagem inventando uma teoria, contrária à Bíblia e insiste em dizer que está fazendo isso para ajudar a obra de Deus. Ainda que Saul pensasse estar prestando um serviço a Deus, como fazem aqueles que prestam culto à imagem da Conceição Aparecida, seu ato foi uma desobediência à Palavra de Deus, e isso é considerado rebelião - cf. 1 Samuel 15.21-26. A Bíblia diz: “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou.....” (1Sm 15.23).

Prezado leitor, o culto às imagens será sempre uma abominação a Deus. E a marca e a continuidade do paganismo. Cristianismo é a fé exclusiva na obra do Senhor Jesus (João 3.16; Romanos 5.8; Ef 2.8-9; 1 Timóteo 2.5; Tito 2.11). E adoração exclusiva a Deus:

... Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mateus 4.10; Lucas 4.8).

“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Marcos 12.29-30; Mateus 22.37).

 “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23-24).

ENTENDENDO A ESTRUTURA PIRAMIDAL DO CULTO DA IGREJA CATÓLICA 

  • LATRIA - ADORAÇÃO A DEUS
  • HIPERDULIA - DEVOÇÃO Á MARIA
  • DULIA - DEVOÇÃO AOS SANTOS E AOS ANJOS
A Dificuldade do Catolicismo Romano para justificar essa Teoria. 

Se os católicos romanos se limitassem a exaltar os heróis da fé, e a propô-los como modelos a ser seguidos, não haveria nenhum problema. Assim agem também os cristãos genuínos. Infelizmente, não é isso que acontece. Por mais que os líderes católicos romanos se esforcem em suas infindáveis apologias ou explicações, elas não passam de tentativas vãs e superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de três tipos de devoção: a dulia, a hiperdulia e a latria. Perguntamos: qual a diferença que pode haver entre a dulia e a hiperdulia? Qual a diferença das duas com a latria? A verdade é que os três termos se confundem. Os dois termos (dulia e hiperdulia) podem estar envolvidos com a latria e tudo se torna uma distinção que não distingue coisa alguma. As pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição Aparecida, ou de São João, ou de São Sebastião ou de Jesus sabem que estão cultuando em níveis diferentes? Para elas não seria tudo a mesma coisa?

Imagine um católico romano bem instruído que vai para o culto. Primeiramente ele pretende cultuar São João. Dobra então seus joelhos diante da imagem de São João e pratica a dulia. Depois, irá prestar culto a Maria, deixando, nesse momento, de praticar a dulia e passando a praticar a hiperdulia. Finalmente, com intenção de cultuar a Deus, ele começa a praticar a latria.

Não acreditamos que o povo católico romano saiba diferenciar a dulia, a hiperdulia e a latria, e mesmo que soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria respeitar os limites de cada uma.

Qual é a Diferença?

Adoração e Veneração. Há diferença entre adorar e prestar culto? Se prostrar-se diante de um ser, dirigir-lhe orações e ações de graça, fizer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor não for adoração, fica difícil saber o que o catolicismo romano entende por adoração. Chamar isso de veneração é subestimar a inteligência humana.

Culto aos santos.

Analisando essas práticas católicas à luz da Bíblia e da história, fica claro que são práticas pagãs. O papa Bonifácio IV, em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os santos e substituiu o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses) por um templo cristão para que as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive as de Maria. Dessa forma o culto aos santos e a Maria substituiu o culto aos deuses e as deusas do paganismo.

Maria é deusa para os católicos? Os católicos manifestam um sentimento de profunda tristeza quando afirmamos que Maria é reconhecida como deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo honestos com essa declaração, mas os fatos falam por si mesmos. O livro Glórias de Maria, publicado em mais de 80 línguas, da autoria de Afonso Maria de Ligório, canonizado do pelo Papa, atribui à Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia confere ao Senhor Jesus Cristo. Chama Maria de onipotente, além de mencionar outros atributos divinos, quando afirma:

“Sois onipotente, á Maria, visto que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis. Os pecadores só por intercessão de Maria obtém o perdão..., O mãe de Deus vossa proteção traz a imortalidade  vossa intercessão, a vida. Em vós, Senhora, tendo colocado toda a minha esperança e de vós espero minha salvação, . . . Maria é toda a esperança de nossa salvação, acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos quereis ver; pois só por vosso intermédio esperamos a salvação”.

Os querubins.

A passagem bíblica dos querubins do propiciatório da arca da aliança (Êxodo 25.18-20), advogada pelos teólogos católicos romanos, não se reveste de sustentação alguma, pois não existe na Bíblia uma passagem sequer em que um judeu esteja dirigindo suas orações aos querubins, ou depositando sua fé neles, ou lhes pagando promessas. Esse propiciatório era a figura da redenção em Cristo (Hebreus 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o uso de imagem de escultura como meio de cultuar a Deus (Êxodo 20.4-5; Deuteronômio 5.8-9). O culto aos santos e a adoração à Maria, à luz da Bíblia, não apresentam o catolicismo romano como religião cristã, mas como idolatria (1João 5.21).

Jesus disse:

“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4.10 - ACF).

O anjo disse a João: Adora a Deus (Apocalipse 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (Atos 10.25-26).

Embora a Igreja Católica Apostólica Romana tenha declarado que a imagem de barro da Conceição Aparecida seja a Padroeira e Senhora da República Federativa do Brasil, consagrando no dia 12 de outubro a esse culto estranho às Escrituras Sagradas, os cristãos evangélicos, alicerçados na autoridade da Bíblia Sagrada, declaram como Paulo:

 “E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.11 - ACF).

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Tm 2.5 - ACF).

Bibliografia:
1. Aparecida, Capital Mariana do Brasil. Autor Professor . Oswaldo Carvalho Freitas, Editora: Santuário. Aparecida-SP p.85.

2. História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Autor Júlio J. Brustoloni, Editora: Santuário. Aparecida-SP p. 20.

3.  Mesmo livro citado, p. 20-21 — nota de rodapé 5.

4.  Mesmo livro citado, p. 21 — nota de rodapé 6.

5.  Mesmo livro citado, p. 21-22.

6.  Mesmo livro citado, p. 43.

7.  Mesmo livro citado, p. 346.

8.  ldem — p. 347.

9.  Dicionário Aurélio de Holanda Ferreira .

10. Enciclopédia de Norman Champlin. São Paulo-SP. Vol 3, p. 206.

11. O Culto a Maria Hoje. Autores: Vários. Sob a direção de Wolfgang Beinert. Editora: Paulinas. São Paulo-SP p.33.

12. O mesmo livro citado. p. 33.

13. O mesmo livro citado. p. 33.

14. Diálogo Ecumênico. Autor: Estevão Bettencourt. Editora: Lúmen Caristi. Rio de Janeiro-RJ. p. 231.

15. Mesmo livro citado, p. 232.

16. Sermões. Autor: Padre Antonio Vieira. Editora: Lello & Irmãos. Porto, Portugal.

17. Atlas Histórico do Cristianismo. Autora: Andréa Dué. Editoras: Santuário / Vozes.  São Paulo-SP p.72.

18. Glórias de Maria. Autor: Afonso Maria de Ligório. Editora: Santuário. Aparecida-SP, p. 100.

19. Mesmo livro citado, p.76.

20. Mesmo livro citado, p.27.

21. Mesmo livro citado, p.l47.

Fonte: Revista Defesa da Fé

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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