ATENÇÃO TODO O MATERIAL ABAIXO É PROPRIEDADE DA REVISTA “DEFESA DA FÉ” E ESTÁ SENDO REPUBLICADO AQUI NA ÍNTEGRA, CONFORME O ORIGINAL.
“Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não
darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Isaías 42.8 - ACF).
O Padre Júlio J. Brustoloni,
missionário redentorista, no seu livro História
de Nossa Senhora da Conceição Aparecida — A Imagem, o Santuário e as Romarias
- p. 115, após achar que a imagem é motivo de contradição para muitos crentes (protestantes
, evangélicos , especialmente Pentecostais ), diz: “O mais grave não é negar o
culto à imagem de Nossa Senhora Aparecida, mas sim não aceitar o papel de Maria
no plano de salvação estabelecido por Deus . Eles aceitam que o seu Filho
nasceu de uma mulher, Maria, mas não reconhecem o culto devido àquela Mulher
que esmagou com sua descendência a cabeça do demônio , e que , por vontade de
Deus, foi colocada em nosso caminho de salvação para interceder por nós.”
Com um único versículo da Bíblia,
provavelmente muito conhecido pelo padre, sua teoria é desmontada:
“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4.10b).
Além do mais, não acreditamos que aquela
imagem de barro, intitulada Nossa Senhora da Conceição Aparecida, seja um
retrato de Maria, mãe do Senhor Jesus Cristo, conforme nos revela a Bíblia
Sagrada. São declarações como as do padre Júlio J. Brustoloni, ou o espantoso
livro de Santo Afonso de Ligório "As
Glórias de Maria", que transferem, sem a menor cerimônia, todos os
atributos e honras que pertencem exclusivamente ao Senhor Jesus, para Maria ou
a tentativa malabarista da CNBB com o livreto "Com Maria, Rumo ao Novo Milênio" - uma forçosa tentativa de
justificar o culto mariano, é que nos faz pronunciar, mostrando um outro
caminho, aquele da Bíblia, sem retórica ou esforço, um caminho cândido, sereno
e verdadeiro, com todo respeito e amor aos católicos romanos, que todo cristão
deveria ter, apresentando-se firmes no tocante a sã doutrina cf. (2 Timóteo
4.1-5).
Trata-se de uma pequena imagem de
barro, medindo 39 centímetros e pesando aproximadamente 4,5 kg, sem o manto e a
coroa, que foram acrescentados. Os registros dos Padres Jesuítas de 15 de
janeiro de 1750, dizem que , aquela imagem foi moldada em barro, de cor azul
escuro; é afamada por causa dos muitos milagres realizados. Dr. Pedro de
Oliveira Neto, que estudou a imagem, apresentando o resultado em 13 de abril de
1967, afirma, em contrapartida:
“A imagem encontrada pelos
pescadores junto ao Porto de ltaguaçu, e que hoje se venera na Basílica
Nacional, é de barro cinza claro, como constatei, barro que se vê claramente em
recente esfola-dura no cabelo”.
A mesma conclusão chegaram os
artistas do MASP — Museu de Artes de São Paulo - em 1978, declarando:
“Constatamos pelos fragmentos da
Imagem em terracota , que ela é da primeira metade do século XV!!, de artista
seguramente paulista , tanto pela cor como pela qualidade do barro empregado e,
também , pela própria feitura da escultura . Essa pequena imagem feita de barro
representa Maria para o catolicismo romano.”
Segundo o Dr. Pedro de Oliveira
Neto, a imagem de barro foi feita por um discípulo do Frei Agostinho da Piedade:
“A Imagem de Nossa Senhora Aparecida é paulista, de arte erudita, feita
provavelmente na primeira metade de 1600, por discípulo, mas não pelo próprio
mestre, do beneditino Frei Agostinho da Piedade. Os estudiosos, observando o
estilo da imagem, concluíram que o autor da imagem foi o Frei Agostinho de
Jesus, sendo provavelmente esculpida em 1650, no mosteiro beneditino de Santana
de Parnaíba – SP”.
Apresentaremos algumas hipóteses
razoáveis, embora nunca tenhamos a certeza do fato. Nossa análise levará em
consideração apenas as possibilidades culturais, religiosas e históricas. O
livro de Gilberto Aparecido Angelozzi, Aparecida
a Senhora dos Esquecidos, Editora Vozes; Capítulo III — p. 55-66, expõe alguns
possíveis motivos sobre o assunto em questão.
Partindo do princípio de que
realmente os pescadores acharam a imagem da Conceição Aparecida no rio, podemos
então desenvolver as seguintes idéias:
A Teoria de que a
Imagem foi Trazida pelos Colonizadores Brancos
• Por famílias que se instalaram
no vale do Paraíba; pelos bandeirantes, pois eles carregavam imagens de Maria
por onde quer que passassem;
• Pelos missionários carmelitas ,
franciscanos e jesuítas que passaram por aquela região ; por algum comerciante
ou vendedor ambulante e ter sido quebrada em sua bagagem ; poderia fazer parte
de um oratório familiar e, ao ter sido quebrado o pescoço da imagem, ter sido
lançada ao rio
A Teoria de que a
Imagem foi Lançada no Rio por Escravos Negros
Algum escravo negro, devido ao
sincretismo religioso, poderia associar a imagem à de algum orixá,
especialmente aos que estão associados às águas; poderia ter lançado a imagem
nas águas como um oferecimento a algum orixá, fazendo pedidos relacionados à
saúde: engravidar, gravidez de risco, proteção à criança etc.; poderia ter sido
lançado nas águas para se obter riquezas, ouro, dinheiro, pedras preciosas etc.
A Teoria das Lendas
Indígenas
Uma lenda indígena relata que
eles criam na grande cobra que habitava nos rios: a Cobra Norato. Durante o dia
era uma terrível cobra e à noite era um jovem que dançava com as moças. Algum
padre teria lançado a imagem para proteger os índios.
Outra lenda diz que, na cidade de
Jacareí, apareceu uma grande cobra e alguém a enfrentou lançando a imagem da
Imaculada Conceição ao rio, fazendo com que a cobra fugisse.
A teoria oficial da
Igreja Católica Romana.
O catolicismo romano possui duas
fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria
Metropolitana de Aparecida (1 Livro do Tombo da Paróquia de Santo Antônio de
Guaratinguetá) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma (Annuae
Litterae Provinciae Brasilíanae, anni 1748 et 1749).
.
A narrativa diz basicamente que:
no ano de 1719, os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe
Pedroso lançavam suas redes no Porto de José Corrêa Leite, prosseguindo até o
Porto de ltaguaçu. Lançando João Alves a sua rede de rastro neste porto, tirou
o corpo da Senhora, sem cabeça. Lançando mais abaixo outra vez a rede,
conseguiu trazer a cabeça da mesma Senhora. Não tinham até aquele momento
apanhado peixe algum. A partir de então, fizeram uma copiosa pescaria que
encheu as canoas de peixes. Após esse milagre, surgiram outros relacionados à
imagem.
A Explicação do Dr.
Aníbal Pereira dos Reis
Segundo o Dr. Aníbal Pereira dos
Reis ex-sacerdote, ordenado em 1949, formado em Teologia e Ciências Jurídicas
pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo, em seu livro A Senhora Aparecida, Edições Caminho de
Damasco Ltda, SP, 1988; trata-se de uma grande armação do padre José Alves
Vilela, pároco da matriz local. Segundo suas investigações, foi o padre José
Alves Vilela quem colocou a imagem no rio e iniciou planejadamente a divulgação
dos supostos milagres, além de estar manipulando todo tempo a imagem e
divulgando seus supostos milagres.
Pequena Cronologia da
Imagem
1717 — Pescadores apanharam no
rio a Imagem da Conceição Aparecida.
1745-1903 — A festa principal da
Conceição Aparecida é celebrada em 08 de dezembro.
1888 — No dia 06 de novembro, a
princesa Isabel visita pela segunda vez a basílica e deixa como ex-voto uma
coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis.
1929 — Celebração dos 25 anos da
Coroação de Maria em um Congresso Mariano.
1930 — No dia 16 de julho, o Papa
Pio XI assina o decreto, declarando Conceição Aparecida a Padroeira do Brasil.
1931 — No dia 31 de maio, a
imagem de barro da Conceição Aparecida é declarada, oficialmente, na Capital
Federal a Padroeira do Brasil. Getúlio Dornelles Vargas, era o presidente
naquela época.
Segundo o padre Júlio J. Brustoloni,
Na Esplanada do Castelo, outra multidão aguardava a chegada da Imagem
Milagrosa. No grande estrado, junto do altar da Padroeira, encontravam-se o
Presidente da República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas, Ministros de Estado,
membros do Corpo Diplomático credenciados junto do nosso governo, e outras
autoridades civis, militares e eclesiásticas. O Sr. Núncio Apostólico, Dom
Aloísio Masella, estava ao lado do Presidente e sua família. Na Esplanada, a
Imagem percorreu as diversas quadras para que o povo pudesse vê-la de perto, e,
ao chegar ao altar, Dom Leme deu-a a beijar ao Presidente e sua família. Um
silêncio profundo invadiu a Esplanada , quando a Imagem foi colocada no altar.
Após o discurso de saudação, Dom Leme iniciou o solene ato da proclamação de
Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. Segundo relata o padre Júlio,
após a cerimônia, o povo católico romano gritou: “Senhora Aparecida, o Brasil é
vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente. Paz ao nosso povo! Salvação
para a nossa Pátria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, o Brasil em vós
confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama, Salve Rainha!”
O QUE É IDOLATRIA ?
Vejamos algumas definições:
Ídolo. S.m. 1. Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa. 2. Objeto
no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado. 3. Fig. Pessoa a
quem se tributa respeito ou afeto excessivo. Idólatra. Adj. 2 g. 1. Respeitante
à, ou próprio da idolatria. 2. Que adora ídolos. 3. Idolátrico s. 2 g. 4.
Pessoa que adora ídolos; Idolatrar. Ver
também: 1. Prestar idolatria (1) a: amar com idolatria (1); adorar, venerar. 2.
Amar com idolatria (2), com excesso, cegamente. Int. 3. adorar ídolos; praticar
a idolatria (1). Idolatria. SE. 1. Culto prestado a ídolos. 2. Amor ou paixão
exagerada, excessiva. Idolatria 1. Essa palavra vem do grego, eídolon, ídolo, e
latreúein, adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou
imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato pode indicar veneração ou adoração a qualquer
objeto, pessoa, instituição, ambição etc..., que tome o lugar de Deus, ou que
lhe diminua a honra que lhe devemos.
O culto à imagem esculpida,
deuses de fundição, imagem de escultura, estátua, figura de pedra, imagens
sagradas ou ídolos é idolatria e profanam a ordem divina
“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há
em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te
encurvarás a elas nem as servirás” (Êxodo 20.4-5a - ACF).
“Não vos virareis para os ídolos nem vos fareis deuses de fundição. Eu
sou o SENHOR vosso Deus” (Levítico 19.4 - ACF).
“Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura,
nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela;
porque eu sou o SENHOR vosso Deus” (Levótico 26.1 - ACF).
“Confundidos sejam todos os que servem imagens de escultura, que se
gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele todos os deuses” (Salmos 97.7 -
ACF).
“Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca,
mas não falam; olhos têm, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes
têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem
som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem,
assim como todos os que neles confiam. Israel confia no SENHOR; ele é o seu
auxílio e o seu escudo” (Salmos 115.4-9 - ACF).
“Os ídolos dos gentios são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm
boca, mas não falam; têm olhos, e não vêem, Têm ouvidos, mas não ouvem, nem há
respiro algum nas suas bocas. Semelhantes a eles se tornem os que os fazem, e
todos os que confiam neles” (Salmos 135.15-18 - ACF).
“Também a sua terra está cheia de ídolos; inclinam-se perante a obra das
suas mãos, diante daquilo que fabricaram os seus dedos. E o povo se abate, e os
nobres se humilham; portanto não lhes perdoarás” (Isaías 2.8-9 - ACF).
“... Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4.10; Lucas
4.8 - ACF).
O principal de todos os mandamentos é:
“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve,
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de
todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Marcos 12.29-30; Mateus
22.37 - ACF).
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade” (João 4.23-24 - ACF).
“E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em
si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (Atos 17.16 - ACF).
“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não
erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados,
nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm
sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido
justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios
6.9-11; Efésios 5.5 - ACF).
“Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está
escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar” (1 Coríntios
10.7 - ACF).
“E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o
templo do Deus vivente...” (2 Coríntios 6.16 - ACF).
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério,
prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria,
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas,
homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das
quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não
herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5.19-21 - ACF).
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém” (1João 5.21 - ACF).
“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos
homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os
mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a
segunda morte” (Apocalipse 21.8 - ACF).
“Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”(Apocalipse
22.15 – ACF).
Deus proibiu ao seu povo a
confecção e o culto a imagens, estátuas etc..., visto que os povos pagãos
atribuíam a esses artefatos de barro, madeira ou outro material corruptível, um
caráter religioso. Acreditavam, além do mais, que a divindade se fazia presente
por meio dessa prática. O Deus Todo-Poderoso ensinou seu povo a não cultuar
imagens. Sua palavra era tão poderosa no coração do seu povo, que, embora
muitos homens santos, profetas e sacerdotes, homens exemplares, com todas as
virtudes para serem canonizados (os heróis da Bíblia), não foram pretextos para
serem adorados ou cultuados, nem fizeram suas imagens e nem lhes prestaram
culto. Deus proibiu seu povo de fabricar imagens de escultura, de fundir
imagens para cultuá-las (Êxodo 20.23 e 34.17).
Algumas imagens que Deus mandou
fazer não tinham por objetivo elevar a piedade de Israel e nem serviam de
modelo para reflexão ou conduta. Eram apenas símbolos decorativos e
representativos. Deus mandou fazer a Arca da Aliança; mandou fazer figuras de
querubins no Tabernáculo e no Templo, entre outros utensílios (1 Reis 6.23-29;
1 Crônicas 22.8-13; 1 Reis 7.23-26), além de outros ornamentos (1 Reis
7.23-28). Essas figuras, porém, jamais foram adoradas ou veneradas, ou vistas
como objeto de culto. Se os filhos de Israel tivessem adorado, cultuado ou
venerado esses objetos, sem dúvida, Deus mandaria destruí-los. Foi isso o que
aconteceu com a serpente de bronze, levantada por Moisés no deserto, quando se
tornou objeto de culto - cf. 2 Reis 18.4.
Quando analisamos esta questão na
história da nação de Israel, o povo que recebeu os mandamentos de Deus e a
preocupação dos judeus religiosos em manter-se fiéis, podemos entender que,
apesar do Antigo Testamento proibir a confecção de imagens relativamente, no
entanto a adoração ou culto a imagens era absolutamente proibido: Não te prostrarás diante delas e não lhes
prestarás culto (Êxodo 20.4b).
Em algumas sinagogas do século
III e até hoje encontramos pinturas de heróis da fé em seus vitrais etc.,
jamais, entretanto, veremos judeus orando, cultuando ou invocando Moisés,
Abraão ou Ezequiel.
Não encontramos argumento algum
que justifique o culto, veneração ou a fabricação de imagens no Novo Testamento.
A Bíblia mostra que Paulo sofria
por ver o povo entregue a idolatria:
“E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o
seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria”
(Atos 17.16 - ACF).
· Paulo foi atacado pelos artífices, ourives e comerciantes de imagens:
“Porque um certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia de
prata nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices, Aos quais,
havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Senhores, vós
bem sabeis que deste ofício temos a nossa prosperidade; E bem vedes e ouvis que
não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e
afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as
mãos. E não somente há o perigo de que a nossa profissão caia em descrédito,
mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada,
vindo a ser destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram. E,
ouvindo-o, encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos
efésios. (Atos 19.24-28 - ACF).
O culto aos santos só começou a
partir de cem anos, aproximadamente, depois da morte de Jesus, com uma tímida
veneração aos mártires. A primeira oração dirigida expressamente à Mãe de Deus
é a invocação Subtuum praesidium, formulada no fim do século III ou mais
provavelmente no início do IV. Não podemos dizer que a veneração dos santos — e
muito menos a da Mãe de Cristo — faça parte do patrimônio original. Se o culto
aos santos e a Maria fosse correto, João, que escreveu o último evangelho,
aproximadamente no ano 100 d.C., certamente falaria sobre o assunto e
incentivaria tal prática. Ele, porém, nos adverte: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21). Na luta para
justificar o culto às imagens, bem como seu uso nas Igrejas, os católicos
apresentam a teoria da pedagogia divina.
D. Estevão Bettencourt resume
assim a teoria:“. . . 0s cristãos foram percebendo que a proibição de fazer
imagens no Antigo Testamento tinha o mesmo papel de pedagogo (condutor de crianças
destinado a cumprir as suas funções e retirar-se) que a Lei de Moisés em geral
tinha junto ao povo de Israel. Por isto, o uso das imagens foi-se implantando.
As gerações cristãs compreenderam que , segundo o método da pedagogia divina ,
atualizada na Encarnação, deveriam procurar subir ao Invisível passando pelo
visível que Cristo apresentou aos homens; a meditação das fases da vida de
Jesus e a representação artística das mesmas se tornaram recursos com que o
povo fiel procurou aproximar-se do Filho de Deus. Assim criaram a idéia de que,
nas igrejas as imagens tornaram-se a Bíblia dos iletrados, dos simples e das
crianças, exercendo função pedagógica de grande alcance. E o que notam alguns
escritores cristãos antigos: O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das
igrejas e ajuda grandemente (São Gregório de Nissa, Panegírico de São Teodoro,
PG 46, 73 7d). O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os
iletrados (São João Damasceno, De imaginibus 117 PG 94, 1248c)”.
Levando-se em consideração que um
dos objetivos da Igreja Católica Romana é ensinar a Bíblia ao povo através das
imagens, especialmente aos menos alfabetizados, surge-nos algumas perguntas:
Por que se faz culto a elas, se o objetivo é ensinar a Bíblia? Por que após passar
dezenas de anos , com milhares de católicos alfabetizados, ainda insistem em
cultuar imagem? Se realmente a imagem fosse o livro daqueles que não sabem ler,
por que os católicos alfabetizados são tão devotos e apegados às imagens? Será
que podemos desobedecer a Bíblia para superar uma deficiência de entendimento?
Onde está a base bíblica para esta Teoria da Pedagogia Divina? Será que a
encarnação do verbo poderia servir de base para se fazer imagens dos santos e
cultuá-los?
A Igreja Católica Romana
apresenta basicamente duas fontes para justificar o culto às imagens: a
tradição e as opiniões de seus líderes. Em resumo: opinião dos homens. Citam a
Bíblia quando existe alguma possibilidade de apoio às suas doutrinas. Esquecem
o ensino do famoso clérigo católico romano, Padre Vieira: “As palavras de Deus pregadas no sentido em que Deus as
disse, são palavras de Deus; mas pregadas no sentido em que nos queremos, não
são palavras de Deus, antes podem ser palavras do demônio. A Palavra de Deus condena
o culto às imagens.
Os argumentos do catolicismo
romano a favor do culto às imagens fazem-nos lembrar de um rei na Bíblia,
chamado Saul, que quis agradar a Deus com sua opinião, mesmo contrariando
frontalmente a Palavra de Deus - cf. 1 Samuel 15.1-23. O catolicismo romano, de
modo semelhante, contrariando a Bíblia, entende que a imagem é o livro daqueles
que não sabem ler. O rei Saul, achava que oferecer sacrifícios era melhor, mais
lógico, mais correto, mais racional. Acreditava que estava prestando um grande
serviço a Deus - cf. 1 Samuel 15.20-21. Deus, no entanto, o reprovou, dizendo:
“Tem porventura o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que
o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura
de carneiros” (1 Samuel 15.22).
Deus proíbe terminantemente o
culto a ídolos e imagens (Êxodo 20.1-6; Levítico 26.1; Números 33.52; Deuteronômio
27.15; 2 Reis 21.11; Salmos 115.3-9; 135.15-18; Is 2.18; 41.29; Ezequiel
8.9-12; Mateus 4.11; Atos 15.20; 21.25; 2 Coríntios 6.16).
O catolicismo romano ensina o
culto à imagem inventando uma teoria, contrária à Bíblia e insiste em dizer que
está fazendo isso para ajudar a obra de Deus. Ainda que Saul pensasse estar
prestando um serviço a Deus, como fazem aqueles que prestam culto à imagem da
Conceição Aparecida, seu ato foi uma desobediência à Palavra de Deus, e isso é
considerado rebelião - cf. 1 Samuel 15.21-26. A Bíblia diz: “Porque a rebelião é como o pecado de
feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste
a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou.....” (1Sm 15.23).
Prezado leitor, o culto às
imagens será sempre uma abominação a Deus. E a marca e a continuidade do
paganismo. Cristianismo é a fé exclusiva na obra do Senhor Jesus (João 3.16; Romanos
5.8; Ef 2.8-9; 1 Timóteo 2.5; Tito 2.11). E adoração exclusiva a Deus:
... Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mateus 4.10; Lucas
4.8).
“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve,
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de
todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Marcos 12.29-30; Mateus
22.37).
“Mas a hora vem, e agora é, em
que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o
Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23-24).
ENTENDENDO A ESTRUTURA PIRAMIDAL DO CULTO DA IGREJA CATÓLICA
- LATRIA - ADORAÇÃO A DEUS
- HIPERDULIA - DEVOÇÃO Á MARIA
- DULIA - DEVOÇÃO AOS SANTOS E AOS ANJOS
A Dificuldade do Catolicismo Romano para justificar essa Teoria.
Se os católicos romanos se limitassem
a exaltar os heróis da fé, e a propô-los como modelos a ser seguidos, não haveria
nenhum problema. Assim agem também os cristãos genuínos. Infelizmente, não é
isso que acontece. Por mais que os líderes católicos romanos se esforcem em
suas infindáveis apologias ou explicações, elas não passam de tentativas vãs e
superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de três tipos de devoção: a
dulia, a hiperdulia e a latria. Perguntamos: qual a diferença que pode haver
entre a dulia e a hiperdulia? Qual a diferença das duas com a latria? A verdade
é que os três termos se confundem. Os dois termos (dulia e hiperdulia) podem
estar envolvidos com a latria e tudo se torna uma distinção que não distingue
coisa alguma. As pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição
Aparecida, ou de São João, ou de São Sebastião ou de Jesus sabem que estão
cultuando em níveis diferentes? Para elas não seria tudo a mesma coisa?
Imagine um católico romano bem
instruído que vai para o culto. Primeiramente ele pretende cultuar São João.
Dobra então seus joelhos diante da imagem de São João e pratica a dulia. Depois,
irá prestar culto a Maria, deixando, nesse momento, de praticar a dulia e
passando a praticar a hiperdulia. Finalmente, com intenção de cultuar a Deus,
ele começa a praticar a latria.
Não acreditamos que o povo
católico romano saiba diferenciar a dulia, a hiperdulia e a latria, e mesmo que
soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria respeitar os limites de cada
uma.
Qual é a Diferença?
Adoração e Veneração. Há
diferença entre adorar e prestar culto? Se prostrar-se diante de um ser,
dirigir-lhe orações e ações de graça, fizer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de
louvor não for adoração, fica difícil saber o que o catolicismo romano entende
por adoração. Chamar isso de veneração é subestimar a inteligência humana.
Culto aos santos.
Analisando essas práticas
católicas à luz da Bíblia e da história, fica claro que são práticas pagãs. O
papa Bonifácio IV, em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os santos
e substituiu o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses) por um
templo cristão para que as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive
as de Maria. Dessa forma o culto aos santos e a Maria substituiu o culto aos
deuses e as deusas do paganismo.
Maria é deusa para os católicos?
Os católicos manifestam um sentimento de profunda tristeza quando afirmamos que
Maria é reconhecida como deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo
honestos com essa declaração, mas os fatos falam por si mesmos. O livro Glórias de Maria, publicado em mais de
80 línguas, da autoria de Afonso Maria de Ligório, canonizado do pelo Papa,
atribui à Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia confere ao Senhor
Jesus Cristo. Chama Maria de onipotente, além de mencionar outros atributos
divinos, quando afirma:
“Sois onipotente, á Maria, visto
que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis. Os
pecadores só por intercessão de Maria obtém o perdão..., O mãe de Deus vossa
proteção traz a imortalidade vossa
intercessão, a vida. Em vós, Senhora, tendo colocado toda a minha esperança e
de vós espero minha salvação, . . . Maria é toda a esperança de nossa salvação,
acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos quereis ver; pois só por vosso
intermédio esperamos a salvação”.
Os querubins.
A passagem bíblica dos querubins
do propiciatório da arca da aliança (Êxodo 25.18-20), advogada pelos teólogos
católicos romanos, não se reveste de sustentação alguma, pois não existe na
Bíblia uma passagem sequer em que um judeu esteja dirigindo suas orações aos
querubins, ou depositando sua fé neles, ou lhes pagando promessas. Esse
propiciatório era a figura da redenção em Cristo (Hebreus 9.5-9). A Bíblia
condena terminantemente o uso de imagem de escultura como meio de cultuar a
Deus (Êxodo 20.4-5; Deuteronômio 5.8-9). O culto aos santos e a adoração à
Maria, à luz da Bíblia, não apresentam o catolicismo romano como religião
cristã, mas como idolatria (1João 5.21).
Jesus disse:
“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4.10 - ACF).
O anjo disse a João: Adora a Deus
(Apocalipse 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (Atos
10.25-26).
Embora a Igreja Católica
Apostólica Romana tenha declarado que a imagem de barro da Conceição Aparecida
seja a Padroeira e Senhora da República Federativa do Brasil, consagrando no
dia 12 de outubro a esse culto estranho às Escrituras Sagradas, os cristãos
evangélicos, alicerçados na autoridade da Bíblia Sagrada, declaram como Paulo:
“E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.11 - ACF).
“Porque há um só Deus,
e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Tm 2.5 - ACF).
Bibliografia:
1. Aparecida, Capital Mariana do Brasil. Autor Professor . Oswaldo
Carvalho Freitas, Editora: Santuário. Aparecida-SP p.85.
2. História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Autor Júlio J. Brustoloni,
Editora: Santuário. Aparecida-SP p. 20.
3. Mesmo livro citado, p. 20-21 — nota de rodapé
5.
4. Mesmo livro citado, p. 21 — nota de rodapé 6.
5. Mesmo livro citado, p. 21-22.
6. Mesmo livro citado, p. 43.
7. Mesmo livro citado, p. 346.
8. ldem — p. 347.
9. Dicionário Aurélio de Holanda Ferreira .
10. Enciclopédia de Norman
Champlin. São Paulo-SP. Vol 3, p. 206.
11. O Culto a Maria Hoje. Autores: Vários. Sob a direção de Wolfgang
Beinert. Editora: Paulinas. São Paulo-SP p.33.
12. O mesmo livro citado. p. 33.
13. O mesmo livro citado. p. 33.
14. Diálogo Ecumênico. Autor: Estevão Bettencourt. Editora: Lúmen
Caristi. Rio de Janeiro-RJ. p. 231.
15. Mesmo livro citado, p. 232.
16. Sermões. Autor: Padre Antonio Vieira. Editora: Lello & Irmãos.
Porto, Portugal.
17. Atlas Histórico do
Cristianismo. Autora: Andréa Dué. Editoras: Santuário / Vozes. São Paulo-SP p.72.
18. Glórias de Maria. Autor: Afonso Maria de Ligório. Editora:
Santuário. Aparecida-SP, p. 100.
19. Mesmo livro citado, p.76.
20. Mesmo livro citado, p.27.
21. Mesmo livro citado, p.l47.
Fonte: Revista Defesa
da Fé
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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