O pastor fundador da mega igreja
Orlando´s Summit Church — Isaac Hunter — tirou a própria vida no início da
semana. Não é incomum igrejas surgirem em regiões densamente povoadas e logo
atingirem proporções gigantescas, por causa da pregação de um evangelho barato
que não exige nada daqueles que pretendem seguir a Jesus.
Isaac Hunter
O corpo do pastor Hunter foi
encontrado pela polícia de Altamonte Springs na terça feira passada — 10/12 —
em sua casa. Ele estava com apenas 36 anos de idade.
Sua igreja se expandiu em poucos
anos por cinco localidades diferentes e, como todas as igrejas desse tipo, era
não denominacional, apesar de que a maioria dessas igrejas adota uma forma de
governo e práticas muito semelhantes às das igrejas batistas.
Pastor Hunter era filho de Joel
Hunter, outro famoso mega pastor e conselheiro do presidente Obama. Isaac
Hunter, como é tão comum com os pastores de mega instituições, abriu mão de seu
cargo de pastor sênior da igreja, depois de ter sido pilhado numa relação
sexual como um a das mulheres da sua igreja. Certamente a pregação legalista
não lhe permitiu ser acolhido como uma ovelha ferida. Afastou-se da comunhão,
entrou em depressão, ninguém estendeu a mão para ajudá-lo e o resultado final
já sabemos.
Isaac Hunter junta-se assim a Matthew
Warren, filho do todo poderoso Rick Warren da Saddle Back Community Church que
tirou a própria vida no início do ano com apenas 27 anos de idade.
Matthew Warren
No Brasil, infelizmente não temos
esse tipo de estatísticas e tudo é feito para se acobertar o suicídio tanto
aqui quanto nas terras do tio Sam, quando o assunto é suicídio. As igrejas
evangélicas, de um modo geral, precisam ser despertadas para os graves
problemas de saúde mental que atingem nossa população, especialmente os
transtornos compulsivos obsessivos e a bi-polaridade.
Os Estados Unidos da América
registram 10.3 suicídios para cada grupo de 100.000 pessoas. No Brasil esse
índice é de 5.8 pessoas para cada 100 mil habitantes. No ano passado 36.000
estadunidenses tiraram a própria vida o que dá uma média de 100 pessoas por
dia. Já no Brasil, no ano passado cerca de 11.600 pessoas tiraram a própria
vida, uma média de quase 30 pessoas por dia.
Que Deus nos ajude as entender as
implicações desses dados e que nossas igreja possam se tornar verdadeiro
abrigos para as tempestades da vida em vez de um local onde só existem dedos
acusadores. Quando filhos de pastores cometem suicídio, temos que nos perguntar
até que ponto a hipocrisia dos pais e a pressão exagerada exercida sobres os
filhos, foi responsável por ato tão trágico?
Que Deus Abençoe a Todos
Alexandros Meimardis
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Desde já agradecemos a todos.
Conheço pessoalmente dois casos de suicídios entre evangélicos brasileiros.
ResponderExcluirAqui em Brasília, em 2006, a esposa de um pastor da Igreja Presbiteriana deu cabo à própria vida por enforcamento. Conheço o pastor, por seu meu colega de trabalho no mesmo órgão público.
Outro caso foi de uma jovem de 15 anos da Igreja Assembleia de Deus, que tomou veneno para rato, desta feita no Norte do Brasil, em 1984.
Caro Joel,
ExcluirEu moro na cidade que tem o maior índice de suicídio do país (proporcional à sua população).
Mas percebo uma constante tentativa generalizada de se negar esse fato, especialmente quando acontece entre o povo chamado evangélico. Isso é menos frequente, mas também acontece.
Abraço,
irmão Alex
É verdade.
ExcluirE as razões são as mais variadas.
Nos casos, que citei, as razões foram bem distintas.
No caso da esposa do pastor, o motivo seria uma relação extraconjugal do pastor, que levou a esposa a uma profunda depressão.
Já no caso da garota de 15 anos, um namoro com um conhecido "don juan" local, levou a garota ao desespero, depois de ser pilhada pelas línguas dos membros da igreja AD local, por ser filha do pastor, a quem caberia o ônus maior de dar "exemplo" para os demais jovens. Somou-se a isso, a falta de sabedoria do pastor e esposa, que decidiram por um castigo físico à garota que, extremamente envergonhada e com profunda depressão, ingeriu veneno para rato e formiga misturados. Foi um choque tremendo para a pacata cidadezinha.
A principal razão disso tudo, como o senhor disse, é a recusa dos evangélicos, principalmente os pentecostais, de aceitarem que a medicina também é um instrumento de Deus para quem dela precisa.
Muitos nesse meio, equivocadamente acreditam que a depressão é apenas um mal espiritual, que pode ser debelado apenas com orações, já que a origem é espiritual e procurar um psiquiatra ou psicólogo seria uma demonstração de falta de fé em Deus.
E assim vão vivendo de equívoco em equívoco, sujeitos a males e tragédias, que poderiam ser evitadas.
Talvez porque ignorem o que Jesus Cristo disse: "Não precisam de médicos os sãos, mas sim os doentes."
Caro Joel,
ExcluirObrigado por acrescentar ideias tão pontuais ao material do blog. Seus comentários são sempre bem vindos e sempre peço a Deus que permita que outras pessoas tenham a oportunidade de lerem os mesmos.
Abraço fraterno,
Irmão Alex.
Graça e paz irmão Alex.Há um tempo estava procurando em seu blog algo sobe depressão e encontrei hoje (em outro post).Mas ao ler esse post, principalmente nos comentários do Joel, notei a importância dos assuntos depressão e suicídio.O Joel foi muito feliz em argumentar sobre a medicina.Que Deus abençoe seu trabalho irmão Alex.Abraço.
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