sexta-feira, 18 de abril de 2014

PARÁBOLAS DE JESUS - LUCAS 9:61—62 — A PARÁBOLA DA MÃO NO ARADO — SERMÃO 026




Esse artigo é parte da série "Parábolas de Jesus" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará links para os outros artigos dessa série.

Sermão 026

A PARÁBOLA DO DA MÃO NO ARADO

lUCAS 9:61—62

61 Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa.

62 Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.

Introdução

A. Como vimos nos dois sermões anteriores desse contexto, Jesus está iniciando aquela que seria sua última viagem para Jerusalém.

B. Neste início de viagem ele mantém três breves diálogos com três indivíduos que queriam ser seus discípulos.

C. Do primeiro diálogo, nós aprendemos que se queremos seguir a Jesus nós precisamos saber que estamos nos associando com o Filho do Homem em seus aspectos de humildade e rejeição, e temos que saber que da mesma maneira como o mundo odiou o Senhor Jesus, nós também seremos odiados e não aclamados.

D. Do segundo diálogo nós aprendemos que nenhum tipo de pressão social pode se interpor entre nós e o Senhor Jesus. Quando Jesus nos ordena “segue-me” temos que nos mexer e nos envolver na proclamação do Evangelho do Reino.

E. Hoje iremos nos ocupar do terceiro diálogo.

I. O Terceiro Diálogo

Lucas 9:61—62

61 Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa.

62 Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.

A. Como o primeiro candidato a discípulo, esse também se oferece voluntariamente para seguir a Jesus.

B. Mas como o segundo candidato, esse também tem uma pré-condição.

C. Sua pré-condição é: deixa-me primeiro despedir-me dos de casa.

D. A palavra grega aqui traduzida como despedir-me, vem do verbo grego ἀποτάξασθαι apotáxasthai — que significa: “dizer adeus” ou “despedir-se”.

E. É importante entendermos que ao contrário da nossa cultura, no Oriente Médio, quando alguém vai sair de casa ele tem que pedir autorização para fazê-lo da parte daqueles que estão ficando. Somente os que ficam para trás é que realmente podem dizer “adeus”. Aquele que deseja se ausentar precisar ter autorização para fazê-lo.

F. O verdadeiro significado deste texto tem sido obscurecido pelas nossas concepções culturais e pela tradução direta de “despedi-me”.

G. O que o texto nos diz é que esse candidato a discípulos não está somente querendo passar em casa para se despedir dos seus pais. Ele quer passar em casa para conseguir a aprovação dos Pais para seguir ao Senhor.

H. Como os outros dois antes dele, este candidato não quer realmente seguir o Senhor. Ele sabe que seus pais não darão a autorização necessária para ele se envolver em uma empreitada duvidosa. Ele usa os pais como desculpa.

I. De fato, ele considera a autoridades dos pais como sendo superior à do Senhor. Ele está realmente dizendo a Jesus: “É óbvio que a autoridade de meus pais é superior à sua e eu preciso ter a autorização deles para te seguir”.

J. No Oriente Médio a figura paterna é aquela que detém a maior autoridade. Esse é o motivo porque na Bíblia Deus é descrito como Pai — não existe nenhum tipo de machismo nem implícito nem explícito.

K. Para alguém que ouviu a resposta de Jesus a surpresa não poderia ter sido maior. O choque era maior ainda quando se considera que o homem — neste caso Jesus — que esta fazendo a exigência era relativamente jovem!

L. Cristo responde ao pedido do candidato a discípulo com uma parábola da vida agrícola: o ato de arar a terra.

M. O processo de arar a terra naqueles dias envolvia quatro fases distintas:

1. Primeiro, pequenos sulcos era feitos na terra visando segurar a água das chuvas.

2. Mais tarde sulcos mais profundos eram feitos visando drenar a água.

3. Em terceiro lugar acontecia o arado da terra propriamente dito, que visava preparar a terra para receber as sementes.

4. Uma quarta passada acontecia visando cobrir as sementes.
  
N. Todo este processo demandava irrestrita atenção daquele que se envolvia neste processo.

O. A tensão entre a autoridade de Jesus e a autoridade da família é evidenciada pela necessidade de atenção não dividida requerida pela parábola.

P. Quando decidimos seguir a Jesus não estamos tomando a decisão de segui-lo somente aos Domingos. Jesus demanda de nós dedicação absoluta à Sua pessoa. Nosso relacionamento com o Senhor precisa ter precedência sobre quaisquer outros relacionamentos.

Q. Aquele que põe a mão no arado não pode ter sua atenção desviada por absolutamente nada sob o risco de fazer mais estragos do que benefícios a todo o processo.

R. Talvez uma ilustração moderna seja a de alguém dirigindo um veículo. A atenção do motorista não pode ser distraída sob risco de grave acidente.

Conclusão: os ouvintes originais deste diálogo são desafiados a considerar as seguintes verdades:

1. A autoridade de Jesus é absoluta. Mesmo a autoridade da família deve ser considerada como uma distração.

2. As implicações Teológicas são as seguintes:

a. A chamada do Reino de Deus precisa ter precedência sobre todas as outras.

b. Todos aqueles que estão com a atenção dividida são uma força que mais atrapalha do que auxilia e são realmente incompetentes para a missão.

c. Seguir a Jesus, como o trabalho de arar a terra, é uma tarefa estafante que demanda criatividade e dedicação absolutas.

d. Trabalhar para o reino de Deus é o mesmo que servir a Jesus.


OUTRAS PARÁBOLAS DE JESUS PODEM SER ENCONTRADAS NOS LINKS ABAIXO:

001 – O Sal

002 – Os Dois Fundamentos

003 – O Semeador

004 – O Joio e o Trigo =

005 – O Credor Incompassivo

006 — O Grão de Mostarda e o Fermento

007 — Os Meninos Brincando na Praça

008 — A Semente Germinando Secretamente

009 e 010 — O Tesouro Escondido e a Pérola de Grande Valor

011 — A Eterna Fornalha de Fogo

012 — A Parábola dos Trabalhadores na Vinha

013 — A Parábola dos Dois Irmãos

014 — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 1

014A — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 2

015 — A Parábola das Bodas —

016 — A Parábola da Figueira

017 — A Parábola do Servo Vigilante

018 — A Parábola do Ladrão

019 — A Parábola do Servo Fiel e Prudente

020 — A Parábola das Dez Virgens

021 — A Parábola dos Talentos

022 — A Parábola das Ovelhas e dos Cabritos

023 — A Parábola dos Dois Devedores

024 — A Parábola dos Pássaros e da Raposa

025 — A Parábola do Discípulo que Desejava Sepultar Seu Pai

026 — A Parábola da Mão no Arado

027 — A Parábola do Bom Samaritano — Completo

027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1

027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote

027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita

027D — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano

027E — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro

027F — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria

027G — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 7 — O pagamento final

027H — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor da Lei

028 — A Parábola do Rico Tolo —

029 — A Parábola do Amigo Importuno —

030 — A Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé

031 — A Parábola da Figueira Estéril

032 — A Parábola Acerca dos Primeiros Lugares

033 — A Parábola do Grande Banquete

034 — A Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro

035 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 001

036 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002

037A — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 001

037B — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 002

037C — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 003

037D — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 004 — A Influência do Antigo Testamento

037E — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 005 — Características Cristológicas da Parábola da Ovelha Perdida

037F — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 006 — A importância das pessoas perdidas.


Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

Um comentário:

  1. Excelentes temas e assuntos muito bem explicados.Parabéns!
    Benção de Deus!

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