O material abaixo é parte de um livro
escrito por Arthur W. Pink que foi publicado em forma de e-book por:
♦ Fonte:
ChapelLibrary.org │ Título Original:
“The Doctrine of Election”
♦ As citações bíblicas
desta tradução são da versão ACRF (Almeida Corrigida Revisada Fiel)
♦ Tradução:
OEstandarteDeCristo.com
♦ Tradução
William Teixeira
♦ Revisão por
Camila Rebeca Almeida
A DOUTRINA DA ELEIÇÃO
Arthur Walkington Pink
facebook.com/ArthurWalkingtonPink
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
CONTINUAÇÃO...
6. As Dificuldades de Eleição
1 – As
Escrituras não declaram que Deus não faz acepção de pessoas?
Sim, é verdade
(Atos 10:34), e a Eleição é a prova disto. Os sete filhos de Jessé, embora mais
velhos e fisicamente superiores a Davi, são deixados por ela, enquanto o jovem
pastor é exaltado ao trono de Israel. Os escribas e doutores são ignorados, e
pescadores ignorantes são escolhidos para serem os apóstolos do Cordeiro. A
verdade Divina é oculta dos “sábios e entendidos”, mas é revelada aos
“pequeninos” (Mateus 11:25). A maioria dos poderosos e nobres são ignorados,
enquanto os fracos e desprezados são chamados e salvos. Prostitutas e
publicanos são docemente compelidos a vir para a festa de casamento, enquanto
os fariseus orgulhosos são deixados a perecer em sua própria autojustiça.
Verdadeiramente, Deus não faz acepção de pessoas, ou Ele não teria salvado
você, meu amigo.
2 – Mas
o homem não é um ser responsável, dotado de livre-arbítrio?
O homem é, sem
dúvida, um ser responsável. Ele não é uma mera máquina ou autômato. A Escritura
uniformemente se refere a ele como quem colhe de acordo com o que semeia, e
como alguém que ainda terá de prestar contas pelas coisas feitas no corpo. Mas
em nenhum lugar a Bíblia prega o livre-arbítrio do homem natural. O homem por natureza
é sujeito a Satanás e escravo do pecado, e não se torna livre até que o Filho
de Deus o liberte (João 8:36). “Ninguém
pode vir a mim, [mas ele poderia, se ele fosse livre], se o Pai que me enviou
não o trouxer” (João 6:44), mas não haveria
necessidade de “trazer” se ele fosse livre. Isto é inequívoco.
“Quando a
misericórdia vem para abençoar, ele encontra-nos inclinados à maldição. Nós não
receberíamos o benefício proferido; rejeitamos a Misericórdia e a Graça. São elas
que devem levar-nos cativos em laços de seda, ou de outro modo Deus não pode
nos abençoar. O homem, enquanto sua vontade é livre, é desgraçado; é somente
quando a sua vontade é presa pelos grilhões da Graça Soberana que ele é
gracioso em tudo. Se há uma coisa como livre-arbítrio: Lutero realmente o
definiu quando chamou o livre-arbítrio de escravo. É apenas a nossa vontade
presa que é verdadeiramente livre. Nossa vontade constrangida, então alcança a
liberdade; quando a graça liga-a, em seguida, verdadeiramente, é livre, e só
então, quando o Filho a tornou livre”. (C. H. Spurgeon, A Glória da Graça -
Efésios 1:6 [Sermão de Nº 2763]).
3 – Mas
a Escritura não diz: Todo aquele que quiser, pode vir?
Ele diz, e Cristo
ainda não rejeitou nenhuma alma disposta. Se, na undécima hora, o ladrão
moribundo que se converteu ao Senhor foi assegurado um lugar no paraíso, e se
Saulo, o perseguidor da Igreja – “o principal dos pecadores’ (1 Timóteo 1:15) –
encontrou misericórdia, em verdade, todo aquele que quiser, pode vir (Atos
2:21; Apocalipse 22:17). Mas nem todo estão dispostos. A grande maioria das
pessoas não tem o desejo de vir a Cristo. Se Deus deixasse isso inteiramente à
vontade do homem, ninguém jamais O teria aceitado. Consequentemente, Deus tem
de operar em nós “tanto o querer como o
efetuar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:13). Mas Deus não opera assim em todos, e isto é feito na eleição.
4 – Mas por que pregar o Evangelho a toda a
criatura, se apenas uns “poucos” são escolhidos?
Porque o sacrifício
expiatório de Cristo é suficiente para todos, se todos o aceitassem. Porque
Deus quis publicar a mui grande e incomparável Graça e Amor insondável do seu
Filho amado. Porque o sacrifício de Cristo é eminentemente adaptado a todos, o
que serve para um pecador deve atender às necessidades de outro. Porque é pela
pregação do Evangelho que os eleitos são chamados para fora do mundo.
Finalmente, porque somos ordenados a pregar o Evangelho a todas as nações? “não
é para que nós entendamos o porquê; não é para que repliquemos; isto é para nós
fazermos – e morrermos.”
5 – Mas
esta doutrina não cortará o nervo do esforço evangelístico?
Mais uma vez vamos
deixar que o Sr. Spurgeon dê a resposta.
“‘Bem, então’, diz
um, “isso vai fazer as pessoas sentarem e cruzarem os braços”. Senhor, não vai!
Mas se os homens o fizeram, eu não poderei ajudá-los – meu negócio – como eu já
disse muitas vezes neste lugar, não é provar a você a razoabilidade de qualquer
verdade, nem defender qualquer verdade das suas consequências. Tudo o que faço
aqui – e eu quero dizer para mantê-lo – é apenas para afirmar a verdade porque
está na Bíblia! Então, se você não gosta, você deve resolver a disputa com meu
Mestre – e se você acha que não é razoável, você deve discutir com a Bíblia.
Permita que os outros defendam a Escritura e provem que é verdade. Eles podem
fazer o seu trabalho melhor do que eu – o meu é apenas a simples obra de
proclamar. Eu sou o mensageiro. Falo a mensagem do meu Mestre. Se você não
gosta da mensagem, discuta com a Bíblia, não comigo! Enquanto eu tenho a
Escritura do meu lado, eu vou ousar e desafiar você a fazer qualquer coisa
contra mim! “Ao SENHOR pertence a salvação!”. O Senhor tem que aplicá-la, para
fazer o relutante, disposto; fazer o ímpio, piedoso; e trazer o desprezível
rebelde aos pés de Jesus; caso contrário a Salvação nunca será cumprida! Deixe
esta coisa desfeita e você terá quebrado o elo da cadeia, a própria ligação que
era necessária para a sua integridade. Tire o fato de que Deus começa o bom
trabalho e que Ele nos envia o que os antigos teólogos chamam de Graça
Preservadora – tire isso e você terá estragado toda a Salvação – você tomou a
pedra angular para fora do arco e abaixo ele cai!”. (C. H. Spurgeon, A Salvação
Pertence ao Senhor – Jonas 2:9.
CONTINUA...
OUTRAS PARTES DESSA MENSAGEM
PODERÃO SER VISTAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO
ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA
ELEIÇÃO – PARTE 001
ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA
ELEIÇÃO – PARTE 002
ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA
ELEIÇÃO – PARTE 003
ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA
ELEIÇÃO – PARTE 004
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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