domingo, 1 de fevereiro de 2015

ARTHUR W. PINK: A DOUTRINA DA ELEIÇÃO — UM ESTUDO — PARTE 004




O material abaixo é parte de um livro escrito por Arthur W. Pink que foi publicado em forma de e-book por:

Fonte: ChapelLibrary.org Título Original: “The Doctrine of Election”

As citações bíblicas desta tradução são da versão ACRF (Almeida Corrigida Revisada Fiel)

Tradução: OEstandarteDeCristo.com

Tradução William Teixeira

Revisão por Camila Rebeca Almeida

A DOUTRINA DA ELEIÇÃO

Arthur Walkington Pink

facebook.com/ArthurWalkingtonPink

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

CONTINUAÇÃO...

6. As Dificuldades de Eleição

1 – As Escrituras não declaram que Deus não faz acepção de pessoas?

Sim, é verdade (Atos 10:34), e a Eleição é a prova disto. Os sete filhos de Jessé, embora mais velhos e fisicamente superiores a Davi, são deixados por ela, enquanto o jovem pastor é exaltado ao trono de Israel. Os escribas e doutores são ignorados, e pescadores ignorantes são escolhidos para serem os apóstolos do Cordeiro. A verdade Divina é oculta dos “sábios e entendidos”, mas é revelada aos “pequeninos” (Mateus 11:25). A maioria dos poderosos e nobres são ignorados, enquanto os fracos e desprezados são chamados e salvos. Prostitutas e publicanos são docemente compelidos a vir para a festa de casamento, enquanto os fariseus orgulhosos são deixados a perecer em sua própria autojustiça. Verdadeiramente, Deus não faz acepção de pessoas, ou Ele não teria salvado você, meu amigo.

2 – Mas o homem não é um ser responsável, dotado de livre-arbítrio?

O homem é, sem dúvida, um ser responsável. Ele não é uma mera máquina ou autômato. A Escritura uniformemente se refere a ele como quem colhe de acordo com o que semeia, e como alguém que ainda terá de prestar contas pelas coisas feitas no corpo. Mas em nenhum lugar a Bíblia prega o livre-arbítrio do homem natural. O homem por natureza é sujeito a Satanás e escravo do pecado, e não se torna livre até que o Filho de Deus o liberte (João 8:36). “Ninguém pode vir a mim, [mas ele poderia, se ele fosse livre], se o Pai que me enviou não o trouxer” (João 6:44), mas não haveria necessidade de “trazer” se ele fosse livre. Isto é inequívoco.

“Quando a misericórdia vem para abençoar, ele encontra-nos inclinados à maldição. Nós não receberíamos o benefício proferido; rejeitamos a Misericórdia e a Graça. São elas que devem levar-nos cativos em laços de seda, ou de outro modo Deus não pode nos abençoar. O homem, enquanto sua vontade é livre, é desgraçado; é somente quando a sua vontade é presa pelos grilhões da Graça Soberana que ele é gracioso em tudo. Se há uma coisa como livre-arbítrio: Lutero realmente o definiu quando chamou o livre-arbítrio de escravo. É apenas a nossa vontade presa que é verdadeiramente livre. Nossa vontade constrangida, então alcança a liberdade; quando a graça liga-a, em seguida, verdadeiramente, é livre, e só então, quando o Filho a tornou livre”. (C. H. Spurgeon, A Glória da Graça - Efésios 1:6 [Sermão de Nº 2763]).

3 – Mas a Escritura não diz: Todo aquele que quiser, pode vir?

Ele diz, e Cristo ainda não rejeitou nenhuma alma disposta. Se, na undécima hora, o ladrão moribundo que se converteu ao Senhor foi assegurado um lugar no paraíso, e se Saulo, o perseguidor da Igreja – “o principal dos pecadores’ (1 Timóteo 1:15) – encontrou misericórdia, em verdade, todo aquele que quiser, pode vir (Atos 2:21; Apocalipse 22:17). Mas nem todo estão dispostos. A grande maioria das pessoas não tem o desejo de vir a Cristo. Se Deus deixasse isso inteiramente à vontade do homem, ninguém jamais O teria aceitado. Consequentemente, Deus tem de operar em nós “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:13). Mas Deus não opera assim em todos, e isto é feito na eleição.

4 – Mas por que pregar o Evangelho a toda a criatura, se apenas uns “poucos” são escolhidos?

Porque o sacrifício expiatório de Cristo é suficiente para todos, se todos o aceitassem. Porque Deus quis publicar a mui grande e incomparável Graça e Amor insondável do seu Filho amado. Porque o sacrifício de Cristo é eminentemente adaptado a todos, o que serve para um pecador deve atender às necessidades de outro. Porque é pela pregação do Evangelho que os eleitos são chamados para fora do mundo. Finalmente, porque somos ordenados a pregar o Evangelho a todas as nações? “não é para que nós entendamos o porquê; não é para que repliquemos; isto é para nós fazermos – e morrermos.”

5 – Mas esta doutrina não cortará o nervo do esforço evangelístico?

Mais uma vez vamos deixar que o Sr. Spurgeon dê a resposta.

“‘Bem, então’, diz um, “isso vai fazer as pessoas sentarem e cruzarem os braços”. Senhor, não vai! Mas se os homens o fizeram, eu não poderei ajudá-los – meu negócio – como eu já disse muitas vezes neste lugar, não é provar a você a razoabilidade de qualquer verdade, nem defender qualquer verdade das suas consequências. Tudo o que faço aqui – e eu quero dizer para mantê-lo – é apenas para afirmar a verdade porque está na Bíblia! Então, se você não gosta, você deve resolver a disputa com meu Mestre – e se você acha que não é razoável, você deve discutir com a Bíblia. Permita que os outros defendam a Escritura e provem que é verdade. Eles podem fazer o seu trabalho melhor do que eu – o meu é apenas a simples obra de proclamar. Eu sou o mensageiro. Falo a mensagem do meu Mestre. Se você não gosta da mensagem, discuta com a Bíblia, não comigo! Enquanto eu tenho a Escritura do meu lado, eu vou ousar e desafiar você a fazer qualquer coisa contra mim! “Ao SENHOR pertence a salvação!”. O Senhor tem que aplicá-la, para fazer o relutante, disposto; fazer o ímpio, piedoso; e trazer o desprezível rebelde aos pés de Jesus; caso contrário a Salvação nunca será cumprida! Deixe esta coisa desfeita e você terá quebrado o elo da cadeia, a própria ligação que era necessária para a sua integridade. Tire o fato de que Deus começa o bom trabalho e que Ele nos envia o que os antigos teólogos chamam de Graça Preservadora – tire isso e você terá estragado toda a Salvação – você tomou a pedra angular para fora do arco e abaixo ele cai!”. (C. H. Spurgeon, A Salvação Pertence ao Senhor – Jonas 2:9.

CONTINUA...

OUTRAS PARTES DESSA MENSAGEM PODERÃO SER VISTAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO

ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA ELEIÇÃO – PARTE 001

ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA ELEIÇÃO – PARTE 002

ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA ELEIÇÃO – PARTE 003

ARTHUR PINK – A DOUTRINA DA ELEIÇÃO – PARTE 004


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário