O material abaixo foi publicado
pelo site Voltemos ao Evangelho. Demais informações bibliográficas encontram-se
no final do mesmo.
A
Diferença entre Adoração Congregacional e um Show
Por John Piper
Treze anos atrás, nós
perguntávamos: qual deveria ser o som que define a adoração pública na
Bethlehem[1],
além da voz da pregação bíblica?
Nós queríamos dizer: deve ser
órgão, piano, guitarra, bateria, coral, equipe de louvor, orquestra, etc.? A
resposta que demos foi: “os membros da Bethlehem cantando”.
Alguns pensaram: isso não ajuda
muito a decidir quais instrumentos devem ser usados. Talvez não. Mas ajuda
absurdamente a esclarecer o significado de tais momentos.
Se a Bethlehem não está “entoando
e louvando de coração ao Senhor” (Efésios 5.19), então está tudo acabado. Nós
declaramos falência e fechamos. Este não é um compromisso pequeno.
James K. A. Smith, escrevendo ano
passado, fez uma declaração semelhante. Enquanto pode haver algumas exceções ao
que ele diz aqui, penso que é totalmente correto em relação ao principal
impulso da adoração congregacional cristã.
1. Se nós, a
congregação, não podemos nos ouvir, não é adoração.
Adoração cristã não é um show. Em
um show (uma “forma de apresentação” particular), nós frequentemente esperamos
ser completamente imersos no som, especialmente em certos estilos de música. Em
um show, nós esperamos aquela estranha espécie de privação sensorial que
acontece com a sobrecarga sensorial, quando o golpe do baixo em nosso peito e a
onda de música sobre a multidão nos deixa com uma sensação de vertigem
auricular. E não há nada errado com shows! Só que a adoração cristã não é um
show. A adoração cristã é uma prática coletiva e pública — e o som unificado e
a harmonia da congregação cantando junta são essenciais à prática da adoração.
É uma maneira de “apresentar” a realidade de que, em Cristo, somos um corpo.
Mas isso requer que, de fato, sejamos capazes de ouvir nós mesmos e nossos
irmãos e irmãs cantando conosco. Quando o som amplificado do grupo de louvor
supera as vozes da congregação, não podemos ouvir nós mesmos cantando — então
perdemos o aspecto público da congregação e somos encorajados a efetivamente
nos tornarmos adoradores “particulares” e
2. Se nós, a
congregação, não podemos acompanhar, não é adoração.
Em outras formas de apresentação
musical, os músicos e as bandas irão querer improvisar e “ser criativos”,
oferecendo novas adaptações e exibindo sua virtuosidade com todo o tipo de
firulas, pausas e improvisações sobre o tom recebido. Novamente, esse pode ser
um aspecto prazeroso de um show, mas na adoração cristã isso só significa que
nós, a congregação, não podemos acompanhar. Então sua virtuosidade dá lugar à
nossa passividade; sua criatividade simplesmente encoraja nosso silêncio. E
enquanto você pode estar adorando com sua criatividade, a mesma criatividade,
na verdade, cala a canção congregacional.
3. Se vocês, o grupo de
louvor, estão no centro da atenção, não é adoração.
Eu sei que normalmente não é sua
culpa que o tenhamos colocado na frente da igreja. E eu sei que você quer ser
modelo de adoração para que nós o imitemos. Mas por termos encorajado você a
basicamente importar formas de apresentação do meio artístico para o santuário,
podemos não perceber que também involuntariamente encorajamos um senso de que
você está no centro da atenção. E quando seu desempenho se torna uma
demonstração da sua habilidade — mesmo com a melhor das intenções — é difícil
contrariar a tentação de fazer do grupo de louvor o foco da nossa atenção.
Quando o grupo de louvor toca longos períodos instrumentais, os quais podem ser
considerados pelo próprio grupo como “ofertas para Deus”, nós, a congregação,
nos tornamos completamente passivos, e por termos adotado hábitos de tomarmos
como exemplo a música dos Grammys e do meio artístico, nós involuntariamente
fazemos de vocês o centro da atenção. Pergunto-me se pode haver alguma reflexão
intencional a respeito da localização (ao lado? Liderar o louvor de trás?) e da
performance que possa nos ajudar a contra-atacar tais hábitos que trazemos
conosco para a adoração.
O artigo original poderá ser
visto por meio desse link aqui?
Por: Justin Taylor; Original: The
Difference between Congregational Worship and a Concert. Site:
thegospelcoalition.org Copyright © 2014 The Gospel Coalition.
Tradução: Alan Cristie; Original:
A Diferença entre Adoração Congregacional e um Show
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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