Esse é um estudo especial que irá abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina acerca de tudo o que nos é importante.
INTRODUÇÃO GERAL
CONTINUAÇÃO:
Quando do surgimento do período
crítico[1]
moderno, que teve seu início por volta de meados do século XVIII, os estudos do
Novo Testamento estavam então abertos a todo tipo de análise e sofreram duros e
pesados ataques de muitos livres pensadores daqueles dias.
O verdadeiro divisor de águas
desse período foi o surgimento do chamado iluminismo, o qual, como o próprio
nome já define, tinha intenção de lançar luz sobre todas as coisas,
especialmente as religiosas que, até então estiveram bem amparadas dentro de
cada uma de suas denominações. A primeira crítica introduzida pelo iluminismo
foi a de que a Bíblia deveria ser considerada apenas como literatura. Como outro
livro qualquer, já que uma das teses mais fortes do movimento era negar até
mesmo a possibilidade da existência de milagres, da inspiração e a existência
do próprio Deus. Muitas dessas agressões eram gratuitas e o tempo se ocupou em
provar que, na realidade, não passavam de verdadeiras tolices. Os iluministas
acreditavam que podiam explicar a Bíblia sem conhecer as línguas originais, sem
conhecer teologia e etc. Tudo o que era necessário era conhecer a história, mas
com a dispensa da maior parte do que está registrado no Novo Testamento como
sendo mitológico, havia pouca história para confirmar qualquer hipótese
levantada.
A primeira diferenciação entre
teologia bíblica e teologia dogmática foi feita por J. P. Gabler em 1787
alegando as duas coisas seguintes. Para ele:
1. A teologia dogmática era
apenas fruto daquilo que homens eram capazes de racionalizar, de maneira
filosófica.
2. Já a teologia bíblica era
considerada por ele como merecedora de verdadeira atenção, pois se tratava de
uma disciplina histórica.
Logo depois da obra de Grabel,
outros estudos racionalistas surgiram, apesar que a intenção dos mesmos se
resumia em tentar usar as Escrituras para apoiar o próprio racionalismo.
Essas obras iniciais tiveram uma
forte influência em como o Novo Testamento foi tratado pela filosofia de Georg
Wilhelm Friedrich Hegel, a qual, por sua vez influenciou a abordagem dos estudiosos
com relação à própria história. Com o Novo Testamento descartado, como mencionamos
acima, foi necessário “inventar” uma história completamente nova para
substituir aquela contida nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Tudo
isso resultou numa brusca separação entre os dois testamentos contidos na
Bíblia. Isso aconteceu por volta de 1800. A partir dessa data os dois
testamentos passaram a receber atenção exclusiva, com diversas teorias sendo
inventadas para “explicar historicamente” como os mesmos surgiram.
Essa separação trouxe à tona, especialmente
no caso do Novo Testamento, a questão que envolvia o problema das diferenças e
da unidade do mesmo. A abordagem crítica de F. C. Baur do Novo Testamento, teve
seu ponto de partida na aceitação, gratuita, que existia uma tensão no Novo
Testamento entre duas facções: uma defendia o apóstolo Pedro, enquanto a
segunda defendia o apóstolo Paulo. Aqui precisamos enfatizar ainda outra vez,
que muitas dessas hipóteses eram gratuitas e só se sustentavam porque seus
inventores desprezavam o que de fato estava escrito no Novo Testamento. À medida
que avançarmos nesses estudos não será difícil perceber que os críticos do
nosso século, estão apenas reciclando as mesmas velhas ideias que já foram
demolidas pelos cristãos dos séculos XVIII e XIX.
A característica fundamental
desse movimento sempre foi uma ênfase excessiva nas suposições históricas
aliadas a um profundo desprezo por aquilo que está registrado no Novo
Testamento. A teoria de Baur, como afirmamos, já foi desmantelada com o tempo,
mas sua influência perdura em críticos de araque que, periodicamente, escrevem
livros tentado reinventar a história negando a historicidade do Novo
Testamento. A maioria dos argumentos, desde Baur, não passam de bobagens. A
influência de Baur pode ser melhor sentida na infindável “Busca pelo Jesus Histórico”,
que já se encontra em sua terceira etapa, sempre terminando em grande
frustração para os críticos, que a cada nova versão da busca, acabam se
aproximando mais das historicidade do Novo Testamento.
CONTINUA...
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 008
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Que Deus abençoe a todos
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos
leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
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Desde já agradecemos a todos.
[1] Crítico
— essa simples palavra tem causado mais confusões do que muitas teologias
heréticas bem sofisticadas. Todavia a palavra crítico ou crítica significam
apenas “análise”. O período crítico se refere ao período em que se começou a
analisar todas as coisas e nada mais podia ser aceito de forma dogmática.
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