Deus te ama e tem um plano maravilhoso para a tua vida.
O artigo abaixo é da
autoria do irmão Augustus Nicodemus Lopes.
Afinal, o que está errado com a teologia da
prosperidade?
Apesar de até o presente
só ter melhorado a vida dos seus pregadores e fracassado em fazer o mesmo com a
vida dos seus seguidores, a teologia da prosperidade continua a influenciar as
igrejas evangélicas no Brasil.
Uma das razões pela
qual os evangélicos têm dificuldade em perceber o que está errado com a
teologia da prosperidade é que ela é diferente das heresias clássicas, aquelas
defendidas pelos mórmons e "testemunhas de Jeová" sobre a pessoa de
Cristo, por exemplo. A teologia da prosperidade é um tipo diferente de erro
teológico. Ela não nega diretamente nenhuma das verdades fundamentais do
Cristianismo. A questão é de ênfase. O problema não é o que a teologia da
prosperidade diz, e sim o que ela não diz.
1. Ela está certa
quando diz que Deus tem prazer em abençoar seus filhos com bênçãos materiais,
mas erra quando deixa de dizer que qualquer bênção vinda de Deus é graça e não
um direito que nós temos e que podemos revindicar ou exigir dele.
2. Ela acerta quando
diz que podemos pedir a Deus bênçãos materiais, mas erra quando deixa de dizer
que Deus tem o direito de negá-las quando achar por bem, sem que isto seja por
falta de fé ou fidelidade de nossa parte.
3. Ela acerta quando
diz que devemos sempre declarar e confessar de maneira positiva que Deus é bom,
justo e poderoso para nos dar tudo o que precisamos, mas erra quando deixa de
dizer que estas declarações positivas não têm poder algum em si mesmas para
fazer com que Deus nos abençoe materialmente.
4. Ela acerta quando
diz que devemos dar o dízimo e ofertas, mas erra quando deixa de dizer que isto
não obriga Deus a pagá-los de volta.
5. Ela acerta quando
diz que Deus faz milagres e multiplica o azeite da viúva, mas erra quando deixa
de dizer que nem sempre Deus está disposto, em sua sabedoria insondável, a
fazer milagres para atender nossas necessidades, e que na maioria das vezes ele
quer nos abençoar materialmente através do nosso trabalho duro, honesto e
constante.
6. Ela acerta quando
identifica os poderes malignos e demoníacos por detrás da opressão humana, mas
erra quando deixa de identificar outros fatores como a corrupção, a
desonestidade, a ganância, a mentira e a injustiça, os quais se combatem, não
com expulsão de demônios, mas com ações concretas no âmbito social, político e
econômico.
7. Ela acerta quando
diz que Deus costuma recompensar a fidelidade, mas erra quando deixa de dizer
que por vezes Deus permite que os fiéis sofram muito aqui neste mundo.
8. Ela está certa
quando diz que podemos pedir e orar e buscar prosperidade, mas erra quando
deixa de dizer que um não de Deus a estas orações não significa que Ele está
irado conosco.
9. Ela acerta quando
cita textos da Bíblia que ensinam que Deus recompensa com bênçãos materiais àqueles
que o amam, mas erra quando deixa de mostrar aquelas outras passagens que
registram o sofrimento, pobreza, dor, prisão e angústia dos servos fiéis de
Deus.
10. Ela acerta quando
destaca a importância e o poder da fé, mas erra quando deixa de dizer que o
critério final para as respostas positivas de oração não é a fé do homem, mas a
vontade soberana de Deus.
11. Ela acerta quando
nos encoraja a buscar uma vida melhor, mas erra quando deixa de dizer que a
pobreza não é sinal de infidelidade e nem a riqueza é sinal de aprovação da
parte de Deus.
12. Ela acerta quando
nos encoraja a buscar a Deus, mas erra quando induz os crentes a buscá-lo em
primeiro lugar por aquelas coisas que a Bíblia constantemente considera como
secundárias, passageiras e provisórias, como bens materiais e saúde.
A teologia da
prosperidade, à semelhança da teologia da libertação e do movimento de batalha
espiritual, identifica um ponto biblicamente correto, abstrai-o do contexto
maior das Escrituras e o utiliza como lente para reler toda a revelação,
excluindo todas aquelas passagens que não se encaixam. Ao final, o que temos é
uma religião tão diferente do Cristianismo bíblico que dificilmente poderia ser
considerada como tal. Estou com saudades da época em que falso mestre era aquele
que batia no portão da nossa casa para oferecer um exemplar do livro de Mórmon
ou da Torre de Vigia...
Postado por Augustus
Nicodemus Lopes
O artigo original
poderá ser lido por meio do seguinte link:
Que Deus abençoe a
todos.
Alexandros Meimaridis
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todos.
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