O artigo abaixo foi
publicado pelo site da revista Carta Capital e é da autoria de Henrique
Beirangê
Pastor “abençoou” propina do merendão do PSDB
Interceptação
telefônica autorizada pela Justiça mostra que investigado estava preocupado com
entrega
por Henrique Beirangê
Interceptações
telefônicas realizadas durante as investigações da máfia da merenda em São
Paulo mostram que um vendedor da cooperativa Coaf pediu a benção de um pastor
para transportar 80 mil reais em propinas. O vendedor Carlos Luciano estava
preocupado porque um mês antes um outro integrante da quadrilha havia sido
preso com 95,5 mil reais quando se aproximava da cidade de Taiúva, interior do
estado.
Na chamada realizada
no dia 18 de novembro às 17h16, Carlos Luciano conversa com um pastor sobre a
entrega. Carlos diz que está “angustiado” em função da remessa. O pastor
responde “não é só você não, amanhã vamos ficar nóis (sic) tudo ansioso esperando
a resposta”. Carlos diz que está levando uma “comissão” de 80 mil reais a uma
“pessoa de confiança” e seria “onça sobre onça”, possivelmente se referindo a
notas de 50 reais. Carlinhos diz esperar a “benção de Deus”.
O vendedor diz que
“vai estar orando” e o pastor diz que “Deus vai cuidar”. Lopes acabou sendo
preso no início desse ano junto de outros seis investigados. Todos já foram
soltos.
Tirando da boca de crianças pobres, a fraude possibilitou só no ano passado ganhos de pelo menos 25 milhões de reais. Tudo ia muito bem, até que a gula dos merendeiros foi ficando cada vez maior, e brigas internas sobre quem levaria a maior parte desse bolo fez um integrante da cooperativa realizar a denúncia em uma delegacia de polícia.
A denúncia deu origem
à operação Alba Branca, que apura o envolvimento direto de Fernando Capez
(PSDB), presidente da Assembleia Legislativa paulista, dos deputados federais
Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) e do deputado estadual Luiz Carlos
Gondim (SD).
Nesta semana foram
autorizadas a quebra de sigilo de Capez e de seus assessores. Todos já negaram
as acusações.
Até o momento já
foram citados em depoimentos e interceptações telefônicas os nomes dos
secretários da Casa Civil do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Edson
Aparecido; da Agricultura, Arnaldo Jardim; de Logística e Transportes, Duarte
Nogueira e do ex-secretário de Educação Herman Voorwald do governo Alckmin.
O artigo original foi
publicado pelo site da revista Carta Capital e pode ser visto por meio desse
link aqui:
NOSSO COMENTÁRIO
O mundo representado
pelo povo chamado evangélico está repleto de pessoas que usam a religião apenas
como uma forma de enriquecerem. Tendo como exemplos os grandes pastores das
denominações midiáticas, não é de se admirar que outros peixes menores sigam o mau
exemplo que vêm nas lideranças maiores que, enquanto isso, continuam intocadas
pelas autoridades competentes. Até quando?
Que Deus abençoe a
todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos
leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
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Desde já agradecemos a todos.
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