domingo, 25 de janeiro de 2015

UM ESTUDO SOBRE O PECADO — PARTE 013A — PECADO E CASTIGO — PARTE A



Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, os ensinamentos da Bíblia acerca do pecado, com uma ênfase especial na questão do chamado “pecado para a morte”. Os demais estudos dessa série poderão ser acessados por meio dos links alistados no final desse estudo.  

13A. Pecado e Castigo — PARTE A

I. O pecado exige uma satisfação, um castigo. Como uma afronta à infinita majestade de Deus, o pecado demanda um castigo também infinito e sem limites. É por esse motivo que a Bíblia fala de que o salário do pecado é a morte e de punição eterna no inferno. Este castigo é o reflexo da santidade de Deus onde Ele se mantém a Si mesmo em oposição aos pecados do homem. Em resposta ao pecado, a santidade de Deus assume a forma de justiça expressa em ira infinita e julgamento ilimitado —

Salmos 7:11—17

11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias.

12 Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;

13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.

14 Eis que o ímpio está com dores de iniquidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.

15 Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.

16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência.

17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.

II. A resposta de Deus ao pecado, entretanto, acontece do modo como descrito acima na história, apenas na cruz de Cristo, onde o próprio filho se torna o objeto tanto do julgamento quanto da ira de Deus. Como o salário do pecado é a morte, Jesus morre. Como a consequência de se ofender a infinita majestade de Deus é receber infinito castigo, Jesus experimenta exatamente este tipo de castigo a nosso favor. Em todas as outras instâncias, com exceção da Cruz, a ira de Deus e Sua justiça punitiva são sempre corretivas, uma forma de ira em benefício da graça de Deus bem como uma forma de julgamento que pode ser mudado ou evitado se o homem se arrepender e responder de maneira apropriada à graça de Deus. O exemplo bíblico mostrado no livro de Jonas contém todos estes elementos: AQUI RECOMENDA-SE QUE O LEITOR ABRE SUA BÍBLIA NO LIVRO DE JONAS E ACOMPANHE, PORÇÃO POR PORÇÃO, NAS PRÓPRIAS PAGINAS DAS ESCRITURAS SAGRADAS A NARRATIVA A SEGUIR PARA UMA MELHOR APRECIAÇÃO DAQUILO QUE ESTAMOS DIZENDO:

A. Deus chama Jonas e o manda ir a Nínive clamar contra ela a mensagem do Senhor — Jonas 1:1—2.

B. Jonas decide desobedecer a Deus, pois quer evitar que a graça de Deus alcance os Ninivitas — Jonas 1:2—3. Ver Jonas 4:2 onde Jonas explica os motivos porque fugiu em vez de ir a Nínive como Deus lhe havia ordenado.

C. Deus vai atrás de Jonas e o alcança em julgamento visando o benefício da Sua graça. Deus não queria castigar Jonas, queria conduzi-lo ao arrependimento — Jonas 1:4, 11, 13.

D. Jonas sugere que os marinheiros o lancem para fora do barco — Jonas 1:12.

E. Os marinheiros em desespero, eles não eram assassinos, clamam pela misericórdia e perdão Divinos pelo que irão fazer e ato contínuo lançam Jonas ao mar — Jonas 1:14—15.

F. Deus torna uma situação ruim em um testemunho positivo e seu terrível julgamento, a serviço da Sua graça, faz com que os marinheiros temam a Deus — Jonas 1:16.

G. Deus resgata graciosamente a Jonas da tormenta do mar — Jonas 1:17.

H. Jonas se arrepende e se lembra que Deus é um Deus misericordioso e que a salvação pertence a Deus — único lugar em toda a Bíblia onde aparece a frase “Ao SENHOR pertence a salvação!”. Deus ouve sua oração de arrependimento e lhe restitui a vida na terra — Jonas 2:1—10.

I. Novamente a justiça de Deus em benefício da sua graça, ordena a Jonas que vá e proclame a mensagem do Senhor em Nínive. Jonas vai e prega em Nínive. Sua má vontade é bem evidente. Seu sermão contém somente 7 palavras: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”. Jonas 3:1—4.

J. Jonas sabia que com aquele tipo de mensagem pregada, a reação mais provável dos ninivitas, seria de incredulidade e zombaria. Por esse motivo ele sai da cidade mais não vai embora. Fica ali perto. Ele queria ver a destruição anunciada! — Jonas 4:5.

K. Enquanto isso, dentro da cidade os ninivitas se arrependeram e clamaram pela misericórdia de Deus. Jonas 3:5—9.

M. Deus se arrepende e não leva a cabo o mal anunciado. Sua graça triunfa sobre Seu julgamento anunciado — Jonas 3:10. O “arrependimento de Deus” reflete, na literatura bíblica, apenas que Deus mudou a forma de tratar determinada situação. Não é como o arrependimento humano que envolve atitudes ou pensamento errados.

N. Jonas fica desgostoso com o perdão que Deus concedeu aos ninivitas e Deus o questiona acerca desta ira. Jonas 4:1 e 4. Note a diferença da ira de Deus a serviço da graça de Deus e a ira de Jonas a serviço da vingança.

O. Deus ensina uma lição objetiva a Jonas acerca de como a ira e o julgamento de Deus estão a serviço da graça de Deus. Enquanto Jonas sente compaixão de uma planta que nunca fez nenhum mal, Deus sente compaixão pelos pecadores perdidos — Jonas 4:6—11.

III. O único julgamento Divino que Deus não pode evitar nem se arrepender é aquele que ocorreu na cruz do Calvário. Que todas as outras manifestações de julgamento da parte de Deus sobre o pecado, são sempre contingentes — que podem ou não suceder; eventuais, incertas — e não absolutos; corretivos e não definitivos devem ser um indicativo claro de que toda a justiça administrada pelas sociedades humanas deve visar sempre remediar e corrigir e nunca ser meramente punitiva nem, em nenhuma hipótese, final — como a aplicação da pena de morte.

IV. Voltemos agora ao julgamento de Deus, que Ele levou a cabo na cruz do Calvário que foi, como dissemos o único julgamento definitivo na história da humanidade. O que se passou nos momentos que se referem às últimas horas da vida do nosso Senhor sobre esta terra e até que Ele clamou “está consumado”, não pode se descrito em palavras e muito menos mostrado em película cinematográfica. Todavia, dentro do possível, Deus nos concede através de Sua palavra, uma visão suficiente — suficiente dentro daquilo que Deus mesmo intencionava para nós — do que se passou. Os evangelhos sinóticos — Mateus, Marcos e Lucas — descrevem os acontecimentos passados no jardim do Getsêmani em mais detalhes que João, que se ocupa, por sua vez, muito mais com as horas passadas no Cenáculo — João 13 a 17. Para este estudo vamos nos valer da versão de Marcos — considerada a mais antiga — e fazer referências a Mateus e Lucas quando necessárias.

CONTINUA...

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O PECADO — ESTUDO —002 — A QUEDA — UMA INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS 3 — PARTE 1

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O PECADO — ESTUDOS 013A — PECADO E  O CASTIGO PARTE A

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O PECADO — ESTUDOS 014A — O PECADO PARA A MORTE — PARTE A — INTRODUÇÃO — QUESTÕES HERMENÊUTICAS

O PECADO — ESTUDOS 014B — O PECADO PARA A MORTE — PARTE B —DIFERENTES TIPOS DE PENAS E CASTIGOS PARA O PECADO IMPERDOÁVEL

O PECADO — ESTUDOS 014C — O PECADO PARA A MORTE — PARTE C —DIFERENTES TIPOS DE PESSOAS QUE PODEM COMETER O  PECADO IMPERDOÁVEL
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/08/um-estudo-sobre-o-pecado-parte-014_13.html

Grande Abraço e que Deus possa abençoar a todos.

Alexandros Meimaridis

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