Essa é uma série cujo propósito é estudar, com
profundidade, os ensinamentos da Bíblia acerca do pecado, com uma ênfase
especial na questão do chamado “pecado para a morte”. Os demais estudos dessa
série poderão ser acessados por meio dos links alistados no final desse
estudo.
13A. Pecado e Castigo —
PARTE A
I. O pecado exige uma
satisfação, um castigo. Como uma afronta à infinita majestade de Deus, o pecado
demanda um castigo também infinito e sem limites. É por esse motivo que a
Bíblia fala de que o salário do pecado é a morte e de punição eterna no
inferno. Este castigo é o reflexo da santidade de Deus onde Ele se mantém a Si
mesmo em oposição aos pecados do homem. Em resposta ao pecado, a santidade de
Deus assume a forma de justiça expressa em ira infinita e julgamento ilimitado
—
Salmos 7:11—17
11 Deus é justo juiz, Deus que
sente indignação todos os dias.
12 Se o homem não se converter,
afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;
13 para ele preparou já
instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.
14 Eis que o ímpio está com dores
de iniquidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.
15 Abre, e aprofunda uma cova, e
cai nesse mesmo poço que faz.
16 A sua malícia lhe recai sobre a
cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência.
17 Eu, porém, renderei graças ao
SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.
II. A resposta de Deus ao
pecado, entretanto, acontece do modo como descrito acima na história, apenas na
cruz de Cristo, onde o próprio filho se torna o objeto tanto do julgamento
quanto da ira de Deus. Como o salário do pecado é a morte, Jesus morre. Como a
consequência de se ofender a infinita majestade de Deus é receber infinito
castigo, Jesus experimenta exatamente este tipo de castigo a nosso favor. Em
todas as outras instâncias, com exceção da Cruz, a ira de Deus e Sua justiça
punitiva são sempre corretivas, uma forma de ira em benefício da graça de Deus
bem como uma forma de julgamento que pode ser mudado ou evitado se o homem se
arrepender e responder de maneira apropriada à graça de Deus. O exemplo bíblico
mostrado no livro de Jonas contém todos estes elementos: AQUI RECOMENDA-SE QUE
O LEITOR ABRE SUA BÍBLIA NO LIVRO DE JONAS E ACOMPANHE, PORÇÃO POR PORÇÃO, NAS
PRÓPRIAS PAGINAS DAS ESCRITURAS SAGRADAS A NARRATIVA A SEGUIR PARA UMA MELHOR
APRECIAÇÃO DAQUILO QUE ESTAMOS DIZENDO:
A. Deus chama Jonas e o manda ir
a Nínive clamar contra ela a mensagem do Senhor — Jonas 1:1—2.
B. Jonas decide desobedecer a
Deus, pois quer evitar que a graça de Deus alcance os Ninivitas — Jonas 1:2—3. Ver
Jonas 4:2 onde Jonas explica os motivos porque fugiu em vez de ir a Nínive como
Deus lhe havia ordenado.
C. Deus vai atrás de Jonas e o
alcança em julgamento visando o benefício da Sua graça. Deus não queria
castigar Jonas, queria conduzi-lo ao arrependimento — Jonas 1:4, 11, 13.
D. Jonas sugere que os
marinheiros o lancem para fora do barco — Jonas 1:12.
E. Os marinheiros em desespero,
eles não eram assassinos, clamam pela misericórdia e perdão Divinos pelo que
irão fazer e ato contínuo lançam Jonas ao mar — Jonas 1:14—15.
F. Deus torna uma situação ruim
em um testemunho positivo e seu terrível julgamento, a serviço da Sua graça, faz
com que os marinheiros temam a Deus — Jonas 1:16.
G. Deus resgata graciosamente a
Jonas da tormenta do mar — Jonas 1:17.
H. Jonas se arrepende e se
lembra que Deus é um Deus misericordioso e que a salvação pertence a Deus — único
lugar em toda a Bíblia onde aparece a frase “Ao SENHOR pertence a salvação!”.
Deus ouve sua oração de arrependimento e lhe restitui a vida na terra — Jonas
2:1—10.
I. Novamente a justiça de Deus
em benefício da sua graça, ordena a Jonas que vá e proclame a mensagem do
Senhor em Nínive. Jonas vai e prega em Nínive. Sua má vontade é bem evidente.
Seu sermão contém somente 7 palavras: “Ainda quarenta dias, e Nínive será
subvertida”. Jonas 3:1—4.
J. Jonas sabia que com aquele
tipo de mensagem pregada, a reação mais provável dos ninivitas, seria de
incredulidade e zombaria. Por esse motivo ele sai da cidade mais não vai
embora. Fica ali perto. Ele queria ver a destruição anunciada! — Jonas 4:5.
K. Enquanto isso, dentro da
cidade os ninivitas se arrependeram e clamaram pela misericórdia de Deus. Jonas
3:5—9.
M. Deus se arrepende e não leva
a cabo o mal anunciado. Sua graça triunfa sobre Seu julgamento anunciado —
Jonas 3:10. O “arrependimento de Deus” reflete, na literatura bíblica, apenas
que Deus mudou a forma de tratar determinada situação. Não é como o
arrependimento humano que envolve atitudes ou pensamento errados.
N. Jonas fica desgostoso com o
perdão que Deus concedeu aos ninivitas e Deus o questiona acerca desta ira.
Jonas 4:1 e 4. Note a
diferença da ira de Deus a serviço da graça de Deus e a ira de Jonas a serviço
da vingança.
O. Deus ensina uma lição
objetiva a Jonas acerca de como a ira e o julgamento de Deus estão a serviço da
graça de Deus. Enquanto Jonas sente compaixão de uma planta que nunca fez
nenhum mal, Deus sente compaixão pelos pecadores perdidos — Jonas 4:6—11.
III. O único julgamento Divino
que Deus não pode evitar nem se arrepender é aquele que ocorreu na cruz do
Calvário. Que todas as outras manifestações de julgamento da parte de Deus
sobre o pecado, são sempre contingentes — que podem ou não suceder; eventuais,
incertas — e não absolutos; corretivos e não definitivos devem ser um
indicativo claro de que toda a justiça administrada pelas sociedades humanas
deve visar sempre remediar e corrigir e nunca ser meramente punitiva nem, em
nenhuma hipótese, final — como a aplicação da pena de morte.
IV. Voltemos agora ao julgamento
de Deus, que Ele levou a cabo na cruz do Calvário que foi, como dissemos o
único julgamento definitivo na história da humanidade. O que se passou nos
momentos que se referem às últimas horas da vida do nosso Senhor sobre esta
terra e até que Ele clamou “está consumado”, não pode se descrito em palavras e
muito menos mostrado em película cinematográfica. Todavia, dentro do possível, Deus
nos concede através de Sua palavra, uma visão suficiente — suficiente dentro
daquilo que Deus mesmo intencionava para nós — do que se passou. Os evangelhos
sinóticos — Mateus, Marcos e Lucas — descrevem os acontecimentos passados no
jardim do Getsêmani em mais detalhes que João, que se ocupa, por sua vez, muito
mais com as horas passadas no Cenáculo — João 13 a 17. Para este estudo vamos
nos valer da versão de Marcos — considerada a mais antiga — e fazer referências
a Mateus e Lucas quando necessárias.
CONTINUA...
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O PECADO — ESTUDO —002 — A QUEDA — UMA INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS 3 — PARTE 1
O PECADO — ESTUDO —003 — A QUEDA — UMA INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS 3 — PARTE 2
O PECADO — ESTUDO —004 — A QUEDA PROPRIAMENTE DITA — UMA INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS 3 — PARTE 3 — FINAL
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O PECADO — ESTUDOS 013C — PECADO E O CASTIGO PARTE C — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 002
O PECADO — ESTUDOS 013D — PECADO E O CASTIGO PARTE D — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 003
O PECADO — ESTUDOS 013E — PECADO E O CASTIGO PARTE E — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 004
O PECADO — ESTUDOS 013F — PECADO E O CASTIGO PARTE F — JESUS NO GETSÊMANI — PARTE 005
O PECADO — ESTUDOS 014A — O PECADO PARA A MORTE — PARTE A — INTRODUÇÃO — QUESTÕES HERMENÊUTICAS
O PECADO — ESTUDOS 014B — O PECADO PARA A MORTE — PARTE B —DIFERENTES TIPOS DE PENAS E CASTIGOS PARA O PECADO IMPERDOÁVEL
O PECADO — ESTUDOS 014C — O PECADO PARA A MORTE — PARTE C —DIFERENTES TIPOS DE PESSOAS QUE PODEM COMETER O PECADO IMPERDOÁVEL
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/08/um-estudo-sobre-o-pecado-parte-014_13.html
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Alexandros Meimaridis
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