quarta-feira, 18 de julho de 2012

AS SETE LEIS NOAICAS



Recentemente tive minha atenção chamada para o que é conhecido como as “Sete Leis Noaicas”. Mesmo não fazendo parte do besteirol que não tem fim dos evangélicos, ainda assim é um dos muitos besteiróis inventados pelos rabinos judeus, no decorrer dos séculos. Como tal, merece um lugar nesta longa lista.

Creio que o texto a seguir pode ser útil a muitos leitores por suas implicações. É claro que nem todos os rabinos judeus estão envolvidos neste verdadeiro “imbróglio”, mas alguns, particularmente muito doentes da cabeça, estão metidos até o pescoço. Porque é importante discutirmos esta questão acerca das Sete Leis Noaicas? Porque, como veremos, alguns rabinos judeus dão a este novo início da história da humanidade, com Noé, uma interpretação própria muito particular, com implicações, algumas bastante sinistras, sobre o futuro de toda a humanidade se, algum dia, eles conseguirem aquilo que almejam.

De acordo com alguns rabinos judeus, especialmente entre os chamados ortodoxos, Deus impôs a todos os seres humanos, primeiro com Adão, mas sobretudo com Noé após o dilúvio, os seguinte 7 mandamentos ou leis, que são obrigatórios e precisam ser obedecidos. A pena para os desobedientes é a morte por decapitação! Quais são estes mandamentos que, se não os obedecermos, estaremos correndo o risco de perder nossas preciosas cabeças? Segue a lista:

1. Avodah Zarah - Proibição contra idolatria. Este mandamento inclui, além da proibição de fabricar e adorar ídolos, a obrigatoriedade de fazer orações exclusivamente ao Deus do Antigo Testamento, bem como a obrigatoriedade de oferecer sacrifícios rituais somente a este mesmo Deus. Nossa fé em um Deus triuno é uma direta violação deste e do próximo mandamento.

2. Birchat HaShem - Proibição contra blasfêmia contra o Deus verdadeiro. Neste mandamento estão incluídos: A crença na existência de um único Deus. São terminantemente proibidos: blasfêmias contra Deus, feitiçaria, adivinhação, conjuração ou conspirações, feiticeiros, médiuns, práticas demoníacas, consultar os mortos e etc. Neste mandamento inclui-se também a obrigatoriedade de honrar pai e mãe.

3. Shefichat Damim - Proibição contra matar o semelhante. Este mandamento engloba algumas variantes que incluem: assassinato, suicídio, sacrifícios humanos em adoração aos ídolos e também os abortos.

4. Gezel - Proibição contra roubar. Inclui seqüestro, que é visto como um tipo de “roubo” da própria pessoa.

5. Gilui Arayot - Proibição contra imoralidade sexual. Inclui o adultério, o incesto, o homossexualismo, a bestialidade – sexo com animais – o cruzamento de animais de espécies diferentes e proíbe a castração.

6. Ever Min HaChai - Proibição acerca de comer carne animal com o sangue ainda nela. Não se deve comer nem beber sangue animal.

7. Dinim - Instrução acerca do estabelecimento de cortes de justiça para impor o cumprimento das leis acima. Proíbe também o falso testemunho.

A maioria dos rabinos, que aceita esta teoria, se restringe a estas sete leis. Todavia alguns acham que as Leis são 10 no total. Outros especulam que o número correto deve ser 33, enquanto um quarto grupo acredita que 60 deve ser o número exato. Bem, durma-se com um barulho desses!

Enquanto os rabinos discutem quantas são, ou devem ser as Leis Noaicas, o presidente estadunidense George H. W. Bush assinou como Lei, em 26 de Março de 1991, uma resolução conjunta do Congresso dos Estados Unidos da América, que decreta o dia 26 de Março como o “Dia da Educação nos Estados Unidos da América”. Esta resolução conjunta tornou-se, de maneira oficial, a Lei 102 – 14. O título da Lei é bastante inocente e não deve provocar nenhum tipo de perturbação no público. Mas existem problemas sim, com a lei 102 – 14. Esta lei diz, de maneira bastante enfática, que a civilização humana, desde seus primórdios, está baseada em um conjunto de leis intituladas como as “Sete Leis Noaicas”. Esta afirmativa seria, certamente, disputada pela vasta maioria dos habitantes do planeta terra que não reconhecem as invencionices judaicas como verdades de nenhuma ordem. Além do mais, a mesma lei afirma que os Estados Unidos da América foram fundados, enquanto nação, sobre estas mesmas leis. Esta afirmação também está sujeita à chuvas e trovoadas.

Qual é a origem destas leis? Certamente elas não podem ser encontradas nem em Gênesis 2 ou 9. De fato, uma leitura atenta dos capítulos 17—19 do livro de Levítico, vai deixar evidente que é desses capítulos que as chamadas Sete Leis Noaicas, acima mencionadas, foram retiradas.

De acordo com a Enciclopédia Britannica, a expressão “Leis Noaicas” é uma designação inventada pelos autores do Talmude e, dizem respeito a um conjunto de leis, dadas originalmente por Deus a Adão e depois a Noé, antes da revelação concedida a Moisés no monte Sinai. Como foram concedidas diretamente a Adão e a Noé, elas são mandatórias a todos os seres humanos, menos para os judeus, que são regidos pela Lei concedida por Deus a Moisés no monte Sinai. Ou seja, para os rabinos judeus que escreveram o Talmude Babilônico, as Sete Leis Noaicas servem também para fazer mais uma distinção entre os judeus e os gentios, onde os primeiros são tratados de modo preferencial e os outros como seres inferiores! A intenção é clara: tentar manter, cada vez mais alta, a parede de separação que os judeus insistem em dizer que existe entre eles mesmos e os gentios. Foi esta parede que Jesus derrubou por completo e, por este motivo, Ele oferece salvação, de forma indistinta, tanto para judeus como para gentios – ver Efésios 2:14 – 16 e note, especialmente, como Jesus aboliu a Lei do Antigo Testamento, que é usada pelos judeus para se diferenciarem de todas as outras pessoas. Todavia, o Deus que é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e é o mesmo Deus de Moisés, não faz acepção de pessoas como pode ser atestado pelos versos a seguir tanto do Antigo quanto do Novo Testamento:


• Deuteronômio 10:17 - Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno.


• Deuteronômio 16:19 - Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos.


• Atos 10:34 Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas.


• Romanos 2:11- Porque para com Deus não há acepção de pessoas.


• Efésios 6:9 - E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles – os servos - deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.


• Colossenses 3:25 - Pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.


• Tiago 2:1 - Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.


• Tiago 2:9 - Se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores.


• 1 Pedro 1:17 - Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação.

Mas, para muitos judeus ortodoxos os ensinamentos do Talmude estão no mesmo pé de igualdade que a revelação contida no Antigo Testamento. Existem muitos mesmos que acreditam que os ensinamentos do Talmude são, de fato, superiores à própria revelação. Como muitos desses indivíduos são os descendentes diretos dos fariseus dos dias de Jesus, temos que nos lembrar que eles são os herdeiros daqueles inimigos viscerais do Senhor, que acreditavam que as tradições dos anciãos estavam no mesmo nível da revelação concedida a Moisés e até acima dela – ver Marcos 7:8 - 13.

A penalidade que deve ser imposta, como já dissemos, contra aqueles que violarem qualquer uma das sete Leis Noaicas, é a morte por decapitação.

Mas a Lei 102 – 14 não para por aí. No corpo da Lei existe uma menção muito especial a certo grupo de judeus ortodoxos. De acordo com o texto da Lei 102 – 14, este grupo é constituído pelo pessoal ultra-ortodoxo do movimento Chabad Lubavitch. Como acontece com qualquer outro grupo, muitos judeus são, historicamente falando, escravos das suas próprias tolices. Tendo rejeitado o verdadeiro Messias, por causa de convicções equivocadas, inventaram, durante os séculos, inúmeros outros messias que se provaram, como não poderia deixar de ser, completamente falsos. O último nesta triste lista foi o já velho e decrépito rabi Menachem Mendel Scheneerson, chamado de forma piegas, de Rebbe, por uma multidão de seguidores da seita judaica Chabad Lubavitch. Este homem foi aclamado em 1994, em vida, como o verdadeiro messias de Israel pelos seus seguidores. Agora, depois do seu passamento, também em 1994, seus seguidores esperam ansiosamente sua “gloriosa ressurreição”. Quanta tolice!

De acordo com a Lei 102 – 14 o falecido rabi Menachem Mendel Scheneerson, é reconhecido e reverenciado como líder mundial – alguém já tinha ouvido falar nele antes de ler este artigo? – e que o movimento Chabad Lubavitch deve ser elogiado por defender a implantação das sete Leis Noaicas em todo o mundo. Seus seguidores são os genuínos herdeiros da tradição que levou o Senhor Jesus a ser condenado, mesmo sendo inocente, apenas porque Jesus expunha a hipocrisia deles diante de todo o povo. Em vez de emendarem seus caminhos, os inimigos de Jesus optaram por remover aquele que lhes estendia a mão – veja como Isaías descreveu de forma cândida esta situação: “Estendi as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos - Isaías 65:2. Os fariseus, juntamente com as outras lideranças religiosas judaicas de seus dias, incluindo a casta sacerdotal, perseguiram a Jesus até conseguirem condená-lo à morte em uma farsa de julgamento, nas altas horas da madrugada:

Mas além de condenar Jesus à morte, a intenção deles era crucificá-lo, para com isso caracterizá-lo como “maldito de Deus”. Mas tudo isto já havia sido antecipado, com riqueza de detalhes, pelo profeta Isaías em seu capítulo 53 .

Nossa fé cristã é considerada uma verdadeira blasfêmia pelos judeus ortodoxos. E o Talmude Babilônico encontra-se cheio de aleivosias contra o Senhor Jesus, bem como contra os cristãos de um modo geral. Durantes os séculos, quando pessoas que se diziam cristãs, ficavam sabendo destas informações, sentiam-se pessoalmente ofendidas e passaram a impor pesadas penalidades aos judeus por causa de seus escritos. Muitas vezes chegaram a impor até a pena de morte para aqueles que consideravam blasfemadores do bom nome do Senhor Jesus. Ou seja, usavam a mesma medida e os mesmos métodos truculentos, que eles haviam usado contra Jesus.

Esta perseguição sofrida pelos judeus precisa se vingada, de acordo com a compreensão que eles tem dos fatos. Quando olhamos para a maneira como os judeus tratam os palestinos nestes dias, nós só podemos imaginar que tipo de brutalidades eles não imporiam sobre todos nós, se tivessem a possibilidade e os meios de fazê-lo. O discurso para consumo público é que o povo judeu é um povo pacífico e que deseja viver em paz. E isto deve ser mesmo verdadeiro para a maioria deles. Mas para aqueles que controlam o Estado moderno de Israel, e os que os apóiam, a realidade brutal, mostrada diariamente nos meios de comunicação, é a de um povo agressivo e agressor, violento e dominador que está ocupando militarmente, por 45 anos em 2012, as terras palestinas, mantendo um verdadeiro estado de terror, contra o qual os palestinos reagem ora disparando foguetes contra povoações e cidades habitadas por judeus, ora se explodindo em meio a transeuntes. Apesar da máquina de propaganda judaica, que sempre mostra apenas os danos causados pelos palestinos e nada dos causados pelos judeus, a contagem de corpos nos necrotérios não deixa nenhuma dúvida. Na última intifada, que se iniciou quando o então primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, visitou a esplanada das mesquitas mulçumanas, protegido por guarda-costas armados, o que foi considerado ofensivo pelos palestinos, a quantidade de palestinos morta era quase 10 para 1. A proporção de feridos foi ainda mais desproporcional contra os palestinos. A invasão de Gaza entre Dezembro/08 – Janeiro 09, nos mostra uma comparação mais imoral ainda: um saldo de 1500 palestinos mortos contra 13 do lado de Israel. E muitos cínicos entre os israelenses, ainda têm a coragem de vir a público e posar de vítimas.

É óbvio que nem todos os judeus compactuam com estas tolices – as Sete Leis Noaicas - nem com estes crimes contra as populações palestinas. Como não poderia deixar de ser, existem muitos judeus que lutam contra estes crimes e que assumem corajosas posições denunciando essa imoralidade que aí está. Curiosamente, estes são chamados de anti-semitas pelos seus pares radicais. Esses grupos são os mesmos que alimentam idéias nazistas de dominação do mundo e da submissão incondicional dos gentios às Sete Leis Noaicas, com a imposição da pena de morte por decapitação e tudo o mais para os desobedientes. Grupos extremados existem em todos os povos e entre todas as religiões, inclusive entre aqueles que se dizem cristãos. Mas isto não deve ser desculpa para tolerarmos este tipo de idéias. Devemos condenar todo tipo de intolerância, especialmente a motivada por questões religiosas, venha ela de onde vier. Agora, quando grupos religiosos, como o Chabad Lubavitch conseguem passar, em forma de lei, como é o caso da Lei 102 – 14, bobagens como estas que acabamos de mencionar, não podemos ficar calados e temos que denunciar estes abusos enquanto ainda são inofensivos.

A seguir o texto original da lei sancionada pelo “imperador” George H. W. Bush:

To designate March 26, 1991, as `Education Day, U.S.A.'. (Enrolled as Agreed to or Passed by Both House and Senate)

One Hundred Second Congress of the United States of America

AT THE FIRST SESSION

Begun and held at the City of Washington on Thursday, the third day of January, one thousand nine hundred and ninety-one.

Joint Resolution

To designate March 26, 1991, as `Education Day, U.S.A.'.

Whereas Congress recognizes the historical tradition of ethical values and principles which are the basis of civilized society and upon which our great Nation was founded;

Whereas these ethical values and principles have been the bedrock of society from the dawn of civilization, when they were known as the Seven Noahide Laws;

Whereas without these ethical values and principles the edifice of civilization stands in serious peril of returning to chaos;

Whereas society is profoundly concerned with the recent weakening of these principles that has resulted in crises that beleaguer and threaten the fabric of civilized society;

Whereas the justified preoccupation with these crises must not let the citizens of this Nation lose sight of their responsibility to transmit these historical ethical values from our distinguished past to the generations of the future;

Whereas the Lubavitch movement has fostered and promoted these ethical values and principles throughout the world;

Whereas Rabbi Menachem Mendel Schneerson, leader of the Lubavitch movement, is universally respected and revered and his eighty-ninth birthday falls on March 26, 1991;

Whereas in tribute to this great spiritual leader, `the rebbe', this, his ninetieth year will be seen as one of `education and giving', the year in which we turn to education and charity to return the world to the moral and ethical values contained in the Seven Noahide Laws; and

Whereas this will be reflected in an international scroll of honor signed by the President of the United States and other heads of state: Now, therefore, be it

Resolved by the Senate and House of Representatives of the United States of America in Congress assembled, That March 26, 1991, the start of the ninetieth year of Rabbi Menachem Schneerson, leader of the worldwide Lubavitch movement, is designated as `Education Day, U.S.A.'.

The President is requested to issue a proclamation calling upon the people of the United States to observe such day with appropriate ceremonies and activities.

Speaker of the House of Representatives.

Vice President of the United States and

President of the Senate.

ARTIGOS SOBRE ISRAEL













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Que Deus abençoe a todos,

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

Um comentário:

  1. Enfim uma voz apologética no meio protestante! Viajei a Israel com um grande grupo de irmãos de várias denominações e acho que eu fui o único que se decepcionou com a entitulada "Terra Santa". Como evangélico, tinha a visão de Israel pasteurizada por estes pastores judaizantes, mas o Senhor abriu os meus olhos lá. Nunca vi tanto preconceito! Lá somos os "goym"! Sei que os islâmicos não são anjos de candura (inclusive vejo grandes paralelos entre Judaísmo e Islamismo), mas o que é feito com a população palestina é aviltante. E, como turista, obviamente não vi nem a ponta do iceberg. Voltando ao Brasil, li muito sobre a região e a religião dos judeus, incluindo esta Lei de Nóe e percebi todos os erros e perigos do Judaísmo. Tentei alertar irmãos na igreja, mas fui transformado em blasfemo. Sou estapeado com o versículo: "orai pela paz em Israel" como se não o fizesse e como se a verdade fosse uma ofensa. Continue assim, parabéns pelo blog.

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